Prima visita ufficciale del Ministro Tremaglia in Brasile
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Prima visita ufficciale del Ministro Tremaglia in Brasile
A M A I O R M Í D I A D A C O M U N I D A D E Í T A L O - B R A S I L E I R A www.comunitaitaliana.com.br Ano XII – Nº 86 ISSN 1676-3220 R$ 7,50 Rio de Janeiro, julho de 2005 Moda Beleza italiana Prima visita ufficciale del Ministro Tremaglia in Brasile COSE NOSTRE Julio Vanni FUNDADO EM MARÇO DE 1994 DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR: Pietro Domenico Petraglia (RJ23820JP) DIRETOR: Julio Cezar Vanni VICE-DIRETOR EXECUTIVO: Adroaldo Garani PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO: Editora Comunità Ltda. TIRAGEM: 30.000 exemplares ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM: 10/07/2005 às 17:30h DISTRIBUIÇÃO: Brasil e Itália REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Rua Marquês de Caxias, 31 Centro – Niterói – RJ – Brasil CEP: 24030-050 Tel/Fax: (21) 2722-0181 / (21) 2719-1468 E-MAIL: [email protected] SUBEDIÇÃO Luciana Bezerra dos Santos REDAÇÃO: Giordano Iapalucci (repórter especial), Luciana Bezerra dos Santos e Nayra Garofle REVISÃO / TRADUÇÃO Cristiana Cocco PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Alberto Carvalho FOTO DE CAPA Márcio Madeira COLABORADORES: Franco Vicenzotti – Braz Maiolino – Lan – Giuseppe D’Angelo (in memoriam) – Pietro Polizzo – Giovanni Crisafulli – Venceslao Soligo – Marco Lucchesi – Luca Martucci – Domenico De Masi – Franco Urani – Francesco Alberoni – Giovanni Meo Zilio - Guido Sonino Fernanda Maranesi - Giuseppe Fusco CORRESPONDENTES: Guilherme Aquino (Milão) Comunità Italiana está aberto às contribuições e pesquisas de estudiosos brasileiros, italianos e estrangeiros. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, sendo assim, não refletem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista. La rivista Comunità Italiana è aperta ai contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori esprimono, nella massima libertà, personali opinioni che non riflettono necessariamente il pensiero della direzione. ISSN 1676-3220 Filiato all’Associazione Stampa Italiana in Brasile 2 E A Intensidade dos Fatos screvo três dias após o atentado em Londres e já parece que se passou tempo suficiente para fazer dessa uma notícia fria, mesmo não existindo ainda o número exato de vítimas. Espero que outras surpresas desastrosas não surjam até a última linha. Corrupção por aqui, terrorismo por lá. A banalização desses tempos causa perplexo, dor, insegurança, um sentimento de incapacidade. Nos faz desconfiar do próximo, nos proíbe o sonho. O que será pior, a sonegação criada em tempos de censura ou a rapidez indigerível da informação de hoje. Os fatos são tantos que passamos literalmente por cima de notícias de violência, vemos com naturalidade gastos milionários com publicidade do governo. Nos alienamos como defesa natural. Aliás, para que existe o amplo sistema de comunicação pública, com TV, rádio etc? Para que tanta propaganda da coisa pública? Deve-se manter o cidadão informado dos diversos serviços úteis que podem ser acessados por todos e investir em programas de valorização da cidadania. O que se faria com esses gastos - os R$ 500 milhões pagos às duas agências suspeitas de envolvimento no suposto esquema do PT por exemplo - se fossem aplicados em favor da população? Divulgam-se programas sociais que necessitam do esforço de cada um de nós, e essa soma, dinheiro do contribuinte, representaria um belo esforço. Para entendermos melhor a transição pela qual passa a sociedade do século 21, foi publicado em maio último na Itália o livro “Fuori Controllo. Tra edonismo e paura il nostro futuro brasiliano”, de Giuliano da Empoli, que me foi recomendado pelo amigo Franco. Essa obra mostra, pela ótica do cotidiano brasileiro, a onda de banalização que vem assolando o mundo. O autor chama de “brasilianizzazione” o mix de violência, luxúria, corrupção, consumismo, diversão, futebol e carnaval. Valoriza, assim como o fez Gilberto Freyre, a pluralidade, a tolerância, como um bem, um recurso para o País. Rotula de “carnevalizzazione” a “dolce vita”, radicalizada como fuga de uma realidade truculenta, da qual só pode-se interromper através da responsabilidade coletiva, da dignidade humana. Transcrevo o seguinte trecho que nos faz refletir também sobre o último incidente ocorrido na Inglaterra: “L’Occidente è uscito, con la caduta del Muro, dall’era razionale della guerra tra stati per entrare, con l’11 settembre, in quella del conflitto epidemico, in cui in prima fila non ci sono più gli eserciti, ma i vacanzieri di Bali e i pendolari di Madrid. Nell’atmosfera carica di paura che pesa su di noi da allora, l’orgia dei consumi e l’edonismo di massa non sono più (solo) lo sbocco di un processo di sviluppo materiale, ma si trasformano nell’espressione di una coscienza tragica, che cerca di vivere ogni attimo il più intensamente possibile, perché del ‘diman non v’è certezza’ (o come diceva lord Keynes, ‘nel lungo periodo saremo tutti morti’)”. E ntre os dias 5 e 6 de julho, realizamos a cobertura da visita do ministro das Relações Exteriores da Itália ao Brasil. Depois de 10 anos sem a presença de um representante da pasta no País, esses dois dias pareceram poucos, mas de uma intensidade poucas vezes Pietro Petraglia con l´On. Fini verificadas. Gianfranco Fini encontrou-se com seu colega ministro Celson Amorim e com o presidente Luís Inácio Lula da Silva; visitou projeto social em São Paulo, realizado com apoio da Cooperazione Italiana; se reuniu com o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin; almoçou e escutou reivindicações dos principais empreendedores e representantes da indústria italiana no Brasil, respondendo a todos pontualmente; deu palestra para platéia de peso na Fundação Getúlio Vargas, onde falou sobre as dificuldades enfrentadas pela União Européia; deu entrevistas coletivas e a Giordano Iapalucci, de Comunità; antes de partir, se reuniu com a comunidade italiana, que lotou o Circolo Italiano de São Paulo, falou sobre questões importantes para os cidadãos italianos residentes no exterior e foi interrompido diversas vezes pelas calorosas palmas das mais de mil pessoas presentes. Ao retornar para a Itália, a fatídica notícia do atentado em Londres, e lá estava ele no programa “Porta a Porta” da Rai, discutindo com interlocutores convidados e lembrando que esteve no dia anterior no Brasil, onde lembrou da importância de dar a cidadania a quem realmente exercerá os deveres de cidadão italiano. A cobertura completa da visita estará na próxima Comunità. N osso embaixador Michele Valensise, recém casado, em Brasília, é um anfitrião de “grande valor”. Tanto Tremaglia, que esteve recentemente por aqui, como Fini, fizeram questão de ressaltar que Valensise é um homem do primeiro escalão da diplomacia italiana. Sua eficácia vem sendo demonstrada na condução da agenda de relações entre Brasil e Itália, no relacionamento com o empresariado local e na organização das importantes visitas italianas que têm aportado por aqui. EDITORIAL Entretenimento com cultura e informação COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 DOAÇÃO E EMPREENDEDORISMO 12ª FESTITÁLIA O V Grupo Papaiz doou ao Governo do estado de São Paulo um terreno, em Diadema, de 5,2 mil metros quadrados para a construção de uma unidade da Faculdade de Tecnologia (Faetec) e da Escola Técnica Estadual. Durante a solenidade de doação, realizada no início de junho, na sede da empresa, em Diadema, foi anunciada a chegada ao Brasil da Confederazione degli Imprenditori Italiani nel Mondo (Ciim), organização que congrega empresários de origem italiana em todo o mundo. Estiveram no evento que formalizou a doação e o anúncio da Ciim no Brasil, o ministro para Italiano do Mundo, Mirko Tremaglia, Ângela e Sandra Papaiz, o vicegovernador Claudio Lembo, o embaixador da Itália, Michele Valensine, o prefeito de Diadema, José Filippi Jr, e Edoardo Polastri, da Câmara Ítalo-brasileira de Indústria e Comércio de São Paulo. em aí a 12ª edição da Festitália - festa das tradições italianas - que vai acontecer de 15 a 24 de julho, no Pavilhão C da Proeb, em Blumenau, Santa Catarina. O evento, uma promoção da Secretaria Municipal de Turismo, Proeb e Circolo Italiano di Blumenau, faz parte do calendário cultural da cidade desde de 1994. A festa, com muita música, folclore e culinária italianos, perpetua uma tradição iniciada há 128 anos, com a chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Vale do Itajaí. Mais informações pelo telefone, (47) 323-4043 ou www.blumenau.sc.gov.br/turismo PARLA ITALIANO ADDIO SPERZANI A F escola municipal Itália, em Rocha Miranda, zona norte do Rio de Janeiro, que mantém cursos de língua italiana para cerca de 700 alunos da rede pública, comemorou os 59 anos da República Italiana em 8 de julho. A diretora Marta Martins de Oliveira - que se destaca pelas iniciativas promovidas na área educacional na região - realiza uma festa para os alunos e para a comunidade local todos os anos para lembrar a data. aleceu aos 91 anos o padre italiano Fernando Sperzani. Nascido em Piacenza, norte da Itália, o padre escolheu o Brasil para suas obras religiosas. Foi dele a idéia de construir em Nova Friburgo, cidade da região serrana do Rio de Janeiro, a Igreja de São Francisco de Assis. Speranzi recebeu homenagem da Sociedade Dante Alighieri friburguense. MANCINI LIVRE MIGRANTE S H uposto terrorista italiano Pietro Mancini, 56 anos, foi preso por policiais federais da Interpol (polícia internacional) no mês passado, na sede de sua produtora cinematográfica, na zona sul do Rio de Janeiro. Mancini vivia no Brasil desde 1997, onde havia se naturalizado brasileiro, e aguarda decisão judicial sobre extradição. Condenado pela Justiça italiana a mais de 35 anos de prisão, ele responde a acusações de terrorismo, homicídio, roubo, ofensa com explosivos e conspiração criminal. O Grupo Tortura Nunca Mais, do Rio, está convocando uma campanha para exigir a liberdade de Mancini com cartas, faixas e e-mails para o presidente Lula e os ministros da Justiça, e das Relações Exteriores e o Secretário Especial de Direitos Humanos. á 20 anos, o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), vinculado à CNBB, realiza a Semana do Migrante em todo o Brasil. Com o tema Migração, Solidariedade e Paz, as atividades da Semana aconteceram de 12 a 19 de junho. O Brasil segue a tendência mundial de aumento das migrações. De país de imigração, tornou-se um país de emigração. São cerca de 2 milhões de brasileiros(as) no exterior, sendo que 1 milhão se encontra nos Estados Unidos, 300 mil no Paraguai seguindose o Japão e países da Europa, como Portugal, França, Inglaterra, Itália e Espanha. O fenômeno aponta para a necessidade de repensar o mundo não mais baseado na competitividade, mas na solidariedade; não na concentração, mas na repartição; não no fechamento das fronteiras, mas na cidadania universal. Fonte: Adital VICE-PRESIDENTE DEL CONSIGLIO IN BRASILE V isita lampo del ministro degli affari esteri Gianfranco Fini in Brasile. Si è trattato della seconda visita di un ministro italiano del governo Berlusconi dopo quella di Mirko Tremaglia nell’arco di poco più di trenta giorni. Arrivato il 5 giugno verso le 11 di mattina, l’agenda prevedeva l’incontro con il ministro degli affari esteri brasiliano Amorim e nel primo pomeriggio quello con il presidente della repubblica Luiz Ignacio Lula da Silva al palazzo del Planalto. Tra gli obiettivi del viaggio rietravano quello di stringere rapporti di natura economica, politica e ridare vivacità allo scambio culturale tra Italia e Brasile; cosa che in questi ultimi anni sembra essersi persa un po’ per strada. A fine serata si è incontrato con gli ambasciatori dei paesi del Sud-America presso il palazzo dell’Ambasciata italiana. Il giorno successivo, a San Paolo, Fini ha incontrato il governatore dello Stato di San Paolo, Geraldo Alkmin. Nel primo pomeriggio si è presentato alla comunità italiana dove ha parlato della della importanza culturale ed economica che le comunità italiane rivolgono all´estero e del prossimo appuntamento politico a cui gli italiani all’estero saranno chiamati il prossimo giugno. Alle 20.30 l’aereo del ministero degli esteri già volava in direzione Italia. JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA SCHERZO SU BERLUSCONI Circolava su internet questa foto prima del referendum sulla procreazione assistita del 12 giugno con il seguente testo: – Rischi connessi alla sperimentazione delle staminali...per te che hai votato si al referendum. 3 Comunidade Ansa Lei e Ciência Chi decide è Sua Santidade Vaticano infiamma discorso contro il referendum sulla riproduzione assistita, influenza italiani e fa crollare il progetto di legge I Luciana Bezerra dos Santos* l referendum per modificare la legge sulla riproduzione assistita in Italia, realizzato il 12 giugno, è fracassato a causa del basso indice di partecipazione dell’elettorato. Secondo dati pubblicati dal giornale La Repubblica, soltanto il 25,9% dei circa 50 milioni di italiani sono comparsi alle urne. All’estero la percentuale è stata del 20,28%, ossia meno di 13 milioni di persone hanno votato, secondo quanto informato dal Ministero degli Interni. Per essere approvato, al plebiscito avrebbero dovuto votare il 50,01% degli elettori. Il Compendio del Catechismo della Chiesa Cattolica, presentato il 28 al Vaticano, indossa le dichiarazioni contrarie al referendum del giorno 12, quando definisce come immorale la fecondazione artificiale e appoggia la disobbedienza civile quando le leggi si oppongono ad esigenze di ordine morale. Il polemico tema ha prodotto imbarazzo nella politica italiana e in alcuni settori della Chiesa Cattolica stessa. Il papa Benedetto XVI ha proferito discorsi contrari al voto, chiedendo ai fedeli che non si recassero alle urne. Varie città hanno stampato poster in cui si chieda ai cattolici di non votare. Ha funzionato. In uno dei suoi discorsi durante le settimane che hanno preceduto il referendum, il papa Benedetto XVI ha detto che la storia non è “disordina4 ta”, “senza significato” e non dipende da “poteri oscuri, dalla causalità” o da “decisioni umane”. - Di fronte alle cattive energie e alle violente irruzioni di Satana, con le emergenze che suscitano tanti mali si eleva il Signore, arbitro supremo della storia umana - ha detto il papa. Perfino l’andare al mare, secondo alcuni sacerdoti, sarebbe stata una strada più salutare piuttosto che recarsi alle urne il giorno della votazione. - Questo non succede in nessun altro paese al mondo - ha criticato, indignato, Daniele Capezzone, del Partito Radicale, uno degli organizzatori del referendum. Il presidente italiano, Carlo Azeglio Ciampi, che ha votato di mattina presto, ha preferito non dire qual era la sua opzione. Romano Prodi, altro uomo forte dell’opposizione italiana, e il Vice Primo Ministro, Gianfranco Fini, si sono recati alle urne insieme ai loro familiari. In Brasile, i seggi presso l’Ambasciata e i Consolati di San Paolo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro sono stati chiusi verso le 10, ora di Brasília. Il professore universitario di farmacia, dell’Università Federale di Rio de Janeiro, Riccardo Lainetti, 58, ha aderito alla campagna del papa e ha votato “no”. - Credo alla ricerca, purché sia portata avanti con etica. Le donne hanno il diritto in ultima istanza di fare questa scelta. Quando ho visto che il papa in persona condannava il tema, ho deciso di cercare altre informazioni per votare coscientemente. Anche perché lavoro in una comunità scientifica e sto attento a tutto. Ma Lainetti raccomanda che gli organi rappresentativi degli italiani e dei loro discendenti in Brasile informino con più esattezza gli oriundi residenti in Brasile per ciò che riguarda i fatti che succedono in Italia, anche prima dei media. - Anche i miei figli Thiago e Natália hanno avuto dubbi su cosa votare. Gli ho spiegato i cambiamenti che il referendum avrebbe apportato alla Costituzione in caso di approvazione, e loro hanno deciso per il no - segnala. Il commerciante italiano Michele Flarotti, 77, che abita in Brasile dal 1952, non ha aderito alla campagna della Chiesa Cattolica: - Si, ho votato a favore. Credo che l’Italia non debba rimanere arretrata rispetto agli altri paesi. La nostra Costituzione è molto vecchia. Quindi è ora di accompagnare l’evoluzione scientifica - risalta. Gli italiani residenti negli altri paesi, e con l’indirizzo aggiornato, hanno ricevuto in casa le schede di voto, che dovevano essere compilate e restituite prima del 9 giugno al Consolato della propria giurisdizione affinché fosse fatto lo scrutinio e fossero inviate in Italia. Anche specialisti italiani hanno protestato, avvalorando l’idea di che la legge in vigore è “ingiusta” ed “antiscientifica”. I partiti politici, a loro volta, si dividevano tra i “si” e i “no”, ma la principale rivendicazione era quella del far votare gli elettori secondo la “loro coscienza”. Il voto è stato visto come um test di influenza del Vaticano in un paese di maggioranza cattolica, ma che si è allontanato dai dogmi della Chiesa. I referendum approvati nel 1974, sul divorzio, e nel 1981, sull’aborto, ne sono un esempio. Secondo gli analisti politici, i cambiamenti della Costituzione sarebbero un “suicidio politico” a pochi mesi dalle elezioni generali del 2006. Comunque, c’è la speranza - da parte del governo - di che non tutto sia perduto. Lo stesso ministro della Sanità, Francesco Storace, crede che la legge potrà essere rivista. Al momento della chiusura della rivista, l’Imbasciata italiana non aveva ancora informato i dati consolidati della votazione in Brasile. (com agencias internacionais) Ciò Che si doveva rispondere O que devia ser respondido • Si ritirano dal testo proposto dal referendum i riferimenti all’embrione che viene considerato un essere umano completo? • Bisogna sopprimere il limite di tre per ciò che riguarda il numero di embriori prodotti e immediatamente impiantati senza possibilità di una diagnosi preliminare? • Si annullano i limiti per ciò che riguarda la ricerca sugli embrioni? • Finisce il divieto di ricorrere ad un donatore straniero? COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 Commissione Affari Costituzionali del Senato incontra i rappresentanti della comunità in Brasile L ’indagine conoscitiva della Commisssione Affari Costituzionali del Senato, arrivata alla fine di giugno, le cui impressioni e suggerimenti riferirà al Parlamento ed al governo, ha portato