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REVUE DE PRESSE 24e FESTIVAL INTERNATIONAL DE CINÉMA — MARSEILLE 02 — 08 JUILLET 2013 1 2013 REVUE DE PRESSE SOMMAIRE PRESSE INTERNATIONALE 03 PRESSE NATIONALE 58 (en ligne) •KINEMA JUNPO - JAPON - SEPTEMBRE •CAIMAN. CUADERNOS DE CINE - ESPAGNE – SEPTEMBRE •ATUAL – PORTUGAL - 20/07 •IL MANIFESTO – ITALIE - 17/07 •POLITIKA - SERBIE – 14/07 •IL MANIFESTO – ITALIE - 11/07 •IL MANIFESTO – ITALIE - 05/07 •IL MANIFESTO – ITALIE -02/07 04 06 PRESSE INTERNATIONALE 13 07 08 09 10 11 12 (en ligne) 14 •THE HOLLYWOOD REPORTER - 10/08 - ÉTATS-UNIS •THE HOLLYWOOD REPORTER - 09/08 - ÉTATS-UNIS •THE HOLLYWOOD REPORTER - 08/08 - ÉTATS-UNIS •SLANTMAGAZINE - 07/08 - ÉTATS-UNIS •THE HOLLYWOOD REPORTER - 06/08 - ÉTATS-UNIS •THE HOLLYWOOD REPORTER - 05/08 - ÉTATS-UNIS •A CUARTA PAREDE - 31/07 - ESPAGNE •BFI - 30/07 - ROYAUME UNIS •INTERFERENCE - 26/07 - ALLEMAGNE •BLOGS AND DOCS - 24/07 - ESPAGNE •A CUARTA PAREDE - 24/07 - ESPAGNE •ALJAZEERA.NET - 23/07 – ARABIE SAOUDITE •LA DÉPÊCHE DE KABYLIE - 13/07 - ALGÉRIE •JETSET MAGAZINE - 11/07 - TUNISIE •FLIX - 08/07 - GRÈCE •YLEUUTISET - 01/07 - FINLANDE •WHAT NOT DOC - 28/06 – ÉTATS-UNIS •ALJAZEERA.NET - 24/06 - ARABIE SAOUDITE •DEHB KIEV - 18/06 - UKRAINE 21 23 26 28 31 34 38 39 40 42 43 44 48 PRESSE NATIONALE 49 •CAHIER DU CINÉMA – SEPTEMBRE •LES INROCKS - 17/07 •LE MONDE - 13/07 •LE MONDE - 08/07 •LIBERATION - 04/07 •LIBERATION - 03/07 •LES INROCKS -26/06 •LES INROCKS – 29/05 50 51 52 53 54 55 56 57 15 •LES FICHES CINÉMA – 25/07 •MEDIAPART - 21/07 •GAÎTE LYRIQUE - 18/07 •L’ÉCOLE DE LA CAUSE FREUDIENNE - 18/07 •INDEPENDENCIA - 15/07 •TROIS COULEURS.FR - 11/07 •L’HUMANITE.FR - 10/07 •TELERAMA.FR - 10/07 •LE FILM FRANCAIS - 09/07 •LE FILM FRANÇAIS - 08/07 •LE MONDE - 08/07 •AFRICULTURES - 07/07 •LES INROCKS - 03/07 •FLUCTUACT.PREMIERE.FR - 03/07 •CINEUROPA - 02/07 •LE FILM FRANCAIS / 11/06 •LE FILM FRANCAIS / 22/05 59 60 62 65 66 69 70 71 72 73 74 75 76 77 80 81 82 PRESSE RÉGIONALE 83 •ZIBELINE - 11/07 •LA MARSEILLAISE – 09/07 •LA PROVENCE - 08/07 •LA MARSEILLAISE - 07/07 •LA MARSEILLAISE - 05/07 •LA MARSEILLAISE - 04/07 •VENTILO - 01/07 •LA MARSEILLAISE - 01/07 •SORTIR À MARSEILLE - 26/06 •MARSEILLE L’HEBDO - 26/06 •ZIBELINE - 26/06 •LA PROVENCE - 7/06 •20 MINUTES MARSEILLE – 07/06 •ZIBELINE - 03/06 •LA MARSEILLAISE – 01/06 •8e ART MAGAZINE - MAI-JUIN •VENTILO – 29/05 •LA MARSEILLAISE – 16/05 •LA PROVENCE - 11/05 •MARSEILLE L’HEBDO - 08/05 84 86 87 88 89 90 91 92 93 94 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 16 17 19 20 2 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE 3 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE KINEMA JUNPO 1/2 septembre JAPON 4 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE KINEMA JUNPO 2/2 5 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE CAIMǺN septembre ESPAGNE %(!%./( #/$*'$%( $ % 6 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE ATUAL 20 juillet, Portugal CINEMA 24.º FID MARSEILLE — FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA Os mil sóis de Marselha Texto Francisco Ferreira T rês jovens mulheres de Beirute que se interrogam, num registo confessional, sobre a experiência das suas vidas amorosas (“E Muet”, Líbano, de Corine Shawi). O périplo de uma série de marinheiros do mar Arábico que, da Somália ao Iémen, de Oman aos grandes portos do Paquistão e da Índia, registam o seu trabalho, as suas vidas, as suas angústias em video-letters filmadas ‘em bruto’ pelas câmaras dos seus telemóveis (“From Gulf to Gulf to Gulf”, Índia/Emirados Árabes Unidos, de Shaina Anand e Ashok Sukumaran). Uma sociedade secreta de Zurique que se consagra com prazer a círculos de leitura do imortal “Finnegans Wake”, palavra após palavra, página após página, como se a prosa irrepetível