PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE

Transcript

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Mestrado em Urbanismo
V SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO
“Cidades: temporalidades em confronto”
Uma perspectiva comparada da história da cidade, do projeto urbanístico e da forma
urbana.
SESSÃO TEMÁTICA 1:
MEMÓRIAS E PATRIMÔNIO CULTURAL
INVENTÁRIOS E POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO
Coordenador: SAMUEL KRUCHIM (FAU-PUCCampinas)
Catalogar a cidade, experiências na Itália moderna
1890-1990
Marcos Tognon
Scuola Normale Superiore
Pisa, Itália
Campinas
14-16 de Outubro de 1998
Sumário
Parte I. Premissas
1. Introdução ao culto das cidades
5
2. Para uma definição de "relevo arquitetônico"
5
Parte II. Experiências
3. Cultores de arquitetura, Roma 1890-1930
8
4. Saverio Muratori, Veneza 1950-60
14
5. Massimo Carmassi, Pisa 1974-90
18
6. Conclusões
21
Parte III. Iconografia
Elenco das ilustrações
Roma
24
Veneza
24
Pisa
25
Pranchas I-XVIII
Notas
26
Parte I
PREMISSAS
Introdução ao culto da cidade
"Catalogar a cidade", neologismo exclusivo à este estudo que ora apresentamos, quer
corresponder à uma larga série de experiências, e verificaremos alguns casos italianos, e
na qual poderemos colher certos princípios comuns, nos "comportamentos" e nas
"condições culturais" entre os respectivos protagonistas e promotores.
Portanto, catalogar nessa acepção não se refere a um procedimento limitado à
operações sistemáticas de organização de dados em função do estudo, do levantamento
e da avaliação quantitativa sobre um objeto, no nosso caso, da cidade e dos seus
componentes: catalogar é sobretudo criar condições efetivas, meios analíticos, sempre
em direção a resultados concretos que devem se somar a outros dois grandes grupos de
conhecimentos, aquele dos registros pertinentes a uma História da cidade, e, aquele dos
valores operativos, enfim, projetuais que possam designar as novas intervenções
edilícias. Catalogar a cidade entra necessariamente em uma acepção maior, do "culto da
cidade".
Não se pode excluir que os nossos cultores, arquitetos e engenheiros, arqueólogos,
críticos e estudiosos humanistas, sejam motivados especialmente pelos riscos explícitos
nas velozes transformações que nos últimos cem anos são submetidas as cidades e os
seus respectivos patrimônios.
E três são os princípios comuns a essas experiências italianas, simetricamente
dispostas nos últimos cem anos, nas cidades artísticas Roma, Veneza e Pisa.
Um primeiro comportamento que notaremos, entre os protagonistas da nossa temática,
será o modo pela qual a cidade é interpretada: certamente a cidade é um conjunto, mas
um conjunto "arquitetônico", pois é a grande arte da construção que define todos os
espaços e formas, da magnitude dos monumentos celebrativos, da presença das
estruturas habitativas, até os conseqüentes largos, praças, ruas; essa noção é amparada
por uma primeira, anterior, aquela na qual a cidade é um "organismo que cresce", que se
desenvolve, e a sua materialidade, a sua espacialidade nascem em função das decisões
sedimentadas pela arquitetura, ao longo das diversas vicissitudes históricas.
A cidade considerada como um registro privilegiado, entre outros, para a história da
cultura de determinada civilização é o segundo princípio. Nasce, aqui, a possibilidade de
uma identidade delegada pelo lugar construído ao habitante, uma identidade a partir do
fenômeno edilício e que vai além do gosto, ou de uma Kunstwollen epocal: existe uma
plena convicção, entre os nossos estudiosos, que a cidade possa fornecer, orientar uma
"sensibilidade receptiva" à cultura formal e histórica que se repousa nos materiais e nas
morfologias urbanas. Reencontrar essa "orientação" é uma tarefa que alcança uma
responsabilidade moral, ética, do estudioso, do cultor da cidade.
Um terceiro comportamento, concluindo, ao catalogar a cidade, é a importância da
fruição visiva. Desde o final do século XIX, podemos acompanhar na historiografia
artística o percurso gradual da "pura-visibilidade" 1, e, poderemos verificar esse mesmo
primado, da "cidade visiva", nos passos dos nossos cultores.
Para uma definição de "relevo arquitetônico"
Ainda dentro das nossas premissas, uma definição julgamos ser urgente, sobretudo
para o ouvinte brasileiro: deveremos afrontar uma grande tradição italiana do desenho,
aquela relativa à cultura do "rilievo". Recorremos à "Enciclopedia Treccani" de 1936, para
uma primeira definição "institucional" dessa prática, em sua veste moderna:
Rilievo - La rappresentazione grafica di un fabbricato esistente, non
già nell'aspetto esteriore col quale si presenta a chi lo guarda, il che
è opera di pittura o ripresa fotografica, ma attraverso speciali
elaborati nei quali siano riportate in scala conveniente le sue
caratteristiche reali di forma e dimensione, presuppone la
conoscenza delle caratteristiche stesse, conoscenza che raggiunge
mediante la misurazione dei loro elementi. S'indicano con nome di
rilevamento le operazioni di misurazione e con quello di rilievo anche
l'insieme degli elaborati che ne rappresentano graficamente il
risultato.
Dovendo tali elaborati riprodurre la realtà dell'edificio scevra da
quelle deformazioni che sono tuttavia parte integrante della nostra
percezione visiva, è necessario servirsi di rappresentazioni di aspetti
astratti e convenzionali rispondenti ai caratteri generali comuni a tutti
gli edifici, vale a dire alla loro planimetria, con le piante, e alla loro
altimetria con le sezioni e gli alzati o prospetti. 2
Se a presente definição poderia favorecer uma equivalência entre "rilievo" e o
"levantamento arquitetônico" no metier do profissional brasileiro, veremos que nas nossas
concretas experiências de estudo, de culto das cidades, as distâncias entre as
concepções italiana e brasileira são maiores 3; e, teríamos boas justificações para insistir
em uma tradução de "rilievo" para português "relevo", uma convenção que aceitaríamos
por enquanto, até novos estudos sobre a própria história do desenho arquitetônico no
Brasil.
De fato, na nossa tradição de ensino arquitetônico, poderíamos recorrer às atividades
inauguradas por Grandjean de Montigny na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro no
século passado. Um arquiteto francês digno do Prix de Roma, em 1799, e autor de uma
importante publicação na Alemanha, justamente um "álbum de relevos" sobre o
patrimônio do primeiro Renascimento toscano 4. Seria uma interessante hipótese
acompanhar o ensino e a prática do desenho na sede acadêmica carioca, desde a
segunda metade do século XIX até a reforma didática de Lúcio Costa, referência central
para as futuras faculdades moderna de arquitetura.
Objetivamente, não possuímos hoje, nas estruturas educativas voltadas à formação do
arquiteto no Brasil, essa atenção particular ao referido "relevo arquitetônico"; e portanto, é
valida essa premissa ao nosso estudo, alerta para a propriedade de um conjunto de
conhecimentos centrais na ação dos cultores da cidade italianos.
8
Parte II
EXPERIÊNCIAS
Cultores de arquitetura, Roma 1890-1930
[Pranchas I-VII]
Roma, no final do século XIX, era ainda uma "capital" em construção: surgiam na
periferia do centro histórico os novos e primeiros edifícios que abrigavam a burocracia
central da nação 5; algumas intervenções urbanas já demonstravam uma nova face que a
Urbe teria sob o reinado da Casa Savoia, como a via Nazionale (coligando a zona
nordeste, dominada pela estação ferroviária, ao centro dos foruns romanos), o corso
Vittorio Emanuele (um percurso entre o Vaticano e a praça Veneza), os primeiros núcleos
habitativos construídos pelas Sociedades de crédito imobiliário privadas e estatais, e as
grandes operações de retificação e controle das enchentes do rio Tibres.
No centro antigo, acompanhava-se com os olhos as múltiplas "ampliações verticais"
dos tantos palácios, predominantemente barrocos, uma natural conversão das residências
nobres para edifícios multifamiliares, como também a instalação em várias sedes
tradicionais patrícias de embaixadas e gabinetes de representação política do Governo.
Em Roma, portanto, eram colocados na mesma balança, a validade de um patrimônio
local, existente e apreciado por gerações de modernos viajantes, estudiosos, artistas, e as
apressadas necessidades espaciais de uma nova capital, transferida em 1871,
augurando-se um prestígio como aquele das irmãs européias de grande visibilidade, a
Paris de Haussmann, a Vienna de Förster.
Na direção das obras, atrás das decisões, estava o Ufficio d'Arte Comunale, o núcleo
institucional que desde o Plano Regulador apresentado em 1873, era responsável pela
ampliação e transformações de Roma capital: Ufficio que, como em outras cidades
italianas, abrigava um corpo de engenheiros e técnicos, além de receber colaborações
externas, geralmente de renomados profissionais para situações e contextos particulares.
Já nos referimos a uma balança entre as novas necessidades e implementações
edilícias e, no outro prato, o patrimônio construído e tão caro aos amantes da arte;
evidentemente o peso das novas condições e necessidades será prevalente, e, as
consecutivas reformas conterão muitos critérios que não favorecerão um convívio, um
equilíbrio com o outro lado pendente, aquele da história, do pitoresco e da singularidade
de tantos redutos urbanos. E, é possível uma dedução quase "lógica" e comum a todas as
operações urbanas no final do século XIX, quando o higienismo, o sanitarismo, a
regularidade e economia da circulação são motivos centrais na mentalidade positivista
que predominam as decisões dos saberes politécnicos. Em Roma se respirava assim o
mesmo ar que tantas metrópoles européias já contaminavam os seus habitantes por
muitos decênios, pó das densas nuvens de demolição e de canteiros de obras
freneticamente ocupados por centenas de operários.
A esse quadro metropolitano, um primeiro grupo de arquitetos e arqueólogos, de
literatos e amantes dos monumentos dão uma resposta, reunindo-se, formalmente, sob o
título de "Associazione Artistica fra i Cultori di Architettura".
Em 23 de janeiro de 1890 se proclama a associação; em 18 de fevereiro se anuncia o
Statuto que, no segundo artigo, expõe os princípios dos sócios cultores:
Art. - 2. L'associazione ha per iscopo di promuovere lo studio e
rialzare il prestigio dell'architettura, prima fra le arti belle, ed a questo
effetto si propone:
9
a) di consacrarsi allo studio dei monumenti che costituiscono il
prezioso patrimonio storico ed artistico di Roma e dell'Italia,
interessandosi alla loro tutela e buona conservazione cosicchè i
membri dell'associazione possano a buon diritto essere chiamati
amici dei monumenti;
b) di tenere pubbliche esposizioni di opere compiute e di progetti
eseguiti da distinti cultori italiani ed esteri, anche se questi non
facciano parte della associazione;
c) di tenere conferenze e pubblicare articoli speciali sopra argomenti
o questioni riflettenti la cultura ed il progresso degli studi nel campo
dell'estetica, dell'archeologia e storia dell'arte;
d) di assegnare premi di incoraggiamento e bandire concorsi sopra
temi che interessino l'architettura o le arti ed industrie da questa
dipendenti.
e) di adoperarsi affinchè per i nuovi edifici di carattere e scopo
pubblico siano banditi concorsi e che questi abbiano il miglior esito
per l'interesse ed il decoro dell'arte;
f) di istituire una biblioteca nella quale, oltre le principali opere e
periodici, siano raccolti disegni originali, fotografie, stampe, calchi,
collezioni speciali e quanto altro può giovare allo studio
dell'architettura;
g) di comunicare con le istituzione affini e con le individualità
eminenti italiane e straniere, attivando lo scambio di notizie ed
iniziative con tutti i centri artistici e con quanti hanno culto per l'arte;
h) di organizzare escursioni artistiche fra i soci per lo studio e
riproduzione dei monumenti.
Essendo l'arte scopo esclusivo della Associazione questa deve
rimanere estranea a qualunque manifestazione politica. 6
Era uma respostas dos então novos cultores romanos a um sentimento de "mal-estar"
generalizado: um consenso geral, entre os arquitetos, do então desprestígio da grande
Arte em relação às outras "irmãs", pintura e escultura, desprestígio verificado
especialmente nas grandes mostras nacionais de Belas Artes 7; uma crise do próprio
modelo acadêmico de ensino para a formação dos venturos arquitetos, em especial
representado, em Roma, pela Academia de San Luca e pela Academia de França em
Villa Medici, pois, a etapa considerada mais significativa nessas sedes era o percurso, o
adestramento na realização de relevos arquitetônicos retificando as obras originais, muito
aquém das situações modernas, tecnológicas, pela qual um arquiteto deveria dar uma
resposta em concorrência com os engenheiros 8; razões corporativas, vale a pena
ressaltar a fraca, débil organização entre os profissionais da edilícia, praticamente
encerrada nas Sociedades regionais dos Engenheiros e Arquitetos, frente a situações de
grande interesse como os concursos, a regulamentação das atribuições em leis, decretos,
os valores de pagamento e de prestações de serviços, a privados e orgãos públicos 9.
O perfil de um cultor romano de arquitetura, e citamos alguns entre os 24 sócios
fundadores, como Pio Piacentini (1846-1928), Gaetano Kock (1849-1910), Ernesto Basile
(1857-1932), Giuseppe Sacconi (1854-1905) era aquele traçado geralmente por um
admirável currículo de realizações importantes na Capital, especialmente com uma vitória
em significativo concurso público, informado constantemente sobre as novidades
francesas e alemãs, particularmente dotado por uma cultura do desenho artístico e
técnico, e crente, admirador, fiel às antigas construções, aos seus endereços para um
moderno projeto,
10
Se agli altri dobbiamo insegnare, se alla nostra arte dobbiamo
acquistare proseliti, dobbiamo quest'arte possederla completamente,
e per possederla non conosco mezzo migliore che studiarla, e
studiarla sui monumenti in compagnia di chi è ugualmente invaso dal
sacro fuoco dell'arte. 10
Nos 4 decênios sucessivos, até meados da década de 1920 quando a Associação
perderá a sua autonomia e será anexada ao Sindacato Nazionale Fascista Architetti,
serão criadas muitas comissões internas, visando certos estudos de projeto, de restauro
dos monumentos, de organização de congressos, de exposições; serão feitos vários votos
de apoio ou oposição à iniciativas públicas relativas aos rumos da Capital, do ensino
artístico. Os cultores visitarão monumentos, canteiros, cidades, e publicarão, além do
"Annuario", outros periódicos, opúsculos e livros e dois; será constituído, um verdadeiro
vivaz ambiente cultural, fornecendo à Itália grande parte dos seus melhores talentos e
conhecimentos para a primeira metade do século XX, personagens maturos que ali
encontraram um solo fértil para as suas convicções como Gustavo Giovannoni, e tantos
jovens que ali se debutaram como Marcello Piacentini, Arnaldo Foschini, Vincenzo Fasolo,
Luigi Piccinato. Saberes da arquitetura e do urbanismo, discutidos e conquistados entre o
calor das assembléias, das apresentações de propostas, e que se confluirão em manuais,
em publicações periódicas e na monumental e já citada "Enciclopedia Italiana Treccani"
de Giovanni Gentile 11.
Era necessário essa introdução panorâmica ao "ambiente" dos cultores para entender
uma singular experiência promovida, e as suas devidas implicações dentro do quadro de
aspirações que citamos brevemente acima: aquela experiência que nos interessa e nos
motiva nessa comunicação, a construção de um Inventário do patrimônio para os 15
bairros de Roma moderno, desde 1892.
Intitulada Rioni di Roma, e sempre constituída por tantos membros quanto os bairros
romanos, a Comissão assim se expressa no seu primeiro programa de trabalho:
Come eseguire di fatti un inventario della enorme esuberante
quantità di tesori artistici che possediamo? Abbiamo anche risoluto,
per ora, di non chiedere per uso nostro l'inventario già eseguito dalla
Commissione Archeologica comunale e di fare affidamento sulle
nostre forze soltanto. Nè l'inventario del Comune, benchè
accuratissimo, è adeguato alla vastità dell'oggetto, nè qualsivoglia
altro inventario volesse eseguirsi, anche disponendo dei mezzi più
poderosi, potrebbe riuscire perfetto. Non è dunque questa ampiezza
o questa perfezione lo scopo al quale debbono tendere i nostri sforzi.
12
Nesses contrastes com os atuais inventários disponíveis, os cultores da arquitetura
desenham uma metodologia especial para catalogar a cidade de Roma:
Questa commissione ha già incominciato i suoi studi ed i suoi lavori,
e, come ci riferì in elaborata relazione il suo benemerito segretario,
ha diviso il compito di sorveglianza, assegnando a ciascuno dei suoi
membri l'ispezione di due rioni, in guisa che ogni rione è affidato a
due membri della commissione. Un inventario dei monumenti
minacciati sarà innanzi tutto redatto da questa commissione
11
nell'anno corrente, e di quelli che devono esser demoliti, eseguirà
tutti gli studi ed i rilievi più adatti a conservarne la memoria. Intende
inoltre di eseguire o raccogliere rilievi e descrizioni degli edifici
spettanti all'architettura civile e militare di Roma nel medio evo,
preparando così un ricco e nuovo materiale per le pubblicazioni
sociali. 13
A iniciativa dos sócios-cultores irá, em 1895, coincidir com uma outra, aquela da
elaboração do novo "Regolamento edilizio" pelo Município de Roma: o governo citadino
comissiona a Associação para executar uma lista dos "monumentos" que seriam incluídos
em uma regra especial de tratamento, da total preservação ao condicionamento de
possíveis reformas e restruturações.
Os cultores preparam um primeiro "Inventário dos Monumentos", um simples elenco,
organizado topograficamente segundo percursos viários, e introduzem um critério seletivo,
qualitativo, dispondo os monumentos citados em categorias de "conservação"
[A Associação] Ebbe parimenti a riconoscere, come non volendo
fossilizzare la città, e soffocarne ogni vitale iniziativa, non fosse
possibile conservare in modo assoluto tutti i singoli monumenti del
passato, ma doversi con prudente e pratica scelta classificarli
secondo l'importanza loro, e suggerire per ciascuno i provvedimenti
più acconci e conservarne ai posteri il beneficio. 14
1895 é portanto o ano na qual a Comissão "dei Rioni" confirma efetivamente a utilidade
pública do seu trabalho, e tal incentivo induz os cultores a novos passos, à uma versão
complexa do projeto inicial para "catalogar a cidade": o quadro das informações a serem
recolhidas e posteriormente confluídas em um futuro e mais completo Inventario dei
Monumenti, seria articulado então por três bases de dados, "Itinerario", "Cataloghi
particolari" e "Schedario"
L'itinerario conterrà la nuda descrizione dei monumenti che si
osservano percorrendo le pubbliche vie. I cataloghi particolari
conteranno la sua enumerazione che si osservano penetrando
nell'interno degli edifici. Lo schedario finalmente descriverà ed
illustrerà i monumenti precedentemente notati nelle due prime parti.
Molte sono le ragioni che consigliano questa divisione, ma sopratutto
la necessità che il lavoro proceda spedito ed ordinato e che possa
essere esaurito per parti. 15
Ação catalográfica que se coordena com uma outra, aquela da tutela do patrimônio
Un monumento può essere distrutto o danneggiato, può essere
decomposto nelle sue parti per sostituirle tutte od alcuna in altra
forma, può essere asportato per collocarlo in altra località, può
essere alienato e trasportato fuori di Roma, può esser deturpato con
aggiunte di altre parti o nascosto con intonaci o pitture, può esser
privato dei necessari sostegni o delle opportune custodie, e via
dicendo. Ognuno di questi fatti costituisce innovazioni più o meno
fatali al monumento e l'Associazione nostra si propone d'impedirne
l'attuazione per quanto è in suo potere o di menomarne le
conseguenze. Non soltanto ai grandi e più conosciuti edifici dovrà
estendersi la tutela dei commissari, ma dovrà possibilmente
12
proteggere i piccoli e semicelati avanzi di ogni epoca e stile che, per
fortuna, assai numerosi si conservano ancora nella nostra città, e
non solo all'esterno, nelle piazze o per le strade, ma nell'interno delle
chiese, delle sagrestie, dei conventi, dei palazzi, delle case, negli
appartamenti, negli androni, nei cortili, nei giardini, negli orti per le
scale e ovunque.16
Trabalho, mas sobretudo compromisso, voluntário dos cultores que se revezam,
anualmente, na comissão, orientados por um regulamento prático mas sem esquecer a
base moral que sustenta toda essa atividade 17.
Uma especial atenção à ficha catalográfica, alma do "schedario", que reúne e coordena
outras informações como os desenhos, a bibliografia, estudos a respeito das condições
dos edifícios, relatórios arqueológicos 18. Ficha que é um "núcleo documental",
enriquecido com os relevos arquitetônicos, tantos sumários para o registro das
ocorrências estilísticas, quanto complexos e detalhados, na avaliação de estratos
construtivos sobrepostos em uma mesma massa edilícia 19. Uma ficha que ampara,
inclusive, as soluções possíveis de intervenções, reconstrução, projetos que viabilizem
reviver e preservar os monumentos declinados 20.
A primeira contribuição, decisiva dos cultores romanos à nossa temática principal, é
sobre a noção moderna de "monumento", estendida amplamente à materialidade edilícia
da cidade:
Con la parola monumento intendiamo per brevità indicare ogni
edificio pubblico o privato di qualunque epoca ed ogni rudere: che
presentino caratteri artistici o memorie storiche importanti; come
anche ogni parte di edificio, ogni oggetto mobile od immobile ed ogni
frammento: che presentino tali caratteri. 21
Estudando as inscrições latinas em belas letras cavadas nos blocos de mármore que
os antigos, sabiamente, registravam a história de cada uma das fábricas; estudando os
brasões e os emblemas, uma heráldica arquitetônica; descrevendo e relevando portões,
pórticos, janelas cujas molduras testemunham um vocabulário clássico da arquitetura de
alto nível, mesmo em simples edifícios, os cultores evidenciavam uma "arquitetura menor"
romana 22. Com esse comportamento, os valores e preferências cultivados no interior da
Associação se destacavam daqueles de uma certa mentalidade predominante,
esteticamente representada por Benedetto Croce. Se para o filósofo napolitano a arte
barroca, por exemplo, não tinha nenhum mérito dada a sua "degradação" 23, os cultores
romanos, de frente ao rico tecido arquitetônico herdado dos Seiscentos, dedicavam tanto
atenção ao Palácio berniniano dos Barberini quanto a uma casa, menor e então coeva,
próxima à igreja de S. Eustachio 24.
Outra contribuição que colhemos é um consenso, entre os mais ativos sócios cultores,
sobre uma "história da arquitetura" contraposta àquela dos especialistas, dos manuais de
história da arte no começo do século, e, entre todos, Adolfo Venturi e a sua exaustiva
Storia dell'Arte Italiana que apenas começava a ser publicada em 1901. Contra uma
história de impressões, de pura referência à arquitetura como uma obra de pintura, o
cultor Gustavo Giovannoni (1873-1947) propunha uma história profunda do fenômeno
edilício: as tecnologias empregadas ao longo do tempo em um antigo mas vivo
monumento, as atribuições documentais, atestadas na literatura, nos arquivos, relevos,
comparações cuidadosas com o "estilo" e a sua fatura 25.