un gruppo di senatori in giro per il mondo in visita alle comunità italiane. Sabato 25 giugno la delegazione ha incontrato, presso la sede consolare di Rio de Janeiro, i membri dei Comites e, successivamente, i rappresentanti della stampa italiana e delle associazioni. Durante l’incontro, il Senatore Pastore ha illustrato il motivo del viaggio, volto a stabilire un contatto con gli italiani che vivono in Brasile e ad informare le nostre collettività sulla volontà del Governo italiano di mantenere l’impegno di assicurare il diritto di voto agli italiani che vivono all’estero. Il Senatore Villone ha invitato tutti a non farsi illusioni sul potere contrattuale dei nuovi rappresentanti. Questi, infatti, dovranno pensare più agli interessi nazionali che a quelli particolari degli emigranti, che vivono nei propri Paesi di appartenenza. Nella riunione, nella residenza consolare a San Paolo, con i rappresentanti della comunità, è apparso chiaro che i politici italiani sono terrorizzati dal fatto che 18 dei “loro” devono far posto a 18 dei “nostri”, e da questa nuova realtà che si affaccia sullo spettro della politica in Italia. Oltre al loro indiscusso interesse affinché le liste elettorali tra AIRE e consolati siano attualizzate e che i rappresentanti eletti all’estero abbiano un sostanziale numero di voti, è apparsa però chiara la loro preoccupazione perché i nuovi arrivati voteranno il bilancio dello Stato, decideranno sulle tasse, ossia decideranno dove andranno a finire i soldi del contribuente italiano. Ora, noi residenti all’estero, non paghiamo tasse in Italia, ma ne abbiamo pagate moltissime alimentando l’economia italiana con le rimesse che da più di un secolo si incanalano nella penisola. Noi per la Patria abbiamo contribuito e stiamo contribuendo per l’espansione dell’italianità, della sua cultura, dei suoi prodotti, senza di cui l’Italia, paese campanilista, sarebbe ancor più isolata dallo scandire delle campane della globalizzazione. I senatori sono anche preoccupati con le cittadinanze, con ciò che il cittadino fa e farà con questo diritto. Mettere sul tavolo - che la cittadinanza deve essere concessa - solo a coloro che parlano la lingua italiana, è un’altro assurdo perché non dobbiamo scordarci che chi è emigrato alla fine del secolo XIX secolo in generale non parlava l’italiano ma sì il veneto, il calabrese, il piemontese, il siciliano e cosi via. Fino al 1945 nelle campagne venete si parlava quella lingua, solo nelle città medie e grandi si parlava un italiano mischiato al dialetto, pretendere ora che i discendenti, per legge, debbano parlare l’italiano è fuori tempo e luogo. Però il pericolo ora c’è ed è che la legge che ha istituito lo “jus sanguinis” sia modificata in peggio da questo Parlamento. Hanno fatto parte della comitiva i senatori Andrea Pastore, Massimo Villone, Antonio Del Pennino, Luciano Falcier, Graziano Maffioli, Pierluigi Petrini, Piergiorgio Stiffoni e Sauro Turroni. Fonte: V. Soligo / Aise PARLIAMONE con l’Avvocato Giuseppe Fusco [email protected] C ome si entra legalmente in Italia? Me lo ha chiesto un giovane brasiliano controcorrente. Invece che il sogno americano egli coltiva quello italiano, forse quello europeo. Allora, parliamone. L`immigrazione dai paesi extra U.E. è regolata dal “Testo Unico delle disposizioni concernenti la disciplina dell`immigrazione e delle norme sulla condizione dello straniero” di cui al Decreto Legislativo 25 luglio 1998, n.286 che contiene la disciplina organica in tema di immigrazione, regolamentando anche la materia dell`espulsione degli stranieri illegalmente presenti in Italia, modificata dalla legge del 30 luglio 2002, n.189. Ingresso legale: 1. passaporto valido o documento equipollente, come, per esempio, i documenti di viaggio per gli apolidi e per i rifiugiati, i libretti di navigazione dei marittimi, il documento di navigazione aerea (piloti e personale di bordo delle compagnie aeree, il lasciapassare della N.U. 2. visto di ingresso rilasciato dalle ambasciate o dai consolati italiani nello stato di origine dello straniero (o di sua stabile residenza); 3. permesso di soggiorno o carta di soggiorno richiesto al Questore della provincia in cui lo straniero si trova entro otto giorni lavorativi dal suo ingresso in Italia. Questo permesso ha le seguenti validità: - ter mesi per visite, affari e turismo - um anno per frequenza a corsi di studio o per formazione debitamente certificati (è rinnovabile); - nove mesi per contratti di lavoro stagionale (ma può essere rilasciato um permesso pluriennale fino a tre annualità quando la persona dimostra di essere venuto in Italia da almeno due anni di seguito trattandosi di impieghi ripetitivi); JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA - um anno per contratti di lavoro subordinato a tempo determinato; - due anni per contratto di lavoro subordinato a tempo indeterminato. A questo punto, caro amico brasiliano, fai molta attenzione al permesso di soggiorno, che non ti capiti di essere espulso dall`Italia, poi vieni nel mio studio a piangere. Quando arrivi legalmente in Italia hai otto giorni di tempo per presentarti nella Questura della città che ti interessa per chiedere il permesso di soggiorno. Puoi ritardare, tuttavia devi dimostrare che il ritardo è dipeso da forza maggiore, per esempio, dipendente da eventi imprevedibili e gravi (una malattia improvvisa, un incidente...) Non puoi certo dire che te ne eri dimenticato, che non sapevi o che non conoscevi l`italiano....perché queste scuse non attaccano. Cosa ti succede se sei fermato e non hai il permesso di soggiorno in regola, o, se lo hai scaduto e non lo hai rinnovato? Inizia il provvedimento amministrativo di espulsione. Ecco come: 1. Invito a presentarsi presso la Questura - Ufficio Emigrazione per regolarizzare la propria situazione; 2. Segnalazione fatta dalla Questura al Prefetto della Provincia; 3. Se non esistono impedimenti previsti dalle legge, il Prefetto decreta l`espulsione immediata dall`Italia; 4. Il Questore dispone materialmente l`espulsione con accompagnamento alla frontiera (in genere all`Aeroporto Internazionale) Lo spazio è quello che è. Nel prossimo numero diremo meglio: Quando il Prefetto non può assolutamente espellere? Lo straniero espulso può ricorrere contro il Provvedimento? 5 Marco Lucchesi – Intervista Divulgação L’Italia e Oltre Dalla Redazione W Il suo rapporto con la cultura e la letteratura italiana, come si sarebbe svolto... Wilson Martins - Or dunque, ho frequentato da giovane e da sempre la Storia della letteratura italiana, di Francesco De Sacntis, l’opera del Croce – e qui mi attengo alla critica, al Croce dei saggi critici – eppure in modo particolare a Luigi Russo, per la sua raffinata sensibilità. Eppoi a me piace tanto quel nitore del dibattito critico in Italia, dalla grande oratoria alla più intensa stroncatura. Leggo bene in italiano, ed è una forma particolare del mio mondo, seppure legato intimamente alla cultura francese e più tardi a quella statunitense, che sono degli aspetti che mi riguardano più da vicino. Ci tengo a dire che ho avuto una lunga critica nelle pagine dell’”Osservatore Romano”, e questo mi sembra pure molto importante, poiché, nonostante i miei rapporti con Dio non siano del tutto gentili, son sicuro che il cielo terrà presente quell’articolo un giorno. Il suo percorso è del tutto particolare in Brasile. Poiché v’era a quei tempi (anni 40-50-60) e tuttora una specie di divario tra quelli che abbracciavano la cultura francese e quelli che si schieravano dalla parte di quella americana. Invece lei è stato il primo o tra i primi a non rifiutarle... Wilson Martins - Sì, è vero. Ma questo risale alla mia biografia. Ho iniziato la mia carriera, dopo aver studiato in Francia e di aver seguito dei corsi alla Scuola Normale Superiore. La mia tesi si rivolgeva ai problemi nella critica francese. E così, appena tornato in Brasile, ho vinto la cattedra all’Università Federale del Paranà, in cui per ben dieci anni ho insegnato letteratura francese. E penso che ne sapessi qualcosa allora. Poi ho vissuto circa trent’anni negli Stati Uniti, come docente in diverse facoltà americane, nelle quali insegnavo letteratura e cultura brasiliana. Dal Wiscounsin sino a New York, eppoi nelle biblioteche impareggiabili che vi si trovano, alle quali avevo libero accesso, e nelle quali mi sono messo a studiare delle opere davvero importanti della cultura brasilana. Spesse volte, in quegli anni, tornavo in Brasile... La cosidetta saudade... Wilson Martins - Pure quella, ma anche per non perdere l’accento e per studiare bene uma mole bibliográfica davvero estesissima come pure il popolo, viaggiando per diversi stati, dal Pará al Rio Grande do Sul, dal Ceará a Rio de Janeiro e São Paulo. E capire non solo la differenza del clima, bensì la presenza della diversità geografica e culturale del mio paese, il modo di esprimersi della gente, di sedersi, di agire oltre la gestualità. E questo mi ha davvero aiutato a scoprire quel tanto del Brasile noto a così pochi intellettuali. E quindi un aiuto essenziale alla mia Storia dell’Intelligenza brasiliana. Sulla quale vorrei chiederle adesso se la si potrebbe definire come una specie di lettura continua, poiché il suo lavoro non ha mai prescelto il frammento in sé stesso, ma ha creato delle sintassi ben fondate in una cosiddetta forma mentis della storia brasiliana. Wilson Martins - Lei ha visto bene e me ne sono d’accordo. L’opera deve essere letta e non presa soltanto in consulenza. Perché se si fa così si percepisce come e quanto il grado di cambiamento e di ricchezza vi si realizza nel campo della cultura. All’inizio ho raccolto tanto tantissimo materiale, eppoi il timore di non essere in grado di coinvolgere tutto in un modo palese e articolato. Ci ho messo sedici anni... E prima c’erano da noi soltanto delle sintesi antiche e sbilanciate, come quelle di José Veríssimo o di Silvio Romero. Sarebbe stato più facile scrivere una storia della letteratura brasiliana, ma ho scelto una sintesi che mancava nella nostra storia... Lei ha intrapreso con vivo coraggio la passione della totalità, in tempi in cui il frammento (e quello poi staccato, non legato al tutto) pare vincere qualunque sforzo di sintesi. Ma le chiedo se come si diceva della Storia della Francia, di Michelet, se la sua Storia dell’intelligenza brasiliana la si potrebbe intendere come una sorta di sua autobiografia. Wilson Martins - Io direi proprio di sì. In essa vi si trovano tante delle mie forme di considerare la cultura, i miei libri, quanto abbia appreso e apprezzato in un lungo ufficio di critica letteraria, sin dagli anni quaranta come critico militante, come allor si diceva... io non potrei fare altrimenti e non mi sentirei portato a scrivere – come lei dice – le mie memorie intellettuali. Non ritengo di aver avuto una vita interessante. Oppure lo farò soltanto quando comincerò a perdere la memoria. Così diverrà una cosa immaginata, e forse più divertente. Pare che lei oggi sia l’ultimo di quei critici umanistici, aperti e con dei veri saggi sulla stampa... Wilson Martins - Ebbene, sì, sono in solitario a farlo, mentre in genere prevale il modello americano delle rassegne. Eppoi lo spazio sempre più ridotto. Arriveremo forse a dover scrivere appoggiandoci sul numero delle sillabe... Tornando alla Storia dell’Inteligenza brasiliana, la si potrebbe considerare come una fictio, nel senso etimologico, quasi un romanzo, così ben scritta e varia come si presenta al lettore. Wilson Martins - In un certo qual modo. Perché poi i personaggi che affronto sono davvero i miei personaggi. La base è salda, lo si sa questo, ma sono io ad organizzarli, a piazzarli entro un modo di vedere, a metterli in un preciso contesto, aldilà del fatto di creare dei rapporti, nel campo dell’intuizione e della ricerca, ed un filo (o più di un filo) in cui ravviso un modo di raccontare tutto ciò, e quindi, sì, sarei d’accordo, com quella specie di fictio del factum come Lei poc’anzi diceva. Forse è tutto lì. Texto original em português traduzido por Cristiana Cocco Sarebbe stato più facile scrivere una storia della letteratura brasiliana, ma ho scelto una sintesi che mancava nella nostra storia... 6 COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 L´on. Sgarbi e il dir. del Museo delle Belle Arti, Paulo Herkenhoff durante il pranzo a casa del dir. dell´Istituto Italiano di Cultura, Franco Vincenzotti Arte e cultura: Italia in primo piano Giordano Iapalucci SALVATORE EMBLEMA: COLORI E RITMO CHE DIVENTANO MOVIMENTO È stata presentata il 28 di giugno scorso, al Museo Nazionale delle Belle Arti di Rio de Janeiro, la mostra Colore e trasparenza di Salvatore Emblema, pittore italiano contemporaneo di origini napoletane. Inaugurata in Brasile il 5 marzo scorso presso il MAC di San Paolo, rimarrà, ora, aperta al pubblico carioca fino al 31 di luglio. La mostra è patrocinata dal Ministero degli Affari Estreri italiano, dall’ambasciata italiana e dall’Istituto Italiano di Cultura di Rio de Janeiro. Ospite d’onore nel primo giorno della mostra è stato Vittorio Sgarbi, considerato il maggior critico d’arte italiano. Questi, insieme a Fabio Magalhães ha scritto il testo critico nel catalogo della mostra. Durante gli anni cinquanta, Emblema frequentò l’ambiente degli espressionisti astratti di Nuova York, nel quale conobbe Rothko e Pollok. La sua arte risente della loro influenza rispettivamente per ciò che riguarda l’idea di trasparenza e il concetto della libertà del gesto creativo. Elementi originali delle sue opere, create su juta, sono i colori e le tinture, composti di terre e minerali naturali originari della zona vesuviana. Opere delicate dai colori sfumati che mostrano una mano sottile ma allo stesso tempo carica di energia. EMBLEMATICO EMBLEMA - Nella critica dello storico dell’arte Vittorio Sgarbi: “l’arte di Emblema non poteva non essere una nuova emblematica. Vuole, infatti individuare un linguaggio in cui viene dato corpo visibile ad un’intuizione che si muove nel terreno dell’etereo, concepibile nella mente prima che nei sensi”. In modo da permettere “una comunicazione ‘forte’ e diretta, di un alto coinvolgimento emotivo, una trasmissione di nozioni e di sensazioni come la parola potrebbe fare solo in parte”. LA PITTURA LUMINOSA - Il critico brasiliano Fabio Magalhães vede il maestro napoletano “colorista e grafico al tempo stesso. L’artista costituisce il suo linguaggio elegantemente, stabilisce ritmi e movimenti, suggeritori di danze. Le sue forme lievi e luminose fluttuano libere, articolando coreografie in insiemi che qui si contraggono, là JULHO 2005 / si espandono. Altre volte il colore partecipa alla trama, alla tessitura della tela stessa”. Il direttore del MNBA Paulo Herkenhoff ha omaggiato il pittore italiano con l’acquisto da parte dello stesso museo di due opere che verranno inserite nella collezione permanente. Museu Nacional de Belas Artes - Av. Rio Branco, 199 Centro, RJ. Da Lunedi a venerdi, dalle 10.00 alle 18.00 Sab. dom. e festivi, dalle 14.00 alle 18.00 Ingresso: R$ 4. Domenica, entrata gratuita ANTONIO FERRIGNO: 100 ANNI DOPO In occasione del centenario della Pinacoteca dello Stato di San Paolo, la Sociarte e l’Istituto Italiano di Cultura di San Paolo hanno inaugurato il 25 di giugno, presso la stessa Pinacoteca, l’esposizione di Antonio Ferrigno (1863-1940). La mostra presenta 69 quadri che ricalcano la realtà brasiliana della raccolta del caffè e della vita urbana dalla fine del XIX sec. all’inizio del secolo passato (1893-1905). I suoi quadri, oggi, oltre ad essere ammirati come opere d’arte, contengono un grandissimo valore iconografico per tutti coloro che si interessano del folclore e dei costumi storici di quell’epoca. Il pittore campano arrivò in Brasile su richiesta del conte di Serra Negra per ritrarre aspetti della sua fazenda situata in Botucatu, nello stato di San Paolo. Quando finì il suo lavoro, avendo conquistato stima di disegnista e colorista da parte Antonio Ferrigno – scene di quotidianità rurale COMUNITÀ ITALIANA dell’aristocrazia agraria ricevette altre istanze per rappresentare su tela aspetti rurali come la semina, la coltivazione e la raccolta del caffè. Insieme a nomi come Gaetano e Luigi Capone, Gaetano Cimini e Angelo della Mura, Antonio Ferrigno fa parte di quelli che vennero chiamati “i Costaioli”. Più che una vera e propria scuola, fu un modo di dipingere, una proposta che portò sulla scena artistica internazionale una ventata di colore, e di gioia ma al tempo stesso di intimismo. Pinacoteca do Estado - Praça da Luz, 2, SP Da martedi a domenica. Dalle 10 alle 17.30. Apertura fino al 14 di agosto. Ingresso R$ 4 e R$ 2 ENSEMBLE 900: CANZONI NOSTALGICHE Sempre nell’ambito della cultura italiana presente in Brasile si è svolto il 29 giugno presso la Sala Cecília Meirelles, il concerto di musica popolare italiana che riprendeva canzoni dal 1910 al 1950. All’evento, organizzato dall’Istituto Italiano di Cultura di Rio de Janeiro, erano presenti, oltre al console italiano a Rio Ernesto Bellelli, circa 800 persone che hanno seguito molto calorosamente tutte le musiche popolari italiane interpretate dai tredici musicisti diretti dal maestro Antonio Ballista. Divulgação La sua monumentale Storia dell’intelligenza brasiliana fa capo ad una vasta bibliografia che va dalla traduzione, ai saggi critici di letteratura e sociologia, e che tuttora presenta una estesa fioritura di saggi, in modo indipendente ed aperto sempre ai nuovi movimenti della cultura. Nel suo appartamento a Curitiba ha ospitato Comunità Italiana. Giordano Iapalucci ilson Martins è indubbiamente ritenuto tra i più grandi intellettuali della cultura brasiliana. E ciò avviene per una erudizione notevolissima, alleata tuttavia a uno spirito critico vivace e preciso, in cui si scopre una passione della totalità – con le sue sfide e i suoi rischi, e con delle notevolissime intuizioni. Da critico e da artista. 