de James Joyce fosse por si só capaz de congelar o tempo (“The Joycean Society”, Bélgica, de Dora Garcia). A luta, quase sufocada no ovo, de um grupo de camponeses polacos contra a poluição química causada pela extração de gás de xisto — e que o cinema regista como um campo de batalha (“Holy Field Holy War”, França/Polónia, de Lech Kowalski). Mas também a história da polícia de Los Angeles de hoje, confrontada com a do início da atividade da secção Red Squad, um departamento policial sinistro que, nos anos 20 e 30, se dedicou a perseguir, intimidar e silenciar tudo o que era (ou pretendia ser) militante comunista na Califórnia (“Los Angeles Red Squad: The Communist Situation in California”, EUA, de Travis Wilkerson). E que riqueza extrair dos laços de comunicação que se estabelecem entre pessoas cegas e surdas?; aqueles que, entregues ao silêncio e ao vazio, descobrem como partilhar solidões através de um filme (“Ver Y Escuchar”, Chile, de José Luis Torres Leiva)? O que retirar de uma meditação sobre os tempos da Guerra Fria, a partir do episódio de uma mulher que, algures numa cidade mineira pós-soviética, se presta a uma experiência eletrotelepática solar, convocando fantasmas e experiência científicas de outrora (“The Sun Experiment”, França, de Élise Florenty e Mar- Em “Mille Soleils”, Mati Diop (ao lado) persegue o rasto de uma obra-prima do cinema africano, “Touki Bouki”, realizada há 40 anos pelo seu tio, Djibril Diop Mambéty cel Türkowsky)? Que sons, para ficar no mesmo território, escondem ainda os primeiros sintetizadores eletrónicos artesanais, hoje peças de museu abandonadas em prateleiras, compostos ‘nos tempos livres’ por engenheiros soviéticos a partir do legado de Léon Théremin (“Elektro Moskva”, Áustria, de Elena Tikhonova e Dominik Spritzendorfer)? E o que dizer de um filme, um dos mais românticos deste festival, que nasce do achado de alguém que encontrou perdidas numa mala 60 horas de gravações em banda magnética (“Suitcase of Love and Shame”, EUA, de Jane Gillooly)? Não são gravações banais, tratam-se das confidências de dois amantes, ambos casados, que ao microfone confessaram as angústias e os receios do seu amor ilegítimo. No programa de mais uma edição do FID Marseille (decorreu entre os dias 2 e 8), nos 29 filmes apresentados a concurso, quase todos em estreia mundial (fonte fresca onde muitos outros vão beber), o cinema é um convite ao desconhecido, parece vir de todo o lado e de onde menos se espera. Já por mais do que uma vez aqui dissemos que o FID, vocacionado, mas não devoto, para o documentário, ‘abandonou o D’ dessa palavra. Nenhum outro festival interrogou tanto todos os casamentos e divórcios possíveis entre os efeitos de ficção e os efeitos de documentário que contagiam o cinema contemporâneo. Prova? A retrospetiva da obra de Pasolini deste ano (ele que documentou e ficcionou sem compartimentos estanques), atualizando a sua importância. Uma retrospetiva em tudo invulgar, chamando outros filmes para a discussão dos métodos pasolinianos: por exemplo, “Acto da Primavera”, de 20 | ATUAL | 20 de julho de 2013 | Expresso 7 Manoel de Oliveira (que os antecipou). No palmarés, brilhou “Mille Soleils” (Grande Prémio da Competição Internacional), de Mati Diop. Projeto que a jovem realizadora francesa há muito acalentava, “Mille Soleils” segue o rasto dos dois protagonistas de uma obra-prima do cinema africano realizada há 40 anos pelo senegalês Djibril Diop Mambéty (1945-1998), “Touki Bouki” (significa “a viagem da hiena”), história de um rapaz, Mory, criador de gado, famoso por andar pelas ruas de Dakar na sua moto com cornos de touro e que sonha partir para Paris com a namorada Anta. Sobrinha de Mambéty, Mati Diop põe-se no encalço dos dois atores do filme mítico de 1973, ele, Magaye Niang, e