13
Lembramos Giovannoni 26, mas poderíamos citar Giovanni Battista Giovenale 27,
Christian Hüelsen 28, autores, cultores cujas competências se alargavam da arqueologia à
uma filologia dos documentos e indícios estilísticos, até uma disciplinada metodologia,
catalográfica 29.
É o "itinerário" natural da própria cidade, percorrendo as ruas e praças, seguindo a
edilícia nos seus desdobramentos espaciais, ora privados, ora públicos, um trilho
"estético" que designa a estrutura do catálogo de Roma. Os monumentos vão sendo
fichados, individualmente, nesses roteiros topográficos, mas os cultores não visam
apenas um "guia monumental" da cidade artística; aqui nasce uma preciosa oportunidade,
aquela da descrição, de recomposição de "ambientes" urbanos, quadros, panoramas; e a
questão "ambiental" será convergida para o problema das novas intervenções urbanas
E di vero è ormai questo dell'edilizia l'argomento più vivo
dell'Architettura, in cui l'Arte rivendica pienamente i suoi diritti, ed a
cui fanno capo nervosamente tutte le moderne tendenze relative ai
mezzi di comunicazioni, alle abitudini di vita, alle grandi questioni
d'igiene e di bellezza, come anche al senso di rispetto pei monumenti
e pel loro ambiente. 30
Antes da cunhagem, no contexto italiano, do termo "Urbanistica" e suas decorrentes
implicações como disciplina cognitiva e especializada no planejamento das cidades 31,
desde os primeiros anos dos Novecentos, era nominado "edilizia" o corpus de
conhecimentos disponíveis para o projeto em escala urbana, em escala ambiental.
"Edilizia" que não somente reunia um extenso universo de saberes já conquistados e
convocados, mas que, precisamente, dispunha, na interpretação dos cultores, uma
hierarquia precisa entre os valores em jogo
I moderni mezzi della tecnica applicata alle comunicazioni, i moderni
concetti, non solo d'igiene e di economia, ma anche di estetica
edilizia, che favoriscono il decentramento cittadino, che richiedono
per le vie e le piazze non più un geometrico tracciato, ma un ritmo,
un raggruppamento vario e pittoresco, una espressione individuale e
viva, rappresentano ormai gli alleati nuovissimi del sentimento di
conservazione e di rispetto di un ambiente monumentale ed artistico
quale s'è composto nei secoli. I piani regolatori generali e le speciali
soluzioni edilizie divengono così, in modo essenzialmente differente
da quel che erano fino a pochi anni or sono, opera complessa di arte,
di tecnica, di conoscenza profonda ed amorosa del carattere e delle
opere monumentali di una città. Niun compito quindi che questo
potrebbe meglio rispondere al nostro programma ed alla nostra
tradizione sociale. 32
Os cultores são atentos leitores de Stübben 33, de Camillo Sitte 34; possuem
correspondência com grupos promotores, ingleses e norte-americanos, da Civic Art, do
National Housing and Towm Planning Council, com aquele belga-francês da Art public 35;
a Associação romana ocupa assim um importante papel, se não central, na maturação de
uma moderna e especial "Urbanistica" italiana, nos primeiros vinte anos dos Novecentos,
reunindo os diversos ganhos disciplinares obtidos na construção do Inventário dos
Monumentos à uma cultura internacional, atualíssima. São armas que os cultores
apontarão sempre para o problema do Plano regulador de Roma e as devidas
responsabilidades políticas 36.
14
O Inventário dos Monumentos, em sua versão definitiva, será publicado apenas
parcialmente, um primeiro volume em 1912 37; os textos introdutivos dos cultores ao
itinerário dos bairros são muito sinceros na enumeração das bases morais e
metodológicas, confirmando essencialmente os trilhos e princípios então definidos no
regulamento da Comissão em 1896. Destacamos os deveres coletivos na tutela do
patrimônio
Ed è dovere del Governo e del Comune tutelare ad ogni costo
questo patrimonio, e coordinare alla conservazione di tali preziosi
avanzi anche i lavori di pubblica utilità; ed è dovere dei privati
conservare gelosamente gli edifici ed in genere i tesori d'arte che
possiedono, per quanto almeno contribuiscono al decoro della città e
ne perpetuano le memorie. Era ed è dovere delle Istituzioni artistiche
e storiche in genere di tutti gli studiosi d'antichità contribuire alla
conservazione di questo sacro patrimonio col metterlo in evidenza,
inventariarlo, illustrarlo e col segnalarne le minacciate manomissioni.
A questi doveri non da tutti e non da sempre è stato ugualmente
soddisfatto. Mancò, innanzi tutto, nelle autorità una visione chiara di
ciò che doveva divenire Roma chiamata ad essere capitale d'Italia;
non fu intuita la convenienza di conservare alla vecchia città il
carattere che i secoli le avevano impresso, e preparare alla vita
nuova un più acconcio e libero campo d'espansione. 38
Os procedimentos de revisão para a publicação
A norma di regolamento si procedette ad una prima revisione,
scambiando i fascicoli fra i commissari per controllarli e correggerli. E
siccome nella prima redazione non tutti i commissari avevano
seguito lo stesso metodo e criteri identici, furono date delle norme
suppletive acciocchè questo lavoro di revisione risultasse in pari
tempo lavoro di unificazione. Pur tuttavia, quando la Commissione
riunita esaminò i fascicoli riconsegnati dai revisori, ebbe a costatare
che disuguaglianze esistevano ancora e non di semplice forma;
come del resto era inevitabile in un lavoro compilato da quindici
persone separatamente. Fu allora nominata una Sottocommissione
composta da tre soli membri con l'incarico di procedere
collegialmente all'ulteriore lavoro di revisione e coordinamento.39
O Inventario dei Monumenti é apresentado em dois elencos, segundo o "Itinerário"
topográfico, por "rione"
Nell'itinerario, tutte le strade o piazze di ogni rione sono catalogate
per ordine alfabetico, nessuna esclusa. Sotto il nome di ciascuna
strada o piazza sono elencati uno ad uno tutti gli oggetti degni di
nota: prospetti di palazzi, di chiese, di case; portici, campanili,
cupole, fontane, stemmi, lapidi, epigrafi, edicole, cancelli, frammenti
architettonici e scultorî; insomma, ogni più piccolo particolare che
presenti interesse storico ed artistico, che in detta strada o piazza
apparisca. Di ognuno di questi monumenti è fissata l'ubicazione,
avvertendo se si trovano ne centro della via o piazza, ovvero sopra
uno dei lati, e precisando su quale dei lati, mercè l'indicazione dei
punti cardinali coordinati rispetto alla via o piazza [...] 40
15
e os "Elencos por categorias"
Tutti i monumenti inventariati nell'Itinerario ritroviamo in questi
elenchi; ma raggruppati secondo un differente ordinamento. Si sono
voluti qui riunire in gruppi tutti i monumenti appartenenti ad una
medesima categoria, e le categorie sono elencate per ordine
alfabetico: Absidi, Acquedotti, Balconi, ecc., Ogni categoria è stata
suddivisa per stili od epoche, col metodo che appresso esporremo.
Quelli poi della medesima epoca o stile, sono anche essi ordinati
razionalmente; ma con criteri a seconda dei casi, tali però che
renderanno facile il rintracciarli. 41
Esse catálogo de Roma monumental certamente apresenta os seus limites, os seus
problemas, e que os próprios cultores anunciam-no-los: as direções viárias como
orientação ao recolher os dados, baseando-se na constatação das fachadas 42, os
problemas de atribuição quanto à autoria projetual dos edifícios 43, os critérios de estilo e
classificação conservativa 44, os oportunos limites cronológicos 45. São limitações que
não escondem, não ofuscam essa notável obra coletiva e pluridisciplinar que entrava no
circuito orgânico de outras iniciativas dos "amigos dos monumentos", prevendo uma
circunferência cultural que abraçasse, unitariamente, as manifestações da grande Arte
edilícia:
Così con termine della poderosa pubblicazione dell'Inventario dei
Rioni di Roma che tra pochi giorni, arricchita da tutta una serie di
belle illustrazioni, vedrà finalmente la luce, con la chiusura di un ciclo
di attività sociale, coinciderà la preparazione della nuova
pubblicazione periodica, l'inizio di una nuova opera di diffusione
precedente, ma pur con quello coordinato nell'armonica unità delle
molteplici tendenze che guidano l'Associazione e dei fini per cui essa
è sorta. Poichè per noi rappresentano altrettante manifestazioni di
un'unica energia la Coltura e l'Arte, gli studi sui monumenti del
passato, la tutela della loro integrità e del loro ambiente, e la ricerca
di elevare l'Arte nostra, di illustrarne le manifestazioni e di dare,
insieme ad essa, sviluppo alle arti di essa sussidiarie, le Arti
decorative. 46
16
Saverio Muratori, Veneza 1950-1959
[Pranchas VIII-XII]Devemos, por ordem cronológica, apresentar um "caso italiano" até
hoje muito pouco avaliado, e ainda acrescentamos, não entendido nas suas amplas e
até hoje inéditas acepções ao estudar um contexto urbano. Falamos de Saverio
Muratori, um dos mais densos personagens do pós-guerra italiano, e o seu estudo
decenal da cidade de Veneza.
A tarefa delicada: Muratori não é apenas o arquiteto que projeta, e significativa foi a sua
obra tanto arquitetônica quanto urbanística, mas é um teórico, rico em fundamentos e
raciocínios, um interlocutor que restitui um diálogo com toda a história do pensamento e
da cultura humana para, posteriormente, constituir uma base a sua Erlebnis; assim,
devemos operar alguns recortes, estabelecer algumas prioridades segundo os nossos
limitados objetivos em relação ao rico comportamento intelectual de Saverio Muratori 47.
Graduado em 1933 na Faculdade de arquitetura romana, com os professores Marcello
Piacentini, Arnaldo Foschini, Vincenzo Fasolo, com o então diretor Gustavo Giovannoni,
Saverio Muratori tinha a seu favor uma oportunidade e tantas escolhas oferecidas no
multiforme contexto cultural da Itália fascista; a sorte lhe agraciara com aquele recurso
que só o tempo, a regra da inevitável sucessão das geração, das épocas, poderia lhe
oferecer: obter uma formação densa na já matura Faculdade de Roma, com alguns dos
mais célebres protagonistas da vetusta Associação dos Cultores de Arquitetura, e
escolher, na vida prática, qual o movimento artístico para se engajar, qual revista para se
manifestar, enfim, qual a arquitetura, entre a racionalista mais paradigmática de um
Giuseppe Terragni ou aquela mais "acadêmica" do novo e caricatural Vitrúvio, Gigiotti
Zanini 48.
Muratori colabora na revista «Architettura», participa de concursos e projetos, divide
autorias com ex-colegas da "Sapienza", Ludovico Quaroni, Mario De Renzi, e, no
pós-guerra, assumirá também o ensino superior como uma importante atividade, primeiro,
professor no Instituto Universitário de Arquitetura veneziano, entre 1950 e 1954, e desde
1955, em Roma 49.
São justamente nesses anos venezianos que Muratori cumprirá um programa, atingirá
uma meta prevista, planejada e executada sucessivamente em três etapas, assinalados
em seus textos publicados no período 1948 e 1959:
Sviluppi del pensiero architettonico in Italia (1948)
Vita e Storia delle città (1950)
Studi per una operante storia urbana di Venezia - I (1959)
50
Três referências que, sucessivamente, criam uma base teórica-moral para uma nova
"posição do arquiteto" em relação à cultura arquitetônica
Il quadro dell'architettura, che prima della guerra ultima, pareva
polarizzato sull'antinomia irriducibile di due indirizzi formali opposti dove esigenze tecniche estetiche e pratiche non riuscivano né ad
articolarsi in quesiti precisi e distinti, né a generare un tessuto
connettivo più ricco di rapporti e riferimenti vicendevoli - ora ha
ceduto il posto a una molteplicità di problemi tendenti a un
superamento progrediente dei limiti di partenza, in generale costituiti
da astrazioni di principio, con una penetrazione sempre più intima
della realtà, e con una ricostruzione dei dati stessi del tema. 51
E portanto
17
Basti solo riflettere sullo spostamento del punto focale del movimento
architettonico dall'aspetto tecnico razionalistico a quello umano, il
continuo e progressivo abbandono della pianificazione astratta per
rivivere la realtà umana e l'opera umana nella sua complessa realtà,
e, quindi, il nascere di un nuovo essenziale interesse degli architetti
per i basilari quesiti dell'essere e del fare, cioè per la critica, cui
corrisponde, per riflesso, una nuova attenzione della critica per la
architettura, per cogliere l'accento caratteristico del nuovo clima
culturale. 52
Próximo e segundo passo: o que é arquitetura, o que é urbanística
Urbanistica ed architettura si trovano allora sullo stesso piano
programmatico e pratico: su un piano più o meno vasto, più o meno
complesso, esse fissano premesse, scelgono e valutano dati,
pongono quesiti che impegnano nel vivo la coscienza dell'urbanistica
come quella dell'architetto, e li risolvono via via nell'azione pratica.
Ma quel fissare premesse, quello scegliere dati, quel porre quesiti è
sempre atto spirituale e soggettivo, intrinseco all'opera creativa
concreta, vista nella sua originale unità, né mai da essa separabile
se non a posteriori, astrattamente. E poiché l'architettura è stata
sempre ritenuta arte, è stato affermato che anche l'urbanistica,
almeno in quanto azione creativa, può considerarsi tale. E lo può
certamente a patto che di tale arte si abbia un concetto tanto largo
da includere tutti quei valori che rendono, ad esempio, l'arte
architettonica forma in tutto vitale e concreta, aderente alla vita,
comprendente la vita e perciò espressiva di questa vita nella sua
essenza animatrice. E così intesa la forma diviene depositaria di tutto
universale che è nell'uomo, la sintesi espressiva dell'umano in
quanto atto assoluto e concreto, che si pone al di sopra della
relatività del giudizio e al di fuori del tempo. 53
O arquiteto-teórico oferece à "cidade" algumas interpretações e hipóteses que lhe
possam garantir uma aderência aos valores apenas distinguidos, categorizados, sem
entrar no mérito qualitativo: "ambiente" 54, "estilos" e "linguagem arquitetônica" 55,
"técnica" 56, "passado" e "futuro citadino" 57, "sentimentos históricos" 58; uma "cidade
fenomenológica"
Occorre pertanto una mentalità, un quadro culturale che abbia risolto il
quesito della posizione reciproca di due ordini diversi di interessi,
quelli contingenti e quelli universali, che si presentano al pensiero in
modo nettamente diverso. Ed è importante questa mentalità (ho
parlato deliberatamente di mentalità, di disposizione d'animo e non di
principii o di formule) in quanto un tale atteggiamento, l'unico sbocco
reale cui può approdare una trattazione teorica, ci accompagnerà poi
senza tregua l'opera concreta e stabilirà, non certo la validità del
nostro operare che, qualunque esso sia, ha nell'adesione a
un'esperienza di vita il suo fondamento, ma l'ampiezza del respiro e la
ricchezza degli interessi connessi nella nostra opera. 59
Vita e Storia della città, um título que expunha os dois aspectos em devida
concorrência com um terceiro ausente, a "técnica", nos destinos da cidade 60; "vida" e
18
"história" que seriam motrizes para uma regeneração cultural, para um novo
comportamento dos cidadãos, dos políticos, dos urbanistas 61.
Eram, em suma, conclusões de uma revisão muratoriana sobre a história da
urbanística, deste o Iluminismo e a instituição da "abstração" como modelo geral da
mentalidade definida então tecninicista62, passando pelo século XIX, recordando
Haussmann e Sitte 63, até as propostas dos modernistas, até Howard e Frank Lloyd
Wright 64.
O problema da "cidade antiga", do centro histórico e as devidas interpretações por
parte dos historiadores, do técnicos, também mereceria uma revisão: os primórdios, e
Saverio Muratori cita Winckelmann 65; os passos decisivos, se reconhece os cultores
romanos de arquitetura, especialmente Giovannoni e a sua teoria do "diradamento" 66; a
concepção presente e dominante, a "cidade-museu" 67.
Se o primeiro passo de Muratori era alertar a urgência de uma nova concepção da
"teoria da arquitetura", envolvida com valores de referência históricos e morais, filosóficos
e "vitais", o sucessivo restituia à disciplina "Urbanistica" compromissos importantes
naquele momento de reconstrução do pós-guerra, como as novas ampliações das
cidades e o restauro dos centros antigos destruídos.
Così la vera vita della città è dovuta ad un processo continuo e
sempre attivo di rinnovamento e di conservazione, non disgiunti ma
fusi in unità, processo che, anche nelle artificiose condizioni in cui
vivono le città del nostro tempo e la nostra civiltà, sussiste a dispetto
delle intrusioni insensate, degli interventi deleteri della cultura
ufficiale. Si attua giornalmente una sorte di «restauro d'uso», ciò un
continuo condizionamento alla vita (reazione e collaborazione
dell'uomo con l'ambiente) che può considerarsi il prototipo di ogni
architettura e che dovrebbe essere preso a modello ideale di ogni
progettare. 68
E o terceiro avanço no percurso muratoriano coincidia com o início da atividade didática
em Veneza: chamado para ocupar a cátedra de "Caratteri distributivi degli edifici", Saverio
Muratori propunha um curso, dentro do moderno currículo didático do Instituto
Universitário de Arquitetura, na qual a cidade da laguna e a sua especial configuração
seriam um justíssimo laboratório
Esclusa ogni visione astrattista e separatista della forma, si pose
quindi il problema di una trattazione tecnica che, anziché escludere i
valori etici ed espressivi, li includessi nella struttura logico-economica
fino dalle sue basi assicurandone la concretezza e individuò nel tipo
edilizio una visione della realtà intesa nel suo senso unitario e nella
sua continuità di sviluppo, individuale in ogni suo momento e
caratterizzata da un orientamento selettivo e quindi storico, atto a un
vitale e unificante scambio con l'ambiente. 69
O "método tipológico" era uma abordagem direta e fiel às estruturas arquitetônicas no
especial assentamento urbano veneziano, ou para reentrarmos na nossa original
temática, se tratava de uma "catalogação" da cidade, da mínima à grande escala, dos
fatores construtivos e estilísticos singulares no presente, sem esquecer o seus
desenvolvimentos históricos
[...] che il tipo [edilício] non si individua se non nella sua applicazione
concreta, cioè in un tessuto edilizio; che, a sua volta, un tessuto
19
urbano se non nel suo termine totale, cioè nell'organismo urbano e
che il valore totale di un organismo urbano lo si afferra solo nella sua
dimensione storica, poiché, nella sua intrinseca continuità, la sua
realtà cresce col tempo e si attua solo come reazione e sviluppo
conseguente alla condizione posta dal suo passato. 70
Tal método aplicado à uma cidade como Veneza era sobretudo experimentar um caso
quase extremo: dois fluxos de circulação, a cotidiana navegação e a convencional
pedestre; bairros que se erguiam em blocos edilícios, dadas os problemas hidráulicos das
novas ocupações de terras altas; cidade sempre limitada e sensível a substituições do
tecido, e, assim, deveria assistir obrigatoriamente a sobreposição de estilos, de culturas,
de costumes. Em nenhuma outra cidade italiana a arquitetura é redundantemente a
cidade, como em Veneza.
[...] il vero di indagine fu, a parte una più adeguata valutazione delle
difficoltà offerte dall'edilizia veneziana, il chiarimento in concreto del
duplice aspetto che comporta ogni indagine edilizia, la individuazione
di una linea di sviluppo storico, ciò il rapporto che lega l'individualità
del tipo con un nuovo aspetto individuale insorgente come sviluppo e
differenziazione nell'ambito del primo; aspetti che a indagine
compiuta si sosterranno a vicenda, si compenetreranno e si
fonderanno in un unico, ininterrotto processo; ma che il ricercatore
dovrà creare, per costatarli, di isolarli e coglierli separatamente onde
evitare equivoci e contaminazioni di valori gerarchicamente e
strutturalmente distinti. 71
O desenvolvido e detalhado texto publicado em 1959 na revista «Palladio»,
praticamente um número monográfico sobre a "história urbana operante" muratoriana,
impressiona pela extensão de análise e de iconografia. O autor nos apresenta as suas
motivações didáticas, as etapas de trabalho conduzidas com os alunos entre 1950 e 1954
72
, como também as razões e as sucessivas zonas selecionadas em Veneza, na
construção da sua história urbana 73.
A função do relevo arquitetônico, o "rilievo dal vero" como declara metodologicamente
Muratori, era representar inteiros núcleos da cidade, conjuntos coerentes que nasceram
ou adquiriram vida em uma fase específica e homogênea na história cultural veneziana,
um relevo da situação atual acompanhado por outros, hipotéticos e capazes de
reconstruir as anteriores fases "vitais" dessas mesmas partes urbanas 74.
Catálogo "histórico-crítico" da cidade: não há mais distinção entre estruturas
monumentais e aquelas habitativas; não existe mais a preferência no entendimento do
quadro "pitoresco", do percurso visivo, e sim, de todo o complexo de variantes
arquitetônicas, dos espaços aos estilos, e resta como operação crítica justamente avaliar
as hipóteses de configuração histórica, das origens aos desdobramentos sucessivos 75.
Em termos práticos, um "catálogo" estruturado pelas macro-unidades, os bairros, mas
sempre referenciados ao plano geral da cidade, seguindo de qualquer modo, a mesma
estratégia de ocupação das iniciais pequenas ilhas da laguna que se fundem, se cruzam,
se interligam, progressivamente com o tempo 76. Estão presentes também alguns ensaios
de relevos histórico-críticos de palácios civis, como a Casa Polo in Corte, no bairro S.
Giovanni Grisostomo, e sua evolução planimétrica desde o século XII 77.
O papel da fotografia no catálogo muratoriano é subsidiário ao texto e aos relevos,
fornecendo um registro da situação coeva, e sem nenhuma pretensão quanto a um ponto
de vista mais interessante ou "monumental", uma fotografia descritiva 78.
20
Dos tipos edilícios, se passa aos tipos urbanos, quando justamente os relevos
evidenciam as diversas "Venezas": "cidade arquipélago", "cidade contínua", "cidade
unitária", momentos de grande coerência da massa edificada em relação à escala
temporal. Dos séculos IX-XII quando os assentamentos pontuais ultrapassavam o modelo
linear de distribuição das fábricas, preparando-se para o apogeu do "gótico", até os
Quatrocentos e Quinhentos, com as regularizações e ampliamentos promovidos durante o
"renascimento" 79.