7 Arte Bienal de Veneza Fotos: Divulgação Arte de superar a própria arte Guilherme Aquino Correspondente • MILÃO O inimaginável esteve em Veneza. Para alguns, “arte da melhor qualidade”, para outros, um festival escatológico e apocalíptico... O que importa, afinal? Arte é independente... ilimitada O público se deleitou com obras de cerca de 500 artistas 8 V eneza - A Bienal Internacional de Artes de Veneza, aberta oficialmente no último dia 12 de junho, comemora 110 anos tingida de rosa. Nunca o tradicional evento apresentou um percentual tão elevado de mulheres artistas - 38 sobre um total de 91 convidados. Não por acaso, pela primeira vez na história da famosa quermesse a curadoria ficou sob a responsabilidade de duas mulheres, as espanholas Maria Corral e Rosa Martínez. Elas não pensaram nem um instante em cortar drasticamente o número de artistas participantes da casa das centenas como ocorreu nas últimas edições, foram 500 na de 2003. Logo na saída da estação de trem de Veneza Santa Lucia, o visitante se depara com um grande painel com as imagens da Monalisa, estilo Andy Warhol, do artista russo George Pusenkoff, antes mesmo de chegar à margem do grande Canal. Uma série de fotos da Gioconda de Leonardo Da Vinci reproduzidas com técnicas de computação gráfica de última geração promove um elo entre o Renascimento e a era da modernidade. Essa é apenas umas das pontes virtuais de uma Veneza inundada de artes por todos as esquinas dos canais, ilhas e palácios. Perto da famosa praça de São Marco o visitante se depara com um “quiosque” de jogos eletrônicos. Seria um ultraje aos moradores da cidade se não fosse ele uma instalação artística da sueca Anne Markisson. O problema é que os jovens faziam filas para pagar a entrada e usufruírem os “games”, dando as costas para os monumentos e se concentrando nos controles dos simuladores de uma realidade muito distante. E um pouco mais adiante, na “riva dei Partigiani”, o artista veneziano Fabrizio Plessi plantou um totem com 44 metros de altura sobre uma base fixa construída dentro do canal. Ele se vê de longe e mais parece um espelho reproduzindo o movimento da água. De perto a peça lembra a vela de um barco coberta com leds por onde escorrem imagens líquidas. Para muitas italianas a “Mare verticale”, como ela foi chamada, é um homenagem à Sereníssima, um espécie de memorial ultramoderno da antiga “Repubblica Marinaia”. E bem ao lado, já em terra firme, está um enorme capuz com 30 metros de altura, igual àqueles usados em Sevilha no período da Semana Santa, mas que recorda mesmo a indumentária dos grupos racistas da Ku Klux Klan. A obra é do artista albanês Silsej Xhafa. CCOOMMUUNNIITTÀÀ IITT AALLIIAANNAA // JAUBLRHI OL 2 0 0 5 Objetos futuristas e interatividade: marcas registradas do evento Ame-a ou a odeie, mas ninguém fica indiferente à Bienal de Artes. A idéia era trazer a produção artística aos olhos do mundo e deixála na berlinda dos críticos e do público, principalmente. A exposição deste ano foi dividida em dois temas: “Sempre um pouco mais longe”, curada por Rosa Martinez, e “A experiência da arte”, montada por Maria Corral. A primeira, montada nas dependências dos velhos galpões do Arsenale - estaleiro naval do século 16 tinha como proposta, apresentar hoje os caminhos do amanhã, procurando identificar uma tendência. Já a segunda criou um percurso para proporcionar aos visitantes um contato direto e interativo com o que há de mais original na atualidade. Em alguns momentos, ambas mostras cruzam os seus limites até porque estabelecer uma fronteira fixa ao mundo das artes seria uma tarefa praticamente impossível diante da pluralidade de interpretações e leituras que pode suscitar uma obra de arte, seja ela qual for. Nos 9 mil metros quadrados de área disponível no Arsenale, estão as obras de 49 artistas escolhidas por Rosa Martínez por estarem, como ela explica, ‘’sempre um pouco mais longe’’, que, a propósito, é o nome da exposição. - O título eu tirei de um livro de contos de Corto Maltese, o personagem de Hugo Pratt. Ele é aberto e estimulante a ponto de não criar limites. Tentei incluir nesta mostra artistas que tenham dado uma continuidade ao trabalho nos últimos dez anos, que tenham sobrevivido às críticas. E tentei dar a esta mostra uma característica de uma viagem aos dramas e anseios do nosso mundo - disse Rosa. Logo na entrada, cartazes feministas e femininos Guerrilla Girls já causam um impacto visual ao mostrar mulheres submissas aos caprichos do homem. O, digamos, protesto continua metros adiante com um lustre realizado com 25 mil absorventes do tipo “O.B.”, da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos. A obra denuncia a hipocrisia das noivas que se casam com vestido branco na igreja mesmo não sendo mais virgem. E o caminho artístico cheio de contradições e encontros continua mais ou menos neste tom. Esculturas, pinturas, instalações, performances e vídeos ocupam todos os espaços disponíveis do Arsenale. Grande parte das obras apresentadas é audiovisual e facilita a interação com o espectador. A distribuição das peças obedece JULHO 2005 / ao critério de contraposição de eventos. Assim, uma instalação francesa de Stephen Dean sobre festas populares, entre elas as das torcidas de um clássico do futebol brasileiro, está na frente do vídeo mudo da artista Regina José, da Guatemala, que filmou a própria operação de reconstrução do hímen e acabou ganhando o prêmio Leão de Ouro para o Jovem, um dos quatro troféus distribuídos da Bienal. As leituras e interpretações podem e devem ser multifacetadas, mas ignorá-las e não discutilas seria uma grande perda de tempo. Um muro feito por bolsas de plástico ou um jardim cheio de sapos expressam, de uma forma ou de outra, um pensamento, uma mensagem e cabe ao visitante a tarefa de decodificá-la. “Sempre um pouco mais longe” foi levada ao pé-da-letra pela artista Mariko Mori. Ela criou a instalação Wave Ufo, uma nave espacial construída em fibra de carbono, alumínio e fibra e vidro e que proporciona aos curiosos uma viagem sensorial, quase extraterrestre pelo univer- Ame-a ou a odeie, mas ninguém fica indiferente à Bienal de Artes so das reações do corpo e da mente a impulsos audiovisuais enviados ao cérebro através de elétrodos aplicados no visitante. Louise Bourgeois, mais, digamos, com os pés no chão, mas também com cabeça nas nuvens, elaborou duas esculturas gêmeas de alumínio, em espiral, suspensas sobre a cabeça do visitante e apresentada como uma forma abstrata de controlar o caos. Enquanto a brasileira Valeska Soares fazia de um quiosque palco para um vídeo, projetando dois bailarinos de tango, a conterrânea Rivane Neuenschuwander instalou sete velhas máquinas de escrever para que as pessoas pudessem redigir mensagens. O problema é que ninguém alertou aos “escritores” que os teclados das letras foram substituídos por sinais de ponto. Ao final, as mensagens “pontualizadas” eram pregadas num mural. Do outro lado do Arsenale está a exposição “A experiência da arte”, de Maria Corral, montada no pavilhão Italiano, nos Giardini. A mostra apresenta o visitante à arte contemporânea. Pelas mãos COMUNITÀ ITALIANA de Maria desembarcaram 42 artistas entre famosos como Francis Bacon, Antoni Tápies e outros quase anônimos, mas criativos e originais. Num labirinto de salas, alas e corredores, o percurso da mostra revela escadas ao infinito - a instalação “doméstica” com os degraus fora de perspectiva -, lança-chamas usado como secador de cabelos gigante pendurado no teto e disparando jatos de ar quente sobre as pessoas, quadros e esculturas que provocam emoção e perplexidade. E para quem gosta de discutir sobre o que é arte, uma singular peça encerra, definitivamente, a polêmica sobre o que pode ou não ser arte. Ela é um quadro do português João Louro, com a tela em branco em cima de uma legenda escura na qual se lê os dotes físicos de Brigitte Bardot nos tempos do filme “E Deus criou a mulher”. Nesta época de exploração comercial do corpo da mulher, e exibida dentro de uma exposição organizada por uma curadora, esta obra de arte poderia até ser encaixada em um perfil, com o perdão do neologismo, “bienalmente” correta. O pavilhão italiano é apenas um dos outros 69 espalhados por Veneza, com cada um deles representando uma nação diferente e com mostras próprias. Depois de visitar a sede da principal exposição o visitante pode e deve conhecer a arte dos outros povos. Como a dos suíços. Logo na entrada do pavilhão helvético um relógio digital marca a contagem regressiva para o fim do mundo. No dia oficial de abertura da Bienal, às 10h, segundo as contas do artista Gianni Motti, o apocalipse final estaria a 4.999.999.993 anos, 202 dias, 14 horas e alguns segundos de distância. - O relógio está correndo desde 1999. Falta pouco menos de 5 bilhões de anos para que o sol desapareça. E como os suíços são os campeões da precisão da relojoaria decidi criar esta espécie de bomba relógio, que seria o último ato de terrorismo no mundo, representaria a destruição do universo - assinala o italiano (e apocalíptico) Gianni Motti. Segundo ele, o display digital tem 20 casas numéricas e o mecanismo foi construído por um matemático no Japão. No pavilhão do Brasil, o fotógrafo Caio Reisewitw retratou o poder em seus diferentes matizes, mostrando painéis com imagens de uma igreja barroca, a biblioteca do Real Gabinete Português, no Centro do Rio de Janeiro, a arquitetura do Palácio do Itamaraty e a sala da prefeitura de São Paulo. 9 Fotos: Cinzia Palladini Meio Ambiente ‘Rifiutilizzando’ Un’esperienza italiana di raccolta e trasformazione dei rifiuti lunga più di dieci anni. La necessità di condividerla con altri paesi per tentare di arginare il degrado ambientale Giordano Iapalucci B ottiglie dell’acqua che diventano occhiali. Contenitori di plastica che si trasformano in portachiavi. Riconversione, riciclaggio: queste le parole d’ordine da seguire per risolvere il problema della crescita di discariche e rifiuti. Questo e molto altro è stato illustrato nell’auditorio del municipio di Xerém (Rio de Janeiro), nei giorni 20 e 21 giugno da una delegazione italiana di esperti e operatori del settore. L’attenzione si è focalizzata sull’esperienza e sull’attività decennale, svolta nella regione Lombardia sul riutilizzo e trasformazione dei rifiuti, con l’obiettivo di trapiantarla in dodici municipi della Baixada Fluminense (Paracambi, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Nilópolis, Belford Roxo, Magé, Seropédica, São João do Meriti, Itaguaí, Mesquita e Queimados). All’incontro vi erano presenti, tra le autorità territoriali, il segretario allo sviluppo economico Jorge Rezende Soares di Duque de Caxias, mentre tra le autorità ospiti, alcuni membri della Giunta Regione Lombardia, vari rappresentanti della Ong “Amici della Terra” (la più grande associazione ambientale del mondo presente in più di 70 paesi e con più di 3 milioni di iscritti) ed i responsabili di alcune della più grandi aziende italiane impegnate nella raccolta, riciclo e recupero dei rifiuti e imballaggi in plastica come Conai (Consorzio Nazionale di Imballaggi) e Co.Re.Pla (Consorzio di Reciclaggio di Plastica). 10 Come ha spiegato Camillo Piazza, il presidente della organizzazione non governativa, “il progetto che vogliamo sviluppare qui nello Stato di Rio de Janeiro si suddivide temporalmente in due anni. Il primo consiste nell’organizzare una campagna di sensibilizzazione e di informazione a livello scolastico sulle potenzialità della raccolta differenziata. Nella seconda annualità l’obiettivo è quello di trovare una forma di collaborazione tra le imprese italiane e brasiliane per la produzione di un valore aggiunto incentrato su questo sistema di raccolta”. Nell’immediato, secondo la nota fatta circolare dalla Regione Lombardia e dall’associazione Amici della Terra, le forze saranno indirizzate su due tipi di obiettivo. Il primo di carattere generale, impostato sullo sviluppo del concetto ecologico con l’obiettivo della promozione e la costruzione della trasformazione di valori culturali, sociali e ambientali. Il secondo di carattere specifico, in cui verranno presi in esame la promozione di un laboratorio di riciclaggio con particolare enfasi alla produzione artistica, culturale e sociale; l’amministrazione di corsi di apprendistato per la formazione di agenti eco-sociali capaci di agire ed intervenire nel settore ambientale; la produzione e la distribuzione di materiale educativo e l’inscenazione teatrale rappresentante le cause e le conseguenze della distru- zione dell’ambiente. L’elemento focale sarà, quindi, quello di mettere al centro dell’operazione iniziale gli allievi di alcune delle scuole della Baixada, vedendoli come uno strumento di propagazione delle idee di preservazione dell’ambiente circostante nei confronti della loro comunità. In italia la raccolta differenziata ed il riciclaggio in altri materiali ha portato in questi ultimi 10 anni all’occupazione di circa 100.000 persone. Ma non si può misurare i risultati solo su un piano puramente economico. La maggior conservazione e il rispetto per la natura sono elementi che trascendono da una valutazione prettamente monetaristica. L’Italia ha già recepito ormai da anni, esattamente dal 1997 con il decreto Ronchi, la normativa europea in materia di recupero e riciclaggio di almeno il 30% dei rifiuti prodotti. Ed i risultati non sono mancati. Come sottolinea Piazza, “in alcuni comuni del Trentino Alto Adige si arriva a punte del 75%. Questo perchè l’Italia ha da sempre il problema delle materie prime. Siamo una nazione di trasformazione in cui le risorse primarie mancano. Siamo arrivati ad un punto in cui il costo della produzione del materiale, partendo dalla materia prima, costa di più rispetto al riutilizzo dei rifiuti. Essendo il costo del petrolio in Italia molto elevato, l’investimento da parte dei Comuni e delle Regioni sulla raccolta differenziata produce una grande economia. L’obiettivo, visto che l’ambiente è di tutti è fare in modo che questa esperienza possa essere portata a conoscenza anche sul territorio brasiliano. I rifiuti non devono più essere visti come dei problemi, ma come delle risorse”. Non si tratta, comunque di un progetto completamente nuovo per lo Stato di Rio de Janeiro. Ormai da 4 anni esiste, infatti, un ‘programma pilota’ di formazione e sensibilità a livello scolastico ed uno a livello di interscambio di tecnologie e know-how tra imprese italiane e brasiliane per il riciclo di rifiuti urbani, presente nel comune di Duque de Caxias. L’idea, ora, di allargare e portare questo progetto nella Baixada Fluminense è dovuta, come spiega la responsabile dei servizi di utilità pubblica della Giunta Regionale Lombardia Elena Magni “al fatto che questa zona è un ambiente molto simile a quello dell’interland milanese (area metropolitana che contorna tutta Milano). La Baixada presenta, infatti, due indici molto vicini a quelli milanesi. Si tratta della elevata densità demografica e dell’alta concetrazione industriale presenti in questa zona”. L’aver, quindi rilevato in questa regione due elementi importanti come questi, potrà facilitare e velocizzare questo piano di riciclaggio e riconversione nel campo dei rifiuti urbani e industriali. L’esperienza milanese ha avuto inizio nei primi anni novanta. Si sono venute a concentrare nei comuni limitrofi di Milano grandi aziede nel campo del trattamento dei rifiuti. Ma come molte cose avvengono, anche questa non è nata per puro caso. Nella regione più industrializzata d’Italia, qual’è la Lombardia, come spiega, Loris Riva, “tutto è cominciato con il terremoto dell’affare Tangentopoli nel 1992”. Milano, il capoluogo italiano dove si concen- COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 Rappresentanti della delegazione italiana discutono questioni ambientali tra Brasile e Italia trò maggiormente questa vicenda, che coinvolgeva politici e industriali, fu travolta da una situazione di emergenza senza precedenti. “Nessuno lo dice e lo ricorda, ma in quegli anni furono inquisite e poste sotto sequestro sei delle otto discariche milanesi”. Per gli amministratori lombardi, e nello specifico milanesi, si presentò, cosi una grande opportunità per imporre un ragionamento sulla raccolta differenziata e sull’educazione alla stessa, che andasse al di là della pura teoria. “Bisogna però avere ben presente una cosa – continua Riva – nonostante l’educazione rivolge un carattere fondamentale, senza una volontà politica forte, i risultati saranno sempre molto modesti”. Ma già in molti comuni italiani, purtroppo concentrati soltanto al centro-nord è già nata una coscienza in cui i rifiuti non sono più visti come un problema, ma come una risorsa. “Le maggiori difficoltà che incontriamo, sollecita Riva sono che in una società consumista e capitalista come la nostra, le grandi multinazionali non hanno un grande interesse nell’investire sul riciclaggio e riconversione. Il loro obiettivo è quello del consumo. L’obiettivo di noi amministratori pubblici è, invece quello di fare in modo che i rifiuti abbiano il più basso impatto possibile sul territorio. In Italia stiamo sviluppando strumenti alternativi come i termovalorizzatori per produrre calore. Qui in Brasile possono essere utlizzati nella produzione di energia elettrica per gli apparecchi di condizionamento. In questo senso viene ad assumere un ruolo importante l’idea dell’ecocompatibilità ”. Ovvero, la capacità di riconvertire i rifiuti in qualcosa di utile. Che sia energia, calore o altri beni di consumo. La presenza di una delle più grandi industrie di trasformazione di rifiuti italiana, la Co.Re.Pla si colloca ad hoc in questo progetto. Il suo presidente, Cesare Anzivino, spiega la ragione della loro presenza: “l’obiettivo della nostra azienda è quello di comprendere la realtà brasiliana e capire quali possono essere le potenzialità di implementazione di un modello analogo in Brasile sul quale trasferire le nostre esperienze. Questo per sviluppare successivamente un modello che sia in grado di raggiungere obiettivi di qualificazione ambientale nell’ambito e nel campo dei rifiuti e degli imballaggi di materiale plastico”. Tale consorzio si occupa principalmente di reciclare le cosidette ‘plastiche nobili, ovvero PET e HDPE “I rifiuti non devono più essere visti come dei problemi, ma come delle risorse” CAMILLO PIAZZA PRESIDENTE AMICI DELLA TERRA (politilene ad alta densità). Le scaglie di PET sono avviate alla produzione di fibre tessili e di altre bottiglie, mentre l’HDPE viene riconvertito in tubazioni, pannelli per pavimenti e film. Allo stesso tempo la Co.Re.Pla fornisce il materiale ad altri riciclatori e questi collocano sul mercato il materiale trasformato in oggetti come occhiali, portachiavi, penne ecc. “Nel caso del Brasile in particolare, - continua Anzivino - dove il grado di industrializzazione è già avanzato e dove vi è ricchezza di materie prime, può essere interessante per le aziende italiane, non solo trasferire tecnologia maturata da ormai un decennio, ma anche installare un sistema di raccolta che, nonostante il tempo tecnico necessario per essere avviato, può imporsi con successo”. Fondamentale, al fine di un buon risultato in termini di risposta civile alla raccolta differenziata è la