ela, Mareme Niang, compreendendo que na diáspora de “Touki Bouki” está a sua própria história e a da sua família. Surpreendente é a descoberta de que os atores acabaram por seguir nas suas vidas o desenlace da ficção de “Touki Bouki” (Mory ficava em terra, Anta partia de barco para França): Magaye Niang, hoje uma velha lenda esquecida, continua no Senegal, ainda cuida do gado, deambula por Dakar, perde-se no álcool e mal chega a tempo de assistir à projeção do filme que outrora o fez famoso. Já Mareme Niang vive agora nos desertos gelados do Alasca. A ocasião lírica, utópica, alucinante em que os dois se reencontram, primeiro através de um telefonema, depois in loco, na mais inóspita região americana, cruzando a realidade do presente com os fantasmas do passado, foi um dos momentos de cinema mais vibrantes que vimos este ano (e que esperamos rever em outubro no DocLisboa). “Holy Field Holy War”, de Lech Kowalski, venceu o Prémio Georges de Beauregard, e “Haricots Rouges”, de Loubia Hamra, a Competição Francesa. Note-se ainda que o FID, atento ao cinema português, apresentou em estreia internacional “Lacrau”, de João Vladimiro (Competição), bem como “A Batalha de Tabatô”, de João Viana, e “Terra de Ninguém”, de Salomé Lamas (fora de concurso). A (Mais informações em www.fidmarseille.org) 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE IL MANIFESTO pagina 12 17 juillet il manifesto MERCOLEDÌ 17 LUGLIO 2013 VISIONI Intervista • Mati Diop racconta «Mille Soleils», con cui ha vinto il Fid Marseille Un viaggio sulle tracce di «Touki Bouki», il capolavoro di suo zio Dijbril Diop Mambety «MILLE SOLEILS» DI MATI DIOP; A SINISTRA, LA REGISTA; SOTTO, A SINISTRA, MATI DIOP IN «35 RHUMS» DI CLAIRE DENIS; A DESTRA «TOUKI BOUKI» DI DJIBRIL DIOP MAMBETY «Non ho mai pensato a un omaggio nostalgico, al contrario volevo che il passato divenisse presente. Politica, amore, cinema sono temi sempre attuali» Cristina Piccino MARSIGLIA T utto comincia da un incontro, quello tra Mati Diop, attrice (35 Rhums di Claire Demnis), regista (Last Night; Snow Canon; Big Vietnam) e Magaye Niang, protagonista di Touki Bouki, esordio folgorante di Djibril Diop Mambety. La coincidenza non è casuale, Mati è la nipote di Djibril, suo padre Wassi Diop è un musicista - a lui si deve la musica di Hyenes, il film successivo di Diop Mambety - e il suo «African Dream» è un mix di sonorità che mischiamo pop e jazz col ritmo della musica senegalese. Lo stesso sincretismo trasversale che attraversa le immagini del fratello ... «É la nostra storia, un affare di famiglia» sorride Mati Diop sgranocchiando un pezzo di cioccolata. Ma è anche la storia di un’eredità, di una rottura, di una memoria in cui la dimensione delle storie personali si intreccia a quella della Storia collettiva. Marsiglia, Fid 2013. Mati Diop è appena scena dal treno che l’ha portata in Provenza da Parigi, dove vive, e già corre da un’intervista all’altra. Minuta, lo sguardo vivace, rovescia la passione nelle parole. Mille Soleils ha vinto il festival (quando l’abbiamo incontrata non lo sapeva ancora), e conquistato subito con la sua leggerezza esplosiva insieme alla giuria tutto il pubblico del festival. Seguendo la tracce di Touki Bouki, un capolavoro del cinema mondiale, e soprattutto il suo protagonista, Magaye Niang, Mati Diop torna a Dakar quarant’anni dopo (il film di Djibril è del 1973) I mille soli accesi dell’immaginario in un viaggio nella memoria dei luoghi e delle persone declinato però al presente. Racconta: «Volevo esprimere il mio punto di vista. Non ho mai pensato a Mille Soleils come a un film nostalgico o celebrativo. L’idea mi è venuta quando ho scoperto che Magaye Niang, il prota- gonista di Touki Bouki ha seguito la stessa traiettoria del suo personaggio, è rimasto a Dakar e ha