O discurso nas páginas de «Palladio» se expandia em tantos parágrafos, entre a
filosofia e epistemologia, rumo a definições de conceitos, disciplinas, confirmando a
década de reforma teórica da arquitetura italiana promovida por Saverio Muratori: a
"história urbana" 80, a "arquitetura" 81, o "planejamento"
La nostra indagine ci ha messo nell'avviso che una visione positiva e
realistica del problema richiede un capovolgimento della
impostazione: se tale è l'attrezzatura tecnica di cui la città dispone,
occorrerà trovare il modo che essa continui a dare un rendimento,
che seguiti cioè a funzionare così come essa può, cioè entro i limiti di
elasticità assegnatile dalla sua storia: fino al momento almeno in cui
ciò non sia più possibile (ma in quel momento caduto qualunque
interesse per l'attrezzatura tecnica sorpassata, il problema non
esisterà più). Occorrerà partire non da quello che non c'è, ma da
quello che c'è dalla comprensione delle sue possibilità e del suo
valore, che, come sempre, non sta in un fittizio valore di natura degli
oggetti sempre più o meno convenzionale, ma dal valore loro
attribuito dal campo magnetico di una cultura, dal modo in cui sono
interpretati e connessi. [...] Ecco dunque una legge programmatica
estremamente convincente: pianificazione legittima è solo quella che
asseconda il moto di variazione funzionale che la realtà esistente,
cioè la struttura, ammette. Ha perciò i suoi limiti (che possono essere
in casi estremi anche letali), ma solo perchè ha i suoi limiti, ha le sue
preferenze, cioè a dire una particolare scala di valori, le sue
categorie, le sue forme, un suo particolare senso economico, un suo
interesse umano e sociale. 82
21
Massimo Carmassi, Pisa 1974-1990
[Pranchas XIII-XVIII]
Ho iniziato molto presto a rilevare questa città: nel 1963 Piazza dei
Cavalieri, l'anno successivo "Piazza delle Vettovaglie": due
riferimenti simbolici per un giovane studente di architettura. 83
Construindo sempre uma discreta autobiografia em seus depoimentos e textos
publicados, o arquiteto graduado em 1970, Massimo Carmassi, jamais revela,
explicitamente, os sentimentos profundos e afetivos que sempre dedicou à sua cidade
natal, Pisa. Um culto à cidade que lhe garantiria um amplificação, um incitamento pela já
inata inclinação ao desenho, pelo projeto, pela criação, e é obrigatório reconhecer o vulto
e a importância contemporânea da obra projetada por Carmassi, na Itália e no exterior 84.
Pisa, cidade toscana, que assumia no arco suave do rio Arno um preciso eixo entre as
suas partes meridional e setentrional, se apresentava aos olhos do arquiteto como um
evento construtivo realmente singular, estratificada, inspirando-lhe uma "idéia" de cidade
Spesso mi trovo ad immaginare città quasi monocromatiche dove
modesti scarti di colore contribuiscono a determinare un senso di
serenità e ordine. Tutto ciò rimanda ai temi della durata e della
stratificazione, caratteristici del divenire di ogni città antica. Le città
sono il risultato di innumerevoli sedimentazioni, del trascorrere
incessante della vita e resistono al tempo in virtù delle qualità dei
materiali utilizzati per le costruzioni che le compongono. Le mie
architettura impiegano materiali resistenti e semplici quasi per essere
predisposte ad accogliere future modificazioni o ad inserirsi negli
strati della città. 85
A experiência pisana que nos interessa nessa comunicação, e na qual Massimo
Carmassi será o idealizador e ponto de referência constante, é o trabalho de
"rilievamento" da cidade executado pelo Ufficio Progetti do Município, entre os anos 1974
e, aproximadamente, 1990, ano de preparação de parte dos resultados para a publicação
em um volume, o citado Pisa, il rilievo della città.
Se tratava de um estúdio de arquitetura paralelo às instâncias técnicas municipais,
inaugurado para viabilizar os projetos de intervenção previstos no então Plano regulador
de Pisa, no centro histórico, e particularmente na recuperação de certas zonas centrais e
propor, para a moderna periferia, novas unidades que respondessem certos programas,
habitativos e educacionais. Um procedimento que não era inédito no cenário italiano,
recordando sobretudo os anos entre-Guerras, quando vários escritórios e respectivos
profissionais liberais se prontificavam para desenvolver diversas escalas de intervenções,
do Plano Regulador à construção de prédios públicas, sempre em paralelo aos quadros
oficiais do "genio civile" citadino.
As atividades que inicialmente se configuravam como assessoria profissional foram,
sob a direção sempre de Carmassi, se estendendo em um programa maior, de estudos,
da inteira Pisa. Diversas competências, como aquela dos historiadores, dos engenheiros,
dos arqueólogos, foram se reunindo em precisas ocasiões, como o restauro do Palácio
Lanfranchi, ganhos certamente importantes de interlocutores que orientavam os membros
do Ufficio Progetti nos estudos progressivos 86.
Cidade estratificada como já dissemos: Pisa possuía uma particular tipologia habitativa,
as casas-torre que registram o período medieval da "Reppublica marinara" 87;
22
posteriormente, subjulgada ao Ducado Mediceo, no século XVI, a cidade perde o direito a
qualquer autonomia cultural, e a sua arquitetura menor vem "coberta", dissimulada pelas
proeminentes janelas e fachadas revestidas, segundo o modelo palacial florentino do
tardo Renascimento 88. Soma-se, pelos séculos vindouros, as restruturações, as
ampliações, as perdas de certos trechos da última muralha medieval, todas as
vicissitudes de uma cidade histórica que se fermenta em períodos de intensa vida
construtiva contrastados por aqueles da decadência, das obras mal implementadas, as
cicatrizes edilícias ainda abertas pelos dramáticos bombardeamentos na segunda Guerra
Mundial.
A estratégia carmassiana no estudo de Pisa é fundamentada justamente no registro
gráfico das condições citadinas, o relevo arquitetônico
Abbiamo spinto la conoscenza degli edifici attraverso lo studio
grafico dei rilievi e ci siamo accorti, ad esempio, di tutta una serie di
anomalie che fanno apparire la tipologia urbana pisana ben più
complessa di quanto la si credeva; abbiamo anche scoperto la
ricchezza delle stratificazioni nelle molteplici trasformazioni. La
memoria della città è, in fondo, molto labile, nel senso che cambia
continuamente; il rilievo sistematico (lo eseguiremmo anche per la
periferia) diventa dunque un documento preciso, capace di restituirci
la memoria di un determinato periodo. è proprio grazie al rilievo che
arriviamo a scoprire parti nascoste e dimenticate della città, come
certe zone abbandonate, seppellite dalla vegetazione e inaccessibili,
situate lungo le mura. 89
Desenha-se uma primeira planimetria da cidade antiga, confinada pelas muralhas, cuja
divisão interna é simétrica às unidades dos bairros e, em detalhe, com a indicação dos
quarteirões, dos lotes e de toda a situação entre a edilícia nova e aquela antiga
preservada 90. É a Pisa contemporânea que o grupo de Carmassi desenha, indaga, grupo
que desde o início dos trabalhos conta com o apoio do curso superior de arquitetura
florentino, e, assim, correspondendo a uma experiência didática com os alunos e
professores envolvidos 91.
Carmassi, à frente desta orquestra gráfica, logo acordaria com a Administração
municipal pisana para a aquisição dos relevos completados externamente ao Ufficio
Progetti, preocupando-se especialmente na realização de um grande arquivo 92; os
obstáculos crescem, falta um apoio estável político, e, selando a "concorrência" e mesmo
interrupção da atividade dos cultores pisanos, a Prefeitura cria um novo orgão para tutelar
o patrimônio histórico 93.
Analisando a produção atestada no volume Pisa, il rilievo della città, testamento
metodológico do Ufficio Progetti, podemos compreender, imediatamente, a condição que
todo estudo desenvolvido organicamente, ou seja, dependente de certas disponibilidades
humanas, competências e necessidades, possa oferecer, possa enriquecer e afirmar uma
cultura tão particularmente italiana como aquela do "rilievo": o catálogo carmassiano de
Pisa apresenta conteúdos específicos, segundo a escala de desenho, segundo interesses
por certas zonas citadinas e submetidas então ao restauro e à restrutturação, segundo as
disposições gráficas, mais detalhados ou não, quando certos valores monumentais
reclamavam uma concentração de esforços e de recursos variados.
Esquematicamente, podemos dividir esse conjunto de relevos feitos pelo Ufficio
Progetti em 4 grupos temáticos 94.
O primeiro relativo aos conjuntos monumentais, de altíssimo valor artístico, desde o
"Piazza dei Miracoli", assim definido por D'Annunzio, onde se situam a Catedral, o
Batistério, o Camposanto e a Torre pendente, ou a vasariana Piazza dei Cavalieri, o
23
conjunto militar do Arsenale para o rio Arno, rumo ao mar Tirrenio a oeste, a Fortaleza
San Gallo, no outro extremo fluvial da cidade, a leste; alguns entre tantos outros que
receberam uma campanha de relevamento gráfico intensa, e não somente eram
evidentes a preocupação do registro "estilístico" detalhado das moles, exemplar as
pranchas para o Camposanto Monumental 95, mas também às questões volumétricas,
representadas em perspectivas axonométricas, especialmente aqueles conjuntos muito
comprometidos por estruturas recentes, caso que se verifica com a Fortaleza San Gallo.
O segundo grupo são os conjuntos habitativos ou funcionais, antigos e modernos, que
formam quarteirões e configuram uma grande parte do centro setentrional pisano. Os
relevos, sempre proporcionais a essa pequena escala urbana, revelam em planimetrias
específicas para cada cota e nas fachadas gerais, o resultado de uma edilícia
amalgamada em uma coerência, simples, de espaços conectivos. São nesses momentos,
como a Piazza delle Vettovaglie, ou o quarteirão entre as ruas Coccapani e S. Andrea que
se "escavam" os estratos e correspondências a uma tipologia histórica da casa-torre.
Quando é previsto um projeto de restruturação em larga escala, como aquele para o
quarteirão atrás da igreja de S. Michele in Borgo, os relevos avançam até as mínimas
configurações materiais, sem perder a idéia geral que possa orientar tipologicamente a
nova edificação 96.
A desativada Fábrica Marzotto, edificada nesse século, assim como o antigo e
abandonado Matadouro Público dos Oitocentos são registrados enquanto estruturas
presentes e potenciais à programas de reciclagem espacial 97.
O sistema das muralhas medievais, que configura o último poliedro das glórias de Pisa
replubicana, compõe o terceiro grupo de relevos: sistema porque o forte muro de pedras e
tijolos se articula com outros componentes, uma verdadeira arquitetura linear, como as
portas de entrada rumo ao burgo antigo, as partes terminais assinaladas pelo encontro
com o rio Arno, incluindo bastiões e pontes então fortificadas, portos e respectivos canais,
conectando-se por fim às estruturas militares de vigilância do percurso fluvial interno à
cidade. São nestes relevos que encontramos importantes registros gráficos, de altíssima
qualidade, representando as densidades da massa muraria na sua composição, no seu
degrado, nas suas diversas situações topográficas.
O quarto grupo temático de relevos cobre exatamente as necessidades de estudo de
certos edifícios, individualmente. Seja uma casa-torre, situada na via Toselli, que é
detalhadamente relevada e, hipoteticamente, definida nas suas diversas fases
histórico-construtivas, como certos monumentos, o já citado Palácio Lanfranchi, ou o
centenário Teatro Giuseppe Verdi, oferecem, todos, uma oportunidade para o projetista
da arquitetura avaliar os limites entre conservação e reutilização, entre valores históricos
e valores contemporâneos 98.
As conclusões desse estudo de Pisa atingem o teor do projetista: Massimo Carmassi è
um amante ativo da sua cidade, propositor, e o "catálogo" da velha edilícia pode servir,
orientar, as novas direções de um campo delicado da cultura projetual arquitetônica, o
restauro
Il rilievo è uno strumento fondamentale per la conoscenza della città
antica e la progettazione dei suoi restauri. Non è sufficiente però
accontentarsi di rilievi generici; è necessario conoscere lo splendore
delle murature, le irregolarità dei prospetti, le particolarità di ciascuna
costruzione, le decorazioni, persino gli infissi per poter intervenire
coerentemente. I miei interventi aspirano ad integrare un
atteggiamento rigoroso basato sulla conoscenza analitica dei
manufatti con modificazioni realizzate in maniera raffinata e attuale
favorendo l'uso degli edifici senza violarne le qualità materiali e
formali. è bene trasformare il meno possibile un edificio antico ma ciò
24
non è in contraddizione con ipotesi di radicale muta mento d'uso.
Ogni restauro dovrebbe tendere a rivelare tutte le qualità potenziali,
ancora inespresse, dell'edificio. 99
25
Conclusões
Em sede conclusiva, mesmo que sem o amparo de uma apresentação anterior e
detalhada da trama contextual de cada uma das nossas experiências, em Roma, Veneza
e Pisa, devemos invocar dois pontos, dois primeiros juízos críticos que entrelaçam, no
arco de um século, os nós fundamentais para uma "cultura da cidade" na Itália moderna.
1.
Que os devidos "catálogos" promovidos pelos nossos cultores romanos da arquitetura,
por Saverio Muratori e por Massimo Carmassi, foram experiências que trouxeram
resultados inéditos no panorama italiano.
Os membros da Associação romana, entre os séculos XIX e XIX, presenciavam tantas
iniciativas, entre os especialistas mas, também, em tom divulgativo, na qual as cidades
italianas eram apresentadas sob o enfoque do "ambiente artístico": destaca-se a série,
com tantas edições em pequenos fascículos, "Le cento città d'Italia"; ou publicações de
grande prestígio que enriqueceram o fin-de-siècle italiano, como os álbuns de relevos
alemães e franceses, colocavam em dia o tema dos "monumentos", do respectivo estudo
e da necessária documentação visiva. E ainda guias particulares e gerais para Roma,
antiga tradição afirmada no século XVIII, século do Grand Tour de estrangeiros pela
península, que passam a ser disseminados pelo século sucessivo, dadas as vantagens da
imprensa moderna, em uma escala jamais vista. São alguns componentes entre os quais
o Inventario dei Monumenti da Associação dos cultores de arquitetura responde, e, inova.
Não pela sua estensão como vimos, nem mesmo pelos recursos visivos, mas pela
inteligente articulação entre informações que podem servir ao estudioso, ao turista sagaz,
à Administração pública. O Inventario dei monumenti, obra coletiva, e como tal se
comporta: várias competências, vários saberes que se reúnem, da arqueologia à história
urbana, da historiografia e o problema dos estilos aos projetos de restituição, de
reconstrução, de registro, seguindo as "classes" dos monumentos, do patrimônio em
risco.
Saverio Muratori reconhecerá esse passo decisivo 100 ; é com Muratori que faremos um
salto, mais do que inédito, absoluto e único, dentro da nossa contemporânea "cultura da
cidade": não há precedentes italianos para a sua concepção abrangente, orgânica, da
edilícia urbana enquanto fenômeno único. Os relevos muratorianos excedem todas as
expectativas até então consolidadas e dominantes, com o "catálogo de Veneza", com um
sucessivo mas equivalente de "Roma" em 1963 101 ; "relevo urbanístico" enquanto
desenho que restituía as planimetrias presentes e passadas do "corpo vivo" da cidade,
ápice da pesquisa das tipologias edilícias nos estudos para uma "operante storia urbana".
Os excepcionais resultados venezianos de Muratori não evitaram a sorte que a prática do
relevo encontrará, nas instâncias de formação institucional dos arquitetos, durante as
reformas dos cursos superiores de arquitetura na Itália naqueles mesmo anos 102. Se
tantos se uniram para oporem-se ao rigoroso mestre Saverio Muratori 103, conta-se, não
obstante a sutil lista de reconhecimentos críticos até hoje, a forte palavra de Manfredo
Tafuri e a recentíssima declaração de Leonardo Benevolo 104. E conta-se sobretudo com
outra experiência pontual mas decisiva para a recente cultura do restauro dos centros
históricos no final dos anos '60, aquela de Pier Luigi Cervellati no estudo para a
preservação da velha edilícia de Bolonha: são catalogados
[...] gli edifici antichi non solo secondo una graduatoria dei pregi
storici e ambientali, ma soprattutto secondo le caratteristiche
tipologiche (strutture architettoniche e specialistiche nodali; seriale,
semplice, complessa, unica; strutture architettoniche a corte: per
associazione, seriale, per associazione organica; strutture edilizie
minute su lotti stretti e profondi con giardini e orti interni; strutture
edilizie miste) ha permesso su basi sufficientemente rigorosa, di
trasformare la prima schedatura dei valori storico-ambientali da
quantitativa in qualitativa. 105
Esse detalhe metodológico do projeto de catalogação bolonhês, publicado em 1973,
serve não somente para verificar os destinos radicais daquela inicial metodologia
"estruturalista" aplicada em Veneza106, mas para sugerir, para alinhar no fio vermelho
muratoriano a nossa terceira experiência, em Pisa, com Massimo Carmassi e o Ufficio
Progetti inaugurado em 1974.
Carmassi concretiza uma recuperação disciplinar da grande cultura do desenho
arquitetônico, em perfeita sintonia com as reações, e falamos exclusivamente sobre o
"desenho do arquiteto", mais evidentes na Europa e Estados Unidos - lê-se Aldo Rossi,
Léon Krier, Charles Moore - ao executar o relevo da sua cidade.
Desenho arquitetônico, relevo arquitetônico que é sempre um resultado de uma
abordagem empírica, e tal preocupação regula as convenções e equivalências gráficas ao
representar, nas diversas escalas, desde os conjuntos urbanos coesos estruturalmente,
até a arqueologia das estratos materiais em uma construção delegada organicamente
pela suas vicissitudes históricas. O degrado físico, os componentes técnicos de vedação,
de sustentação, as articulações e arranjos espaciais, são temas de uma acurada
disciplina do desenho .
Ao compor um "catálogo de Pisa" pelas suas estruturas citadinas existentes, do centro
histórico à periferia, o relevo apresentava a sua dignidade científica e operativa para,
posteriormente, responder a um desejado controle total do patrimônio, à uma
requalificação constante, a um controle de todas as novas intervenções construtivas,
públicas e privadas. Mesmo com as sucessivas desilusões dos promotores desse
catálogo e com o encerramento definitivo do Ufficio Progetti, Pisa pode se orgulhar, no
panorama italiano atual, por ser a única cidade que conserva tal depósito de informações
sobre o próprio patrimônio.
As três experiências revistas não concluíram os metas inicialmente programadas,
fracassaram entre os problemas de dinâmica institucional das suas sedes: os cultores
romanos e a nova ordem corporativa central do fascismo, Saverio Muratori e as
resistências ideológicas dentro do Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza e,
Massimo Carmassi, isolado em uma política instável na definição progressiva de metas
para a Administração municipal. Experiências não concluídas, mas substanciais, e que
merecem inéditos e mais abrangrentes estudos, pois as atuais literaturas crítica e
histórica da arquitetura italiana ainda não se convenceram que há um lugar no Pantheon
da arte edilícia para os cultores da cidade 107.
2.
Que a urgência e a plena convicção de um "catálogo da cidade" é sempre a primeira e
estimulante resposta concreta às dinâmicas exigências de trasformação urbanas.
Quando falamos e insistimos em uma "cultura da cidade" que verificamos nas nossas
experiências romana, veneziana e pisana, queremos exatamente indicar esse quadro de
atitudes e informações na qual várias iniciativas de estudo do patrimônio existente - por
certas ferramentas disciplinares como o relevo, por saberes institucionais como história
social e econômica, da arte e urbana - são os interlocutores privilegiados das decisões
projetuais, nas diversas escalas, ao lado das exigências da vida.
Catalogar a cidade antiga já seria, concluindo, propor uma nova cidade.
Parte III
27
ICONOGRAFIA
Roma
Estudo e reconstrução dos monumentos romanos
[Prancha I]
[1] Igreja de S. Saba, planta geral das escavações arqueológicas, 1897-1910
Catalogo dei disegni di architettura, p. 45.
[2] "Rilievo di una casa decorata a graffito al Vicolo Cellini", exposto à Mostra di
Topografia Romana 1911
«Annuario di Architettura» (1914), p. 116.
"Inventario dei Monumenti"
[Prancha II]
[3] "Rione Colonna", frontispício do invent ário do bairro romano
Inventario dei Monumenti (1912), p. 59.
[Prancha III]
[4] "Pianta di Roma con la confinazione dei suoi XV rioni", gravura
Inventario dei Monumenti (1912), s.n.
[Prancha IV]
[5] "Osteria del Gattovero, già esistente al vicolo del Curdello", desenho de E. Retrosi
Inventario dei Monumenti (1912), p. XXXI.
[6] "Casamento (m. e got. e rin. 2º per.) Albergo dell'Orso. Studio del restauro
dell'architetto C. Bazzani", desenho
Inventario dei Monumenti (1912), p. 370.
[Prancha V]
[7] "Alberi secolari in via Porta San Sebastiano minacciati dalla «Platea
archeologica»", foto
Inventario dei Monumenti (1912), tav. 5.
[8] "Graffito (m. e got.) rappresentante S. Michele nella spala occidentale della Porta
S. Sebastiano", desenho
Inventario dei Monumenti (1912), p. 427.
[9] "Tabella stradale (rin 1º p.) in via Borgo nuovo", desenho
Inventario dei Monumenti (1912), p. 465.
"Architettura minore in Roma"
[Prancha VI]
[10] "Antico Porto di Ripetta (ora demolito)"
Architettura minore in Italia - Roma I (1926), p. 4.
[Prancha VII]
[11] "Stemma dela Famiglia Annibaldi in Campidoglio"
28
Architettura minore in Italia - Roma II (1927), p. 35.
Veneza
[Prancha VIII]
[12] "Quartiere di S. Bartolomio - I Fase: sec. XI-XII", desenho
Studi per una operante storia urbana di Venezia - I (1959), tav. I.
[Prancha IX]
[13] "Quartiere di S. Bartolomio - II Fase: sec. XIV", desenho
Studi per una operante storia urbana di Venezia - I (1959), tav. I.
[Prancha X]
[14] "Quartiere di S. Bartolomio - III Fase: inizio sec. XVI", desenho
Studi per una operante storia urbana di Venezia - I (1959), tav. I.
[Prancha XI]
[15] "Quartiere di S. Bartolomio - IV Fase: situazione attuale", desenho
Studi per una operante storia urbana di Venezia - I (1959), tav. I.
[Prancha XII]
[16] "Casa Polo in Corte 2ª del Miliom a S. Giovanni Grisostono.
Scheda campione tratta dallo studio sullo sviluppo dei tipi edilizi per fasi [XII-XV]",
desenho
Studi per una operante storia urbana di Venezia - I (1959), p. 147.
Pisa
"Il rilievo della città"
[Prancha XIII]
[17] "Planimetria del quartiere di S. Maria", desenho
Pisa: il rilievo della città (1991), p. 13
[Prancha XIV]
[18] "Il rudere a sud dell'area, assonometria", quarteirão de S. Michele in Borgo,
desenho
Pisa: il rilievo della città (1991), p. 134.
[Prancha XV]
[19] "Camposanto Monumentale, prospetto esterno lato sud, dettaglio"
Pisa: il rilievo della città (1991), p. 46
[Prancha XVI]
[20] "Casa torre in via Toselli, analisi delle fasi costruttive"
Pisa: il rilievo della città (1991), p. 117
[Prancha XVII]
[21] "Le mura in corrispondenza della porta della postierla del Leone, dettaglio",
desenho
29
Pisa: il rilievo della città (1991), p. 43.
[22] "Palazzi Comunali. Prospetto sui Lungarni", detalhe
Pisa: il rilievo della città (1991), p. 76.
Relevo e restauro dos monumentos
[Prancha XVIII]
[23] Palazzo Lanfranchi, elevação norte, desenho
Un palazzo, una città (1980), tav. XIV.
[24] Palazzo Lanfranchi, corte longitudinal, desenho
Un palazzo, una città (1980), tav. XXI.