conoscenza da parte delle istituzioni italiane della realtà brasiliana; assai differente da quella del Belpaese. Il responsabile di questo progetto Italia/Brasile, Enzo Patierno ha fatto capire che “il priorizzare la disseminazione nella società civile delle opportunità sia economiche come ambientali legate all’attività di raccolta porterà ad una automaticità nel giro di qualche anno che risulterà una ricchezza per la comunità regionale e la stessa società brasiliana. L’importante, ora è iniziare questo processo di sensibilizzazione, altrimenti questa automaticità non avrà mai luogo”. Comunidade Auguri, politica e... tarantella! Tra famosi e anonimi, quattromila festeggiano, al centro di Rio, i 59 anni della Repubblica Italiana Luciana Bezerra dos Santos e Nayra Garofle L a domenica piena di sole del 29 maggio a Rio de Janeiro per il carioca era un invito ad andare al mare, ma brasiliani – oriundi o no – e italiani hanno scelto un programma diverso: sono andati al centro della città a mangiare molta pizza e a ballare la tarantella alla Festa Nazionale Italiana organizzata dal Consolato locale. Nel mezzo di bancarelle che, è vero, avrebbero potuto avere più decorazioni attinenti alle tradizioni del Belpaese, circolavano circa 4mila persone, secondo i conti della Polfecional da Polícia Militar. L’ evento, che fa parte dei festeggiamenti del giorno ufficiale della Repubblica italiana, la cui Costituzione è stata promulgata il 1º gennaio 1948, ha contato sulla presenza del Ministro per gli Italiani all’Estero, Mirko Tremaglia, che ha scelto il Brasile per commemorare questa data così speciale, provando così l’importanza dell’avvicinamento tra le due nazioni, che viene intensificata dall’Ambasciata italiana con il Planalto. Personalità, tra le quali gli attori Paulo Betti, Suzana Faini, Marly Bueno e Ricardo Petraglia, hanno dato prestigio alla festa. Per concludere la visita del ministro Tremaglia, la Società Italiana di Rio de Janeiro ha offerto una festa di gala nel salone nobile del club Fluminense, a Laranjeiras, che ha contato sulla presenza del deputato Adroaldo Peixoto Garani. Durante l’incontro, il ministro ha suggerito l’implementazione del corso di italiano nelle scuole pubbliche dello stato. Erano presenti anche il console gene12 rale d’Italia a Rio, Ernesto Massimo Bellelli, e l’ambasciatore d’Italia in Brasile, Michele Valensise. Il ministro ha anche conosciuto il progetto “Universidade das Artes e Profissões”, sponsorizzato dall’Organizzazione Non Governativa ‘Cam- “L’ho letto sul giornale e l’ho trovato fico, in fondo sono discendente e mi piace essere vicino ai miei coloni” PAULO BETTI, ATTORE pus International pelo Aprendizado Politécnico Integrado (Ciapi) Moradia e Cidadania’, in partnership con la Caixa Econômica Federal. Inoltre, Tremaglia ha partecipato all’inaugurazione del Centro Médico do Hospital Italiano, che ha ricevuto il nome di suo figlio Marco Tremaglia, morto nell’aprile del 2000. L’agenda del ministro in Brasile era piena. Dopo aver lasciato Rio, il giorno dopo la festa, 50 MILA ITALIANI VIVONO A RIO È stata la prima volta che la Festa della Repubblica italiana a Rio è avvenuta all’aperto, davanti alla Casa d’Italia, nell’ avenida Presidente Antônio Carlos, in centro. Secondo il console Bellelli, la reazione della comunità all’evento è stata abbastanza positiva: - L’investimento fatto per la festa è stato di circa R$ 160mila, di cui l’80% venuto da sponsor di San Paolo, Rio e dalla regione Sicilia, in Italia. Il Consolato ha contribuito con appena il 20% del valore investito nell’evento. Mi sono pervenute varie lettere con suggerimenti per la prossima edizione. Dati consolari indicano che, in questo momento, abitano nella città circa 50mila italiani. Il numero di discendenti nello stato, dice Bellelli, è di oltre 600mila persone. Invece in tutto il Brasile la stima è che ci siano circa 25 milioni di discendenti. L’anno prossimo, risalta il console, l’evento potrebbe essere trasferito alla Marina da Gloria. Il presentatore ufficiale della festa, lo speaker di radio Roberto Canázio, ha ricordato la storia dei 50 anni di regime politico italiano. Nel 1946, gli italiani grazie ad un referendum dovettero scegliere tra repubblica e monarchia. Il 2 giugno dello stesso anno l’Italia scelse il suo destino: la repubblica. - Trovandomi qui, ho potuto riscattare valori che mi erano stati tramandati dalla mia nonna materna – ha detto Canázio. Secondo l’analista di sistemi e discendente di italiani Maria Teresa Marino, 38, l’iniziativa di realizzare una festa all’aperto è stata molto bella. - E’ la prima volta che fanno una festa così e mi sta piacendo molto. Prima noi non potevamo parteciparvi – ha commentato. Ma alla festa non hanno partecipato soltanto gli italo-brasiliani. - Solo il fatto di poter ascoltare bella musica ed avere accesso ad un’altra cultura così, gratis, è meraviglioso. Penso solo che ci sarebbero dovute essere più informazioni sul motivo dell’evento – ha suggerito la professoressa di storia e discendente polacca Selma Zalcman, 51. La festa di quest’anno è finita in clima di samba, con la presentazione della Estação Primeira de Mangueira. COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 Gente famosa Jerry Adriani e gli attori Paulo Betti e Ricardo Petraglia hanno dato prestigio alla festa U na delle principali icone della Jovem Guarda, Jerry Adriani, che ha registrato il suo primo disco nel 1964 cantando in italiano, ha aperto i festeggiamenti del Giorno Ufficiale della Repubblica Italiana al centro di Rio. Come una specie di ritorno al passato, Adriani ha messo in risalto il fatto di essere molto felice di partecipare ad un evento in omaggio all’Italia. - Sono discendente di italiani da parte dei nonni materni visto che sono stato allevato da loro, quindi la cultura italiana è profondamente insita in me. Ho cominciato la mia carriera cantando canzoni in italiano. Tutto questo un anno prima del successo della Jovem Guarda. Cantare per gli italiani è un piacere. Loro hanno accompagnato fin dall’inizio la mia traiettoria musicale – ha detto. Jerry Adriani è cresciuto in uno dei quartieri più napoletani di San Paolo, il Brás, ed ascoltava dai suoi notti storie sull’Italia. È stato da allora che si è risvegliato in lui l’interesse per la musica, la cultura e la lingua di Luciano Pavarotti. Tant’è vero che buona parte della sua traiettoria musicale è composta da canzoni romantiche del Belpaese. Chi non si ricorda di successi come “Io”, del 1996, e “Forza Sempre”, del 1999? In “Terra nostra”, telenovela di Benedito Ruy Barbosa, Jerry ha fatto delle particine e ha cantato Santa Lucia, sempre in italiano. In tutto ha 28 dischi incisi. L’ultimo, lanciato recentemente, “Um barzinho, um violão”, ha 22 canzoni, alcune di esse in pot-pourri. Inoltre, il cantante sta preparando per la seconda metà dell’anno un DVD con i suoi maggiori successi. Nel repertorio, canzoni italiane, Elvis Presley, Renato Russo (Legião Urbana), Jovem Guarda, oltre ad altri classici della MPB. Anche l’attore Ricardo Petraglia è salito sul palco ed ha sorteggiato vari regali tra i presenti. Secondo lui, il consolato di Rio dovrebbe promuovere più feste come questa. - Questo nuovo console ha dimostrato che è qui per lavorare. Gli italiani hanno bisogno di iniziative come questa. È una maniera di integrare i coloni che abitano nella città – ha messo in distacco. L’interesse di Ricardo per l’Italia viene da lontano. Oltre ad aver vissuto a Roma, l’attore ha partecipato al film di Bruno Barreto “Gabriella”, il cui protagonista era Marcello Mastroianni. Il suo ultimo lavoro televisivo è stata una partecipazione speciale nella telenovela della Rede Globo “A lua me disse”, di Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. L’attore sta lavorando alla pièce di Mario Bertolotto “A meduza de ray bam”, al teatro Ziembinsk, a Rio de Janeiro. Anche un altro oriundo legittimo, l’attore Paulo Betti, ha dato prestigio all’evento. I suoi avi arrivarono in Brasile nel 1897 sulla nave Micelli Lazzaroni che, secondo l’attore, è naufragata durante il viaggio di ritorno. Questa è una delle tante storie che Paulo ricorda con emozione. - Mi interessa tutto ciò che riguarda l’Italia. Ho cominciato a studiare italiano per integrarmi ancora di più alla cultura portata dai miei nonni. Uno dei miei primi lavori in italiano è stato nella telenovela di Benedito Ruy Barbosa, na TV Bandeirantes, “Os Imigrantes”. A teatro, ho diretto delle commedie di Pirandello, oltre ad aver partecipato al film “Oriundi”, sull’immigrazione italiana in Brasile, con Anthony Quinn – ha ricordato Paulo Betti. L’attore ha partecipato all’evento spontaneamente, dopo aver letto una notizie sulla stampa. Fernando Julião ha visitato comunità italiane di San Paolo, Belo Horizonte e Curitiba. Durante il viaggio, Tremaglia ha messo in risalto che è importante che gli imprenditori italiani in tutto il mondo si avvicinino all’economia italiana. Sorpreso col numero di italiani e discendenti in Brasile (circa 25 milioni), il ministro ha rafforzato la politica di avvicinamento economico tra i due paesi. In fondo, a capo di cinque ministeri del governo di Luis Inàcio Lula da Silva ci sono oriundi. Situazione che ha definito “straordinaria” e senza pari in nessun altra regione nel mondo. Il ministro, durante il suo viaggio per il Brasile, ha preannunciato che organizzerà un grande incontro, a Roma alla fine dell’anno, in cui pensa di riunire circa 400 deputati e senatori di origine italiana di vari paesi. Adriani e il suo maggior successo: ‘Doce, doce amor’ - L’ho letto sul giornale e mi è sembrato fico, in fondo sono discendente e mi piace essere vicino ai miei coloni – ha affermato. Per quanto riguarda il lungometraggio ‘Cafundò’, Paulo Betti ha detto a Comunità che la produzione del film è finita con anteprima prevista nella seconda metà dell’anno a San Paolo. Però, prima parteciperà al Festival di Cinema Brasiliano che ha luogo dall’11 al 15 luglio a New York e, il 21, al Festival Internacional de Cinema di Brasilia. Il film è una cronaca romanzata sulla vita di João de Camargo, uno schiavo liberato e che si suppone faccia miracoli, vissuto agli inizi del sec. XX a Sorocaba, nell’entroterra di San Paolo. Camargo ha vissuto vicino all’azienda agricola dove lavorava il nonno di Betti. L’attore prepara anche il documentario “Garibaldi in America” sulla vita del rivoluzionario Giuseppe Garibaldi. La regia sarà di un regista italiano il cui nome non è stato ancora definito. Mangia che ti fa bene C he la gola sia uno dei sette peccati capitali lo sanno già tutti, ma quando ci si trova di fronte alle leccornie italiane il peccato – malgrado padrenostri e rosari – può raddoppiare. Non c’è chi resista ad un piatto di ravioli o a un risotto ai funghi. Pizza, poi, neanche a parlarne… vino, pane, dolci. La lista dei “deliziosi peccati” della culinaria del Belpaese è interminabile. Non c’è stato chi non si arrendesse al “peccato” durante l’intervallo di ogni presentazione. File per mangiare le delizie gastronomiche serpeggiavano nell’evento. Le bancarelle più affollate erano quelle dei ristoranti Da Carmine, Família Italiana / Mio Ristorante e Mario Tacconi (conosciuto come il pizzaiolo di Faustão). Secondo il proprietario del Família Italiana e o Mio Ristorante, Eder Hask, 25, il risotto e il dolce tiramisù erano i più consumati nei suoi spazi - Non so quanti piatti di risotto sono stati venduti, so soltanto che è stato il più richiesto, insieme al famoso tiramisù, dolce di crema con biscotto inglese e liquore di caffé – ha concluso. JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA Fernando Julião Ernane D. A. Comunidade Pizze, le preferite alla festa repubblicana 13 Política I politici italiani devono imparare la politica degli italiani nel mondo Giordano Iapalucci Fotos: Ernane D. Assumpção Nella sua visita in Brasile, il ministro Tremaglia ha incontrato esponenti delle istituzioni brasiliane, come alcuni deputati dello Stato di Rio de Janeiro e il presidente della Repubblica brasiliana Luiz Inácio Lula da Silva. Ha inoltre illustrato il processo di approvazione della legge che nel giugno del 2006 porterà alle urne circa quattro milioni di italiani residenti all’estero ale votazioni politiche 14 N el suo caloroso intervento al 4° piano della Casa d’Italia a Rio de Janeiro il ministro per gli italiani all’estero, Mirko Tremaglia, ha tratteggiato e fatto un bilancio dei suoi primi quattro anni al suo ministero. La volontà dell’on. Tremaglia nella creazione di tale dicastero ha voluto essere da sempre un punto di riferimento al rilancio delle relazioni economico-sociali e politiche tra gli italiani residenti all’estero e la madrepatria. Ma non solo. La sua decennale battaglia a favore del riconoscimento politico degli italiani all’estero ha alla base l’idea che “la piena democrazia sarà compiuta solo quando ci sarà il suffragio universale per tutti”; intendendo appunto coloro che risiedono all’estero. Si è trattato di un discorso in omaggio a tutti gli italiani che nella loro emigrazione - chi alla ricerca obbligata di una nuova vita, chi, alla ricerca di fortuna - “hanno dato sacrificio e dolore e talvolta subito anche discriminazione”. Ma come ha ribadito il ministro è stata una sofferenza reciproca: “in tutti questi anni ho patito per portare a termine una battaglia politica che ora si sta trasformando in una battaglia sociale in cui è necessario superare questioni di parte e partito”. Non sono poi mancate le critiche alla classe dirigente italiana la quale, secondo Tremaglia, “non si è mai accorta non solo delle tragedie accadute agli stessi italiani all’estero, ma che l’emigrazione è una risorsa importantissima. Siamo riusciti ad esportare la festa del 2 giugno perché anche qui è Italia. I politici italiani devono imparare la politica degli italiani nel mondo”. Si parla di circa 4 milioni di italiani registrati nei vari consolati italiani nel mondo, ai quali è indirizzata appunto la legge nr. 459 del 27 dicembre 2001 con la quale si istituiscono “le norme per l’esercizio del diritto di voto dei cittadini italiani residenti all’estero”(pubblicata sulla Gazzetta Ufficiale nr.4 del 5 gennaio 2002). Si tratta di una legge, sottolinea il ministro, che “è il risultato di due leggi di revisione costituzionale. Siamo riusciti a cambiare due volte la costituzione italiana e questo di per sé è un fatto straordinario.” Con tale legge, agli italiani residenti all’estero, viene attribuito il diritto ad eleggere, nell’ambito della Circoscrizione Estero, sei senatori e dodici deputati. Non solo. Potranno anche esprimere il proprio voto per i referendum abrogativi (come quello del 12 di giugno sulla procreazione assistita). Incomincerà, quindi, a breve anche la scelta da parte dei partiti per i candidati a deputato e senatore nella circoscrizione dell’America meridionale. La distribuzione dei 18 seggi prevede infatti rispettivamente 4 seggi alla Camera dei deputati e 2 seggi al Senato per il Sud-America. Il ministro ha voluto ricordare, e lo ha fatto a più riprese, la giornata del lavoro e del sacrificio dei connazionali residenti all’estero. Si tratta dell’8 agosto, giornata, purtroppo amara da ricordare: nel 1956, in Belgio, nella località di Marcinelle 136 minatori italiani morirono a causa del micidiale grisù (miscuglio esplosivo di gas metano e aria che si sviluppa nelle miniere di carbone fossile). COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 Durante l’incontro con l’Assemblea Legislativa di Rio de Janeiro, a cui hanno partecipato i deputati Adroaldo Peixoto Garani (PSC), Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e Heloneida Studart (PT), il Ministro ha ammesso che “dopo il ‘No’ della Francia alla costituzione europea dovremo, ancora di più, rafforzare i rapporti con l’America Latina. L’Europa, cosi com’è deve guardare di più al Mercosul”. Ha inoltre annunciato che per dicembre di quest’anno sta programmando un convegno a Roma con tutti i 398 parlamentari stranieri di origine italiana, il presidente della Camera italiana Pierferdinando Casini e il presidente del Senato italiano Marcello Pera per una maggiore collaborazione politica e per un rilancio della cultura italiana all’estero. Molto interessante e con un approccio più tecnico è stato poi il confronto del ministro con il presidente ed alcuni consiglieri dei comitati degli italiani all’estero, i quali hanno presentato i loro progetti, proposte ed idee di azione, mirate alla soluzione di problemi relativi all’assistenza diretta ed indiretta ai connazionali residenti nello stato. Il presidente del Comites, Francesco Perrotta, ha messo in risalto le difficoltà economiche degli ultimi anni, ovvero da quando i finanziamenti ai comitati sono stati ridotti da circa 21.000 euro del 2004 agli attuali 16.000 euro. È venuta fuori, inoltre, in maniera diffusa tra tutti i consiglieri del Comites, una preoccupazione: la sensazione di una minor attenzione da parte dell’Italia verso gli italiani residenti in Brasile, rispetto alla colonia italiana in Argentina. Perrotta ha sottolineato: “Ci sono circa 25 milioni di italiani in Brasile contro i 15 milioni circa di italiani in Argentina. È necessario dire, poi, che la comunità italiana in Argentina vive per la stragrande maggioranza a Buenos Aires, mentre in Brasile, questa è maggiormente dispersa sul suo territorio. Questo, inevitabilmente porta a maggiori spese di comunicazione e di spostamento da parte dei comitati”. Data la grande importanza che rivolgono gli italiani o discendenti di italiani nel mondo imprenditoriale brasiliano, (nello stato dello Spirito Santo, per esempio detengono circa il 75% del prodotto interno lordo) il consigliere del Comites dell’Espirito Santo, Giovanni Castagna ha richiesto fermamente al Ministro di “rafforzare il commercio estero in modo tale da indirizzare e focalizzare la sua attività su aree specifiche di carattere prevalentemente italiane”. Ovvero, tramite i canali ufficiali e diplomatici indirizzare l’attenzione su settori specificatamente italiani, come ad esempio il tessile, le industrie di estrazione e lavorazione del marmo ecc. “Sarebbe importante, anche per l’Italia, che cosi avrebbe la possibilità di trovare una partnership con le imprese italiane qui in Brasile”. Durante la sua visita in Brasile il ministro ha confermato che non sarà certo tralasciato l’aspetto nevralgico relativo al sostegno e al supporto del settore economico ed imprenditoriale nei confronti degli italiani residenti in Brasile. E c’è già chi si è già messo all’opera per creare nuove strade alla ricerca di rapporti