continuato a lavorare con il bestiame. E poi ho seguito il mio desiderio di saperne di più su Djibril, su Touki Bouki, che ho scoperto essere un film molto autobiografico, e naturalmente è l’esperienza che più ha segnato Magaye Niang; lui mi diceva sempre: ’Sai è la nostra vita’ così faceva crescere la mia voglia di andare sulle tracce del film di Djibril, di ritrovare una memoria che è anche cinematografica, che racconta il nostro paese ed è una storia d’amore ... Magaye era Mory, il ragazzo che corre sulle strade di Dakar sulla moto con le corna di bufalo. Era un pastore ma la sua mandria era stata portata al mattatoio. Anta è una studentessa, capelli corti e abiti dandy, i due come disegnano «all’ultimo respiro» nuove traiettorie dell’immaginario, gangster e amanti sono ossessionati dal sogno di Parigi. Anta partirà per Marsiglia, Mory resterà a terra lasciandola sola. Dove ritrovare quei fili? Mati comincia come in un western con una ballata e le mucche che vanno al mattatoio. Magaye è un solitario, litiga con la moglie, con il giovane taxista che lo porta alla serata in omaggio a Djibril. Co- sa è rimasto, cosa sarà, l’immaginario di rivolta è quello di chi scende in piazza per cacciare il presidente Wade, la sua canzone è un rap duro a tutto volume. Magaye vagabonda, insegue i ricordi, i conflitti, i sogni di un amore, Anta che vive in Alaska. Troverà le sue risposte nella neve bianca... Mati Diop tra rosso e blu raccoglie quell’eredità, mille soli, mille luci, la dolcezza di uno sguardo forte che sa rinnovarla. In cosa hai cercato il presente nel film di Djibril? Touki Bouki parla di politica, d’amore, dell’esilio, di cinema, di scelte, partire, restare. Sono argomenti sempre attuali che impongono una sfida di messinscena, e che io volevo mettere alla prova nella realtà di oggi. L’ho fatto mescolando documentario e finzione, ma avevo davanti una materia fantastica a livello di possibilità, e poi amo quei film che ti obbligano a trovare un dispositivo. Non volevo fare un secondo Touki Bouki ma volevo che il passato divenisse presente, cercando nel presente le tracce di quel film attraverso gli incontri, i momenti familiari che vi sono legati, mio padre è entrato a sua volta nella lavorazione ... Non ho conosciuto Djibril, quando è morto, nel ’98, ero un’adolescente. 8 Ma è stato meglio perché diversamente non so se sarei riuscita a trovare il mio sguardo in questa storia. La libertà era fondamentale. Come avete lavorato con Magaye Niang? C’è stata molta complicità anche se lui ha un carattere non facile. All’inizio avevo l’impressione di avere riaperto dei mondi in cui si era un po’ rinchiuso, ero arrivata lì, nel suo angolo di Dakar quasi a disturbarlo. Su certe cose abbiamo avuto un confronto anche molto violento, per esempio la telefonata che poi nel film ho ricostruito tra lui e Myriam Niang, che in Touki Bouki interpreta Anta, la sua ragazza che partirà da sola, è successa davvero. Magaye era furioso che io fossi lì, mi ha urlato di lasciarlo in pace ... Era così anche quando parlavamo di cosa è successo dopo Touki Bouki. Ma io ho resisistito. Quando gli ho proposto di interpretare il suo personaggio è stato più semplice. Lui era molto felice, è un attore favoloso, Quindi la preparazione di «Mille Soleils» è stata lunga? Ho cominciato a lavorarci nel 2008, abbiamo registrato la conversazione al telefono con Myriam, che ho ripreso. È stato allora che ho iniziato a ripercorrere i luoghi di Touki Bouki per la prima volta. Ci sono tornata per l’omaggio a Diop Mambety, con la proiezione del film, anche questa è una scena che ho ricostruito in Mille Soleils. Spiegaci meglio in che modo ha funzionato il rapporto tra documentario e finzione. É stata la storia stessa a imporre questo dispositivo. Solo così l’attore poteva