30
Notas
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Cf. no âmbito europeu Lionello Venturi, History of Art Criticism, Nova York, Duton, 1939; Roberto Salvini, La critica d'arte moderna, Florença,
L'Arco, 1949; Gianni Carlo Sciolla, La critica d'arte del Novecento, Milão, Utet, 1995, parte II; no ambiente italiano Benedetto Croce, La pura
visibilità e la estetca moderna (1923) in Pretesti ci critica, Bari, Laterna, 1929; S. Ludovici, "Premessa", in Storici, teorici e critici delle arti
figurative (1800-1940), Roma, I.E.I., 1942, pp. 24 e ss.
Giorgio Rosi, "Rilievo" in Enciclopedia Italiana Treccani, vol. 29, Roma, Instituto della Enciclopedia Italiana, 1936, p. 330; podemos verificar
outras duas definições, mais recentes, cf. Mario Docci e Diego Maestri, Manuale di rilevamento architettonico e urbano, Roma-Bari, Laterza,
1994, pp. 3-4: "L'espressione «rilevamento architettonico» ha assunto, nel tempo, un significato preciso, riconosciuto internazionalmente, in cui
sono racchiusi valori e procedure in grado di far progredire la scienza della materia [...] Il rilevamento, infatti, permette a chi lo esegue o allo
studioso che lo utilizza, di individuare, analizzare e registrare l'origine di un edificio e le vicende da esso subite: di chiarire, in pratica,
l'evoluzione delle fasi costruttive, dalla forma primigenia allo stato attuale, attraverso tutte le successive trasformazioni, di coglierne gli elementi
caratteristici e quelli anomali, di evidenziarne la morfologia strutturale e le condizioni statiche. A questo scopo, i valori spaziali e architettonici
vengono tradotti in un insieme di elementi numerico-grafici, adatti a mettere in evidenza sia il singolo elemento architettonico, sia, in generale,
uno specifico organismo edilizio"; ainda cf. Enciclopedia di architettura Garzanti, Milão, Garzanti, 1996, pp. 724-25: "Rilievo [...] insieme di
operazioni atte a determinare le dimensioni e la forma di un oggetto o, in senso architettonico, di un edificio. Il r. viene eseguito sulla base della
conoscenza della posizione di un certo numero di punti appartenenti all'oggetto da rilevare, anche individuati rispetto a certi punti di riferimento.
Il r. architettonico in genere consiste di una serie di elaborati grafici (piante sezioni, prospetti) capaci di indicare sia la forma e le dimensioni di un
manufatto, sia i caratteri architettonici, sia lo stato di conservazione. è uno strumento di conoscenza necessario e preliminare a qualsiasi tipo di
intervento sui edifici esistenti. La restituzione grafica dei dati raccolti avviene secondo le regole e le modalità del disegno tecnico".
Cf. Dicionário Aurélio Eletrônico, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, s.d.: "Levantamento arquitetônico. Arquit.: 1. O conjunto das operações
de medida de comprimentos, larguras e alturas duma edificação, necessárias à sua representação gráfica em planta baixa, corte ou detalhe
construtivo".
V. Grandjean de Montigny, L'architeture toscane, 1819; sobre a fortuna dessa publicação, cf. Luciano Patetta, L'architettura dell'eclettismo [1975],
Milão, Cittàstudi, 1991, p. 239.
Cf. Aa.Vv., Roma capitale 1870-1911 - uso e trasformazione della città storica, Veneza, Marsilio, 1984; e também cf. Italo Insolera, Roma
Moderna [1962], Turim, Einaudi, 1993, pp. 17-18; sobre a situação de Roma na primeira metade dos Oitocentos, ou seja, enquanto cidade
"papal", cf. Italo Insolera, Idem, pp. 4-8: "Anche topograficamente Roma era ancora, nell'Ottocento, la città barocca di tre secoli prima e la
struttura che Paolo III, Gregorio XIII, Sisto V avevano cominciato darle nel Cinquecento rimaneva incompleta, raggiunta solo in parte dalle
poche nuove costruzioni e per lo più invece ancora in campagna tra i muri di cinta delle vigne e delle ville. La città era divisa in tre parti. la
maggiore, al di qua del Tevere, occupava tutta l'ansa del fiume e il Campo Marzio: le case si schieravano fitte lungo il fiume del quartiere
dell'Oca accanto a Porta del Popolo, fino alla Bocca della Verità con l'unica interruzione del Porto di Ripetta. La massa compatta delle case non
era interrotta che da pochissime piazze e rettifili: piazza Navona, piazza del Popolo, piazza del Quirinale, via Giulia, via Ripetta, il Corso, via del
Babbuino, via condotti, via Panisperna. [..] Tutto attorno ai palazzi, come nella speranza di ricavar qualcosa dalla vicinanza con la ricchezza, le
case del popolo, estremamente misere: avevano quell'aspetto di tante case di campagna messe una accanto all'altra [...] Non c'erano le strade
attrezzate, i parchi e i servizi pubblici che c'erano già allora nelle altre capitali [de Europa] e anche le case si presentavano in condizioni
inadeguate".
Statuto, in «Associazione Artistica fra i Cultori di Achitettura. Annuario» [nas próximas notas «AACA.A»], ano MDCCCXCI, Roma, 1891, pp.
9-10; cf. o primeiro Resoconto morale, in «AACA.A», idem, p. 21: "Era ormai tempo adunque che l'architettura sorgesse a reclamare il suo posto
d'onore e riconquistare il prestigio, la benevolenza ed il culto che le è legittimamente dovuto. Questo è il compito arduo sì ma geniale e glorioso
che voi vi assumeste, onorevoli colleghi, allorché, nel luglio del caduto anno, radunati nel palazzo delle belle arti, quando era per chiudersi quella
mostra industriale ed artistica quale all'architettura fu fatta così piccola parte, gittaste le prime basi della nostra associazione e ne dettaste il
programma. Vi proponevate allora, come vi proponete oggi, di promuovere sempre più lo studio dell'architettura, prima fra le arti belle,
basandolo principalmente sull'investigazione e sul rilievo dei monumenti architettonici di tutte le epoche e di tutte i paesi e sul gusto individuale e
tale esempi inspirato; e ritenevate, come ritenete, che divulgare le conoscenze dei monumenti antichi con pubblicazioni e conferenze,
interessando il pubblico alle vicende della architettura, fosse il mezzo più acconcio per riacquistare a questa divina arte i suoi credenti, i suoi
devoti; e restituirle il perduto prestigio".
Cf. o atento e ativo crítico Alfredo Melani, Esposizioni di Architettura, in «Arte e storia», ano VIII, n. 6, 28 de Fevereiro de 1889, p. 42: "Qui e
altrove ho scritto più di una volta sulla poca o nessuna importanza che nelle esposizioni di Belle Arti desta la Sezione di architettura. Una volta,
parmi, si aver proposto agli architetti di rappresentare i loro progetti nella forma prospettica, più facile alla intelligenza del pubblico della forma
geometrica, nella speranza che ciò dovesse richiamare di più l'attenzione di tutti. La cosa non venne tentata fin'ora; anche perchè, per tentarla
bisognerebbe che vi si intromettesse la iniziativa di un Collegio d'ingegneri e architetti; e per ora nessun Collegio d'Italia si è mostrato sensibile
all'insuccesso dell'architettura nelle Esposizioni di Belle Arti. [...] La lotta dell'architettura colla pittura e la scultura nelle esposizioni di belle Arti
è per me, impossibile".
Obrigatoriamente devemos recordar a influente e monumental publicação do françês P.M. Letarouilly, Les édifices de Rome moderne, em 4
volumes, Paris, 1840-57; cf. Mario Docci - Diego Maestri, Storia del rilevamento architettonico e urbano, Roma-Bari, Laterza, 1993, p. 215:
"Il rilevamento sistematico di molti edifici romani, un'opera del Letarouilly basata sui grafici esatti, destinata a mostrare le principali fabbriche e i
loro dettagli e da cui attingere idee per la progettazione di nuove costruzioni, ebbe l'effetto di spostare l'interesse del rilievo, come era già
accaduto nel secolo precedente, dall'oggetto preso in esame alla sua raffigurazione, cosicché l'edificio antico finì per divenire quasi
esclusivamente un modello da copiare.[...] Come fa notare Luigi Vagnetti, vennero subito rimproverati a Letarouilly la scarsa apposizione di
quote e la «regolarizzazione tutta accademica degli organismi architettonici rilevati». Al secondo punto rispose , nei suoi scritti, lo stesso
Letarouilly, sostenendo che il rilievo è una precisa operazione critica, che deve cercare di risalire a un'immagine dell'edificio quale l'architetto
avrebbe voluto che fosse e non deve fermarsi alla situazione di fatto che si presenta al rilevatore. La «regolarizzazione» è dunque, in Letarouilly,
una precisa scelta metodologica e operativa applicata al rilievo e non un'accettazione dei principì accademici".
Cf. Giovanni Battista Giovenale, Rendiconto morale dell'anno 1893, in «AACA.A», ano MDCCCXCIV, 1894, pp. 16-17: "Molti valorosi giovani,
usciti dagli istituti di Belle Arti e che, non ostante la mancanza di un titolo legale, hanno potuto con progetti e con fabbriche dimostrare la loro
valentia in architettura, lamentano che gli attuali ordinamenti impediscano loro di esercitare a fronte scoperta e con un riconosciuto diritto una
professione nella quale si sono affermati eccellenti. È un danno vero dell'arte escludere dallo esercizio codesti valenti, per concedere il monopolio
dell'architettura ad ingegneri patentati che spesso nascondono l'ignoranza dell'arte con l'affettato disprezzo. [...] Necessario poi sopra ogni cosa è
31
creare una chiara e netta divisione fra ingegneri ed architetti. [...] Questa divisione deve cominciare dalle scuole, proseguire nell'esercizio
professionale e specialmente negli uffici tecnici governativi e municipali. Solo a questo patto può sperarsi di vedere nuovamente apprezzata e
rispettata l'arte nostra che oggi discreditano e calunniano esercitandola coloro che, nati pei numeri, mal sanno comprendere cosa sia forma e
colore. Questa, egregi colleghi, questa è la piaga! e vi ho accennato il rimedio! [...] È questa o colleghi la vittoria destinata a rialzare il prestigio
della Architettura prima fra le arti belle".
10
11
12
13
14
Giovanni Battista Giovenale, Rendiconto della Presidenza dell'anno MDCCCXCI, in «AACA.A», anno MDCCCXCII, 1892, p. 13.
Gustavo Giovannoni será o encarregado das temáticas relacionadas à arquitetura e ao urbanismo na "Enciclopedia"; destacamos as duas
publicações periódicas dos cultores romanos, o «Annuario di Architettura» (Milano, Bestetti e Tumminelli), publicado apenas em 1914, e, a mais
importantíssima «Architettura e arti decorative», (de 1921 a 1931), revista capital para a cultura arquitetônica italiana nos anos '20; para um
recensiamento da produção bibliográfica dos cultores v. Aa.Vv., Catalogo dei disegni di architettura, Roma, Centro Studi per la Storia
dell'Architettura, s.d.; e, para um quadro maior sobre as iniciativas na Associação v. Marcos Tognon, Associazione Artistica fra i Cultori di
Architettura - Annuario. Roma 1891-1928, seção "Indice tematico", Pisa, Scuola Normale Superiore, 1998, pp. 39-82.
In Relazione della Commissione di tutela dei monumenti di Roma intorno al suo programma di lavori per l'anno MDCCCXCII, in «AACA.A»,
ano MDCCCXCII, 1892, p. 15.
In Giovanni Battista Giovenale, Rendiconto della Presidenza dell'anno MDCCCXCI, op. cit., p. 5; sobre o programa efetivo de catalogação, cf.
Relazione della Commissione di tutela dei monumenti di Roma intorno al suo programma di lavori per l'anno MDCCCXCII, op. cit., pp. 16-17:
"Di più, essa [commissione] intende in modo speciale eseguire o raccogliere rilievi e descrizioni minute degli edifizii spettanti all'architettura
civile e militare di Roma nel medio evo. Col fare ciò essa:
1. previene, per l'avvenire, il danno, pur troppo in gran parte avvenuto, della sparizione di notevoli esempi della nostra architettura nella età di
mezzo, distrutti senza essere stati studiati e delineati;
2. colma, allo stesso tempo, una lacuna molte volte lamentata nella storia architettonica della nostra città, dove a differenza di altre regioni
d'Italia, il culto dell'antichità classica e del Rinascimento ha soffocato ogni cura pei modesti, ma pur gloriosi avanzi, del nostro medio evo;
3. rende il massimo servigio, non solo agli studi artistici e topografici, ma anche a quelli storici; ed appresta un materiale ricco e nuovo per le
pubblicazioni sociali;
In conformità di quanto si è detto la Commissione in quest'anno si occuperà, o principierà ad occuparsi:
1. delle fortificazioni Leonine di Borgo e del famoso corridore vaticano, innestato sulle costruzioni del secolo IX da Nicolò III nel secolo XIII, e
destinato, proprio inutilmente, ad essere demolito;
2. dell'insigne gruppo di fortificazioni dei Savelli sull'Aventino;
3. del gruppo di fortificazioni dei Conti sul Quirinale, costituito dalle immense torre delle Milizie e dei Conti e da quelle minori detto del Grillo e
dei Colonnessi;
4. della torre e dei bastioni nella fronte di Castel Sant'Angelo, che fra breve saranno distrutti pei lavori del Tevere;
5. della torre e palazzo dell'Anguillara;
6. di quel maggior numero che potrà di case medioevali, specialmente del Trastevere.
Mentre l'inventario e gli altri lavori saranno in corso di esecuzione, la Commissione avrà occasione, e non mancherà, di prendere nota di tutti
quegli oggetti d'arte che, o non sono stati osservati, o sono poco noti, o, sia sotto un punto di vista, sia sotto un altro, possono dar luogo ad una
raccolta di riproduzioni. E per incominciar subito con un esempio pratico, essa fin da ora principierà una collezione di stemmi, rendendo così un
segnalato servigio agli storici ed agli artisti, i quale troveranno, per la prima volta, una raccolta araldica romana, eseguita su monumenti autentici
e di data certa; mentre fino ad ora hanno dovuto servirsi dei materiali, di rado sicuri, raccolti dal Gualdi, dell'Amidenio, dal Ciacconio o da altri,
ovvero, sono stati costretti a cercare ciò che desideravamo in chiese, palazzi e dappertutto, stentatamente ed il più delle volte senza successo.
Per coadiuvare e facilitare i lavori della Commissione, è stata composta una bibliografia di quelle opere le quali sono più necessarie a consultarsi.
Essa già si compone del Catalogo di varie centinaia di opere artistiche topografiche o storiche distribuite nelle seguenti classi:
1. Opere bibliografiche relative a Roma
2. Opere generali sulla storia dell'arte. Pittura, Scultura e Architettura. Arti minori.
3. Opere speciali sull'edilizia di Roma.
4. Guide artistiche, storia e descrizioni di Roma.
5. Opere speciali sulle chiese, palazzi, fontane e qualsiasi altro argomento".
Gaetano Koch, Lettera al Sindaco di Roma, datada 17 de Junho de 1895, in «AACA.A», ano MDCCCXCVI, 1896, p. 40, e segue-se, Ibidem,
pp. 40, 46-49: "In base a questo criterio, fu immaginato di dividere tutti i monumenti in tre classi ben definite e nettamente distinte fra di loro
come qui appresso è specificato.
Classe I - In questa classe, sono compresi gli edifici esistenti in Roma e suburbio, che avendo speciali caratteri artistici e storici, i quali
impongono la loro assoluta conservazione, cadono sotto il disposto dell'articolo 20 del vigente regolamento edilizio, e che non possono quindi
esser nè distrutti, nè spostati, nè trasformati. [...]
Classe II - In questa classe sono compresi quegli edifici, o parti di edifici ed in genere quei monumenti, che pur presentando speciali caratteri
artistici e storici, che ne impongano la conservazione, possono pur tuttavia senza grave danno essere spostati, allo scopo di non impedire la
esecuzione di qualche opera moderna di pubblica utilità, e ciò temperando le disposizioni dell'articolo 21 del regolamento edilizio.
Dovranno innanzi tutto questi edifizi essere studiati, descritti, rilevati ed illustrati nel modo il più completo, sotto la direzione di persone
competenti nell'arte e nella storia.
Dovranno quindi le parti di valore storico-artistico essere ricostruite o messe in evidenza in nuove costruzioni, preferibilmente nella stessa
località ovvero trasportate e conservate nei pubblici musei. [...] L'elenco dunque comprenderà: a) prospetti, cortili, scale, od altre parti di edifici,
che debbono essere decomposti e ricostruiti [...]; b) porte finestre, edicole, fregi, ecc. [...]; c) tutti gli stemmi, tutte le lapidi degli edifici che
devono essere abbattuti; d) i monumenti sepolcrali nelle chiese e nei chiostri, che abbiano merito artistico od importanza storica, a qualunque
epoca appartengono [...]; e) le fontane grandi e piccole, gli obelischi, le colonne od altri monumenti onorari, che non siano strettamente connessi
con la decorazione e con la storia della piazza che li racchiude [...]; f) gli affreschi o graffiti che possono essere staccati e conservati [...]; g) gli
infissi e decorazioni, che abbiano eccezionalissimo valore artistico, come imposte di porte, stalli corali intagliati od intarsiati, soffitti in legno ecc.
Classe III - In questa classe sono compresi quelli edifici, che sebbene non siano ricordi unici di un'epoca, nè tipi caratteristici di uno stile, nè
capolavori di un artista, pur tuttavia interessano grandemente la storia e l'arte. Di questi edifici pertanto, quando sia dimostrato che conservarli
danneggerebbe vitali interessi del pubblico o dei privati, potrà permettersi la trasformazione od anche la demolizione, a condizione che siano in
antecedenza completamente studiati, descritti, rilevati ed illustrati, sotto la direzione di persone competente, come fu detto sopra. [...] Anche di
questa categoria l'Associazione va compilando un coscienzioso inventario e vi comprende: a) un buon numero di case medievali e del
rinascimento, che offrono interesse speciale sia per la topografia romana, sia per l'organismo della loro struttura, sia per qualche artistico
particolare [...]; b) edifici di stile barocco, che ricordino periodi artistici, dei quali deve almeno conservarsi memoria; c) fabbriche moderne che
per pregi singolari si raccomandino all'attenzione degli studiosi."
32
15
16
17
18
19
20
21
Cf. Regolamento per la commissione del Rione, in «AACA.A», anno MDCCCXCVI, 1896, p. 29; sobre cada uma destes grupos, realmente etapas
de trabalho na catalogação da cidade, evidenciamos os objetivos:
Itinerario: "È importantissimo affrettare la compilazione dell'itinerario, giacchè quando sarà esaurito in tutti i rioni si avrà già disponibile il
materiale per la compilazione di vari elenchi importantissimi come ad es. quelle delle case medioevali, e l'altro dei palazzi barocchi ecc. e, ciò che
più importa, si potrà completare o correggere, ove occorra, l'elenco dei monumenti che l'Associazione ha presentato al Sindaco di Roma; elenco
che è stato redatto consultando con ogni cura la memoria e i libri, ma senza poter precedere una visita ordinata ed esauriente della città e del
suburbio", in Idem, ibidem, pp. 29-30.
Catalogo dei particolari: "Questa seconda parte dell'inventario richiede tempo assai lungo e presenta non poche difficoltà per essere
completamente ultimata. Sarà bene pertanto dividere i monumenti da catalogarsi in due gruppi distinti, riunendo nel primo quelli di facile accesso
e quelli di difficile accesso nel secondo. [...] Nei palazzi e nelle case private appunto stanno rinchiuse, non solo statue e quadri, ma
pregevolissime decorazioni in stucco e pittura, soffitti, pianciti, bronzi, stoffe e mobili artistici di inestimabile interesse. Ed è tanto più
desiderabile far conoscere questi preziosi tesori d'arte, inquantochè pochi sono che ne abbiamo notizie, pochissimi che siano ammessi a visitarli,
mentre grandissimo utile potrebbe cavarsene non solo per la storia dell'arte, ma anche per lo sviluppo e l'onore della nostra arte vivente.", in
Idem, ibidem, pp. 30-31.
Schedario: "L'inventario descrittivo o schedario, che costituisce la parte più geniale del nostro compito, dovrà prendere normale sviluppo appena
sia terminata la compilazione dell'itinerario e procedere di pari passo con la compilazione dei cataloghi. Ogni monumento in quello ed in questi
registrato dovrà in separata scheda essere descritto ed illustrato", in Idem, ibidem, pp. 32-33.
In Regolamento per la commissione del Rione, op. cit., pp. 27-28; e, são previstos mecanismos efetivos para obstruir possíveis ameaças de
demolição dos patrimônio, in Idem, ibidem, p. 28: "Il commissario pertanto che sia venuto a conoscere, in qualsiasi modo, che una qualche
innovazione è minacciata a danno di uno o più monumenti del suo rione e peggio ancora se questa abbia avuto un principio di esecuzione, dovrà
avvertire immediatamente il Presidente della commissione con lettera indirizzata presso questa sede sociale, se pure l'urgenza e l'importanza del
fatto non lo consiglino a recarsi personalmente da lui per conferire in merito".
Cf. Regolamento per la commissione del Rione, op. cit., pp. 25-26: "Tutti i soci possano essere chiamati a far parte di questa commissione, che
viene eletta dall'assemblea speciale per un biennio. La commissione poi nomina nel proprio seno un Presidente, un Vicepresidente, un Segretario
ed un Archivista. A ciascuno dei componenti la commissione incombe un duplice compito e cioè:
I. Invigilare sui monumenti del proprio rione, segnalando i danni e mutamenti a quelli arrecati o minacciati;
II. Inventariare , descrivere ed illustrare i detti monumenti proponendone la iscrizione in una delle tre classi fissate dall'Associazione
nella lettera 17 Giugno 1895 al Sindaco di Roma.
Onde agevolare tali compiti, ad ognuno dei commissari viene consegnato:
a) una tessera di riconoscimento, firmata dal presidente dell'Associazione;
b) una pianta della città di Roma, ove sono delineate in rosso i confini del rione e della parte di suburbio a quello unita;
c) i moduli a stampa per segnalare i mutamenti verificati o temuti nel rione;
d) i moduli a stampa per compilare l'itinerario;
e) i moduli a stampa per compilare i cataloghi particolari;
f) le schede a stampa per l'inventario descrittivo;
g) una copia a stampa delle presenti istruzioni."