e legami tra JULHO 2005 / imprenditori con le loro potenziali controparti brasiliane nel primo semestre 2006, alla cui presenza vi sarà anche il presidente di Confindustria Luca Cordero di Montezemolo”. L’invito è stato lanciato ora agli altri stati come Rio de Janeiro, Spirito Santo e Minas Gerais nel seguire la strada intrapresa da San Paolo. Nel finale del suo incontro con i comites, il ministro ha voluto promuovere il programma chiamato “win-win”. Un progetto dedicato agli italiani residenti all’estero per i quali sono previsti sconti ed agevolazioni su biglietti aerei, treni e pernottamenti in Italia. “Ci guadagnano tutti - ha detto - l’italiano che vive all’estero e il turismo in Italia”. La visita di Tremaglia al presidente Lula, avvenuta nei giorni successivi alla sua visita nella Città Meravigliosa, “la prima di un ministro italiano”, come Tremaglia ha ricordato più volte, lascia intuire la necessità e la voglia di rafforzare i legami istituzionali per una maggior unione tra i rapporti Italia/Brasile”. “Dopo il No della Francia alla Costituzione Europea dovremo ancora di più rafforzare i rapporti con l’America Latina” CHEF DI CUCINA SONO PREMIATI MIRKO TREMAGLIA imprese italiane e brasiliane. Come ha annunciato l’ambasciatore Valensise, lo stato di San Paolo, si sta già muovendo in questa direzione. Sono, infatti, iniziati i contatti tra ministero degli esteri italiano, Confindustria, Istituto Commercio Estero (ICE) e Federazione delle Industrie dello Stato di San Paolo (FIESP) per “far incontrare circa 200 COMUNITÀ ITALIANA Sono stati premiati da Tremaglia, dopo il suo intervento nella sala dell’Istituto Italiano di Cultura, alcuni dei migliori chef di cucina italiani di Rio de Janeiro. Si tratta effettivamente di un giusto riconoscimento dopo anche il primo convegno internazionale dei ristoratori italiani nel mondo, che lo stesso ministro aveva organizzato dal 29 novembre al 1 dicembre 2004. La delegazione di Rio de Janeiro della dell’Accademia italiana della Cucina ha comunque fatto notare come alla consegna dei riconoscimenti e dei meriti nell’attività culinaria mancavano alcuni dei più importanti ristoratori italiani a Rio, i cui ristoranti sono citati nelle più note guide di gastronomia. Nel settore della ristorazione, l’Italia può contare su circa 61.000 ristoranti italiani dispersi nel mondo che sviluppano un fatturato annuo di più di 27 miliardi di euro e che accolgono un miliardo di clienti ogni anno. Il ministro Tremaglia durante l´incontro con i Comites 15 Política ‘Servizi sanitari gratuiti anche per gli italiani all’estero’ Giordano Iapalucci I Fotos: Ernane D. Assumpção l ministro Tremaglia ha dedicato la propria vita politica per raggiungimento del diritto al voto da parte degli italiani residenti all’estero. Ora, avviato a termine tale obiettivo, propone nuove sfide rivolte nell’ambito sociale. La sua lotta, poi alla partitocrazia, come lui sostiene, lo porta a criticare e a bocciare su tutti i fronti la proposta del premier Berlusconi di un Partito Unico di destra Nella sua visita a Rio de Janeiro, Mirko Tremaglia, da circa quattro anni alla guida del Ministero per gli Italiani all’estero, ha tracciato un bilancio della sua guida al dicastero. Ha illustrato come la sua vita politica sia stata spesa alla ricerca di quello che secondo lui è il completamento della democrazia in Italia: il voto agli italiani all’estero. Si tratta, infatti di una novità assoluta per gli oltre 4 milioni di italiani che già nel 2006 si vedranno recapitare a casa i plichi elettorali, relativi alle prossime elezioni politiche italiane. Con questo riconoscimento politico, la “stagione” dei diritti per gli italiani all’estero è solo all’inizio. Nella sua intervista, il ministro ha parlato infatti dei progetti in corso di approvazione e quelli che ancora sono sul piano programmatico. Tremaglia nella sua visita all´Ospedale italiano 16 CI-Quali sono i progetti sociali rivolti agli italiani all’estero che il suo Ministero sta portando avanti e che ha già perorato? Tremaglia - Il nostro ministero ha vinto una grande battaglia quando è riuscito a garantire il minimo pensionistico anche per gli italiani all’estero. In Italia, qualche anno fa, vi è stata una riforma rivolta a chi non arrivava con la pensione al milione di vecchie lire al mese. Questa è stata una battaglia portata avanti da me anche per coloro che risiedono all’estero. Ma le spiego come è avvenuta la cosa: l’allora ministro dell’economia Tremonti, aveva dato il suo si, ma nel contempo aveva inserito sul testo di legge una clausola in cui si diceva che il minimo pensionistico doveva essere previsto solo per coloro che avessero versato contributi in Italia per almeno 10 anni. Poiché non li aveva versati nessuno rimanevano tutti fuori. Allora io ho fatto inserire un’altra riga al testo di legge in cui si diceva che nel caso la quota destinata a chi avesse i 10 anni di contributi non fosse stata consumata tutta, l’avremmo potuta dividere per coloro che non avevano versato i contributi per 10 anni. Poiché non vi era nessuno appartenente al primo gruppo, sono entrato in possesso di tutti i fondi e gli italiani all’estero hanno avuto dal gennaio 2003 le loro pensioni minime di un milione di vecchie lire al mese, come gli italiani in Italia. CI - Cosa ne pensa della proposta di inserire gli Ospedali Italiani presenti nel mondo, o comunque quelli in cui le comunità italia- COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 ne sono più numerose nel Sistema Sanitario Nazionale Italiano? Tremaglia - Si tratta di una proposta molto giusta. Ci sono circa 45 ospedali italiani nel mondo. Le posso dire che abbiamo fatto nascere un’alleanza tra gli ospedali italiani nel mondo, il Ministero della Salute italiana ed il nostro Ministero degli Italiani nel Mondo. Si è iniziato un processo che ha portato ad una forte intesa mirata ad uno scambio di informazioni telematiche tra questi organi, gli ospedali nazionali e quelli esistenti fuori dal territorio nazionale. Questo quindi è già un primo passo nell’inserimento degli ospedali italiani nel sistema sanitario italiano. Un passo telematico, ma pur sempre un passo importante. CI - Si arriverà quindi alla situazione in cui gli italiani residenti all’estero non dovranno più pagare i servizi sanitari in tali ospedali? Tremaglia - Si, certo. Ma in questo senso è nata quella di cui stavo dicendo “alleanza sociale” tra gli ospedali italiani e quelli nel mondo. Si tratta di aspettare i tempi tecnici di attuazione, ai quali non possiamo sottrarci. Come in tutte le cose la burocrazia ha il suo ruolo. Ma è ormai inevitabile che dopo il diritto al voto, ora inizia la stagione dei diritti sociali per gli italiani all’estero. Ed io su questo mi batterò come ho fatto sempre. CI - C’è stata da parte di Berlusconi la proposta di un Partito Unico di Destra. Qual è la sua posizione a riguardo? Tremaglia - Oltre alla mia lotta per il voto per gli italiani nel mondo, non ci si può dimenticare della mia lotta alla partitocrazia. Talvolta ci si dimentica il nostro vero obiettivo che è quello di risolvere i problemi degli italiani. Se mi si chiede se sono a favore o meno al Partito Unico della destra, rispondo di no. Tutto questo porta al taglio delle radici, alla perdita delle identità e dei valori. In questo l’on. Fini insiste, ma per Alleanza Nazionale, ad esempio, da quando il MSI ha cambiato nome undici anni fa, il problema più grande è stato di non riuscire a portare voti. Un esempio emblematico sono le votazioni a Catania dove ha preso circa il 7-8%. È una cosa che non va bene, se pensiamo che il MSI era riuscito anche ad arrivare al 30%. È necessario, quindi richiamare Fini ai nostri valori e dare un senso nuovo al nostro partito. Io sono per un patto formale con le categorie. Dal commercio alle industrie, dalla cultura all’arte, come per esempio gli italiani che vivono nel mondo, per stracciare questo interesse dei partiti per i partiti. Arrivare, quindi a garantire una rappresentanza parlamentare alle categorie. Si può dunque pensare di arrivare ad una federazione tra formazioni politiche che abbiano in comune la politica dell’italianità. E questa è una grande idea. Solo cosi si fanno le riforme e si abbatte la partitocrazia. Il Partito Unico non è possibile. CI - Lei parla di una perdita di identità anche sotto un aspetto sociale? Tremaglia - Si, certamente. E proprio per questo mi sento molto vicino alle idee del ministro Alemanno. Si deve aprire il discorso dell’”unità JULHO 2005 / “Se mi si chiedete se sono a favore o meno al Partito Unico della Destra, rispondo di no” di azione” con le categorie del mondo del lavoro e della produzione. Interessi di categoria e interessi generali potranno esprimere una qualificata rappresentanza parlamentare. Parliamo un nuovo linguaggio. Lanciamo una volta per sempre questa politica nuova da noi guidata: la Confederazione degli Italiani, in cui le forze politiche mantengono le proprie identità, ma che nello stesso tempo si alleano con le forze della produzione e del lavoro, dall’agricoltura, al commercio, agli artigiani, all’industria, alle libere professioni, alla cultura che esprimono le richieste e le volontà della società civile in Italia. COMUNITÀ ITALIANA CI - Dopo le elezioni amministrative di aprile, ritiene ancora valido il nome di Berlusconi a candidato premier per il centro destra o vede qualche alternativa a riguardo? Tremaglia - Obiettivamente per quanto mi riguarda non è un discorso che mi interessa. Ma ritengo, ad ogni modo che non ci siano nemmeno le condizioni per cambiare premier. C’è forse da ritoccare e cambiare politica, che è quello che si aspettano ed attendono gli italiani. Mi pare che sia in questo il cambiamento vero. CI - Ha mai pensato, dopo la scissione della Mussolini da Alleanza Nazionale, di unirsi al suo partito? Tremaglia - No, mai. Non sono uno che cambia bandiera cosi facilmente. Non l’ho mai cambiata nella mia vita. Semmai cerco di far cambiare indirizzo, quando lo ritengo sbagliato. Sono sempre stato fedele ai miei principi. Quello che non bisogna mai fare è strumentalizzare la storia della politica. CI - Lei si è sempre dichiarato una persona della storica destra sociale. Come ritiene che questo si possa conciliare con un governo Berlusconi dichiaratamente liberista? Tremaglia - Ma se andate a vedere noi abbiamo toccato molti aspetti sociali in Italia. Come il già ricordato aumento delle pensioni minime. Ci sono anche situazioni che non ci piacciono, ma rientrano in un compromesso sistematico. Ci sono poi dei limiti a tutto questo. Ci sono dei principi che non possono essere superati. CI - Quali sono le sue posizioni riguardo il referendum sulla procreazione assistita? Tremaglia - Voi sapete molto bene quale è stata la mia grande battaglia; la battaglia della mia vita. Una battaglia di civiltà: il voto degli italiani all’estero. È su quello che io sono impegnato, anche sul piano della propaganda. Ma lo ripeto: sono contro soluzioni di partito. Per questo referendum ho ricevuto il Comitato del Si, il Comitato delle Astensioni “Scienza e Vita” che fa capo all’on. Carlo Casini, ho ricevuto il messaggio del Cardinale Ruini ed ho ascoltato il solenne appello del Santo Padre. 17 Economia A AVENTURA NO VINHO Oriundi de ‘um bilhão de reais’ Raul Randon já foi ferreiro e serralheiro e hoje mantém um dos maiores impérios empresarias do Brasil Luciana Bezerra dos Santos C axias do Sul (RS) - O ano era o de 1951. Seu Abramo Randon e sua esposa Elizabethe olham para seus filhos, Raul Anselmo e Hercílio, e se perguntam: “E agora?”. Após um incêndio perderam tudo. Casa, trabalho... tudo. Ou quase tudo. Só não perderam um bem, que para muitos, é “coisa mesmo de italiano”: esperança. A historia parece enredo de telenovela de época, mas foi assim que a família Randon arregaçou as mangas e hoje, tendo a frente, Raul, ergueu um império empresarial, instalado em Caxias do Sul (RS), envolvendo caminhões, freios automotivos, queijo, maçãs e vinhos, dos mais bem sucedidos no Brasil, com receita de R$ 1,5 bilhão por ano. Vale realmente um roteiro. A retomada começou em 1953, quando o ex-ferreiro e serralheiro Raul Randon conheceu o italiano Primo Fonte Bacco, que chegou ao Brasil depois da Segunda Guerra. Bacco viu em Randon o homem certo para tocar seu sonho em nova terra: fazer freios para reboque de caminhão. Tempos depois, o ítalo-brasileiro foi à Milão e descobriu que 80% dos produtos transportados no país seguiam por via terrestre. Não mediu esforços, comprou um terreno maior e implantou uma fábrica para construir mil unidades por mês de freios, chassis. Não tardaria para que a fábrica de caminhões saísse do papel, graças a uma parceira com empresários suecos. - Tivemos anos de crise, de 81 a 82, mas suportamos muito bem. Hoje temos 6400 fun18 cionários diretos. Sempre procurei fazer parcerias com empresas grandes, multinacionais para que se tenha mercado e não só dinheiro – recorda Randon. A rotina do “homem de um bilhão de reais”, como é conhecido no mercado, é regada por chimarrão. Com ele em punho, passeia pelas empresas e, sobretudo, nas plantações de maçã na serra gaúcha. Quando não está no trabalho, Randon refugia-se com dona Nilva Terezinha D’Agostini, com quem é casado desde 1956, em uma de suas quatro fazendas em Vacaria, também no interior do Rio Grande do Sul. O império? Este fica com a prole enquanto descansa. - Tenho cinco filhos, sendo que quatro trabalham na empresa, três homens e uma mulher, que é médica. O mais novo faz MBA nos EUA. EXPORTAÇÕES A família não tem do que se queixar. As exportações estão intensas este ano. Só a Fras-Le deve fornecer, até dezembro, cerca de US$ 30 milhões em exportações para os EUA em materiais de fricção para veículos. Já a Suspensys, uma das principais fabricantes mundiais de vigas de eixos para veículos comerciais pesados, deverá exportar 50 mil unidades de vigas de eixo. Já a América do Sul continua sendo um mercado regular, para onde serão enviados em torno de 1000 unidades da Randon Implementos. Randon não esconde que lidar com a terra é seu prazer. O clima árido de uma fábrica não o comove como a colheita de suas maçãs e, agora, a de uvas para o seu vinho, em parceria com a vinícola Miolo. Em quase seis anos, o negócio representa ainda pouco para o grupo e as exportações são tímidas. Apenas 1% do faturamento de R$ 50 milhões da vinícola é obtido com clientes do exterior. Mas como tudo em que o oriundi Raul Randon toca parece virar ouro... O vinho RAR 2002, iniciais do seu nome, lançado em 2004, conquistou seu espaço no mercado brasileiro. Depois de o RAR 2002 estar praticamente esgotado nos pontos-de-venda, Miolo e Randon lançaram o RAR 2003 em maio. A oferta deste ano será maior do que a de 2004 – total de 45 mil garrafas. No ano passado, foram 27 mil. - Quando estivermos em plena produção, em dois anos, serão 120 mil garrafas – anuncia Randon, que apesar de viver a maior parte dos seus 76 anos no Rio Grande do Sul, é catarinense, de Tangará. ALFINETADA NO PLANALTO Apesar da vida de sucesso no Sul, algo vem incomodando Randon: os juros. Segundo ele, “os mais caros do mundo”, que inviabiliza qualquer esforço na geração de empregos. - Até quando os empresários vão agüentar pagar 42% de impostos sobre o PIB? Isso dá medo na gente. Tiradentes foi enforcado porque brigou com os portugueses, que cobravam 20% de impostos, e a Revolução Farroupilha surgiu porque o Império cobrava 20% sobre o charque. Na Alemanha, se paga 3% de juros ao ano, nos Estados Unidos, são 4% para investir. No Brasil, os juros são de 8%, assim não há condições – esbraveja Randon. O empresário recomenda ao Planalto ser mais claro em suas propostas. Randon reconhece que às vezes custa a entender o que o próprio presidente Lula quer dizer. Segundo ele, tudo soa evasivo: - O governo fala uma coisa e depois faz outra. Mas se no presente o Planalto se perde em indecifráveis metáforas, a Randon trata de olhar para futuro: A previsão da holding é de que as exportações somem US$ 1 bilhão até 2012. COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 S e le decisioni sulle politiche di mercato a Brasilia erano lente, ora – con le denunce della supposta onda di corruzione alla Camera dei deputati – frenare dovrà essere la parola d’ordine fino a quando si calmino le acque. Tra i segmenti che potranno essere seriamente attinti vi è quello del vino. Come ha rivelato il servizio della scorsa Comunità, il settore – malgrado gli ottimi raccolti degli ultimi quattro anni – è in permanente apprensione dovuto ai feroci attacchi dei vini argentini e cileni, senza che il governo tracci un minimo di reazione protezionista verso il prodotto interno. Chi ne subirà le dure conseguenze saranno le piccole aziende e le circa 16mila famiglie – la maggior parte discendenti da italiani – di produttori di uva della regione della Vale dos Vinhedos, dove si trova concentrato circa il 90% della produzione nazionale di vini. - Se non ci sarà una più forte difesa da parte del governo federale, il settore verrà sottomesso ad una crisi in breve. Questo potrà succedere nella prossima vendemmia (nel 2006), visto che i produttori non avranno a chi consegnare il raccolto, dovuto al grande stock delle aziende – avvisa il presidente esecutivo dell’Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Pavani. L’Ibravin, dice Pavani, ha intavolato col governo innumerevoli discussioni e proposte negli ultimi due anni e mezzo. E solo il mese scorso c’è stato un avvicinamento col governo ed i produttori argentini per equilibrare le esportazioni di vino argentino al Brasile. Malgrado questo, secondo Pavani, le azioni del Planalto continuano ad essere ‘molto lente’, specialmente per ciò che riguarda i carichi tributari, il cui peso è maggiore per il produttore nazionale che per quello argentino o cileno. La crescita del settore, spiega, dipende dalla riduzione dei carichi tributari e anche da un cambiamento concettuale sul vino, oggi classificato come bevanda alcolica e non come alimento. - Il valore del carico tributario del vino si aggira sul 42% a bottiglia. Non possiamo ammettere che gli affari tra Brasile e Argentina ci mettano in una situazione di rischio, ché all’improvviso potremmo non avere più come soprav- VINO Piede sul freno a Brasilia? Viticoltori temono che crisi politica possa ridurre ancora di più azioni del governo proteggendo mercato interno dall’avanzata degli argentini Luciana Bezerra dos Santos “Senza difesa, la prossima vendemmia di vino nazionale potrà entrare in crisi” CARLOS PAVIANI, IBRAVIN Gilmar Gomes Já da Rasip, empresa agroindustrial que produz queijos finos e planta maçã, saem cerca de 40 mil toneladas de maçãs por ano ou 5% da produção nacional. A maior parte é enviada aos Estados Unidos, Europa e Ásia. Um negócio que rende ao empresário R$ 35,5 milhões por ano e emprega 620 pessoas. - A Fras-le, por exemplo, exporta 53% da sua produção para vários países sendo a maior parte para os EUA. Ao todo são sete empresas do grupo Randon. Investimos cerca de 5% do nosso faturamento em equipamentos. Paulo Giandalia / Divulgação Magrão Scalco Perfil Paviani, (foto superiore): ‘Planalto lento’. A lato, Jaime Milan: rafforziamo Sebrae e Embrapa JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA vivere – dice il presidente dell’Ibravin, che partecipa alla Câmara Setorial da Viticultura de Vinho e Derivados, creata per agire come organo consultivo presso il Ministério da Agricultura. Pavani paragona il vino alle altre commodity, come riso, grano, arance, mais e soia che, secondo lui, ricevono più attenzioni dal Governo federale, malgrado la produzione di vino sia più complessa. - Nel settore del riso, vengono creati due impieghi ogni 100 ettari. Nel settore vitivinicolo viene generato un impiego ogni due ettari. Il bisogno del settore è più grande di qualsiasi altro settore agricolo – indica Pavani. Se il governo è timido nel manifestarsi in favore al vino nazionale, ai produttori non resta che l’alternativa dell’unione. È stato con quest’idea che è nata 10 anni fa l’Associação dos produtores de Vinho do Vale dos Vinhedos (Aprovale), che ha per obiettivo quello di sviluppare e fare ricerca sulle necessità della vitivinicoltura della regione. In tutto, sono 24 aziende registrate, oltre alle novecento famiglie produttrici che corrispondono al 50% dei viticoltori della regione. – Stiamo definendo un programma di azioni con i viticoltori, in partnership con il Sebrae e l’Embrapa. Questo progetto è il programma “Produzir”, del Sebrae. Inoltre, esistono altri programmi di incentivi applicati grazie a tecnici specializzati dell’Embrapa, per un perfezionamento della manodopera e del prodotto, con addestramenti di sicurezza per alimenti per le industrie. Nel caso degli agricoltori, imparano educazione ambientale e buone pratiche agricole – mette in risalto il direttore esecutivo dell’Aprovale, Jaime Milan. 