seguire il personaggio del film di Djibril, e trovare le tracce della finzione nella realtà per potersene separare. Sono anche io attrice, so che la distanza del racconto rende le cose più fluide, è un po’ quello che ho vissuto per il mio personaggio in 35 Rhums. Rielaborare il vissuto della preparazione ci ha permesso anche di cambiare, di approfondire, di improvvisare. Ti faccio un esempio: la scena in cui Magaye sale sul taxi e discute col conducente. Il ragazzo lo accusa di appartenere alla generazione di quelli che se ne sono andati mentre loro, lui e gli altri della sua generazione, vogliono rimanere in Senegal e lottare. Sapevo già che il film sarebbe finito dall’altra parte del mondo, tra le nevi dell’Alaska, e poi Magaye è uno che è rimasto a Dakar. Però solo fino a poco tempo fa una scena del genere era inimmaginabile, tutti i giovani pensavano solo a scappare. Dopo che Abdoulaye Wade è stato cacciato (l’attuale presidente del Senegal è Macky Sall eletto nel 2012, ndr) da un movimento di artisti, intellettuali, studenti che chiedeva elezioni democratiche, un po’ come è accaduto nelle primavere arabe, l’idea della democrazia è meno astratta. I ragazzi sentono di poter agire sulla politica. Così ho adattato la scena all’attualità, e ho trovato DIN che è un rapper e un militante, sono molto fiera che sia nel film. Magaye è rimasto, Anta l’eroina di «Touki Bouki» è salita sulla nave verso l’Europa, tu vivi a Parigi e sei tornata in Senegal ... Il movimento tra queste due sponde è anche quello del tuo film. Personalmente sento di appartanere a entrambe le sponde, ma la questione dell’altrove è certamente centrale nel mio film. È una tematica che mi piace, fa parte della mia vita, e quello che è straordinario è, appunto, che solo cinque anni fa nessuno avrebbe rivendicato il suo essere là, in Senegal. Anche per questo sono contenta di aver girato Mille soleils adesso, il conflitto generazionale è più forte, i ragazzi sanno che non hanno bisogno di una scuola, di civilizzazione in Europa, e si rivolgono a tutti quelli che ancora coltivano l’idea di partire per fare, come dicono, uno «stage di civilzzazione» pensando di tornare trasformati. REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE POLITIKA 14 juillet SERBIE → www.politika.rs Vesti kultura i zabava Muzej Evropskih i Mediteranskih civilizacija čak tri srpska filma: „Sitna ptica” Daneta Komljena, „Prolećna sunca” Stefana Ivančića i „Anplagd” Mladena Kovačevića. Novootvoreni Muzej evropskih i mediteranskih civilizacija i Mediteranska vila Na međunarodnom festivalu autorskog dokumentarnog filma FID Marsej, bila su pozvana čak tri srpska filma: „Sitna ptica”, „Prolećna sunca” i „Anplagd” Specijalno za Politiku Marsej – PrestonicaProvanse i najstariji grad Francuske gde su se još pre dvadeset šest vekova iskrcali kolonizatori sa grčkih brodova, Marsej je pored Koščica proglašen prestonicom kulture 2013. godine. Grad sa najvećim brojem emigranata u Francuskoj, opstajao je kao nezavisnaenklava i kada je sve oko njega bilo okupirano. Ova mediteranska luka je autentična multikulturalna sredina sa svim dobrim i lošim stranama takve situacije: kulturološka vreva i mozaik s jedne strane, a s drugenesigurnost, koju ekonomska kriza i šarenolikost stanovništva još više produbljuju. Muzej Evropskih i Mediteranskih civilizacija (MuCEM), otvoren 7. ju na ove godine u modernom zdanju koje se nastavlja na marsejskukulu San Žan, koja isto ulazi u sklop izložbenogkompleksa, najvažniji je projekat u okviru jubilarne 2013. godine. Po projektu arhitekte Rudija Riciotija na četiri sprata ovog pravouganog zdanja odenutog crnim mrežastim „oklopom”, mogu se videti eksponati od čoveka-lava, do komada Berlinskog zida, starih mapa i savremenih video instalacija. Niz kulturnih događaja