Cf. Regolamento per la commissione del Rione, op. cit., pp. 32-33: "L'inventario descrittivo o schedario, che costituisce la parte più geniale del
nostro compito, dovrà prendere normale sviluppo appena sia terminata la compilazione dell'itinerario e procedere di pari passo con la
compilazione dei cataloghi. Ogni monumento in quello ed in questi registrato dovrà in separata scheda essere descritto ed illustrato. Ogni scheda
deve contenere il rione, la via, il numero civico od altro occorrente per la sicura ubicazione del monumento, una chiara descrizione del medesimo
con indicazione della materia e del colore e con le principali dimensioni, dichiarando esplicitamente se queste siano state misurate direttamente o
apprezzate ad occhio o desunte da discrezioni altrui. Sarà bene aggiungere in margine schizzi illustrativi o piccole fotografie. [...] Questi oggetti
[moldes em gessos, desenhos], che andranno a far parte dell'archivio sociale, saranno richiamati con opportuni riscontri nelle schede, come si dirà
in appresso. [...] Sarà certamente utile aggiungere notizie storiche sul monumento, specialmente se riguardanti la sua origine, i restauri, le
trasformazioni, l'autore, il proprietario, ecc., ma in questo deve procedersi con somma cautela, non tenendo conto di quanto è scritto nelle guide o
affermato dalla opinione comune, ma registrando soltanto i fatti accertati ed indicando in ogni caso gli argomenti e le fonti. [...] Un'altra scheda
esporrà la forma interna della chiesa [ad esempio], indicando le navi, le absidi, le cappelle che la compongono ed inoltre le coperture, i pianciti, le
decorazioni, ecc.; ognuna di queste parti purtuttavia sarà, qualora lo meriti, separatamente descritta ed illustrata. Se finalmente in una nave o
nell'abside o in un cappella vi sia da ammirare un monumento sepolcrale, una pala d'altare, un quadro, uno stemma, un bronzo, un avorio, saranno
oggetto di altrettante separate schede."
Os relevos arquitetônicos executados pelos sócios-cultores apresentariam um caráter distinto daquela tradição "Beaux-Arts", cf. Gianfranco
Spagnesi, "I 'rilievi' dell'Associazione artistica tra i cultori di architettura all'esposizione universale di Roma del 1911", in «XY», n. 6-7,
dezembro 1988, p. 39: "Il salto di qualità dei 'rilievi' dell'A.A.C.A.R. è proprio in questo senso: perseguire la effettiva rappresentazione della
realtà dell'architettura, in tutti i sui aspetti (costruttivi, figurativi, del degrado, sino alle sue preesistenze), al fine di documentarne tutte le fasi delle
sue trasformazioni; conoscerla nella sua complessità al fine di ottenere una "storia'. Un tipo di ricerca storica, che prescinde dalle epoche cui i
monumenti appartengono (anche se alcune, come si è detto, vengono privilegiate), mai comunque finalizzata, anche se certamente portata avanti
a fondamento dell'eventuale 'progetto' di restauro"; ainda sobre a qualidade os relevos feitos pelos membros da Associação, e, neste caso, para um
estudo dirigido por Gustavo Giovannoni da via dei Coronari, cf. Mario Docci - Diego Maestri, Storia del rilevamento architettonico e urbano, op.
cit., p. 246: "Si tratta di disegni estremamente disomogenei, per modalità di rilevamento, per caratteristiche grafiche di restituzione, scala di
riduzione, forme di rappresentazione, contenuti. [...] Si va da rilievi relativi all'effettivo stato di fatto, accompagnati da saggi di restituzione o di
ripristino [...] Si definisce così il concetto di «rilievo filologico», ricorrente con sistematicità in talune significative esperienze personali di
Gustavo Giovannoni [...] Il rilievo, scientificamente condotto, è il supporto «certo», nel quadro della conoscenza storico-critica dello specifico
architettonico, sul quale si può operare la restituzione dell'immagine originale del monumento, a una certa epoca".
Lembramos, nestes primeiros anos de "catalogação", os projetos para a recuperação da Torre e Palazzo degli Anguillara (1893) e para a Casa de
Pirro Ligorio (1899), propostas iniciais de dois cultores engajados na comissão Rioni di Roma, respectivamente, Rodolfo Kanzler e Ernesto
Basile.
In Regolamento per la commissione del Rione, op. cit., nota 1 à p. 25; nessa concepção monumental, temos as seguintes proposições para as
monumentos "menores", in Ibidem, pp. 34-35:
Inscrições - "[...]lavoro sconfinato e poco utile sarebbe la riproduzione di tutti e singoli le innumerevoli lapidi od iscrizioni che possono
riscontrarsi in Roma e nel suburbio. Converrà tralasciarne buon numero e tener conto di quelle che:
I. Contengano notizie relative alla costruzione o restauro di un monumento;
II. Contengano atti di proprietà, di servitù, di donazione, di possesso e di consacrazione;
33
III. Contengano nomi o notizie di artisti o personaggi storici, o di famiglie illustri, enti, istituzioni, ecc.;
IV. Ricordino usi, costumi o fatti per la storia e per l'arte;
V. Presentino notevoli singolarità nella dicitura, nella ortografia, nella forma dei caratteri, specialmente si rechino data certa.
Delle più antiche, perchè più rare, si terrà a parità di condizioni, maggior conto delle recenti.
Sarà inutile riprodurre quelle esistenti nelle chiese, se siano anteriori di data o di scoperta al 1870, perchè già diligentemente raccolte dal Forcella.
Dovranno invece raccogliersi con cura i motti incisi sui portoni delle case, le iscrizioni o tabelle stradali, le idrometriche e quelle di proprietà, gli
editi, bandi, ecc."
Emblemas e brasões - "La collezione degli stemmi può condurci a formare un pregevole armoriale e fornirci elementi preziosi per determinare le
date e gli autori di alcuni monumenti, dei quali non conosciamo ne potremo conoscere le origini per altre vie. Gli stemmi quindi di tutte le
epoche, anche contemporanei, saranno indicati nell'itinerario o nei cataloghi e descritti nelle schede, per le quali è stato stampato un modulo
speciale. Ogni scheda dovrà contenere lo stemma disegnato od in fotografia (escluso l'acquerello); si aggiungerà la targa che lo racchiude, se
abbia pregi artisti, se possa servire in mancanza di altri documenti ad indicare con lo stile delle sue forme, l'epoca dello stemma, e specialmente
se contenga cimiero, tiara od altro emblema che riveli lo stato del titolare. Non si trascuri di riprodurre i motti che accompagnano lo stemma, le
banderuole, i baldacchini, gli animali araldici che lo sormontano e lo sorreggono. La scheda deve inoltre indicare chiaramente la ubicazione dello
stemma e la materia di cui è formato. Se è policromato, s'indichino i colori con i seguenti tratteggi convenzionale: [se apresenta uma tabela
grafica]. Se sia composto di marmi colorati, si descrivano i marmi e si indichino con le lettere convenzionali. Si notino anche le dimensioni dello
stemma, dichiarando come siansi ottenute. Parte importantissima della scheda è il nome della famiglia e la data, ma per queste, come le altre
notizie storiche, si proceda con la massima cautela e s'indichi sempre l'argomento e la fonte da cui sono dedotte. Dalle iscrizioni che spesso
accompagnano gli stemmi, specialmente nei monumenti sepolcrali, si trascriverà soltanto la parte che possa contribuire a determinare il nome
della famiglia e la data."
É interessante confrontar esse ponto de vista dos cultores com um dos pioneiros modernos da teoria da conservação na Áustria, Alois Riegl, Il
culto moderno dei monumenti (1903), Bolonha, Nuova Alfa Editoriale, 1985, pp. 30-31 e 38: "E perciò una premessa essenziale per il nostro
compito rendersi ben conto di questa differenza nella concezione del carattere del valore artistico, perché con ciò l'indirizzo principale della
tutela dei monumenti viene influenzato in modo decisivo. Se esiste solo un valore artistico relativo e moderno, e non uno eterno, allora il valore
artistico di un monumento non è più valore in quanto memoria, ma un valore contemporaneo. La tutela dei monumenti deve terner conto di
questo, perché il valore artistico, che è in un certo qual modo un valore pratico fluttuante, pretende sempre più urgentemente considerazione in
confronto al valore storico e in quanto memoria di un monumento; questo valore però è da eliminare dal concetto di 'monumento'. Se ci si
dichiara per la concezione del carattere del valore artistico che si è sviluppata irresistibilmente negli ultimi tempi come risultato finale delle
attività complessive di ricerca, incalcolabili nelle loro specificazioni, sulla storia dell'arte dell'Ottocento, d'ora innanzi non si dovrà più parlare di
'monumenti artistici e storici', ma soltanto di 'monumenti storici' e solamente in tal senso questa espressione troverà in seguito applicazione. I
monumenti storici allora sono monumenti 'involontari', in contrasto con quelli intenzionali; ma a priori è chiaro che tutti i monumenti intenzionali
possono essere contemporaneamente e anche involontari e che rappresentano solo una piccola frazione dei monumenti involontari. [...]
L'Ottocento però non ha rafforzato al massimo soltanto la stima del valore storico, ma ha cercato anche di introdurre per questo una protezione
legislativa. La fede in un canone oggettivo dell'arte, che a partire del Rinascimento aveva cominciato nuovamente a vacillare, perché nel passato
il concetto di antichità, del quale ci si valeva a tal fine, non si era mostrato sempre adatto ad assicurare ciò; questa fede, dunque, nell'Ottocento fu
trasferita in certo modo a tutti i periodi dell'arte. Ciò spiega anche lo sviluppo senza precedenti della ricerca del campo storico-artistico in questa
epoca. Secondo le concezioni ottocentesche infatti in ogni espressione artistica si sarebbe dovuto trovare una parte del canone perpetuo. Di
conseguenza, ciascuna espressione estetica aveva meritato una conservazione perenne delle proprie testimonianze per il nostro godimento
estetico, e quindi tutte le opere per riguardo ai numerosi e contraddittori valori contemporanei avrebbe dovuto essere difese dai baluardi di una
legge".
22
23
24
25
26
Esse termo encontrará uma definição muito coerente justamente nos escritos de um dos mais ativos cultores da segunda geração, cf. Marcello
Piacentini, "Nuovi orizzonti dell'edilizia cittadina", in «Nuova antologia», 1º de março de 1922, f. 1199, p. 65: "Più che in questi [monumentos da
cidade] invece, più che nelle grandi e solenni manifestazioni d'arte (che hanno anzi alle volte un minore contenuto etnico, perchè rispondenti a
concezioni di grandezza astratta e più universali o a voli personali dei grandi genî), io penso dobbiamo oggi cercare la fonte dello studio nella
totalità fisionomica della città, nelle innumeri costruzioni allineate nelle vie che fino ad oggi ci sono sembrate grigie, in una parola
nell'Architettura minore. Questa, che poco innanzi ho chiamato la prosa architettonica, deve costituire il vero quotidiano nostro interessamento.
Così e solo così noi dal passato potremmo imparare non soltanto le forme già perfette, non soltanto i particolari decorativi già maturi e
indissolubili, ma il senso delle città e degli ambienti, vorrei dire il loro temperamento, la loro atmosfera estetica".
Entre as várias referências ao juízo negativo crociano sobre o barroco, sua "características" e seus "comportamentos", Cf. Benedetto Croce, Storia
dell'età barocca in 'Italia, 5. ed., Bari, Laterza, 1967, p.39: "[A cultura barroca] è venuta meno quasi del tutto ogni ispirazione seria e profonda, e
di vivo non rimane se non un certo impressionismo sensuale e un congiunto giocherellare e celiare e ironizzare".
Os cultores fizeram uma excursão de estudos ao Palácio Barberini, registrada em «AACA.A», anos MCMXI-MCMXV, 1916, p. 52; o relevo da
casa adjacente à igreja de S. Eustachio foi exposto na Mostra de Topografia Romana, realizada no Castelo Sant'Angelo durante a Exposição
Internacional de Roma em 1911, in «AACA.A», ano MCMXI, 1912, p. 64.
Exemplarmente não podemos que citar a resenha de Gustavo Giovannoni ao volume L'architettura del Cinquecento, dentro da série venturiana
para a Storia dell'Arte Italiana (parte I, Milão, Hoepli, 1938), in «Nuova Antologia», n. 1589, 1º de junho de 1938, pp. 345-46: "Malgrado la mia
ammirazione ed il mio affetto per l'autore illustre, che può dirsi il fondatore e l'animatore da un cinquantennio in qua di tutta la Storia dell'Arte
italiana, io debbo dire che questo metodo di ricerca della paternità, fondato sull'osservazione visiva e non sul documento, sulla assegnazione
stilistica intuitiva attinente al piccolo elemento più che all'insieme, è, nel capo delle opere complesse, quali sono le architettoniche, quanto mai
pericoloso e fallace. L'ipotesi, trascina spesso assai lontano il baricentro della realtà, e nell'apprezzamento di quell'integrale che è un edificio, a
cui tante energie han posto mano, fa prevalere un carattere sugli altri, a causa determinante sulle altre. Altra volta io ho trattato «per assurdo»
codeste questioni di metodo nello studio della storia architettonica. [...] Ho paragonato due capitelli corinzi tra loro quasi precisamente uguali di
forma e di ornato, uno del palazzo ducale d'Urbani, l'altro della Cappella Sforza in Roma, per mostrare come il loro accostamento porterebbe ad
identificare Luciano di Laurana con Michelangelo, quando invece il raffronto si riferisce all'opera secondaria di maestranze toscane che hanno
continuato lo stesso tipo tradizionale senza che l'architetto abbiavi avuto alcuna parte. Altro è l'andamento di un'opera d'Architettonica,
molteplice nel tempo e nello spazio, nelle interferenze e nelle vicende, nell'organizzazione tecnica e finanziaria oltre che in quella artistica, altro il
procedere unitario e personale di un'opera di pittura o di scultura".
Entre as publicações mais notáveis de Giovannoni citamos L'architettura dei Monasteri Sublacensi, com outros curadores, Roma, 1904; La
tecnica della Costruzione presso i Romani, Roma, S.E.A.I., 1925; Questioni di architettura nella storia e nella vita, Roma, S.E.A.I., 1925; para
um extenso elenco dos seus escritos, v."Gli scritti di Gustavo Giovannoni", organizado por Giuseppe Bonaccorso, in Dal capitello alla città,
Milão, Jaka Book, 1997, pp. 173-229.
34
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
Curador geral do Inventário dos Monumentos, Giovenale publicou, entre outros, La Basilica di S. Maria in Cosmedin, Roma, Associazione
Artistica fra i Cultori di Architettura, 1927, serie "Monografie sulle Chiese di Roma", vol. 2..
V. Christian Hüelsen, Le chiese di Roma nel Medioevo. Catalogo ed appunti, Firenze, Leo Olschki, 1927.
Para outras publicações da Associação, v. Catalogo dei disegni di architettura, op. cit., pp. 175-76; também v. Marcos Tognon, Associazione
Artistica fra i Cultori di Architettura - Annuario. ..., op. cit, pp. 75-76.
Gustavo Giovannoni, Resoconto morale per l'anno 1914, in «AACA.A», ano XXIV, 1911-1915, Roma, 1916, p. 38; para um balanço sobre a
dimensão "ambiental" do patrimônio arquitetônico, v. Gustavo Giovannoni, "L'ambiente dei monumenti", in Questioni di architettura nella storia
e nella vita, op. cit., pp. 169 e ss.
Será nas páginas da "Enciclopedia Treccani" que veremos a cisão entre a antiga "edilizia" e a nova "Urbanistica", esse último que será sempre
disposto incomodamente em relação ao primeiro e, portanto, não concormando uma sucessão natural e progressiva, de um ao outro, cf. Luigi
Piccinato, Urbanistica, in Enciclopedia Italiana Treccani, vol. XXXIV, Roma, Istituto della Enciclopedia, 1937, p. 768: "I vocaboli che nelle
varie lingue designano l' «arte di costruire le città» non sono, a rigor di termini, sinonimi. Il tedesco Städtebau e l'inglese townplanning
esprimono propriamente il fatto materiale dell'edificazione urbana: studio di un piano, sistemazione degli spazî liberi, costruzioni stradali e
edilizie. E tale era anche il significato di edilizia cittadina e quello de l'arte de bâtir les villes in uso specialmente alla fine del XIX. Il vocabolo
francese urbanisme e il corrispondente italiano urbanistica hanno invece un significato più vasto, comprendendo non solamente il fatto materiale
del piano regolatore, ma tutto il complesso delle discipline che hanno per oggetto i varî aspetti della vita degli agglomerati urbani. L'urbanistica
dunque si potrebbe definire come «lo studio generale delle condizioni, delle manifestazioni e delle necessità di vita e di sviluppo delle città». [...]
Il fine pratico cui tende l'urbanistica è quello di dettare le norme per l'organizzazione e il funzionamento di una vita urbana che sia a un tempo
bella, sana, comoda, ed economica"; cf. ainda na Enciclopedia, instância máxima e oficial da cultura italiana na primeira metade deste século, os
termos "Edilizia", vol. XIII, 1932, pp. 460-66 e "Piano Regolatore", redigido por Giovannoni, vol. XXVIII, 1935, pp. 120-126.
Giovannoni, Gustavo, Resoconto morale per l'anno 1915, in «AACA.A», anos MCMXI-MCMXV, 1916, p. 49; sobre os antecedentes da
"Urbanistica" italiana v. Marcos Tognon, "Estilo, patrimônio, monumentalidade: problemas para o nascimento do urbanismo moderno italiano",
in «Espaço & Debates», n. 40, 1997.
Joseph Stübben, autor do Der Städtebau - Handbuch der Architektur (1890), além de proferir conferências e apresentar os seus estudos para Roma
na sede dos cultores de arquitetura, foi "sócio honorário" da Associação no final dos anos 20; recorda-se, por exemplo, o projeto apresentado
pelos cultores para o bairro romano de Piazza d'Armi: "Con la presente relazione, la Commissione incaricata dall'Assemblea sociale di preparare
lo studio del piano di Piazza d'Armi con criteri nuovi ed indipendenti da quelli sinora seguiti (salvo come s'è detto, per ciò che riguarda i vincoli
già stabiliti) espone ora questi criteri ed illustra le linee generali della soluzione adottata, accennando brevemente alle altre singole proposte che
servirono di guida al complesso studio compiuto. Tra queste proposte iniziali la Commissione non vuol dimenticare quelle presentate da un
insegne studioso straniero, il Prof. Stübben, il quale nell'esporle volle dare ad esse più che il carattere di progetto concreto quello generico di un
esempio, di un argomento atto a sostenere la sua liberalissima tesi di un concorso internazionale per rinnovare in modo veramente degno il piano
regolatore di Roma. E di vero le linee tracciate dallo Stübben [...] non corrispondono alla realtà delle attuali condizioni e neanche alle pratiche
esigenze economiche che vengono ad imporsi, ma portano l'impronta geniale dell'alta competenza dello studioso illustre di questioni edilizie e,
paragonate a quelle del piano regolatore ufficiale, rappresentano la prova più evidente della necessità del suo rifacimento", in Giovannoni
Gustavo (relator), "Studio del Piano regolatore della Piazza d'Armi e del Quartiere Flaminio - Relazione della Commissione", «AACA.A», anos
MCMXI-MCMXV, 1916, p. 84.
Cf. um registro das discussões sobre o Plano urbanísitco de Roma, "Assemblea generale e speciale del 16 Novembre 1905", in «AACA.A», anos
MCMV-MCMVI, 1906, p. 41: "Il socio Giovannoni sostiene che compito degli architetti deve essere appunto di cercare di conciliare tali
esigenze con le memorie storiche ed artistiche del passato. Accenna alle tendenze di una nuova teoria che ha per principali sostenitori il Sitte ed il
Nussbaum, che propugna l'abbandono dei tracciati di vie regolari e di larghezza costante attraverso il vecchio abitato, ma vi sostituiste
l'ampliamento irregolare ove occorre ed ove è possibile, «lo spazio in luogo della strada»; sicchè una volta provveduto alle arterie principali del
traffico, per i quartieri intermedi, come appunto sarebbe quello della Regola in Roma, si può con tale sistema riuscire a salvare gli edifizi che più
interessano l'Arte e la Storia, provvedendo insieme a portare l'aria e la luce fra l'abitato"; para verificar as diversas propostas de estudo sobre os
contatos e intercâmbios europeus dos cultores romanos, com destaque para Gustavo Giovannoni, v. Atti del Seminario Internazionale
"L'Associazione artistica tra i cultori di architettura e Gustavo Govannoni", in «Bollettino del Centro di Studi per la Storia dell'Architettura», n.
36, Roma, 1990; sobre a fortuna de Camillo Sitte na Itália, v. Giorgio Piccinato, Sitte e le parole dell'urbanistica italiana, e, Vincenzo Fontana, Il
caso di Roma, in Guido Zucconi (org.), Camillo Sitte e i suoi interpreti, Milão, F. Angeli, 1992, pp. 116-55.
Cf. Giuseppe Mancini, Relazione del Congresso dell'ARTE PUBBLICA, in «AACA.A», anos MCMV-MCMVI, 1906, pp. 57-58: "Il settembre
scorso fu durante l'Esposizione, inaugurato a Liegi il III Congresso Artistico Internazionale dell'Arte Pubblica. [...] Liegi fu sede di animate ed
infuocate discussioni e può trionfalmente vantarsi di avere, per un istante accarezzato lo ideale secreto di un avvenire di pace, gloriosamente
artistica. Di tutto si discusse: dalla scuola primaria all'Università, dall'Accademia alla Scuola Industriale, dall'Esposizione al Museo, al Teatro, la
Musica, la Poesia, l'estetica della Via, degli edifici, dei giardini pubblici, fino alle bellezze impareggiabili della natura. [...] Amare, e far
conoscere a tutti i nostri lavoratori, del ferro, del legno e della pietra le risorse estetiche della natura, combattere le deformanti imitazioni, le
sproporzioni rifacendo così altrettanti musei della casa e della Via in maniera che là dalla più grande alla più piccola nostra espressione fosse una
continuazione di quel canto glorioso, di quelle forme eccelse che vanno dall'Egitto alla Grecia, da Atene a Roma e da Roma attraverso a quelle
simboliche costruzioni cristiane fino ai capolavori del 500. Rinnovare, creare non copiare, l'uniformità del sistema non ha prodotto mai niente di
buono. Libertà dunque, in arte e libero sia il pensiero, cosciente però".
Cf. o voto manifestado pelos cultores "Per un piano regolatore e per le norme edilizie" para Roma em 1922, in «AACA.A», anos
MCMXVI-MCMXXIV, 1925, pp. 43-44: "L'Associazione rilevando ancora una volta la deplorevole mancanza in Roma di un piano regolatore
edilizio che adeguatamente risponda all'esigenza dell'arte, dell'ambiente, dello sviluppo utile della fabbricazione nuova, riserbandosi di ritornare
ancora sulle direttive a cui il coordinamento e lo svolgimento dei presenti e dei futuri quartieri di ampliamento dovrebbe informarsi, segnalata ora
all'Amministrazione Comunale ed insieme il Sottosegretario per le Belle Arti una serie di problemi urgentissimi relativi alla sistemazione di
località in cui la costruzione nuova essendo prossima a monumenti od a luoghi caratteristici della vecchia Roma, ancora è forse possibile con
opportune norme e ben studiate disposizioni degli edifici e della vegetazione salvare qualcosa di quelle condizioni di ambiente, di quel
sentimento di dignità e di ampiezza in cui ancora vive la gloriosa tradizione di Roma e che sarebbe delitto vieppiù compromettere"; recordamos
também que os cultores romanos publicam uma versão italiana de Estetique des villes (Estetica delle città, trad. de Maria Pasolini, Roma, 1903),
um dos textos mais dilvulgativos das idéias sittianas na Europa, escrito pelo belga Charles Buls: prefeito de Bruxelas, Buls fez uma conferência
em Roma em 1902, na sede capitolina do Município, cf. Filippo Galassi, "La confernza del Sig. Charles Buls", in «AACA.A», a. MCMII, 1902,
p. 13: "Parlando della necessità di conservare i monumenti antichi e possibilmente conservarli nello stesso loro ambiente, l'oratore ebbe parole di
35
lode verso la nostra Associazione per l'elenco dei monumenti romani da essa compilato e per gli opportuni voti presentati al Comune in riguardo
a varie questioni edilizie. Oltre della conservazione dei monumenti è da raccomandare quella dei luoghi storici e dei punti di vista pittoreschi.