19 Notizie EURO SI, EURO NO FURLAN ENTRE OS SETE MAIS DESTACADOS ORIUNDI DO PLANETA Partita, forse, come una provocazione da parte di alcuni esponenti della Lega Nord, la discussione sul rimanere o meno dentro la zona euro da parte dell’Italia sta suscitando contrastanti reazioni all’interno dello stesso governo E nquanto Brasília vive momentos de tensão e expectativa com o trocatroca de ministros e o caso “mensalão”, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, esteve no dia 6 de julho, Veneza, em Roma, para receber das mãos do presidente da Itália, Azeglio Ciampi, e do ministro dos Italianos no Exterior, Mirko Tremaglia, o prêmio de um dos sete oriundi com maior destaque no mundo. Furlan, considerado junto com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, um dos “intocáveis” do Planalto, está com a cota elevada no exterior. Tanto Furlan e Palloci são vistos pelo mercado como âncoras da política externa brasileira. Um reconhecimento como esse na Itália fortalece a imagem de que as negociações internacionais do país permanecem “inabaláveis”, como analisa uma fonte do mercado. Essa não é a primeira vez que Furlan é paparicado no exterior. Em outubro do ano passado, o ministro oriundi foi reconhecido “Homem do ano”, em Nova York, pela Câmara de Comércio Brasil/Estados Unidos, e também foi agraciado, em Miami, com o prêmio de “Político mais inovador do ano”, durante a 10ª Edição Anual do Prêmio Bravo de Negócios. A 5ª edição do Oriundi com maior destaque no mundo aconteceu no Museu do Risurgimento Vittoriano, na Praça Veneza, em Roma. Além de Furlan, segundo a Embaixada da Itália no Brasil, a jurista Ada Pellegrini Grinover, presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Direito Processual, está entre os “sete de ouro”. Oriundi do Canadá, Turquia e Austrália também estão na lista. S LIXO MILIONÁRIO U m grupo de empresários italianos do setor energético, liderados pela Weste Itália, está interessado no lixo brasileiro. O grupo europeu pretende investir no país cerca de US$ 50 milhões, segundo informou a revista IstoÉ Dinheiro. Os empresários trarão ao Brasil tecnologia para transformar resíduos urbanos em energia elétrica. A empreitada também reverterá aos investidores créditos de carbono, um mercado que poderá movimentar US$ 34 bilhões/ano até 2010. A Bolsa de Valores do Rio larga na frente e vai iniciar nos próximos meses a negociação de créditos de carbono. ERRATA CORRIGE - Na edição 84, o crédito das fotos da matéria “O Caminho que Giordano Iapalucci liga o Rio de Janeiro a Matera” é do fotógrafo Sérgio Moreira, da Secretaria Estadual da Cultura. • Na edição 85 a legenda da foto da matéria de título “Il cielo è il limite: I’Italia allá Laad Salone Difesa ed Aerospazio di Rio” correta seria José Alencar, vice-presidente e ministro da Defesa, cumprimenta o embaixador Michele Valensise acompanhado do cônsul geral Massimo Bellelli. Na mesma matéria, no lugar do contra-almirante Onofrio Flagiello lê-se o vicepresidente executivo de comunicação empresarial da Embraer Horacio Aragonés Forjaz. Na seção “Marco Lucchesi - Intervista” o nome do autor da coluna foi trocado pelo do entrevistador Walter Melo. Editora Comunità - Comunità Italiana Rua Marquês de Caxias, 31 Centro - Niterói - RJ - 24030-000 Tel / Fax: (21) 2722-0181 i è parlato molto nel mese di giugno della proposta, non si sa fino a che punto provocatoria della Lega Nord, di uscire dalla zona dell’euro e ritornare alla vecchia lira. E c’è già chi pensa a raccogliere le firme per l’eventuale referendum. Si tratta del ministro del Welfare Roberto Maroni che, subito accompagnato da altri due ministri leghisti Calderoli e Castelli, ha annunciato di voler avviare le procedure referendarie per riportare la lira in Italia. Non è altro che una reazione alla crisi economica, alla stagnazione dei mercati italiani e alla crisi dei consumi, dovuti secondo i ministri della Lega Nord, da quando l’euro è entrato a far parte delle abitudini italiani, il 1 gennaio 2002. Il ministro Maroni ha commentato cosi la sua proposta: “Sono tre anni che l’euro, non per colpa sua, ma per responsabilità di chi ha gestito il passaggio alla moneta unica, ha dimostrato di non essere adeguato di fronte al rallentamento della crescita economica, alla perdita di competitività e alla crisi dell’occupazione. Non è forse meglio tornare temporaneamente, almeno, ad un sistema di doppia circolazione?”. Dal canto suo il leader de Carroccio, Umberto Bossi, nel suo ritorno a Pontida ha intonato il fallimento del vertice di Bruxelles, rilanciando cosi l’euroscetticismo della Lega: “Sapevo che sarebbe finita l’Europa”. Immediata la risposta del ministro dell’economia Siniscalco che ha bocciato l’ipotesi affermando che “il sistema di politica economica legato alla lira era insostenibile. La sfida è adattarsi a un sistema più virtuoso e più al passo con i tempi”. Anche i sindacati, da questo punto di vista, si avvicinano alle posizioni del minstro dell’economia. Savino Pezzotta (CISL) ammette: “L’ euro ci ha difeso dall’ inflazione, è stato per il nostro Paese una tutela, una garanzia, in una fase di così grande delicatezza. È necessario, invece fare delle rifessioni - sottolinea il sindacalista - sull’ Europa, poiché alcune spinte propulsive che ne hanno accompagnato la formazione si stanno esaurendo. Bisogna rilanciare l’idea dell’ Europa come idea di futuro, di pace, di giustizia e di libertà”. Non si sono fatte aspettare anche le reazioni dell ambiente economico e della finanza internazionale. Bocciatura su ogni fronte anche dagli analisti della banca d’affari internazionale Morgan Stanley. Ciò che viene prospettato dal ministro Roberto Maroni, spiegano, “porterebbe il debito pubblico fuori controllo con ‘conseguenze caotiche’” e ricordano come, “senza l’adesione alla moneta unica, l’Italia sarebbe finita nelle mani del Fondo Monetario Internazionale”. Si possono, quindi, immaginare le ripercussioni che il ritorno alla lira possa avere sui tassi d’interesse. Il tornare indietro solo di qualche anno, in questo senso, farebbe crescere il debito pubblico, facendolo tornare incontrollabile come prima dell’arrivo dell’euro. Monito importante a tutte le forze politiche ed istituzionali viene dal Presidente della Repubblica, Carlo Azelio Ciampi, il quale ha enfatizzato sulla necessità di contrastare tutte le forze centrifughe che minano l’Unione Europea”. Un chiaro accenno, quindi a tutti coloro che con la “sconfitta” della Costituzione Europea cercano di sfruttare la situazione per far passare nuove e demagogiche soluzioni alla crisi economica italiana. Si unisce al coro dei no anche il Presidente del Consiglio Silvio Berslusconi: “queste posizioni riguardano minoranze sia in Italia come negli altri Paesi. Uscire dall’euro sarebbe per l’Italia impossibile e non conveniente visto che Maastricht è stato un bene per il nostro Paese”. Prende quindi le distanze dalle posizioni leghiste anti UE, nonostante in, in passato non troppo lontano, avesse già criticato alcuni aspetti dell’euro quale responsabile della lenta ripresa economica italiana. (G.I.) JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA PROPRIETÀ INTELLETTUALE: UNA RISORSA DA TUTELARE “Il Brasile, è uno dei punti deboli nel sistema internazionale di protezione di marchi e brevetti” S i è svolto dal 20 al 24 di giugno a Copacabana il convegno CAPIPR (Capacitacitação de Operadores - Intellectual Properties Rights) sulla valorizzazione del trasferimento di tecnologia e uso della proprietà industriale e intellettuale. Si è trattato di un incontro promosso e finanziato dalla Comunità Europea ed organizzato dalla società italiana Brearchimede. Erano presenti all’evento vari rappresentanti delle associazioni industriali del Mercosul e del brasile ed una delegazione di 10 esperti europei (di cui 6 italiani). Si tratta di un programma iniziato nel 1994 con la finalità di rafforzare e dare impulso alla cooperazione economica tra le imprese europee e quelle latinoamericane. In questi undici anni di lavori è stata creata una rete di operatori (chiamati Coopecons in Europa e Euro-centros in America Latina) formata principalmente da camere di commercio, associazioni industriali, istituti del commercio estero e consulenti privati di sviluppo. In un bilancio fatto al convegno si contano più di 30 mila tra aziende e compagnie beneficiate, attraverso i 380 incontri realizzati, con un giro di affari che ruota intorno ai 350 milioni di euro. “La decisione di presentare questo evento a Rio come sede di questo incontro, spiega Achille Bianchi, il presidente della Brearchimede - l’agenzia per la cooperazione internazionale investita dalla UE per organizzare questo incontro -, è dovuta al fatto che il Brasile, come anche l’America Latina nel suo complesso è uno dei punti deboli nel sistema internazionale di protezione di marchi e brevetti”. In questi paesi è rivolta molta attenzione da parte della UE, del GATT (General Agreement on Tariffs and Trade - Accordi Generali sulle Tariffe e Commercio), OMC (Organizzazione Mondiale di Commercio), affinché venga adottata una legislazione ed una coercizione più concreta ed effettiva nella lotta contro la pirateria e contro la contraffazione. L’obiettivo è quello di stimolare tutti quei “diritti di privativa” come il marchio, brevetti, copyright per i vari software che devono essere intesi non come mezzi limitativi, ma come un patrimonio delle aziende, le quali non solo hanno bisogno di diritti, ma anche di diritti tutelati. “Il patrimonio di una azienda, sottolinea Bianchi, non è solo il suo conto corrente in banca o i beni strumentali, ma anche la tecnologia che questa utilizza e sviluppa: tutti i brevetti e marchi che contengono quello che viene chiamato nel gergo imprenditoriale know-how, cioè la conoscenza che si rivolge all’organizzazione di tutto quel processo incentrato sulla produzione di un bene o servizio”. Durante il congresso si è enfatizzato molto sull’azione di formazione e di sensibilizzazione nei confronti degli Euro-centros (organi che dipendono dalle varie federazioni di industria), i quali hanno il compito di aiutare e “portare per mano” le aziende brasiliane nel processo di internazionalizzazione e di sensibilizzazione sulla valorizzazione dei marchi e dei brevetti. Il ruolo che l’Italia rivolge in questo progetto è fondamentale per la salvaguardia dei propri prodotti. Avendo da sempre incarnato la veste di un paese con grande creatività espressa sotto forma di design, abbigliamento e cultura, è anche uno dei paesi più soggetti a trovarsi nella condizione di vittima tra falsificazioni e contraffazioni. La normativa europea, ormai da qualche anno è andata incontro alla protezione e alla salvaguardia dei diritti di proprietà intellettuale e industriale. È stata, infatti introdotta una sanzione pecuniaria non solo per tutti coloro che vengono trovati a vendere una merce contraffatta, ma anche per lo stesso acquirente o consumatore. (G.I.) 21 Estilo L`Europa dei Referendum T orniamo ora a Torino, mia moglie ed io con una canicola di 35°, da un viaggio assai interessante in zone poco conosciute d’Italia : la Maremma toscana e il basso Lazio dove, da almeno 3000 anni, si sono verificati incontri, scontri, unioni, confronti tra popolazioni di diverse estrazioni (sabini, etruschi, latini, longobardi, saraceni, toscani, papalini, celti, spagnoli, francesi, italiani) ed ormai pullulanti di extra comunitari delle più diverse estrazioni, pare in maggioranza africani. E trovo il sollecito di Comunità Italiana per l’articolo mensile forse ormai fuori tempo massimo, nel quale cerco di riportare qualche riflessione personale su quest’ultimo mese passato in Italia, ricco di avvenimenti e colpi di scena. Innanzitutto, lo stop al processo di integrazione europea in quanto, ad inizio Giugno, Francia ed Olanda - con notevole maggioranza - hanno respinto in referendum la Costituzione europea, frutto di un paziente lavoro collegiale di anni e già approvato da vari paesi dell’Unione, tra cui l’Italia, con semplice votazione dei rispettivi Parlamenti. Si tratta quantomeno di una battuta d’arresto al processo d’integrazione che - chissà quando e come - potrà venire superato e che trova probabile giustificazione in cause concomitanti avvenute dell’ultimo anno che soltanto si possono, in questa sede, superficialmente citare : 1 - Crescente e disordinato arrivo di masse di extra comunitari, con tutti i problemi sociali e di ordine pubblico connessi; 2 - Recente ammissione all’Unione di 10 nuovi paesi, 8 della sfera ex comunista oltre a Malta e Cipro. Se si pensa che l’organizzatissima Germania ovest non è riuscita in 15 anni ad ottenere un’integrazione soddisfacente della piccola Germania Est che era lo stato più efficiente oltre cortina, le difficoltà ed i costi di costituzione della nuova Europa notevolmente allargata po- 22 trebbero essere ingenti e forse irrealistici; 3 - L’economia dei ricchi stati europei che costituivano finora l’Unione ristagna e, nel caso dell’Italia, si verifica da quest’anno una preoccupante flessione dei mercati, del tenore di vita, delle esportazioni. I motivi, oltre a quelli già menzionati, sono individuabili dal rapido aumento del prezzo del petrolio, delle materie prime e agricole in generale di tradizionale importazione e per l’invasione industriale - soprattutto cinese - che si è verificata per la caduta delle barriere doganali nei settori meccanica, confezioni, tessuti, elettrodomestici etc., con conseguente accelerata chiusura e spesso trasferimento in Cina, India e sud-est asiatico di vari impianti europei. In altre parole, nell’evoluzione rapidissima di questo mondo tanto ingiusto ma ormai collegatissimo ed interamente comunicante, gli stati ricchi dell’Europa occidentale hanno di colpo percepito che, se le cose andran- Gli Stati Uniti, forti dalla loro storica unione, governo presidenziale, forze armate potentissime, poco wellfare, si trovano in situazione ben meno esposta di quella europea pur presentando un disavanzo commerciale ormai astronomico e che ogni anno si accresce di un 600 miliardi di dollari, coperto da buoni del Tesoro, pare in buona parte in possesso di Cina e Giappone che sono i massimi esportatori in USA, con conseguente necessità di evitare con questi stati ritorsioni economiche eccessive che potrebbero diventare assai pericolose. Fa specie che, in queste grandiose problematiche mondiali in cui si decidono i prossimi indirizzi dell’umanità, in Italia prevalga il dissenso politico a tutti i livelli, la dialettica fine a sé stessa e ben poco costruttiva, per cui il retrocesso del nostro paese è ormai evidente e assai criticato nell’ ambito europeo. A complicare ancora le cose, due settimane fa abbiamo avuto il referendum sulla fecondazione assistita, frutto di una legge faticosamente messa a punto dalle Camere in vari anni e che i partiti progressisti e la maggioranza della comunità scientifica ritenevano opportuno modificare in alcuni punti, specie sulla possibilità di utilizzare le cellule degli embrioni ancora indifferenziate per studiare la cura di varie gravi malattie, come già avviene nella maggioranza dei paesi progrediti. Impostazione questa che sembrava coerente con la legislazione italiana sull’aborto, consentito in casi specifici ed in vigore da vari anni. La Chiesa Cattolica aveva sostenuto a suo tempo una dura battaglia contro la legge dell’aborto che aveva perduto e, difendendo la sacralità della vita umana fin dal momento del suo concepimento, ha ingaggiato con grande determinazione una nuova e comprensibile battaglia campale contro il referendum. A mio avviso, considerato che il referendum è uno strumento legale dello Stato Italiano valido se è espressione del 50% più 1 della popolazione, si trattava di parteciparvi responsabilmente e di decidere - secondo la propria coscienza - se abrogare o meno le parti in discussioni della legge attuale. Non ho quindi condiviso la posizione della Chiesa Cattolica, evidentemente timorosa dell’esito della votazione, consistente nel pressante Il futuro zoppicante dell´Europa fra l´accellerata ammissione di 10 nuovi paesi e l´invasione di extracomunitari e prodotti cinesi no avanti così, tra breve non saranno più in grado di assicurare lavoro, assistenza medica, pensioni, scuole decenti ai loro cittadini e che le loro ricchezze rapidamente tenderanno a spostarsi verso paesi ove non esistano le loro problematiche di costi e wellfare. Si tratta cioè di un processo accelerato di vasi comunicanti che, per motivi esclusivamente economici e di libertà di commerci e di migrazioni, porta ad un rivoluzionario livellamento delle ricchezze mondiali. Fotos: Guilherme Aquino Franco Urani – Economia S alsomaggiore - O cenário das Terme Berzieri de Salsomaggiore mais uma vez serviu de moldura para a beleza italiana espalhada no mundo. A pequena cidade “emiliana”, famosa por ter sido palco de algumas cenas do filme Otto e Mezzo, de Fellini, abrigou pela 15ª edição consecutiva o concurso de Miss Itália no Mundo 2005. 