obeležava letnju scenu evropske kulturne prestonice: filmski, muzički, plesni, folklorni kao i oni koje nije lako svrstati u samo jednu od kategorija. Na prestižnom međunarodnom festivalu autorskog dokumentarnog filma FID Marsej, bila su pozvana „Dokumentarni film ne treba s hva t a t i ka o ža n r, ve ć ka o istraživačko polje… Filmovi koje odabiramone predstavaljaju film, već život”, kaže Žan Pjer Rem, direktor FID Marseja, koji je ove godine trajao od 2. do 6. jula, i koji se već 24 godine održava svakog leta u ovom gradu. Međunarodni festival „Džez, pet kontinenata”, MIMI – multiumetnički festival na ostrvima u marsejskom zalivu ispred grada (jedno od njih, Friul, inspirisalo je delo „Grof Monte Kristo” Aleksandra Dime), međunarodni skup tango plesača, pa čak i međunarodnikonkurs u boćanju, upotpunjuju ponudu. Posetilac može da bira između mnogobrojnih muzeja koje ima ovaj grad – nakon Pariza na drugom mestu po broju izložbenih prostora, i gde se ove 2013. pored stalnih postavki mogu posetiti izložbe: „Od Van Goga do Bonara”, „Pikaso – Matis – Đakometi”, izložba Frensisa Bejkona, „Svetlost” u Prirodnjačkom muzeju, a neke izložbe postavljene su pod vedrim nebom. Penjanje i spuštanje strmim ulicama takođe je nezaobilzana kulturološka šetnja koja otrkiva različite fizionomije Marseja. Crkva Notr Dam de la Gar podignuta na brdu dominira gradom, dok je katedrala Santa Marija Mažor, takođe u neovizantisjkom stilu, sagrađena u 19. veku na temeljima hramova iz 4. i 11. veka. 9 Ponuda je nepregledna, i ne samo 2013, dok traje zlatnodoba što se tiče administratativnopolitičkog priznanja gradu kao doslednom da i zvanično dobije titulu prestonice kulture, već i u svakom drugom trenutku. Ali, za Marsej treba odvojiti bar tri ili četiri dana, jer grad u kome je ubijen kralj AleksandarKarađorđević 1934. godine, nije grad-izlog, koji će zadovoljiti prosečnog turistu. Marsejotkriva svoje čari i svojenepregledne kulturološke slojeve tek kada čovek ima vremena da se malo sa njim saživi, kao i da lutajući otkriva sve ono što je istorija mediteranskih kultura ovde okupila na jednom mestu. Tamara Đermanović 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE IL MANIFESTO pagina 12 11 juillet il manifesto GIOVEDÌ 11 LUGLIO 2013 VISIONI Cinema • «Mille Soleils» di Mati Diop vince il Fid Marseille 2013. Tra i film premiati anche «Holy Field, Holy War» di Lech Kowalski. Un’edizione sotto il segno di Pasolini Immagini in rivolta Un festival del documentario che rifiuta il ghetto del genere, contaminando liberamente il cartellone. Tra ricerca e finzione, un progetto che scommette su nuove forme per raccontare la realtà Cristina Piccino MARSIGLIA L a silhouette di Pasolini, rosso su fondo verde, ha accompagnato le visioni del Fid Marseille 2013, il regista e scrittore italiano ne è infatti stato il nume tutelare ispirando gli itinerari intorno ai tre concorsi, internazionale, francese e opere prime. Una traccia sparpagliata anche nella città, tra i lavori in corso nella capitale europea della cultura, i nuovi musei freschi di apertura, e i progetti di recupero delle zone periferiche. Il motivo ricorrente in tutte queste trasformazioni è il Mediterraneo, ma non si tratta di sola retorica, Marsiglia è davvero un laboratorio attuale, e una memoria viva di conflitti e contraddizioni migranti e mediterranee. Qui Marc Scialom ha ambientato il suo Lettre a la prison (mostrato dal Fid nel 2008), girato quasi clandestinamente con una macchina da presa prestata da Chris Marker. Ebreo di origini italiane, nato a Tunisi nel 1934, dopo le persecuzioni naziste nel ‘43 in Tunisia, Scialom si trasferisce in Francia e attraverso la sua esperienza racconta la violenza del colonialismo e il razzismo contro un esule arabo su suolo francese. Oggi le ragazze giovani