Così, ad esempio, i nuovi fabbricati del Lungo Tevere dovranno esser di tale altezza da non intercettare la vista dell'Aventino e del Campidoglio.
Dai criterî fondamentali scendendo ai particolari, l'oratore osservò come sia bene interrompere i lunghi rettifili stradali con fontane, gruppi di
alberi, monumenti".
37
Inventario dei Monumenti di Roma - Parte 1ª - Ciò che si vede percorrendo le vie e le piazze dei XV Rioni, organizado por Giovanni Battista
Giovenale, Roma, s.e., 1912; algumas fichas do "schedario" foram apresentadas, antes, na Mostra Internacional de Arquitetura, coeva àquela já
citada de Topografia Romana, durante a Exposição Internazional de Roma em 1911; recordamos ainda que foram impressos os elencos dos
monumentos dos bairros Monti e Trastevere (1896), e certos índices de "itinerário" e de "argumentos" (1908-1909); temos notícias que o segundo
volume, sobre os "Cataloghi particolari" já se encontrava em uma fase avançada para a impressão, in «AACA.R», anos MCMXI-MDMXV, 1916,
pp. 48-49; eis o índice desse primeiro volume do Inventario dei monumenti:
Introduzione
La trasformazione edilizia
L'Associazione Artistica fra i Cultori di Architettura
La Commissione dei Rioni
La pubblicazione dell'Inventario
Lo scopo dell'opera
L'Itinerario
Gli Elenchi per categorie
I limiti dell'opera
Paternità dei monumenti
Lo stile dei monumenti
Stili: egizio, romano, medioevale ravennate, medioevale barbarico, medioevale neo-latino, gotico, rinascimento 1º
periodo, rinascimento 2º periodo, barocco 1º periodo, barocco 2º periodo, impero, moderno
Le tre classi dei monumenti
Le illustrazioni
Correzioni ed aggiunte
Abbreviazioni
Pianta di Roma e confini dei rioni
Itinerario
Rione I - Monti
Rione II - Trevi
Rione III - Colonna
Rione IV - Campo Marzio
Rione V - Ponte
Rione VI - Parione
Rione VII - Regola
Rione VIII - S. Eustachio
Rione IX - Pigna
Rione X - Campitelli
Rione XI - S. Angelo
Rione XII - Ripa
Rione XIII - Trastevere
Rione XIV - Borgo Prati
Rione XV - Esquilino
Elenchi
I monumenti ordinati per categorie
Le vie le piazze ed i vicoli attuali
Le vie le piazze ed i vicoli cui viene cambiato nome
Le vie, le piazze ed i vicoli soppressi.
38
39
Idem, ibidem, seção "La trasformazione edilizia", pp. III-IV; e sobre os compromissos da Associação dos cultores, Ibidem, seção "L'Associazione
artistica fra i cultori di architettura", pp. IX-X: "L'Associazione artistica tra i cultori di architettura fu la prima fra le istituzioni non ufficiali che
della tutela delle patrie memorie si occupasse con metodo e continuità. Fondata nel 1890, essa pose a capo dello Statuto Sociale l'obbligo «di
consacrarsi allo studio dei monumenti che costituiscono il prezioso patrimonio storico artistico di Roma e dell'Italia, interessandosi alla loro tutela
e buona conservazione, cosicchè i membri dell'Associazione possano a buon diritto essere chiamati «amici dei monumenti». Nè furono vane
parole. I restauri di Santa Maria in Cosmedin, della casa Stampa, della casa Santori, e di tanti altri edifici del Medio-Evo e del primo
Rinascimento; i progetti per l'isolamento delle torre delle Milizie e del Tempio della Fortuna Virile, con la sistemazione delle adiacenze; gli studi
sulla Basilica di San Marco, sul chiostro di S. Paolo, sulla chiesa di S. Giorgio in Velabro, sull'Ara Pacis Augustae, sulla chiesa di Vescovio,
sulle antichità preromane di Alatri; le innumerevoli relazioni e voti presentati al Governo, al Municipio, ai privati per domandare provvedimenti a
salvezza di questo o di quello monumento; sono altrettante prove di serenità e tenacia di propositi con cui l'Associazione ha soddisfatto agli
impegni liberamente presi in pro dei monumenti di ogni parte d'Italia. Per la speciale tutela, poi, delle parti memorie in Roma, L'Associazione
costituì fin dal 1891 una Commissione che fu detta dei rioni e che iniziò subito la rassegna dei più importanti e più minacciati monumenti. Così
avvenne che quando nel 1895 il Comune volle rinnovare il Regolamento edilizio della città, e, accogliendo una proposta dell'Associazione, volle
inserirvi norme speciali di tutela per le fabbriche di carattere storico ed artistico, potè incaricare l'Associazione stessa di compilare l'elenco di tali
fabbriche, come ente più di ogni altro preparato a tale còmpito. Nello svolgimento del lavoro, ebbe l'Associazione a constatare che, per esercitare
efficacemente e praticamente la doverosa tutela, ed acciocchè nessuna benchè minima parte del nostro patrimonio artistico potesse andar disperso
senza lasciar traccia di sè, era necessario anzitutto ne fosse compilato un completo inventario."
Idem, ibidem, seção "La Commissione dei rioni", p. XII; os responsáveis pelas respectivas etapas de compilação e revisão foram, in Ibidem, pp.
XII-XIII:
36
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
Rione
Monti
Trevi
Colonna
C. Marzio
Ponte
Parione
Regola
S. Eustachio
Pigna
Campitelli
S. Angelo
Ripa
Trastevere
Borgo e Prati
Esquilino
Compilador
Caroselli Cesare
Rapisarda Rizzo Pasquale
Rem-Picci Pietro
Scifoni Emilio
Bottazzi Umberto
Catinelli Camillo
Gavini Ignazio
Palombi Alessandro
Lepri Carlo
Retrosi Emilio
Galassi Francesco
Giovenale Giovanni B.
Milani G.B.
Gnoli Domenico
Ignazio Carlo
1º Revisor
Gavini Ignazio
Palombi Alessandro
Bottazzi Umberto
Retrosi Emilio
Pincherle Carlo
Lepri Carlo
Caroselli Cesare
Rapisarda-Rizzo Pasquale
Catinelli Camillo
Scifoni Enrico
Lepri Carlo
Rem-Picci Pietro
Attanasio Enrico
Gavini Ignazio
Lepri Luigi
O grupo de revisão para a "Pubblicazione dell'itinerario dei rioni di Roma", instituída em 1904 e operante até meados dos anos 1910, foi
composta pelos sócios: Camillo Catinelli, Giovanni Battista Giovenale, Carlo Lepri, Raffaelle Mazzetti , Pietro Rem-Picci, Giuseppe
Venarucci, in Marcos Tognon, «Associazione Artistica fra i Cultori di Architettura. Annuario», op. cit., p. 52.
40
41
42
43
44
45
Idem, ibidem, seção "Itinerario", p. XVI.
Idem, ibidem, seção "Gli Elenchi per categorie", pp. XVIII-XIX.
Cf. Idem, ibidem, seção "I limiti dell'Opera", p. XX: "Come già avvertimmo, i monumenti sono soltanto quelli che si vedono percorrendo le vie o
le piazze di Roma: rimangono dunque esclusi gli interni degli edifici ed anche i cortili. Di questi, pur tuttavia, per eccezione abbiamo talvolta
varcato la soglia, sia perchè attraverso il vestibolo già se ne intravedevano i pregi, sia perchè abbiamo giudicato che la forma e la decorazione di
alcuni contribuisce a caratterizzare il tipo di edificio che lo racchiude. Altra limitazione ci siamo imposti quando ci siamo trovati in presenza di
aree archeologiche, come, ad esempio, del Foro Romano o del Palatino. Inventariarne uno ad uno i monumenti sarebbe stato fuor d'opera; sia
perchè universalmente noti, sia perchè posti sotto la diretta tutela del Ministero della Pubblica Istruzione. Ci siamo limitati adunque ad indicarli
complessivamente sotto il titolo Monumenti del Foro Romano, ecc. Nessun monumento del suburbio, per quanto importantissimo, è stato
inventariato; arrestandosi per ora l'Inventario all'ambito delle mura urbane. Di queste, pur tuttavia, abbiamo descritto la parete esterna quale si
vede da chi percorra l'esterno pomerio. Riserviamo ad altro tempo l'inventario dei monumenti numerosissimi che si incontrano nelle vie e ville
del suburbio, alcuni dei quali sono, come ognun sa, di capitale importanza."
Cf. Idem, ibidem, seção "Paternità dei monumenti", p. XXI: "Per molti tra i principali monumenti di Roma sono ben noti i nomi degli autori; ma
per moltissimi rimangono sconosciuti o controversi, e non parliamo soltanto dei monumenti minori o dei medioevali. [...] Quindi parve miglior
consiglio rimanere negli stretti limiti di un inventario, rinunciando per ora ad ogni designazione, sia relativa agli artisti, sia relativa ai
committenti; anche per quelli sui quali le opinioni sono concordi. Così anche sono stati omessi gli apprezzamenti sulle qualità artistiche di questo
o quel monumento, espressi da taluni dei commissari allo scopo di determinare l'autore."
Sobre os estilos e a decorrente aplicação para compor os "Elencos de categorias", cf. Idem, ibidem, seção "Lo stile dei monumenti", pp.
XXII-XXIII: "Per raggruppare i monumenti secondo una classificazione storica, due criteri diversi si presentavano: il cronologico e lo stilistico.
Il primo certamente avremmo preferito, se tutti i monumenti fossero datati o se i critici d'arte fossero d'accordo sull'epoca della loro origine. Ciò
purtroppo assai veramente si verifica, specialmente pel gruppo medioevale; ed inoltre, per i monumenti ove costruzioni di più epoche si
sovrappongono, occorrerebbe accertare la data di ogni singola parte del monumento, evitando il facile errore di comprendere sotto una data
unica opere corrispondenti ad epoche diverse. Non volendo accettare senza controllo le date dai Manuali o dalle Guide, che del resto
contemplano soltanto i più noti monumenti, necessitava ricorrere ad indagini storiche e consultazioni d'archivio; ciò che avrebbe richiesto tempo
e lavoro non consentanei all'indole della nostra pubblicazione. Restavano i confronti d'indole tecnica ed artistica, ma questi si valgono a stabilire
lo stile di un monumento ed il periodo di civiltà cui esso appartiene, difficilmente possono da soli precisare la data della sua creazione, sia
perchè alcune manifestazioni d'arte fiorirono pressochè inalterate per lungo periodo di anni e talvolta per più secoli, sia perchè non è raro
l'esempio dei monumenti ritardatari, creati cioè o continuati con forme appartenenti ad uno stile che da tempo cessò di fiorire. Per queste
difficoltà si ritenne di non adottare una classificazione strettamente cronologica, preferendosi invece la classificazione stilistica che segue come
la prima il camino del tempo, ma con passo meno ritmico e tappe che corrispondono non a secoli, bensì a epoche memorande nella storia
dell'arte. Neppure questo metodo di classificazione può dirsi scevro da difficoltà, perchè in esso si rispecchiano le incertezze e contraddizioni
che purtroppo troviamo ancora nei trattatisti, in ordine alle caratteristiche ed ai limiti di ciascuno stile; ed anche perchè l'apprezzamento
personale può oscillare, specialmente in presenza di quei monumenti che rappresentano l'anello di transizione, tra stile e stile, o, peggio ancora,
tra periodo e periodo del medesimo stile. Ciò non ostante, considerando che queste difficoltà esisterebbero ugualmente ed anzi in grado
maggiore, quando al criterio stilistico si dovesse ricorrere per determinare l'anno sia pure il secolo cui appartiene un monumento non datato, si
preferì, come ho detto, la classificazione più larga per epoche o stili. Ciò non esclude che nei casi fortunati nei quali un monumento od una
parte di esso porti a fianco della indicazione stilistica. In quanto poi alle denominazioni da adottare per indicare ciascuna epoca o stile, si è
reputato che non fosse opportuno addentrarsi in una discussione teoretica sulla maggiore o minore razionalità di quelle che dai differenti autori
sono state proposte; ma fosse sufficiente assumerne una che meglio corrispondesse allo scopo pratico dell'opera ed ai monumenti che esistono in
Roma, pur dichiarando di dare ad essa classificazione un valore puramente convenzionale"; para a classificação dos monumentos, segundo uma
hierarquia qualitativa já anunciada em 1896 (v. acima nota 14) cf. Ibidem, pp. XLIV-XLVIII, e citamos p. XLVIII: "Le tre classi di monumenti
possono essere così riepilogate in ordine ai provvedimenti di tutela:
Classe I - Monumenti o parti di monumenti che devono essere assolutamente conservati dove sono e quali sono;
Classe II - Monumenti o parti di monumenti che possono essere spostati;
Classe III - Monumenti o parti di monumenti che devono essere studiati ed illustrati avanti che subiscano qualsiasi trasformazione."
Cf. Idem, ibidem, seção "I limiti dell'Opera", pp. XX-XXI: "Anche in ordine di tempo conveniva stabilire un limite al nostro Inventario, e ai
ritenne opportuno arrestarlo al 1870, anno in cui Roma, divenuta capitale d'Italia, entrava in una nuova fase storica e si preparava ad un grande
rinnovamento edilizio che ne avrebbe notevolmente trasformata la fisionomia. Era anche conveniente arrestarsi a quella data, per non dovere
portare il giudizio della Commissione sulle opere dei colleghi architetti che romani di nascita, o qui convenuti da ogni parte d'Italia, davano opera
a questa trasformazione, e spesso della Commissione stessa facevano parte."
37
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
Gustavo Giovannoni, Resoconto morale per l'anno 1911, in «AACA.A», anos MCMXI-MCMXV, 1916, p. 13; seriam publicados posteriormente
três volumes pelos cultores de arquitetura, relativos à Architettura minore in Italia, vol. I e II (Roma), vol. III (Lazio e subúrbio de Roma), Turim,
Crudo & C. Editor, 1926-1927-1940, sendo o último volume já outorgado à convertida Associação em Centro Studi di Storia dell'Architettura:
são álbuns fotográficos que apresentam uma atenção à "arquitetura menor" e nos mostra símiles critérios da já então fracassada publicação dos
outros volumes do Inventário dos Monumentos; cf. Architettura minore in Italia, vol. I, op. cit., pp. III-IV: "L'ambiente romano è formato da una
congerie di piccole cose senza nome, accumulate nel corso dei secoli, dalle riedificazioni che la città ebbe dal Rinascimento in poi, e in modo
speciale è costituito dagli innumerevoli esemplari di architettura minore dell'epoca detta barocca: opera quasi sempre di maestri modesti e ignoti,
ricca di fogge, variata nei dettagli, ingegnosa nelle soluzioni e sopratutto largamente e intensamente borghese, e alla quale perciò i tempi nostri e i
gusti contemporanei ci fanno sensibili quanto forse a nessuna altra delle forme di architettura passata. [...] Ma è ben ragione dar principio a questa
raccolta con uno degli elementi più caratteristici dell'architettura di Roma, quello che con nome moderno chiamiamo sistemazioni edilizie e
ambienti caratteristici. è fuori dubbio che nell'arte del passato siamo facilmente disposti a riconoscere dei meriti speciali nella scelta degli
aggruppamenti di edifici, ed è pur doveroso riconoscere che i risultati così suggestivi raggiunti sono più spesso da imputare ala cooperazione di
infiniti elementi apportati da diverse persone e da differenti circostanze che non da una volontà ordinatrice, come oggi si farebbe. [...] Esistono
perciò nella Roma antica numerosi gli aggruppamenti architettonici di carattere che diremmo meramente pittoresco e casuale. Purtroppo il
numero di questi si è grandemente assottigliato negli ultimi tempi quando le necessità del traffico attraverso l'antico abitato, conseguenti
all'ampliamento della capitale, hanno indotto (e spesso nella forma meno opportuna) ad atterrare larghe zone degli ambienti preesistenti. Ed è
pregio singolare, crediamo, della presente pubblicazione di poter rievocare, mercè il cortese appoggio degli Enti governativi e municipali, un
certo numero di elementi pittoreschi della vecchia Roma, di quella Roma così cara ai Romani, così nota ai pittori a gli stranieri, della quale la
Roma attuale è purtroppo appena una memoria, diluita nella banalità degli elementi di una città qualunque, che le si è sovrapposta".
Para um biografia intelectual de Muratori, v. Giorgio Pigafetta, Saverio Muratori architetto, Veneza, Marsilio, 1990; para um amplo comentário
dos seus escritos v. Antologia critica degli scritti di Saverio Muratori, org. de Emilio De Carli e Elena Scata, Florença, Alinea, 1991.
A bibliografia sobre a arquitetura entre guerras na Itália é incomensurável, o que não garante uma simétrica e alta qualidade dos textos e
interpretações, e somente nos últimos dez anos obteve-se uma certa independência dos canônicos juízos de Bruno Zevi, Leonardo Benevolo e
Giulio Carlo Argan; aqui, economicamente, citamos os significativos e atualizados volumes de Richard A. Etlin, Modernism in Italina
Architecture, 1890-1940, Cambridge/London, Mit Press, 1991 e Fabrizio Brunetti, Architetti e Fascismo, Florença, Alinea, 1993.
V. elenco dos textos publicados por Muratori in Antologia critica degli scritti di Saverio Muratori, op. cit., pp. 150-52; sobre o comportamento e
as "escolhas" que nos referimos, v. Saverio Muratori (note autocritiche), in «Atti dell'Accademia di S. Luca», vol. 1, 1951-52, pp. 107-13.
Saverio Muratori, respectivamente, "Sviluppi del pensiero architetonico in Italia", in «Rassegna critica di architettura», ano I, n. 1, Janeiro 1948,
pp. 5-10; "Vita e Storia delle città", in «Rassegna critica di architettura», ano III, n. 11-12, Janeiro-Abril 1950, pp. 3-52; "Studi per una operante
storia urbana di Venezia - I", in «Palladio», ano IX, n. 3-4, Julho-Dezembro 1959, pp. 97-209.
Saverio Muratori, "Sviluppi del pensiero architettonico in Italia", op. cit., pp. 5-6; ainda, Ibidem, p. 6: "Così il quadro che ci si presenta si
manifesta incerto, discontinuo e spesso in piena contraddizione di termini. Si esige una pianificazione di principio, che si nega subito dopo nella
sua essenza, esaltando la libertà assoluta e, più che individualistica, singolare di ciascuna opera architettonica; si pongono sul tappeto i grossi
quesiti della critica e della storia dell'architettura, dei valori individuali e sociali del costruire, senza un'adeguata maturazione dell'essenza stessa
di quei quesiti, le cui basi legittime sono spesso negate o trascurate"; não devemos esquecer que essas reflexões muratorianas já seriam
amadurecidas em alguns textos escritos durante os últimos anos da Segunda guerra, cf. Storia e critica dell'architettura contemporanea. Disegno
storico degli sviluppi architettonici attuali [1943-44]. Saggi di critica e metodo nella studio dell'architettura [1946], organizados por G.
Marinucci, Roma, Centro Studi di Storia dell'Urbanistica, 1980.
Idem, ibidem, p. 6; Muratori está em franca oposição a certos grupos de arquitetos, reunidos em manifestações corporativas como o Iº Convegno
nazionale dell'Istituto Nazionale di Urbanistica (Nápoles 1949), nas redações de certas revistas como «Metron» - Bruno Zevi e o movimento "Per
l'architettura organica"; para um quadro mais complexo v. Aa.Vv., Il dibattito architettonico in Italia, Roma, Bulzoni, 1977; Manfredo Tafuri,
Storia dell'architettura italiana 1944-1985 [1982], Turim, Einaudi, 1986; Fabrizio Brunetti, L'architettura in Italia negli anni della
Ricostruzione, Florença, Alinea, 1986.
Saverio Muratori, "Vita e storia delle città", op. cit., p. 11; cf. ainda, Ibidem, p. 8: "L'urbanistica potrà dunque dar luogo a discipline teoriche
particolari, analitiche e logiche, ma, anche intesa come fora teorica e non pratica, non potrà mai esaurirsi in esse (puro mezzo e strumento) e
dovrà manifestarsi come visione critica e storica e i definitiva, al di là e al di sopra di tutte le distinzioni concettuali e le nozioni astratte e parziali,
dovrà possedere la vita nella sua unità, come intuizione, come realtà immediata e dine a se stessa. L'urbanistica come disciplina è recente; essa è
entrata in scena nel periodo positivista, così come le teorie funzionaliste in architettura, e come quelle si è trovata, divenendo adulta, di fronte alle
necessità di trasformarsi o perire. Come nessuno crede più a una architettura funzionale, nel significato positivista del termine, così pare assurda
un'urbanistica positivista, che guarderebbe solo al lato economico e trascurerebbe tutti gli altri fattori di una vita sociale, totale e unitaria. Che
l'urbanistica debba avere una visione storica e cioè universale, e in quanto azione e in quanto disciplina, ce lo dice del resto il fatto che essa si
interessa delle città non come cose inerti, ma come organismi creati dall'uomo per la vita che è continuo svolgimento e perciò proprio delle
trasformazioni che l'opera umana attua nel mondo e nell'ambiente sociale dell'uomo, il quale è entità complessa, che non può essere intesa nella
visione analitica dei particolari aspetti, meccanici o economico, igienico o utilitario, ma solo nella sua totalità, perché solo in questa le
riconosciamo un senso"; ou ainda, Ibidem, p. 9: "Infinita è la varietà dei fattori espressivi delle città che vanno dai puri rapporti di spazio, di
volume, di posizione e di dimensione, concretati in strutture e organismi e coloristici. Esistono organismi urbanistici fondati su una espressiva
contrapposizione di spazi e di piani, altri ancora sul contrapporsi di fattori d'ambo i tipi. I valori plastici e strutturali trovano nel pittoresco e nel
decorativo un limite, una cornice, un'atmosfera che diviene allo stesso tempo un complemento a definire l'individuale carattere di un ambiente
urbano in un solo equilibrio particolare, in un suo clima inconfondibile. è su questi valori d'insieme e non su l'omogeneità del linguaggio (stili e
tecniche storiche) che nasce il valore ambientale".
Cf. Idem, ibidem, p. 4: "La realtà di un ambiente urbano sta nella sua individualità caratteristica che si rivela compiutamente solo nella sua forma
plasmata sull'ambiente naturale dagli avvenimenti storici, dai movimenti intenzionali e pratici e da valori psicologici e spirituali di vario ordine.
Tutto questo l'ambiente urbano esprime in una struttura spaziale e coloristica, nella quale è possibile discerne caso per caso le note essenziale,
quelle dominanti, quelle accessorie, quelle addirittura pleonastiche o contraddittorie".