40 jovens “oriundi” dos quatro cantos do planeta desembarcaram no país de seus pais, avós e bisavós. Elas venceram uma seleção de 4.700 candidatas nos cinco continentes mas com um maior número de inscrições concentrado na Alemanha, nos Estados Unidos e na Argentina. Em Salsomaggiore Terme se revela mesmo é um moderno conto de fadas para as 40 candidatas ao título de lugares distantes como a da terra dos canguros na Austrália, de Luxemburgo, dos pampas da Argentina, da Tunísia, dos Estados Unidos, da Inglaterra, do Brasil e etc...mas nenhuma beleza superou àquela da futura “manager” de markenting, Mara Morelli, 20 anos e que já deve colocar em prática o que aprendeu da profissão em benefício próprio com os contratos publicitários conquistados depois da vitória. Se pode dizer que a bela morena com olhos cor de amendoas, é fruto da globalização. A nova miss Itália no Mundo é filha de mãe filipina com pai lombardo, nasceu nas Bahamas, vive em Lugano, na Suíça, e fala três lìnguas: o inglês, o alemão e o francês, além do italiano. Ela recebeu a coroa das mãos de um outro rei, o do futebol, Diego Armando Maradona, presidente do júri, que se apresentou em grande forma, mais magro e de paz com a vida, longe da má carreira das drogas. invito a non recarsi alle urne al fine di impedire il raggiungimento del quorum ed invalidare così il referendum, ritenendola un’ingerenza indebita sullo Stato Italiano, mentre mi sarebbe sembrata logica una sua battaglia per votare il NO. Comunque l’astensionismo ha stravinto con il 75% ed è stato, a mio avviso, un boccone amaro per lo Stato laico italiano, come diplomaticamente accennato dallo stesso Presidente della Repubblica Ciampi nel recente incontro al Quirinale con il nuovo Pontefice Benedetto XVI. COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 Filipina encanta italianos A nova bela oriundi do mundo recebe das mãos do ex-craque Diego Maradona a coroa de miss Guilherme Aquino Correspondente • MILÃO - Devo toda a minha recuperação ao amor das minhas duas filhas, são elas que dão força para continuar a seguir em frente - disse o jogador pouco antes do começo do desfile das misses. Ele foi o àrbitro de um time de onze juradosentre políticos locais, gente do mundo do espetáculo - que tiveram difícil missão de eleger a beldade. O Brasil já tinha vencido duas vezes este concurso. A primeira foi em 1995 com Ana Leticia Rizzon e três anos depois com Ruldiana Vigolo. Na atual edição a brasileira Genara Prescendo não teve sorte e foi uma das primeiras a ser desclassificada. Ela nasceu em Nova Prata, no Rio Grande do Sul e não se abateu com o resultado. “Essa experiência foi maravilhosa e vai servir muito na minha bagagem cultural”, disse ela à Comunità logo depois do fim do concurso. Como Genara, outras 19 candidatas foram eliminadas pelo público de casa que votava nas suas preferidas através de telefonemas. Entre elas estava uma das favoritas, a ítalo-americana Mei-Ling Marani. As vinte restantes participaram de um desafio entre si mostrando os seus dotes artísticos, intelectuais e físicos. As candidatas eram escolhidas duas a duas por um painel eletrônico e enfrentavam as perguntas do apresentador Carlo Conti e depois cantavam, recitavam, dançavam ou interpretavam um personagem qualquer. A maioria preferiu dançar salsa e Acima, Mara Morelli comemora vitória. Ao lado, Maradona bem acompanhado JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA merengue e poucas optaram em exibir uma manifestação cultural do seu país de origem. As dez misses restantes foram convidadas a entrevistar Maradona. Ele aproveitou o palco para combater o uso de drogas, pedir aos jovens que ouçam os conselhos dos pais e não fez por menos em bater uma bolinha ao vivo com Carlo Conti, mostrando que quem foi rei nunca perde a majestade. Em nenhum momento o público deixou de participar na votação. A festa completa durou quase três horas, com transmissão ao vivo pela Rai. Dos 40 países representados alguns são simbólicos e outros imaginários. Com toda a licença poética e diplomática que um concurso de beleza pode ter, estavam lá, lado a lado, as miss da Gran Bretanha e da Inglaterra, de Benelux com a da Holanda, Luxemburgo e Bélgica, da Ammazzonia e da Sud América ombro à ombro com a do Brasil, da Venezuela, da Colômbia e da Bolívia - todos países do mesmo continente e com a floresta amazônica dentro das suas fronteiras - Enfim, quase um samba do crioulo doido, versao espagueti. Apenas um segredo foi revelado entre um belo sorriso e outro: a miss Amazzonia, na verdade é venezuelana. E pela primeira vez na história do concurso estavam presentes as misses de Cuba, de Cabo Verde, de Chipre e do Egito. A noite das misses também foi embalada pela música do cantor napolitano Gigi d’Alessio – ele cantou entre outras Volare, um hino dos italianos no exterior – e por animadas coreografias executada pelas candidatas. Elas desfilaram de maiôs comportados, jeans casual e as cinco finalistas se apresentaram dentro de “pretinhos básicos”, iguais para não influenciar a decisão dos jurados e do público. 23 CAPA - Fashion Rio Fotos: Márcio Madeira E Milão foi parar no Letícia Birkheur deixaram em polvorosa a pla- renderam à Salinas o prêmio Firjan (Federação téia que lotou as quatro tendas no MAM, entre das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) de os dias 14 e 19 de junho, as oriundi Isabeli Destaque Exportador Moda Praia. Fontana e Giane Albertoni também roubaram a Sem bairrismos, o Fashion Rio também cena. Simplesmente lindas, vestidas com rou- mostrou que em questão de moda, o Brasil pas de algumas das grifes mais badaladas do é total. De Brusque (SC), um importante pólo têxtil do país, a Colcci despontou nas pasprêt-à-porter tupiniquim. Giane Albertoni, hoje com 23 anos, foi sarelas montadas no MAM. Sob o comando da descoberta pelo fotografo Sérgio Duarte aos coordenadora de estilo Lila Colzani, a Colcci 13 anos. Há 10 no mundo fashion, já desfilou é hoje a uma das maiores redes de franquias nas principais passarelas do circuito interna- nacionais. A força da marca é tão forte que cional da moda. No evento carioca, a bela foi as badaladas tops internacionais Paris Hilton decisiva para o sucesso de nove grifes. Incon- e Liz Jagger já vestiram os modelitos para jofundivelmente oriundi (loura com belo par de vens da Colcci. La Bündchen, por exemplo, esolhos verdes), a top model agradece ao uni- trelou a campanha internacional da marca, que verso fashion por ajudá-la a recuperar suas já tem lojas nos Estados Unidos e na Espanha e investe na ampliação de sua distribuição inraízes italianas. - Minha vida é girando as passarelas do mun- ternacional para mais 10 países da América Lado da moda. Não tive muito contato com meus tina e Europa. Graça Ottoni extrapolou o velho chavão de avós, que são descendentes de italianos. Mas pude viver um pou- que para os italianos (ou quem descende deles) co das minhas raízes, quando “nada está perdido”, ou “sempre resta uma esmorei em Roma e apre- perança”. Administradora de empresas em Minas sentei um programa Gerais, ela resolveu, em 1980, que poderia dar de moda para a um ar menos árido a sua vida. Resolveu botar a TV italiana - mão na massa - ou melhor, nos balangandãs e ressalta tecidos - para criar peças em estilo hippie. Graa mode- ça defende a tese de que o “hippie-chic” estará, lo, que sempre, na moda, desde que os modelos sejam agora esboça feitos com tecidos finos e cores vivas. uma carreira de atriz, com direito a uma participação SINTONIA SEDUTORA: MODA BRASILEIRA na minissérie “Mandrake”, produzida pela E COLORIDO TROPICAL Conspiração Filmes, que será exibida pelo canal fechado HBO no segundo semestre. A modelo E por falar em cores vivas, a Cantão não abriu vai interpretar uma advogada americana que se mão delas. Segundo a gerente de exportação envolverá com o protagonista da série, o ator da grife, Priscila Lago, a coleção primavera-verão/ 2006 convida a mulher a neutralizar, de Marcos Palmeira. Mas não foi somente entre as modelos que forma inteligente e superfeminina, as loucuras a marca italiana esteve presente. A maioria dos da vida moderna, mas, lógico, com muita cor estilistas do Fashion Rio 2005 também tem so- cobrindo o corpo. - A mulher pode brenome italiano. morar no Brasil, Itália, Alessa Migani, da Canadá e até na África grife carioca Alessa, do Sul, que as estamousou para a coleção pas chegam colorido verão 2006, ao utidíssimas, mesclando lizar, como ela mesma étnico com tropical. define, “materiais baOs florais estão mais nais”, como fraldas abertos, que perfugigantes e calcinhas mam o tecido sem poque viram vestidos, luir. Os prints com foalém de modelos calhagens secas e granracterizadas como GIANE ALBERTONI, MODELO des jardins urbanos donas-de-casa. Simsão os mais frescos e plicidade, a alma do sucesso. Bem ao estilo do povo da península. têm sotaque globalizado - define Priscila. Os paulistas, enquanto aguardavam o São A Alessa - que participou pela primeira vez do Fashion Rio - mostrou suas peças em um desfi- Paulo Fashion Week, que só aconteceria duas semanas após o Fashion Rio, também estivele-performance inesquecível. Desde 1992 enriquecendo as praias cariocas, ram pelo MAM. Karlla Girotto, que já foi fia vanguarda dos biquínis e maiôs da Salinas é gurinista do grupo teatral do diretor Antunes incontestável. Os desenhos são assinados por Filho, assina a, parafraseando o baluarte troJacqueline De Biasi. E quem pensar que o su- picalista Torquato Neto, “parangodélica” marca cesso se resume à Ipanema, Leblon e Barra da Animale. Karlla diz que seu segredo é retirado, Tijuca terá de rever o conceito. Os modelos da literalmente, do fundo de um baú, onde guarda marca podem ser encontrados em lojas badala- pedaços de metal que encontra na rua e roudas dos Estados Unidos como a Saks Fifth Ave- pas antigas. - O que se viu nas passarelas cariocas será nue e Victoria’s Secret e já conquistaram celebridades internacionais como Madonna e Naomi moda no verão do mundo todo - prevê a eloCampbell. No final de 2004, as roupas da oriundi qüente Eloysa Simão, da Dupla Assessoria, que Aterro do Flamengo... Algumas das mulheres mais bonitas do mundo, estilistas arrojados. O que têm em comum? La dolce Itália Luciana Bezerra dos Santos O SALINAS 24 mar de cores que estampava as roupas das 35 grifes que participaram da vigésima edição do Fashion Rio e a diversidade de estilos do público presente mostravam uma certeza: a moda brasileira começa a ganhar um desenho autônomo. Mais independente dos grandes centros. Contudo é a alma italiana quem ainda dita os contornos do mundo fashion. E em qualquer canto do planeta. Pode até haver um insinuante estilo local, como incontestavelmente foi presenciado nas passarelas do Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, mas sempre com uma inconfundível pitada italiana, ora sutil, ora não. E não é difícil entender o porquê. Se Gisele Bündchen, Naomi Campbell e COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 ”Pude viver um pouco das minhas raízes, quando morei em Roma” JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA ALESSA junto com a Escala Eventos, organizou e dirigiu a Fashion Rio 2005 e o Fashion Business, a bolsa de negócios do desfile. A expectativa de exportações para os próximos doze meses, destaca Eloysa, é de US$ 10 milhões. Para ela, o toque artesanal apresentado pelas grifes “é uma vocação” brasileira. Orçado em R$ 6 milhões, o Fashion Rio gerou mais de 3 mil postos de trabalho e reuniu um público de 80 mil pessoas, que disputou as primeiras filas das passarelas das quatro tendas de 450, 600, 1 mil e 1,5 mil lugares. Nos bastidores, mais de 200 profissionais para vestirem cerca de 100 modelos selecionadas através de 14 agências. Muita gente bonita e, claro, roupas, com as cores brasileiras e um pedaço fashion de Itália na criativa alma dos estilistas. Decididamente naqueles seis dias, Milão foi o Rio. ANIMALE 25 Bote a cara no mundo! Italianos elogiam e importam moda brasileira, mas sugerem às grifes buscarem visibilidade no exterior D e um lado, algumas das mais belas o perfil das empresas brasileiras em que têm mulheres do planeta desfilavam nas interesse para parcerias. Procuro saber se esses passarelas do Fashion Rio 2005, mas empresários italianos querem vender, comprar, em outra parte do evento, represen- iniciar uma colaboração produtiva, implantar tantes de grifes e entidades de apoio ao em- suas empresas no Brasil, conhecer instituipreendedorismo, como Sebrae e a Federação ções, conhecer o país, ou apenas fazer uma das Indústrias do estado do Rio de Janeiro pesquisa - explica Rotella. Segundo a representante da Promos, que (Firjan), e Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), movimentavam tem sua representação brasileira em São Paulo, os italianos ficaram o Fashion Business, surpresos com o evenque registrou R$ 360 to carioca de moda: milhões em vendas - Eles acharam diretas de produtos o produto (das gride moda no mercado fes brasileiras) bom, interno, um númequalificado. Outros ro 20% superior ao (empresários) espeda última temporada ravam uma qualidaprimavera-verão. de inferior e se surA Promos, agência preenderam, outros especial da Câmara de PIERO JACOMONI, achavam que o ritComercio de Milão pamo de produção e ra internacionalização EMPRESÁRIO de entrega era difedo produto italiano rente. Alguns adono mundo, trouxe ao Fashion Rio um grupo de sete empresários ita- raram o evento e pretendem voltar para uma lianos interessados em investir na moda cario- próxima edição. Alguns empresários de moda ca. Segundo Rotella Rosalba, organizadora do praia pretendem até expor no evento (do prógrupo, a potencial indústria têxtil do estado do ximo ano). Rio atrai investimentos internacionais, sobretudo para a implantação do conceito criado na ‘RASGADOS’ ELOGIOS À MODA DE PINDORAMA Itália de arranjos produtivos locais (APL’s). - Como já havia trabalhado com a Firjan e Os empresários italianos se esbaldaram no com o Sebrae no projeto de desenvolvimento evento. O tom informal do estilo carioca para dos arranjos produtivos locais, resolvi trazer lidar com os negócios os deixou à vontade. No um grupo de empresários para o Fashion Bu- entanto, alguns deles acham que a moda brasisiness. Além do Rio, os empresários passaram leira precisa ser mais independente do padrão por São Paulo. Os empresários italianos enviam internacional. “Quando na Itália se pensa em moda brasileira, se pensa em uma moda colorida” Monique Campos: Lilica & Ripilica com novo escritório na Itália GIANNI FERRANTELLI, EMPRESÁRIO ITALIANO Luciana Bezerra dos Santos “A moda brasileira não está tão atrasada em relação à moda européia” 26 é hoje referência nos centros mais tradicionais do circuito da moda. O empresário Piero Jacomoni de 61 anos, com 36 no ramo da moda, que esteve pela primeira vez no Brasil, desembolsou R$ 15 mil em bolsas artesanais da loja Doll Bolsas, da artista plástica Sandra Fukelmann e Lara Hess. Piero ficou tão encantado com a diversidade da moda brasileira que vai mostrar a novidade da grife brasileira ao mercado italiano e a alguns dos 47 países onde sua marca Monnalisa, de roupas infantis, atua. - Em Florença, no mês de julho, vai acontecer uma feira, talvez uma das mais importantes do mundo, a ‘Pitti Bimbo’. Na ocasião, vou presentear os meus 35 agentes de venda com esse produto juntamente com os produtos que nós fabricamos - destaca Jacomini. Para o dono da Monnalisa, não há diferença de qualidade da matéria-prima dos produtos brasileiros para os italianos. Sandra Fukelmann e Lara Hess: exportam bolsas para grife Monnalisa COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 no momento em que têm um importador estrangeiro. Então, para nós, alguns produtos interessantes ficam fora do mercado por causa do preço - analisa Ferrantelli, que recomenda aos produtores brasileiros aparecerem mais em eventos europeus de moda, onde alguns, como o de Milão, recebem mais de um milhão de pessoas. A catarinense Marisol, há 40 anos no mercado brasileiro, criou vários nichos na indústria da moda e demonstra ser um exemplo fiel de que a moda brasileira está atenta às tendências do mercado internacional. Tanto que a franquia Lilica&Ripilica & Tigor T. Tigre, uma das marcas da Marisol, já conta com lojas e escritórios no Oriente Médio, em Portugal e, recentemente, na Itália. A Cantão também está com a antena ligada no mercado internacional. - O Fashion Business é uma importante vitrine de negócios dentro do calendário fashion do Rio de Janeiro. Na última temporada, por exemplo, a Cantão fechou 15 contatos internacionais e fez parcerias com mais de 80 lojas Brasil afora. Hoje a marca está presente em 580 outras marcas, com 14 lojas espalhadas pelo Brasil e roupas no Canadá, Itália, Emirados Árabes, África do Sul, Nova Zelândia e Austrália - lembra a coordenadora de comércio exterior da grife, Priscila Lago. Mas alguns investidores estrangeiros ainda acham que, apesar de fatores que dificultam a aproximação do mercado internacional ao do Brasil, não há como negar: o estilo brasileiro JULHO 2005 / - A moda brasileira não está tão atrasada em relação à moda européia. Apenas são estilos diferentes - pondera Jacomini, sem disfarçar seu interesse em acelerar as importações de produtos de grifes brasileiras, mas com ressalvas: Ricardo Gama Gianni Ferrantelli, que investe em modas masculina e feminina e já fez negócios no Brasil com as grifes Animale e Traffico, define em apenas uma palavra o quanto o italiano gosta da moda brasileira: - Muito. Quando na Itália se pensa a moda brasileira, se pensa em uma moda colorida. A minha idéia é montar uma loja em São Paulo de produtos de marca de moda italiana. Uma butique de alto nível. Estou tentando (parcerias) com várias firmas (locais). Mas ele faz ressalvas, principalmente na relação do estilo autônomo com o comércio: - O erro é quando as firmas brasileiras querem imitar a moda básica européia. Nós compramos a moda básica na Itália e não aqui. Pior ainda: compramos dos chineses. Os brasileiros devem mostrar uma moda brasileira, original deles - recomenda Ferrantelli, que teceu “rasgados” elogios à grife Maria Bonita, que, segundo ele, tem produtos de “qualidade muito elevada”. Mas o empresário insiste na tese de que os produtores têxteis e de moda no Brasil precisam amadurecer sua experiência nas exportações. - Tento trabalhar com os produtores brasileiros há dois anos e meio. Eles não sabem se adaptar ao mercado europeu, também por causa dos tecidos. Devem fazer feiras, organizar eventos, coisa que não estão fazendo. Sem isso é muito difícil conseguir vender fora do Brasil. Muitas firmas aumentam os preços Luciana Bezerra dos Santos Rotella Rosalba CAPA Sabrina Bittencourt e Priscila Lago: contratos internacionais - Os preços são bons. O problema está no transporte, que encarece bastante o preço da mercadoria. Se a idéia do produto é boa, o preço fica em segundo plano. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ressaltou a importância do intercâmbio entre as modas italiana e brasileira. Segundo ele, o Fashion Rio foi decisivo para mostrar que o Brasil e, especialmente, o Rio de Janeiro têm qualidade, quantidade, tecnologia e mão-de-obra eficientes. - No passado fomos à Itália para entender como eles (empresários italianos) faziam as cadeias produtivas (APL’s), temos inclusive um convênio com eles. Agora estão vindo aqui para saber o que nós fizemos com aquela tecnologia, ou seja, o que conseguimos absorver de lá e implantar no Brasil. Estamos mostrando para eles que nesse ramo das confecções, as coisas deram certo - destacou Gouvêa Vieira. (L.B.S) Números do evento Fashion Rio 1 - Orçamento: R$ 6 milhões. 2 - Público: 80 mil pessoas. 3 - Mais de 3 mil postos de trabalho. Modelos: 100 (em média 25 por desfile). 4 - Agências de Modelos: 14. 5 - Grifes: 35. 6 - Imprensa: 700 credenciados, sendo 40 jornalistas internacionais. Fashion Business 1 - Negócios internos: R$ 360 milhões. 2 - Exportações projetadas: US$ 10,5 milhões (R$ 25 milhões). Em 2004 foi de US$ 5,5 milhões. 3 - Os negócios desta edição superaram em 20% a do ano anterior. 4 - Cerca de 90 importadores fecharam ou iniciaram negócios (a lista oficial tinha 24 convidados). 5 - Investidores estrangeiros: Havia 32 em junho de 2004 e 86 em janeiro de 2005, quando as exportações atingiram US$ 9,1 milhões. COMUNITÀ ITALIANA 27 CAPA CAPA Aproveitando a carona da moda Estilistas apresentam coleção primavera/verão 2006 em Milão Oi faz do Fashion Rio ‘passarela’ para celular que lê códigos de barra Divulgação A operadora de telefonia celular Oi encontrou no Fashion Rio 2005 um canal para associar tecnologia à moda. Aliás, a Oi foi um dos principais patrocinadores do evento. Segundo a gerente geral de Marketing do grupo Telemar, Flávia Da Justa, a empresa reservou R$ 25 milhões para investimentos em comportamento, entretenimento e esportes até o final deste ano. - A Oi não representa um público e sim um estilo de vida. É muito mais do que um a empresa de telefonia. Esse investimento significa mais do que a aplicação de marca em painéis e outdoors. É a integração com a moda - assinala Flavia. Guilherme Aquino Correspondente • Milão Pegando carona no Fashion Rio, a Oi anunciou uma tecnologia, ainda em fase de testes, de código de barras, que permitirá aos clientes efetuarem pagamento de contas via celular. Segundo Flávia, a tecnologia deverá entrar no mercado no segundo semestre. Sobre a guerra entre o mercado de telefonia, Flavia ficou na defensiva e ressaltou que não vê uma disputa acirrada no mercado. - Não vejo no futuro o mercado de telefonia nas mãos de uma ou duas operadoras. Acredito que haja espaço suficiente para que cada operadora lance seus serviços. - esquivou-se. (L.B.S.) Vossa alteza, o artesanato H 28 Luciana Bezerra dos Santos Princesa italiana globaliza arte popular de mulheres brasileiras á espaço para o artesanato nesse novo conceito de moda que dizem ser genuinamente brasileiro? A resposta é sim. Vejamos: nesta 20ª edição da Fashion Rio, bolsas e balangandãs atraíram não somente o público nativo, mas, sobretudo, a turma que veio do exterior. Se valeu à pena? Outra pergunta fácil de responder: sim. O nosso artesanato é disputadíssimo até por gente da realeza do Velho Continente. A princesa italiana, Giada Ruspoli, que mora no Brasil há 30 anos, coordena desde 1997 o projeto Transformarte, que divulga o artesanato brasileiro na Europa. Volta e meia, a princesa organiza workshops entre designers brasileiros e artesãs italianas em vários países, a maioria, contudo, na Itália. O coordenador do projeto no Brasil, o designer têxtil Renato Imbroísi, garante, porém, que o Transformarte não tem viés assistencialista: - Procuramos preservar nos produtos artesanais, os aspectos histórico-antropológicos da Fotos: Divulgação Moda do Mediterrâneo M ilão - A Semana da Moda Masculina Primavera/Verão 2006 traz para Milão as tendências que somente vão estar nas vitrines no próximo ano. E é justamente a capacidade de antecipar os gostos e os desejos de um homem cada vez mais preocupado com a própria imagem que está o segredo dos estilistas de sucesso. Hoje, mais do que ontem e ainda menos do que o amanhã, o costureiro tem que ser também visionário. E para isso vale a cultura adquirida ao longo dos anos dentro do atelier. Não contam apenas os tecidos, os moldes, os alfinetes, as agulhas e as linhas, mas principalmente os aprendizados dos velhos mestres e os momentos de inspiração que vem das leituras de bons livros, das viagens, da acurada atenção de como se veste o ser-humano em cada esquina do planeta, e nesta conta vale muito a observação do micro-cosmos bem ao lado de casa. Mas acima de tudo, quem veste precisa ter alguma intimidade com o espelho, pois a moda, antes de tudo, deve ser personalizada. - A idade de um homem não pode ser ignorada, melhor evitar roupas que podem lhe ridicularizar. Uma pessoa tem que se olhar e fazer um exame crítico - ensina o mestre Giorgio Armani, do alto dos seus 70 anos. E as propostas foram lançadas para todos os corpos, os gostos e os bolsos. Gucci corta uma das mais tradicionais peças do vestuário masculino, o jeans. E se volta aos aristocráticos anos 30 com blazer e calças ondulantes, muita elegância. E quem quiser viajar com uma enorme bolsa de couro de crocodilo basta desembolsar 80 mil euros e levá-la para casa. Tudo obra de John Ray o estilista escoces da famosa casa italiana. Para Gianfranco Ferré a ordem no seu “zoológico” é a simplicidade, desde que vestida com uma camisa branca, um jeans de avestruz e a jaqueta de crododilo, olha o réptil aí de novo. Já Miuccia Prada risca do mapa a ostentação e coloca sob foco uma moda mais leve com mochilas de nylon preto com o nome da marca em vermelho ou malhas brancas, fáceis de usar, sem maiores complicações. Camisas, gravatas e cintos com estrelinhas e corações abrem alas para uma coleção que tenta fazer um salto do nicho mais sofisticado à globalização da casa que está para abrir uma loja em Shangai e levar a Fundação Prada para Pequim. Em tempo de preparação para Copa América, a fórmula 1 da vela, a casa Trussardi propõe sacos em coro e casacos para serem usados pelos comandantes dos iates que vão atracar em Portofino neste verão. Da Ibiza espanhola chega a inspiração de D&G com bermudas para serem usadas nas festas ao ar livre nas areias da ilha. Um homem cada vez mais romântico, que usa o seu lado feminimo para sem ferir o lado masculino é a opção levada às passarelas pela estilista Laura Biagiotti com os ternos completos floridos da bainha da calça à gola do colarinho. Etro acrescenta as lis- GIORGIO ARMANI tras às flores da Biagiotti. Já John Richmond provoca com as jaquetas nas quais se lêem “sexo, mentiras e religião”. Moda é atitude e também a capacidade de se reinventar. Não por acaso o rei Armani, como ele é conhecido no meio, sacudiu a poeira das ombreiras de suas peças e levou para a passarela nada menos do que 15 versões novas da famosa giaccha que o elevou ao Olimpo do vestuário tantos anos atrás. Descontruídas ou não, livres ou enquadradas, mas sempre em tecidos nobres elas acobertam camisas sociais ou malhas simples que ganham valor com tais molduras. Curtas nos quadris elas alongam a silhueta. Mais uma vez se volta ao início de tudo, os loucos anos 30, sempre um ponto de partida da moda Armani. – Mas as minhas peças são inimitáveis – ele diz alfinetando a concorrência. Coleção ‘concretamente Brasília’ região em que são produzidos. A fim de estimular o crescimento econômico e psicossocial da comunidade envolvida no trabalho, sem recorrer ao assistencialismo, visando a exportação e a promoção do setor no mundo. A sede brasileira, dirigida pelo designer, fica em Brasília e abriga cerca de 300 mulheres apoiadas pelo Sebrae. No estande do Fashion Business, no Rio, este ano, as artesãs apresentaram a coleção “Concretamente Brasília”, com roupas e acessórios femininos. Segundo a gerente do Programa Empreendedorismo Social do Sebrae-DF, Antonieta Contini, durante o evento foram realizadas vendas de R$ 145 mil para Itália, México, Alemanha, Venezuela e França. Houve também propostas para representação dos produtos para a Itália , Alemanha e México. - O objetivo da exposição promovida pelo Sebrae é apresentar ao público a rica e diversificada produção artesanal da capital federal, que carrega em suas peças influências de vários estados e regiões do País - destaca Antonieta. O Transformate realizou de 24 a 26 de junho a exposição “As Marias”, do designer têxtil Renato Imbroísi, no Castelo Ruspoli, em Vignanello, histórica região da Tuscia, a 80 quilômetros de Roma. Imbroísi ressaltou que antes de criar a exposição fez uma pesquisa ampla sobre o artesanato brasileiro. Na segunda exposição organizada em território italiano - a primeira foi em 2002, em Milão -, Imbroísi mesclou os trabalhos do artesanato brasileiro ao italiano, de Castellana Sicula e Gangi, Sicília e da Escola di Ricamo de Bolsena. (L.B.S.) COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 EMPORIO ARMANI JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA 29 Sapori d’Italia CAPA “A COLCCI moda tem ligação com o prazer de ver, mas também com o prazer de ser visto, de exibir-se ao olhar do outro”. A frase é do filósofo francês Gilles Lipovetsky, que, igualmente a outros teóricos, define a moda como a “esfera do prazer”. Que a humanidade sempre quis estar bela, já o sabíamos pelos antigos gregos, egípcios e romanos, mas essa vontade incontrolável de estar bonito para o outro foi intensificada mesmo no final da Idade Média. E tudo no Ocidente. Veja o que Lipovetsky escreveu sobre a moda: “É um desses espelhos onde se torna visível aquilo que faz nosso destino histórico mais singular: a negação do poder imemorial do passado tradicional, a febre moderna das novidades, a celebração do presente social.”. O que para muitos parece frescura tem lá seu fundamento sociológico e mexe com a forma de pensar e agir de uma sociedade. Mas o que comumente se chama de alta-costura - roupas caríssimas, logo para poucos - só surgiu no final do século XIX, mais precisamente em 1858 com Charles Worth. Para sair dessa redoma tendencialmente elitista, a moda descobriu (ou descobriram para ela) o prêt-à-porter. Nome francês chique, mas que, na verdade, significa a democratização da moda, ou seja, a comercialização em série das roupas, que surge em 1948, mas só ganha eloqüência em 1960. De lá para cá há uma grande confusão para distinguir os dois estilos. Alta-costura e prêt-à-porter vivem confundido a cabeço do público. E como fica a moda brasileira diante da força de italianos e franceses, os dois pilares do setor ao longo da história? Os estilistas brasileiros já não se deixam tanto influenciar por uma espécie de “colonialismo” fashion. Já há trincheiras montadas nas passarelas brasileiras para defender uma essência genuinamente tropicalista da moda brasileira, que desde os anos de 90 organizou um calendário descente para os desfiles de nossas grifes e musas, com o perdão da redundância, lindíssimas. Divulgada em junho pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi) e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a pesquisa “O Mercado da Moda no Brasil” mostra que a moda brasileira está no caminho certo, com o consumidor coçando o bolso. As vendas em 2004 aumentaram entre 1,8% e 2,3% em relação a 2003. Em cifras, o brasileiro gastou US$ 29 bilhões no ano passado nas lojas de roupas. Cinco bi a mais que no ano anterior. É por essas e outras que a moda tupiniquim está na 8ª posição entre os mercados consumidores mundiais. O curioso: a produção nacional (pelo menos 84% dela) está pulverizada nas agulhas e linhas dos pequenos produtores. Uma galera que gerou 1,1 milhão de empregos. E, acreditem, as telenovelas Globais ajudaram bastante a romper esses laços “colonialistas” e a intensificarem esse mercado verde-amarelo. Da década de 1970 para cá, muitas protagonistas das novelas das oito (que hoje é nove!) fizeram a cabeça da mulherada e - por que não? - dos homens também. Afinal, ontologia - corrente filosófica que estuda o “ser” - e moda, têm tudo a ver. Para quem se interessar mais pela história da moda, vale uma espiada na bibliografia citada abaixo. (L.B.S.) Nayra Garofle Fusilli dos deuses A saudade da terra natal fez com que o italiano Carmine Marasco, de 51 anos, morando no Brasil desde 1995, começasse a preparar, nos fins de semana, pizzas e pães para os amigos italianos de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Foi assim que ele abriu, em sua casa, o primeiro restaurante da Carmine, com um forno à lenha construído pelas suas próprias mãos. Natural da Calábria e apaixonado por gastronomia desde a infância, Marasco se especializou na cozinha artesanal italiana e assim comandou sua pizzaria, em sociedade com o irmão e Chef Bruno Marasco, em Turim, norte da Itália. No Brasil, tudo começou em abril de 2000, mas foi em julho do mesmo ano que a brincadeira se tornou mais séria. Bruno resolveu trazer a mamma para visitar Carmine e, desde então, se apaixonou pelo país. - Foi amor à primeira vista. O que antes era um espaço com cinco mesas para receber os amigos se tornou um restaurante - afirma. O primeiro restaurante surgiu no bairro de Itaipu, no mesmo ano em que Bruno chegou ao Brasil. Dois anos depois, o da Carmine conquistou a freguesia de Icaraí, na mesma cidade. Inicialmente, a massa da pizza, feita apenas com três ingredientes: água, farinhas de trigo especiais e fermento natural “biga”, foi o sucesso da casa. Com a chegada do Chef Bruno, outras receitas foram incluídas no cardápio e bem recebidas pelos clientes, como os antepastos típicos caracterizando as 21 regiões da Itália, massas e variedades de peixes e carnes vermelhas. Hoje, o restaurante de Itaipu conta com uma equipe de 25 pessoas, já o de Icaraí possui aproximadamente 40 funcionários. Todos são treinados regularmente pelos próprios donos, mas Carmine e Bruno investem em projetos, cursos e palestras para que os profissionais se especializem cada vez mais. Bruno, de 37 anos, iniciou sua trajetória na gastronomia aos 14 quando ingressou no Instituto Alberghiero – Cosenza. Para se tornar um Chef executivo ele passou algumas temporadas em restaurantes em Roma, Turim, Paris e Londres. Outra experiência que o fez ampliar seus horizontes foi trabalhar oito anos no navio de cruzeiros Princes Cruises Line. Nesta época, Bruno se especializou também GRAÇA OTTONI 30 COMUNITÀ ITALIANA / JULHO 2005 Fusilli Calabrese al Ragu Para 04 porções, massas sugeridas: fusilli calabrês, papardelle, rigatoni ou taglietelle. Ingredientes: 45 ml de azeite de oliva extra-virgem 75 g de manteiga 2 colheres de sopa de cebola bem picada 2 colheres de sopa de salsão cortado em cubinhos 350 g de carne magra bem picada sal 250 ml de vinho branco 120 ml creme de leite fresco 1/8 de colher de chá de noz-moscada moída 500 g de tomates em lata, inteiros e sem pele, com seu suco, ligeiramente picados 60 g de queijo parmigiano-reggiano ralado fino Preparo: Em uma panela, despeje o azeite, metade da manteiga e toda a cebola em uma panela funda de fundo grosso sobre o fogo médio e frite até a cebola ficar ligeiramente dourada. Adicione a cenoura e o salsão e continue fritando até começar a mudar de cor. Coloque a carne, partindo-a com uma colher de pau. Salpique o sal e cozinhe, mexendo de vez em quando, até a carne ter perdido a cor crua. Despeje o vinho e cozinhe, mexendo de vem em quando, até que ele tenha evaporado completamente. Ponha o creme de leite, salpique a noz-moscada e continue mexendo, até a maior parte do creme ter evaporado. Adicione os tomates, mexa e, quando eles começarem a borbulhar, deixe o fogo bem baixo. Cozinhe sem tampa por pelo menos 3 horas, mexendo de vem em quando. Cozinhe a massa em água fervente e salgada até o ponto al dente. Misture com o molho quente, a manteiga restante e o queijo ralado na hora. Prove o sal e sirva a seguir. em iguarias tailandesas, indianas, chinesas, árabes, africanas e caribenhas. Com esse currículo, o Chef já recebeu vários prêmios para o restaurante, entre os quais a conquista do primeiro lugar no Tertium Millenium - 3º Concorso de Cucina Internazionale. O título mais recente foi adquirido em maio deste ano, o Estrela de Prata, entregue pelo Ministro de Italianos para o Mundo, Mirko Tremaglia, na festa de comemoração dos 59 anos da República Italiana, realizada no Rio de Janeiro. Para esta edição, os irmãos Marasco prepararam um saboroso Fusilli alla Calabrese, prato típico da Calábria, região localizada no pé da bota e famosa por seus molhos vermelhos. Uma dica para os mais exigentes, a massa é preparada na hora pelo Chef da casa. Para acompanhar a massa Bruno Marasco recomenda o vinho tinto Cirò Librandi. Por dentro da moda “O Império do Efêmero”, Gilles Lipovetsky, Companhia das Letras, 296 págs., R$ 37 “Enciclopédia da Moda”, de Georgina O’Hara, Companhia das Letras, 304 págs., R$ 51 “Moda do Século”, de François Baudot, Cosac & Naify, 399 págs., esgotado “O Sexo e as Roupas: a Evolução do Traje Moderno”, de Anne Hollander, Rocco, 264 págs., esgotado “A Linguagem das Roupas”, Alison Lurie, Rocco, 1997, 285 págs., esgotado Fotos: Ernane D. A. Fotos: Márcio Madeira Ontologia e paetês Depois da Itália, os Marasco comemoram sucesso no Brasil JULHO 2005 / COMUNITÀ ITALIANA O RESTAURANTE FUNCIONA DE SEGUNDA A DOMINGO, EM HORÁRIOS MAIS INFORMAÇÕES ATRAVÉS DO TELEFONE, (21)3602-4988. ALTERNADOS. 31