scelgono sempre più numerose di indossare lo hijab, e i ragazzi l’abito tradizionale islamico, tra le stradine che salgono dalla Canébiere, la strada che arriva fino al vecchio porto, si parla in arabo, l’Egitto è sugli schermi di tutte le tv sempre accese nei caffé poco turistici, e poco tirati a lucido dei vicoli intorno al mercato, the alla menta e odore di sigarette. «Credo che il velo sia una questione identitaria, o forse un modo per proteggersi dagli uomini che sono sempre più aggressivi» dice Narimane Mari, regista di Loubia Hamra (Fagioli rossi) che ha vinto il primo premio nel concorso francese. Con un gruppo di ragazzini Narimane ha ripercorso la storia algerina, dalla guerra di indipendenza contro la Francia ad ora, gli anni recenti di massacri e la fuga oltre il mare: «Siamo come pesci» dicono lasciandosi galleggiare i bambini nel finale. E per indicare il presente si dipingono una barba: «Sono loro che lo hanno fatto, anche perché sanno molto di più di quello che accade adesso che della guerra di indipendenza» dice ancora la regista. Loubia Hamra è un film di grande libertà, come Mille Soleils di Mati Diop che ha conquistato la giuria internazionale (Eija-Liisa Ahtila, Saodat Ismailova, Sven Augustinen, Lav Diaz, Matías Meyer)- bello che a vincere siano due giovani cineaste. Un viaggio attraverso il tempo e le culture e le identità anche quello che compie nel suo film Mati Diop sulle tracce di Touli Bouki, girato a Dakar dallo zio Dijbril Diop Mambety. Cosa resta di quell’irriverenza, delle domande, dei sogni di una generazione. Partire, rimanere, o magari cercare un vecchio amore tra le nevi dell’Alaska come nei sogni di Magaye Niang, protagonista di Touki Bouki e di Mille Soleils, che è un film appassionante sul presente ma senza mettere da parte le esperienze del passato, vissuti e immaginari di resistenza. Che documentario ci ha raccontato questa edizione del Fid, un festival che rifiuta il «ghetto» del genere contaminando il documentario con la finzione e la ricerca di un’immagine «trasversale»? E da sempre, o almeno da quando alla direzione c’è Jean-Pierre Rehm, e prima che i crossover diventassero la «tendenza» un po’ fashion dei laboratori di supporto alle cinematografie indipendenti di tutto il mondo, con scelte che dichiarano prima di tutto un progetto, e un pensiero sulle immagini e gli immaginari. La scommessa è rischiosa, forse a volte comporta anche una chiusura (molti film sembravano rispondere più a una necessità teorica rimanendo imprigionati nel loro stesso proposito. Tra questi anche il premiato A film about a film not yer shot di Balagura, una sorta di appunti per un film possibile con divagazioni poco controllate), a diverse possibilità e a altre strade. Il rischio è però dichiarato, e con grande libertà, è un po’ l’utopia di questo festival che si traduce nell’atmosfera vitale in cui è immerso, pieno di gente come se avesse un alto budget (900mila euro), di film, di cura per coloro che vi partecipano organizzando luoghi e occasioni di incontro che di manifestazioni non gigantesche (tipo Cannes o Venezia) sono l’anima vitale. L’ idea di lavorare su immagini che interrogano se stesse, alla ricerca di una nuova forma, e di un pensiero in cui tradurre il mondo, è stata un po’ la traccia dell’edizione appena chiusa, attraversando i terreni ambigui del presente, e della Storia, contro le iconografie scontate, le abitudini delle sguardo, le relazioni obbligate. Fukushima è l’incubo ancora vivo, e spaventoso di un paese che Pihilippe Rouy ci mostra filmando le rovine a distanza di un anno in Machine to Machine. Dove riprendende il soggetto di un suo film precedente, 4 Batements face a la mer, per condurci in un paesaggio «post» che non trova ancora una forma. E che è stato messo da parte nel ritmo