Cf. Idem, ibidem, pp. 25-26: "Non esiste alcuna incompatibilità in questo senso tra vecchia e nuova architettura, poiché i linguaggi e gli stili hanno
un valore sintattico e grammaticale interno all'opera d'arte, mentre il senso ambientale si regge sui valori universali. La composizione ambientale
è una architettura che si realizza in più fasi. Il senso dell'ambiente corrisponde al senso intimo di un'architettura: è valore universale e sul piano
universale, non del linguaggio mutevole da tempo a tempo, da opera a opera, avviene l'incontro tra architettura e ambiente, poiché su quel piano
di sentimento intensamente vissuto, liricamente espresso. Se ciò avviene è sempre possibile per l'architetto, e con qualunque linguaggio,
38
armonizzarsi nel clima ambientale, così come un poeta potrà fare seguito nella sua lingua alle parole, ad esempio, di Dante, poiché la continuità
del discorso è nel senso poetico e non nei vocaboli, presi per se stessi. Quando l'architettura antica è sentita e introdotta nella nuova composizione
come parte viva, cioè nei suoi motivi espressi e nella forma e materia concreta, quando il discorso è senza interruzione, non esiste alcun pericolo
da incompatibilità e di frattura, la continuità dell'ambiente è perfetta"; cf. Gustavo Giovannoni, Questioni di architettura nella storia e nella vita,
op. cit., p. 172: "E nell'architettura come e forse più che in qualsiasi altra arte si delineano le norme precise: Un'opera è fatta per un dato
ambiente, che nei rarissimi casi può essere o edilizio, o naturale, di spazio o di masse o di colore, ed ad esso deve riportarsi se vuole avere la
piena comprensione del suo valore".
56
57
58
59
60
61
62
63
64
Cf. Idem, ibidem, pp. 22 e 25: "La tecnica approfondisce progressivamente il suo estraniarsi dagli altri interessi della società e dalla cultura del
tempo man mano che si affermano ed esaltano come ragione esclusiva le basi scientifiche, cioè astratte, della nuova edilizia. Sorge la Scienza
delle costruzioni e la grande tecnica del ferro, i cui elementi introdotti, giustapposti e non fusi agli organismi murari, nell'edilizia, abituano alla
trascuratezza per l'unità architettonica e al disinteresse per gli aspetti non riportabili ai suoi criteri strettamente razionali, in tutti i campi
dell'edilizia" (1950: Vita e storia delle città, 1362.1.22); "Ma inutile addurre una pretesa incompatibilità della tecnica attuale con l'antica per
giustificare un distacco della nuova dalla vecchia città. Le argomentazioni particolari non valgono sul piano universale. Le tecniche come
categoria concettuale generica non hanno senso se non «a posteriori» e non possono mai precludere la libera creatività dello spirito".
Cf. Idem, ibidem, p. 49: "Peraltro la storia della città ci dimostra che la loro vitalità non si assicura condannando la loro edilizia all'immobilità: la
trasformazione è un carattere inerente alla vita. L'evolversi dell'ambiente urbano è incessante, ora più lento, ora più rapido, seguendo gli impulsi
della storia e della civiltà. Fermarlo, congelarlo, vuol dire uccider la città, colpirla nella sua più intima vitalità, nella sua più gelosa suscettibilità";
cf. Gustavo Giovannoni, "L'ambiente dei monumenti", in Questioni di architettura nella storia e nella vita, op. cit., pp. 172-73: "Passato e
presente debbono, nell'avviamento edilizio di una città, come nel restauro di un monumento, incontrarsi il meno possibile, sicchè, ridotte al
minimo sovrapposizioni od interferenze di elementi antitetici, i monumenti si conservino nel loro ambiente e la vita nuova abbia altrove libero
campo di sviluppo e di espressione"
Cf. Idem, ibidem, p. 6: "La trattazione del nostro tema equivale al chiarimento critico dei rapporti intercorrenti tra urbanistica e storia, dove per
storia va inteso il complesso di tutti quei valori formatosi e radicati nel passato, che rappresentano tuttora, in qualche modo, un interesse vivo,
cioè tutto il passato che è ancor oggi vivente; il passato quindi non come materia inerte (il monumento antico visto come mezzo o comoda cava di
materiale), ma come continuità di vita e di valore morale, fatto incontrovertibilmente attuale, che non si presta ad essere introdotto nel discorso
come mezzo, per la elementare ragione che esso non può entrarvi che come motore, come sentimento e protagonista dell'azione umana. Ed ecco
perché il valore storico, il nostro sentimento della storia come legame vivo, reattivo o continuatore, sempre unitario, tra il passato e il presente
non è mai interesse secondario, ma centrale; non può essere trattato come fatto crudamente contingente, ma è esso che determina e reinterpreta le
nostre esigenze, divenendo sorgente dei fatti contingenti; non si adatta ad essere inserito in una formula generica, poiché esso è l'esigenza stessa
che l'intera formula sempre inadeguatamente si sforza di interpretare".
Idem, ibidem, p. 3; sobre essa "fenomenologia" do ambiente urbano é interessante recordarmos os influentes textos contemporâneos de Enzo Paci
como "Il cuore della città" in «Casabella-Continuità», n. 202, agosto-setembreo 1954, pp. XI e seg.
Idem, ibidem, pp. 51-52: "Negli urbanisti e nel pubblico è insomma da ritrovare quell'integrità di coscienza della vita individuale e sociale che è a
fondamento di ogni opera umana o di ogni organica forma di cultura. Sotto questo aspetto la deficienza urbanistica del nostro tempo è dunque da
considerarsi inizialmente una profonda deficienza morale che andrà superata non solo moralizzando il costume e le pubbliche istituzioni, ma
anche stimolando una profonda rigenerazione di tutti i valori ideali e poetici oggi avviliti e subordinati a una gretta visione utilitaria e meccanica
priva di quel contenuto umano, di quel lievito morale, che promuove la civiltà e la storia dei popoli"; sobre esse "primado" da técnica entre tantos
urbanistas italianos coevos de Muratori, cf. o volume monográfico sobre a "industrializzazione dell'edilizia" de «La casa», n. 4, 1957, com artigos
de P. Montesi, Giulio Carlo Argan, do filósofo Enzo Paci, G. Ciribini, do amigo Ludovico Quaroni, entre outros.
Idem, ibidem, pp. 50-51: "A rispondere a tutte queste esigenze è chiamata la classe degli urbanisti, questa classe tuttora inefficiente e suddivisa
nelle inconclusive e contrapposte schiere degli storici, filologi e letterati, da un lato e dei tecnici, innovatori unilaterali o ripetitori scolastici,
dall'altro, mancati i primi di una viva partecipazione al mondo pratico e concreto, senza la quale la cultura si appiattisce in erudizione e la storia
in cronaca, gli altri di una salda e organica visione umanistica, senza la quale non si esce dal tecnicismo e dal contingente. Occorre incidere sulla
mentalità e la cultura dei tecnici e degli storici, poiché l'urbanista completo oggi non esiste, per ricostruire l'uomo completo, l'uomo artista".
V. Idem, ibidem, p. 18: "[A partir do Iluminismo] il sentimento, l'intuizione estromessi dal pensiero, ma rientrati per altra via nell'arte e nella
cultura, non hanno più potuto manifestarsi al centro della cultura stessa, della quale avevamo prima costituito il motore, il fulcro del suo senso
organico e unitario, ma si manifestano come elemento romantico, ribelle e antitetico alle facoltà tipicamente intellettive, sviluppate queste ultime
secondo un metodo sempre più accentuatamente analitico. L'unità della cultura si rompe, né ha potuto ricostituirsi nonostante i ripetuti tentativi
della filosofia che pure da Kant in poi è tutta volta al grande tema di superare o in un modo o nell'altro questo dualismo di intelletto e sentimento,
di materia e di spirito, di fantasia e di raziocinio, il cui primo seme si può far risalire alla Riforma e che l'Illuminismo con la sua apoteosi della
ragione astratta e delle scienze fisiche, come inquadramento generale del mondo nel suo ambito, definisce in sistema. Da allora il mondo
architettonico ha subito questa scissura".
Cf. Idem, ibidem, pp. 23-24: "Lo sviluppo di questa nuova urbanistica, chiuso nelle sue ristrette ragioni utilitarie non assurge a valore culturale o
comunque a un organico fatto costruttivo. Le conseguenze si fanno ben presto sentire; cattiva distribuzione e addensamento indisciplinato della
popolazione e del traffico nella [sic] arterie centrali, rimaste immutate nelle loro sezioni a servire una città accresciuta e non preparata alle nuove
esigenze. L'urbanistica è alla sua prima svolta: percepisce l'errore organizzativo commesso, ma non ancora l'errore organico e con la stessa
mentalità utilitaria si appresta, dietro esempio di Haussmann a Parigi, a procedere a sventramenti per adattare alle nuove esigenze di traffico le
vecchie vie, tagliarne di nuove nel corpo vivo della città, tappezzare i nuovi tracciati di case nuove a sostituire di peso interi quartieri con
un'edilizia più intensiva e tracciati di maggiore ampiezza per far fronte alle nuove esigenze senza riguardo alcuno per il tessuto e il carattere
dell'organismo urbano preesistente e con risultati, salvo rare eccezioni, disastrosi. [...] Solo alla fine del secolo si riafferma, in polemica con
l'accademismo di maniera, l'esigenza espressiva nella architettura delle città (e Camillo Sitte ne fu il teorico) rifacendosi allo studio dei vecchi
centri visti tuttavia sotto un aspetto frammentario e episodico, secondo il gusto del tempo così che il movimento pure operando attivamente in
Europa (ad esso dobbiamo infatti il rinnovato assetto di tanti centri urbani che ebbero nuova e non sempre infelice veste in quel tempo), non
giunte a dominare l'incremento dilagante dell'edilizia, nè a possederla nei suoi motivi essenziali".
Cf. Idem, ibidem, pp. 24-25: "La prima reazione a questo stato di cose nasce invece ancora da posizioni extra-architettoniche: essa è sociale e
sanitaria, umanitaria e non umana, in quanto non considera la vita dei centri urbani nelle sue ragioni profonde, ma solo sotto gli aspetti in cui più
evidenti appaiono i difetti del sistema. nasce la polemica del Howard per la decentralizzazione dei quartieri residenziali, si diffonde in Germania
nei primi decenni del secolo [XX] la politica della casa economica in quartieri periferici ed estensivi. [...] Ma anche nei piani dell'Unwin in
Inghilterra, del Wolf, del May, del Gropius in Germania, in quelli più utopici del Tony Guarnier, del Perret, di Le Corbusier in Francia
39
l'urbanistica attuale, tutta protesa a dar forma ai nuovi temi, a creare l'ambiente idoneo alla nuova architettura, dimentica il nesso tra città
contemporanea e la città storica al punto che la Ville Radieuse di Le Corbusier suggerisce, nel cuore della vecchia Parigi, la sostituzione integrale
della edilizia esistente con una nuova senza nessun legamento di sviluppo e di tradizione, con una totale cancellazione dell'antico organismo
urbano, salvando tutto al più qualche monumento storico, che rimarrà sperduto e isolato tra i giardini e le ritmate torri del nuovo abitato. Più
coerente con gli inizi, la corrente anglosassone spinge a fondo l'idea decentratrice fino a concepire l'utopia di Broadacre City di Wright e sogna
l'integrale dissoluzione della città nella campagna, ignorandone non solo la tradizione architettonica, ma anche quella civile e morale".
65
66
67
68
69
70
71
72
Cf. Idem, ibidem, pp. 30: "Il primo interesse degli storici dell'architettura e dell'arte fu per l'antichità e risale nella loro prima organizzazione a
Winckelmann e al fervore archeologico che seguì la scoperta di Ercolano e Pompei. Le prime attività archeologiche furono dunque gli scavi di
ricerca, cui seguirono le prime sistemazioni dei ruderi esplorati e i primi restauri, e proprio Roma, agendo su zone urbane, essi vennero a
determinare una prima interferenza con lo sviluppo urbano e a influire sulla fisionomia della città".
Cf. Idem, ibidem, pp. 31-32: "Tuttavia l'interesse degli storici rimase estraneo a tali considerazioni più strettamente urbanistiche per molto tempo e
si può dire che a tutto oggi quasi in nessun studioso alligni un vero interesse per l'organismo urbano, quale concezione architettonica in se
efficiente. Il primo passo è stato la comprensione dell'ambiente del monumento come necessario inviluppo, sia spaziale sia stilistico, all'edificio
dominante — e come sua parte integrante. E qui faticosamente si è giunti, attraverso lo studio dei complessi monumentali ricchi di molte opere
d'arte (tipico fra tutti il quartiere del Rinascimento a Roma), alla comprensione di una intera via o di un intero rione, anche quando essi non siano
illustrati da un monumento di eccezione, ma solo riconoscendo l'alta coesione stilistica e formale di tutto un complesso. Siamo dunque alla vigilia
di un più ampio riconoscimento del carattere urbano come tale, il che equivale a ravvisare un interesse architettonico alla creazione urbanistica.
Ma intanto attraverso questa lunga evoluzione dell'interesse storico, sorge l'apprezzamento ufficiale per il carattere ambientale non solo come
documento storico, ma anche come monumento di architettura e si fa strada l'intendimento della sua integrale conservazione. E' in questo clima
che sorgono i primi orientamenti verso il restauro e la restituzione dei nuclei storici delle vecchie città, tra i quali va citata in primo luogo la teoria
del diradamento affacciata dal Giovannoni. Tentando un nuovo accordo tra le esigenze di preservare il quadro ambientale storico, di risanare e
di adeguare alle nuove necessità i vecchi rioni, la teoria propugnava, e parve allora grande audacia, l'abbandono dei progetti di isolamento dei
monumenti e di apertura di nuovi sommari tracciati stradali come le conseguente estese demolizioni, il risanamento igienico e il restauro degli
edifici antichi mediante il ristabilimento delle condizioni originarie e l'abbattimento della più recente edilizia addensata sull'antica sotto la spinta
della disorganica crescita urbana la creazione di sporadici nuovi spazi pubblici (viabilità igiene) approfittando degli edifici fatiscenti e comunque
senza importanza, difendendo in tal modo il quadro ambientale antico dalla contaminazione e dalla sovrapposizione di nuove ed estranee
concezioni urbanistiche. Questo orientamento, al quale conviene riconoscere la grande importanza innovatrice, appare oggi un compromesso
insufficiente e indeciso tra il vecchio e il nuovo (e molte sue applicazioni ce lo confermano) perché ebbe dell'antico, più che un valore
architettonico compiuto, un sentimentale quadro pittoresco. L'organismo urbano con il suo tipico tessuto edilizio, il caratteristico originale ritmo
spaziale delle sue vie e delle sue piazze risulta troppo spesso ugualmente distrutto e confuso dai vuoti della pur limitate e dosate demolizioni".
Cf. Idem, ibidem, p. 36: "La tendenza, del «tutto conservare» si affianca a quella del «tutto nuovo» o come antitesi o come accordo quando tuttavia
la città vecchia e la nuova si fuggano e si ignorino isolandosi in ambienti del tutti estranei. Nasce allora la tesi della città museo, della città
imbalsamata e messa sotto vetro per soddisfare alla curiosità artificiosa e intellettualistica della cittadinanza di un'altra città, che ben poco ha di
comune con l'antica e la cui vita si svolge in modo del tutto autonomo, come se sia intervenuta tra l'una e l'altra una soluzione forzata di
continuità, un alluvione, un terremoto o un'eruzione vulcanica".
Idem, ibidem, p. 39: "Questo dicevo è nonostante tutto vivo e operante in noi e intorno a noi. Molti non pensano forse quanto siano indispensabili
a noi uomini del nostro tempo e alla vita della attuali città i vecchi nuclei e vecchi monumenti, che svolgono tuttora compiti basilari, non solo da
un punto di vista economico, ma più ancora morale e spirituale, attualissimi perché frutto delle nostre attualissime esigenze spirituali (il
significato di un monumento e il suo compito nell'ambito urbano non cessano di evolversi con la civiltà), compiti insostituibili perché la
deficienza delle nostre facoltà creative ci impedisce di costruire monumenti del nostro tempo atti a sostituire gli antichi, mentre le nostre esigenze
morali e spirituali, come prova l'attuale considerazione per tali edifici, permangono immutate. Senza i vecchi centri in piena azione di vita, tutta la
città morrebbe e sarebbe profondamente mutilata nel suo essere".
Saverio Muratori, "Studi per una operante storia urbana di Venezia - I", op. cit., p. 101.
Idem, ibidem, p. 101; ainda sobre tal proposta epistemológica, cf. as conclusões de Muratori in Ibidem, p. 108: "Tale felice coronamento dei nostri
sforzi ha costituito dal punto di vista sia didattico che scientifico la conclusione già implicita nella tesi storicista e strutturalista di partenza: se
infatti di parte dalla convinzione che ogni atto umano contenga un suo valore universale e totale che lo rende implicitamente espressivo, sarà
sempre possibile, a meno di una integrale distruzione (ma si può integralmente distruggere un impianto urbano?), ricostruire la realtà di un
processo storico edilizio non estrinsecamente (come facevano i ricercatori i archivio delle passate generazioni), ma intrinsecamente dall'esame
oggettivo dei tracciati concreti sapendovi leggere e ritrovare l'interno ordine di coerenza e di successione strutturale di sviluppo. Ciò che era un
tempo ovvio e familiare ai contemporanei, che si è perduto per la discontinuità e la errata impostazione generalizzante dell'educazione, può
riacquistare evidenza quando, per via critica, si sappia conseguire di nuovo il possesso dell'organicità istruttiva e storica".
Idem, ibidem, p. 109; e são 4 as linhas de investigação a serem feitas, cf. Ibidem, p. 111: "La prima di tali linee di indagine, partendo dallo
sviluppo topografico della città nel tempo, si propone di stabilire alcune ipotesi, circa le concisioni d'ambiente in cui si poteva trovare il territorio
urbano della fase delle origini, e i possibili capisaldi iniziali (luoghi di approdo preferenziali della navigazione lagunare, di facile difesa, di
probabile insediamento residenziale, civile o conventuale, e agricolo) di un processo da ricostruire nelle sue varie fasi riconoscendo nelle strutture
urbanistiche esistenti la traccia di sviluppi metodici irradiati a propagazione e collegamento dei capisaldi di partenza. La seconda di tali linee di
indagine pone come base di riferimento le strutture tecnico-economiche su cui nel tempo venne via via sviluppandosi la vita e l'edilizia urbana;
come esempio i materiali edilizi impiegati e reimpiegati nelle varie fasi, di cui è traccia nell'edilizia presente, e nell'ordine di sostituzione con
materiali nuovi, i metodi di bonifica dei territori palustri, riconoscibili nei tracciati esistenti e soprattutto i sistemi di viabilità e si conseguenti
percorsi che hanno reso possibile e caratterizzato le fai di urbanizzazione delle aree e lo sviluppo edilizio che a Venezia, città anfibia, assurgono a
particolare importanza istruttiva e distributiva, così da riassumere nelle loro vicende le sorti stesse della vita urbana. [...] Una terza linea di
indagine propone l'esame della struttura e del costume sociale della città nelle sue fasi storiche come matrice dei suoi sviluppi edilizi,
riconnettendo a questa il tipico carattere nucleare originario della città fondato dapprima su un'economia chiusa a base di agricoltura e di pesca
[...] Infine una quarta linea d'indagine, riassumendo un po' tutte quelle sopra esposte e ricollegandole in quel mutuo strutturarsi, che abbiamo
preso a metodo guida dei nostri studi, fa appello ai caratteri stilistici delle strutture edilizie presenti riconoscendo nei diversi tipi di tessuto
urbano, nei rispettivi elementi costitutivi (le forme tipiche dell'edilizia e dell'urbanistica) e nella diversità di modi e di trattamento, l'indice delle
vicende ambientali-economiche, politico-culturali tradotte in forma concreta e quindi, più che contenuto, realtà stessa della produzione
architettonica e della struttura urbana".
Cf. Idem, ibidem, p. 107: "Nel novembre 1950 assumendoci il compito di svolgere i corsi della disciplina di 'Caratteri degli Edifici', esprimemmo
il nostro proposito di rinnovare profondamente l'impostazione del Corso, il cui programma non si era saputo in generale sganciare da una visione
40
tecnicista, che limita la preparazione degli allievi e una ristretta informazione e quindi a una meccanica applicazione di nozioni genericamente
convenzionate. Nella lezione introduttiva sostenemmo che il corso si prestava egregiamente a colmare una grande lacuna esistente non solo nei
programmi delle facoltà universitarie, ma nella stessa cultura critica e professionale riguardante l'architettura, con il prendere a considerare
l'edilizia non più come un fenomeno meramente economico, ma come compiuta storia culturale; storia dunque di valori sempre ben individuati e
non generici, capaci insomma, pur nei loro asseti tipici e cioè nei loro nessi tecnici e linguistici, di attuare l'integrità della vita spirituale nella sua
più piena concretezza, in forme dunque valevoli non solo su un piano di pratica relatività ma anche in via assoluta, in forme dunque estetiche. In
altre parole si trattava di riscattare la concretezza sempre individua delle forme tipiche di organismo, struttura e concezione statica e decorativa di
materiale, che la concezione positivistica considerava solo in via estrinseca per mezzo di classificazione, e che la concezione idealistica
degradava a meri schemi arbitrari 'a posteriori' mettendo a fuoco una metodologia essenzialmente critica, atta a enucleare la loro intrinseca
originalità struttiva-spaziale (identità di interno-esterno, di organismo edilizio e tessuto urbano) e di ricostruire il processo storico come lo
sviluppo strutturale, che inserisce l'individualità delle forme nuove nel vivo e nell'ambito delle forme precedenti, intesi come matrice e
condizione delle forme successive, le quali dunque non vengono a sovrapporsi e a distruggere il passato, ma anzi a perpetualo sviluppandolo,
differenziandolo ed arricchendolo. [...] Da tale impostazione è venuto sviluppandosi un programma atto a guidare, nel breve ciclo annuale di
lezioni, un pubblico di studenti generalmente disorientati verso una attitudine formativa e una visione più ampia e adeguata dei fenomeni studiati,
articolati per praticità in tre capitoli integrantisi vicendevolmente:
a) una introduzione di carattere metodologico;
b) una scorsa storia dei fondamenti, delle vicende essenziali e dei problemi posti dalla cultura e quindi dalla tecnica dell'età moderna;
c) una esemplificazione concreta, sul tessuto urbano, sui recenti sviluppi dell'edilizia residenziale economica e sui settori complementari".
73
74
75
76
77
78
79
Cf. Idem, ibidem, pp. 112-13: "Affrontare il problema della storia edilizia dell'intera città di Venezia significava, secondo il nostro criterio, non
certo condurre dei rilievi sommari che rimangono in superficie e non aprono nessuna via positiva, nè condurre rilievi approfonditi su tutta la città,
cosa impossibile come ben può immaginare chi abbia pratica di tali studi e del procedimento scolastico. Impresa, questa, che richiederebbe non
meno di un quinquennio di lavoro di un ufficio specificamente organizzato e di personale sceltissimo ed esperto. Il nostro problema era ben altro,
era un problema di orientamento critico: si trattava di puntare as individuare una ipotesi accettabile e suscettibile di proficui sviluppi, circa la
linea si svolgimento seguita dalla città di Venezia nella sua storia edilizia. Perciò occorreva prendere per tempo una iniziativa coraggiosa
scegliendo un settore o al massimo qualche settore promettente, facendo convergere su di esso i nostri sforzi e quegli degli studenti più
appassionati e produttivi. Naturalmente la scelta di quel settore non escludeva gli altri dalla nostra indagine, ma ve li collegava non solo
attraverso le finalità e i riferimenti totali della cernita operata, ma anche attraverso le continue osservazioni e confronti condotti con aspetti simili
e diversi da quelli approfonditi".
Cf. Idem, ibidem, pp. 107 e 124: "È logico che una tale impostazione esigeva un contatto diretto con la realtà, sulla quale solamente è legittimo
riconoscere i limiti delle formulazioni teoriche, non afferrabili, specie da novizi, attraverso schemi, confronto di indici ed anche disegni tecnici,
illustrativi di aspetti elementari distaccati dal contesto reale. è stato dunque perfettamente consequenziale che, avendo a disposizione un materiale
così vario come il patrimonio storico veneziano, mai esaminato sotto l'intento critico del corso, si impostasse, accanto alle altre, un tipo di
esercitazione consistente nell'esame critico dal vero dell'edilizia. [...] Inutile dire che tali ricerche sono state condotte piuttosto a tavolino che sul
terreno concreto, per quanto naturalmente con l'ausilio di visite sul luogo, documenti e mappe, per l'impossibilità di condurre individualmente
campagne di verifica fondate su saggi scientifici onerosi come quelli sulle murature, il regime delle acque, ecc. Esse valgono piuttosto come
metodo di organizzazione e confronto dei dati, fondato su un concetto ispiratore analogo a quello dei nostri rilievi urbani, cioè sulla connessione
organica dei tracciati, la ricerca di interpretazione cronologica attraverso l'ordine di sviluppo tipologico dei tracciati e delle strutture".
Não podemos esquecer que se trata, sempre, de fases de estudo progressivas, e, no caso veneziano, fases completadas durante os cursos anuais de
Saverio Muratori, cf. Idem, ibidem, pp. 110: "La genesi del tessuto urbano si era rivelata funzione integrante dell'ambiente urbano in cui si
inserisce, con rapporto analogo a quello già costatato l'anno [do curso didático] tra cellula edilizia e tessuto urbano. Di modo che sembrò
opportuno insistere l'anno successivo sullo stesso tema, allargando l'esame a tutta la città. alla sua tipologia edilizio-urbanistica e
contemporaneamente alla linea di sviluppo storico (i due aspetti fondamentali già individuati per l'indagine edilizia), mettendo accento soprattutto
sull'originaria impostazione della città, da cui discenderanno talune condizioni poi perennemente presenti e vincolanti in tutta la produzione
successiva fino ad oggi e fuor della quale non è spiegabile alcuna delle soluzioni adottate nelle esigenze correnti e più ancora belle crisi ricorrenti
dello sviluppo economico-tecnico-culturale della vita sociale"; sobre o problema do "gótico" em particular, "estilo" arquitetônico correpondente
ao período de confirmação de tantos núcleos insulares da futura Veneza, v. Ibidem pp. 121-125, e também o estudo de Paolo Maretto, aluno
participante da experiência da "história operante", com a introdução de Muratorio, v. "L'edilizia gotica veneziana", in «Palladio», n. 3-4, 1960.
Os relevos dos bairros venezianos, pranchas que se desdobram em muitos casos horizontamente ao formato A4 da revista «Palladio», e com
aplicação de cores para indicar as situações das estruturas arquitetônicas, são assim apresentados no sumário de Saverio Muratori, "Studi per una
operante storia urbana do Venezia", op. cit., pp. 99-100:
"Rilievi storici-critici dei quartieri, condotti per strutture e per fasi, redatti dagli studenti del corso sotto la guida del docente e dell'arch. Carlo
Cristolfi, assistente al corso, con note storico-urbanistiche e documentazione fotografica:
1) Quartiere di S. Bartolomeo (Tav. I)
2) Quartiere di S. Zulian (Tav. II)
3. Quartiere di S. Giovanni Grisostomo (Tav. III)
4) Isola di S. Lio (Tav. IV)
5) Quartiere di SS. Apostoli (Tav. V)
6) Quartiere di S. Giovanni Nuovo (Tav. VI)
7) Quartiere di S. Canciano (Tav. VII)
8) Quartiere di S. Marina (Tav. VIII)
9) Quartiere di S. Sofia e S. Caterina (Tavola IX)
10) Campo Santa Mater Domini
11) Quartiere di S. Stae (Tav. X)
12) Quartiere di Campo Due Pozzi (Tav. XI)".
Idem, ibidem, pp. 146-47.
Encontramos realmente nesse estudo sobre Veneza um uso muito distinto das imagens fotográficas e daquelas artísticas (gravuras, quadros,
desenhos antigos) em relação ao texto "Vita e storia delle città", op. cit., onde os belos conjuntos inconográficos vão sendo compostos em
pranchas distintas, acompanhados por comentários particulares de um Muratori muito esteta e poético.
V. Idem, ibidem, respectivamente para a "cidade arquipélago" pp. 125-26, "cidade contínua" pp. 126-28, "cidade unitária" pp. 128-31.
41
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
V. Idem, ibidem, p. 111: "C'è tuttavia una differenza fra il giudizio abituale dei critici d'arte e il giudizio che noi intendiamo fare da storici della
città: quell'obiettività strutturale e storica che lega l'opera al suo ambiente, ai suoi precedenti, agli elementi che entrano a far parte dell'opera
stessa come valori positivi e quindi condizionanti. Il nostro giudizio sarà sintetico, sì, ma in vista di una realtà che è connessione di valori
oggettivi validi e quindi struttura, secondo il metodo che abbiamo adottato nello svolgimento del corso di Caratteri degli Edifici. Una concezione
del procedimento strutturale che è visione totale, intuitiva, assoluta e non giustapposizione causale ed equivalenza indifferente di più momenti,
dove ogni elemento è essenziale e insostituibile nella funzione e nell'inserzione gerarchica e rappresenta un momento di uno sviluppo strutturale
storico irreversibile, che ad ogni fase ricostituiva una unità compiuta e in sé perfetta, che non si può realizzare se non per visioni istantanee e
totali e cioè per gradi. La nostra indagine dovrà riconoscere quel divenire storico per gradi, per sintesi successive e procederà dunque essa stessa
per visioni successive per ipotesi via via più aderenti al processo storico studiato".
V. Idem, ibidem, p. 103: "L'uomo è esso stesso una struttura, un comportamento strutturale, che è al tempo stesso realtà e nozione di quella realtà,
coscienza, esperienza e modello strutturale. E l'architettura è l'espressione di un sistema di partecipazione del modo dell'uomo al modo della
materia, intesa come forma analogica, in un confronto più o meno calzante, secondo uno schema più o meno approssimato, e quindi in primo
luogo come grado grado struttivo, al modo dell'uomo, cioè come materiale edilizio".
Idem, ibidem, p. 132.
Massimo Carmassi, Pisa, il rilievo della città, Florença, Alinea, 1991, p. 7.
Sobre Massimo Carmassi (!943 - ), citamos como referência mínimas: Massimo Carmassi, Progetti per una città - Pisa 1975-1985, Florença,
Electa, 1986; Aa.Vv., Massimo Carmassi - Architettura della semplicità, Milão, Electa, 1992; em português, Marcos Tognon, "Arquitetura
contemporânea italiana: Massimo Carmassi", in «Oculum», n. 7-8, abril 1996, pp. 98-111.
Massimo Carmassi, "Sul lavoro dell'architetto", in Massimo Carmassi - Architettura della semplicità, op. cit., p. 16.
Cf. Massimo Carmassi, Pisa, il rilievo della città, op. cit., p. 8: "Certamente l'occasione più propizia per un rilievo di recupero del Palazzo
Lanfranchi tra il 1976 e il 1980, dove è stato possibile approfittare della disponibilità del cantiere per indagare in profondità e documentare, con
la collaborazione dell'Istituto di Archeologia Medievale le complesse stratificazioni di un edificio significativo, che può essere preso a modello
delle fasi evolutive del tessuto edilizio pisano lungo l'arco di otto secoli"; cf. ainda Un palazzo, una città: il Palazzo Lanfranchi in Pisa, org. por
Gabriella Rossetti, Pisa, Pacini Editore, 1980.
Cf. Fabio Redi, Pisa com'era: archeologia, urbanistica e strutture materiali (secoli V-XIV), Nápoles, Liguori, 1991, p. 177: "Il dato caratteristico
che faceva stupire i viaggiatori, che dalla seconda metà del sec. XII al XI visitavano Pisa, era l'impressionante numero di torri di pietra di cui era
costituita, ma la realtà era ben più complessa e differenziata cronologicamente. Insieme con le torri, la città era popolata di numerose costruzioni
di diversa fattura e consistenza architettonica e materiale, né il volto della città è stato sempre lo stesso. La conformazione delle torri, osservate
dal Dempster e dal Petrarca era infatti diversa da quella costatata da Beniamino di Tudela circa un secolo e mezzo prima. Torri massicce e
compatte, dalle solide murature continue, traforate solo sporadicamente da portefinestre architravate a timpano o archivoltate a pien centro, con
balconate e altre sovrastrutture linee per l'offesa e la difesa, sono infatti quelle che si presentarono al giudeo Beniamino nel 1173; torri invece di
pietra ma anche di laterizio, più articolate nel rapporto tra vuoti e pieni e fra interno e esterno mediante ballatoi chiusi e sporti di legno, o con
polifore e vergature in apparato o pittoriche, sono quelle che ammirarono nel Trecento il Petrarca e il Dempster".
Sobre as reformas promovidas durante os séculos de ducado, primeiro Mediceo (XVI-XVIII) e depois Lorenese (final do XVIII até 1861), v.
Emilio Tolaini, Forma Pisarum (1967), Pisa, Nistri-Lischi, 1991, cap. 3 e 4.
Massimo Carmassi apud in Luciana Miotto, "Pisa, un laboratorio per l'architettura", in Pise, un projet pour la ville, Firenze, 1988, p. 10;
Cf. Massimo Carmassi, Pisa, il rilievo della città, op. cit., p. 7: "Questa fase di lavoro era finalizzata ad una prima conoscenza sintetica della città
attraverso il montaggio delle particelle catastali in scala 1:200 per ottenere l'impianto degli isolati ed il disegno schematico dei prospetti. Ma non
pensavo centro che questo tipo di elaborati costituisse uno strumento adeguato ad affrontare i problemi del recupero degli edifici antichi. Così i
primi lavori concreti sul tessuto urbano rappresentarono l'occasione per mettere a punto una metodologia di rilievo capace di leggere in
profondità la struttura materiale e le leggi compositive degli edifici antichi, alla scala opportuna e con un approccio grafico più sofisticato".
Cf. Idem, ibidem, p. 7: "Poiché non sarebbe stato possibile affrontare questo lavoro con le forze interne dell'ufficio, ho cercato di incanalare le
energie di un notevole numero di studenti pisani della facoltà di architettura di Firenze, che chiedevano la mia collaborazione per orientare il loro
corso di studi. [...] I rilievi più importanti sono stati infatti eseguiti come base di tesi di laurea di restauro delle quali sono stato relatore esterno."
Cf. Idem, ibidem, p. 7: "L'Amministrazione comunale ha acquistato saltuariamente alcuni di questi materiali, con impegno finanziario molto
modesto, ma non sono riuscito a far sì che fosse attuata una iniziativa più organica che avesse come obbiettivo il rilievo completo dell'intera
città".
Idem, ibidem, pp. 8-9: "Fu scelta un'altra strada, predisponendo, attraverso l'Ufficio Centro Storico appena formato, il censimento mediante scheda
degli edifici de l Centro Storico, secondo la legge regionale 59 del 1980 e le relative normative di attuazione. È appena il caso di dire, che questa
operazione, già per sua natura inadeguata a stabilire il valore architettonico degli edifici nella loro reale complessità (nessun edificio è
caratterizzato da qualità omogenee in tutte le sue parti dunque può essere recuperato correttamente con normative generiche del tipo di quelle
adottate in queste occasioni), fu sviluppata senza attingere neanche per errore alle uniche competenze disponibili, formate negli anni precedenti
attraverso la lunga esperienza di rilievo di cui si è detto. Senza voler trascurare la gravità delle distruzioni belliche e la pesantezza delle
successive ricostruzioni, né gli sventramenti perpetrati negli anni Sessanta e Settanta da istituti bancari ed enti pubblici vari, non è possibile
sottacere che dai primi anni Ottanta, nonostante l'infittirsi di normative e controlli burocratici comunali spesso vessatori, si è accelerato il
processo di trasformazione distruttiva del tessuto edilizio storico, prevalentemente centrato sugli interni, dove centinaia di solai in legno e volte
vengono sostituiti, migliaia di metri quadrati di superfici di intonaco decorato o di pavimenti originali spicconati, scale in pietra demolite, giardini
occupati da parcheggi, ecc., e dove alla ricchezza materiale e alla qualità degli organismi originali vengono sostituiti valori architettonici e d'uso
ben più modesti. Ciò ha provocato un impoverimento molto più intenso e profondo di quanto appaia dall'esterno, che può essere interrotto solo
trasformando radicalmente competenze e metodo di lavoro degli uffici comunali preposti alla tutela e alla pianificazione del patrimonio
storico".
O elenco dos relevos realizados pelo Ufficio Progetti e seus colaboradores se encontra
em Pisa, il rilievo della città, op. cit., pp. 149-74.
V. Massimo Carmassi et alii, Il Campo Santo di Pisa, Roma, Istituto Poligrafo e Zecca dello Stato, 1993, 15 pranchas.
42
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
Cf. Massimo Carmassi apud in Luciana Miotto, "Pisa: un laboratorio per l'architettura", op. cit., p. 11: "Per migliorare la città antica non è
necessario intervenire con importanti trasformazioni; essa presenta uno scenario sufficientemente aperto e disponibile a qualsiasi utilizzazione,
pur in una integrale preservazione. In effetti, oggi disponiamo di tecnologie molto sofisticate che ci permettono di recuperare tutto ciò che esiste;
la città può dunque essere conservata molto meglio che trenta o cinquanta anni fa. Penso che il progetto per la città antica debba soprattutto
tendere a estrarre, in una sorta di processo maieutico, ciò che essa ha già. Essendo molto complessa, questa città non ha bisogno di progetti troppo
inventivi e neppure troppo semplicisti (ciò che, a volte, può costituire un pericolo). Credo che la bellezza delle nostre città, e specialmente di
quelle toscane, sia legata alla grande complessità delle loro molteplici stratificazioni. Non dobbiamo sottrargliela, ma al contrario valorizzarla".
A Fabrica hoje è sede de várias seções da Universidade de Pisa.
Sobre o restauro do Teatro Verdi, v. Massimo Carmassi, Il restauro del Teatro Verdi di Pisa, Pisa, Pacini Editore, 1994.
Massimo Carmassi, "Sul lavoro dell'architetto", op. cit., p. 18.
V. acima nota 65.
V. Saverio Muratori et alii, Studi per una operante storia urbana di Roma, Roma 1963.
Cf. Mario Docci - Diego Maestri, Storia del rilevamento architettonico e urbanistico, op. cit., p. 249: "La riforma dell'ordinamento delle Facoltà
di Architettura, del 1969, con l'abolizione di due corsi di Elementi di architettura e Rilievo dei monumenti e di due corsi di Disegno dal vero,
sostituiti da un unico corso di Disegno e rilievo, costituì il momento più critico della storia di questa disciplina, non solo a livello didattico, ma
anche per l'attività di ricerca. In molte sedi universitarie italiane inoltre la ricerca scientifica sul rilevamento fu completamente abbandonata e
anche la didattica seguì, spesso, la stessa sorte".
Cf. Claudia Conforti, "Roma, Napoli, Sicilia", in Storia dell'architettura italiana - il Secondo Novecento, Milão, Electa, 1997, p. 191: "A essi
[textos de Muratori, Storia per un'operante storia urbana di Venezia de 1959, e Studi per una operante storia urbana di Roma de 1963] dovranno
molto le ricerche sui rapporti tra architettura e città di Carlo Aymonino, Aldo Rossi e degli altri docenti dell'Istituto Universitario di Architettura
di Venezia (IUAV) diretto da Samonà alla fine degli anni sessanta, di coloro cioè che più che altri rappresentano un'ideologia didattica e politica
opposta a quella di Muratori"; recordamos o livro de maior contraste com as propostas muratorianas, de Giuseppe Samonà, L'urbanistica e
l'avvenire delle città, Bari, Laterza, 1959.
Cf. Manfredo Tafuri, Storia dell'architettura italiana 1944-1985, op. cit., p. 80: "Eppure una volta riconosciute le debolezze intrinseche
all'architettura progettata da Muratori e la sommarietà di alcune sue analisi storico-strutturali, è necessario sottolineare che al fondo della sua
ricerca è una volontà di rigore e un intento di unitarietà e leggibilità degli organismi, che si contrappongono all'arbitrio e alla povertà concettuali
dell'architettura degli anni cinquanta e sessanta"; recentemente cf. Leonardo Benevolo, L'architettura nell'Italia contemporanea, Roma-Bari,
Laterza, 1998, p. 183: "Si forma una metodologia storicamente fondata per lo studio e per la modificazione degli insediamenti antichi e moderni.
[...] Un iniziatore di questi studi è Saverio Muratori, che a differenza di Quaroni mantiene il puntiglio della scelta stilistica d'anteguerra e vuole
argomentare in modo nuovo il rifiuto del modernismo architettonico. fra i caratteri della tradizione antica che considera permanenti, Muratori
individua le tipologie distributive e costruttive, accettate collettivamente e ripetibili. Il suo insegnamento, nelle facoltà di Roma e Venezia, fino
alla morte prematura nel 1973, ha un grande successo sui giovani, a cui offre un ancoraggio oggettivo e durevole delle scelte progettuali. Questo
approccio - insostenibile nella progettazione architettonica, perché perpetua l'arbitrio di scegliere un riferimento inattuale - si rivela fruttuoso
nell'analisi e nel restauro delle architetture e delle città antiche".
P. L. Cervellati - R. Scannavini, Bologna. Politica e metodologia del restauro, Bolonha, 1973, p. 28; certamente essa seria uma experiência que
poderíamos alinhar às nossas três precedentes, e a nossa justificativa apra tal ausência de um quarto capítulo nessa comunicação, sobre Pier Luigi
Cervellati na capital emiliana, é apenas limitada à nossa impossibilidade de um estudo mais aprofundado até a presente data; de qualquer modo, o
"caso bolonhês" se coloca sobretudo como uma repercução positiva dos antecedentes muratorianos de Roma e Veneza, e associados a um
empenho político e metodológico de grande respiro; cf. Gabriele De Giorgi, "Architettura e paesaggio urbano in Italia 1945-1975", in Il dibattito
architettonico in Italia 1945-1975, op. cit., p. 362: "Dalle critiche al modello di città capitalistica ed agli strumenti urbanistici a questo connessi
nascono alcune ipotesi del 'riuso' della città e delle sue parti. In questo quadro il centro storico viene ad assumere un ruolo fondamentale partendo
dal presupposto che il suo 'restauro integrale' sia uno dei modi per colpire quella connessione tra profitto e rendita parassitaria attraverso la quale
si sono costruite le città italiane e se ne è parcellizzato il suo uso. A questo scopo vengono proposte, per l'intervento nel centro storico,
metodologie e strumenti diversi che vanno dal rilievo tradizionale dei valori ambientali architettonici alle analisi della struttura abitativa e sociale
chiaramente finalizzate ad un determinato riuso della città, le une, dalla utilizzazione delle leggi sulla casa fino al controllo democratico, gli altri.
Alcune di queste proposte vengono attuate solo parzialmente (Bologna), altre incontrano una totale opposizione (Rimini) [...] L'intervento a
Bologna si basa su alcune scelte operative fondamentali: dato per acquisito il diritto degli abitanti attuali a non essere trasferiti altrove, si tratta di
articolare le modalità del risanamento. Una rilevazione sistematica sia delle strutture di aggregazione che del centro tessuto edilizio minore sono
alla base delle ipotesi di progetto di riportare il centro storico, per comparti, all'adeguamento degli standard urbanistici previsti dalla legge. Così,
gli aggregati complessi, una volta poli di espansione del tessuto urbano, divengono oggi i «contenitori» sede di attività sociali e collettive, mentre
gli isolati di edilizia esclusivamente residenziale verranno riprogettati per la stessa destinazione senza alterare le caratteristiche fondamentali di
struttura fisica e sociale"; ainda cf. Federico Bellini, "Toscana, Emilia, Romagna, Marche" in Storia dell'architettura italiana - il secondo
Novecento, op. cit., p. 165: "Contemporaneamente andavano maturando un metodo di intervento sui centri storici che rappresenta probabilmente
il contributo più originale della cultura emiliana all'architettura del dopoguerra. Protagonista ne fu Pier Luigi Cervellati, che sposò a un'aspra
lotta alla rendita urbana gli studi tipologici di Muratori riletti attraverso l'insegnamento di Benevolo. Furono predisposti a partire dal 1962
accurati studi sui catasti storici di 13 comparti urbani per ognuno dei quali si redasse nel 1972 un progetto architettonico".
Cfr. Pier Luigi Cervellati, La città bella - il recupero dell'ambiente urbano, Bolonha, Il Mulino, 1991, p. 42: "Il restauro si applica mediante
interventi differenziati ma omologhi in tutti gli edifici e gli spazi liberi del passato. Sembra tutto molto semplice, ma è anche molto complicato: la
'tipologia' é stata 'patrimonio' del gruppo che faceva capo a Saverio Muratori, pessimamente valutato dalla maggioranza dei docenti e degli
architetti italiani, assai stimato da pochi discepoli, fra i quali - in questo campo - emergeva Gian Franco Caniggia che, con il piano per 'la città
murata' di Como, avviò, concretamente e per primo, le indagini tipologiche fondamentali (Como è la dimostrazione più concreta di come la teoria
e la progettazione possano essere elaborate in modo esemplare ed essere ugualmente abbandonate e ignorate dalla gestione amministrativa). Alla
teoria Saverio Muratori seppe connettere l'operatività. La tipologia edilizia urbanistica non era un'astrazione filosofica (o, peggio, una 'poltiglia'
indecifrabile come qualcuno ha sostenuto), ma un progetto puntuale. Gli edifici di Muratori scandalizzarono. I suoi progetti urbanistici furono
boicottati e denigrati. Muratori era emarginato sia dall'accademia sia dagli oppositori dell'accademia, forse perché seppe prefigurare il nostro
tempo con grande anticipo. Le sue ricerche e i suoi progetti costituiscono un riferimento fondamentale per lo studio dei centri storici"; ainda
podemos recordar o estudo do bairro Santa Croce em Florença, pelos professores de Massimo Carmassi em Florença, v. Giovanni Michelucci Franco Borsi - Achille Ardigò, Il quartiere di Santa Croce nel futuro di Firenze, Roma, Officina, 1968.
43
107
Sobre os cultores de arquitetura romanos inseridos em uma história geral da arquitetura italiana remetemos ao significativo volume do estudioso
norte-americano Richard Etlin, Modernism in Italina Architecture, 1890-1940, op. cit, cap. 4 e 5; sobre Muratori e Carmassi, cf. as discretas
citações e, especialmente, a introdução contidas no recente volume Storia dell'architettura italiana - il Secondo Novecento, op. cit., passim.
44