della normalità senza affrontare quanto quella catastrofe ha provocato, e continuerà a provocare nel futuro. Le im- «LOUBIA HAMRA» DI N.MARI, SOTTO «LIFE SPAN» DI A.BALAGURA , FOTO PICCOLA «MILLE SOLEILS» DI M.DIOP magini scendono nel cuore della centrale ripreso da robot che si muovono alla cieca, un’esplorazione meccanica (da macchina a macchina, appunto, ma ogni centimetro è impraticabile per l’uomo) che produce immagini caotiche, quasi un’allucinazione potente, inquietante, al cui interno lo sguardo umano non sembra quasi più possibile. La guerra dell’ex Jugoslavia ci appare nel dispositivo costruito da Sarah Vanagt in Elevage de poussière, con l’ipocrisia (oscena) a cui tutti i paesi d’Europa hanno prestato opera, prima e dopo, cercando colpevoli che non possano metterne troppo in discussione le politiche. Vanagt lavora sui filmati del processo a Radovan Karadic, incriminato per genocidio e crimini di guerra, al tribunale internazionale dell’Aja. Testimoni protetti ripercorrono con voci distorte perché non si possano riconoscere la violenza delle fosse comuni a cui sono scampati, i periti mostrano i segni delle fosse poi fatte sparire, analizzano fotografie di corpi irriconoscibili e senza nome. La replica di Karadic, che si difende da solo, è atroce: negare ma anche azzerare queste e altre testimonianze producendo controprove dall’apparenza a lo- ro volta efficace, con cui dire che il massacro di Srebenica è una invenzione dei musulmani e così l’assedio di Sarajevo e le migliaia di persone ammazzate nei campi. Come processare una Storia recente e cosa significa «giustizia»: la regista copre di volta in volta i visi sullo schermo del suo computer e gli oggetti all’interno del tribunale con dei foglietti, su cui passa una matita per cercare la polvere. Il processo è ancora in corso, e la memoria? Elena Tikhonova e Dominik Sprintzendorfer, mischiano materiali d’archivio e interviste ripercorrono la storia della musica eletronica nell’Unione sovietica. Elektro Moskva comincia dal pensiero di Lenin su cosa doveva essere il comunismo, i soviet più l’elettrificazione del paese, l’utopia di una nazione modernizzata dalla scienza e dalla politica. Ed ecco poi le storie di Alexei Borisov, musicista e compositore underground, il destino straordinario di Leon Teremin, fisico, che nel 1919 inventa il Theremin, il primo strumento elettronico, e poi viene deportato in Siberia dove continuerà a fabbricare invenzioni per il Kgb. «L’ideale sarebbe arrivare a una terza via, tra il capitalismo e la follia russa» dice un giovane scienziato di oggi. La libertà è nella composizione stessa più che nel risultato musicale. La sfida del Fid, delle sue immagini, del corpo a corpo con la realtà. IL PALMARES · Vincono le registe tra Magreb e Senegal Questi i premi dell’edizione 2013 del Fid Marseille, il Festival Internazionale del documentario di Marsiglia. Concorso internazionale (in giuria Eija-Liisa Ahtila, presidente, Saodat Ismailova, Sven Augustijnen, Lav Diaz, Matías Meyer) Grand prix: «Mille Soleils» di Mati Diop (Francia, 2013); Menzione speciale: «From Gulf to Gulf» di Shaina Anand e Ashok Sukumaran (India/Emirati arabi, 2013); Premio Georges de Beauregard Internazionale: «Holy Field, Holy War» di Lech Kowalski (Francia/Polonia, 2013) France / Pologne, 2013); Menzione speciale: «Life Span of the Object in Frame (A Film about the film not yet shot)» di Aleksandr Balagura (Ucraina/Italia 2012) Concorso francese (in giuria Ursula Biemann, presidente, Emilie Bujes, Nathalie Quintane, Tahar Chikhaoui, Philip Scheffner): Grand Prix: «Loubia Hamra» di Narimane Mari (Algeria/Francia, 2013) Premio Georges de Beauregard: «La Buissonniere» di Jean-Baptiste Alazard (Francia 2013) Premio Opera prima (assegnato dalla giuria del concorso francese): «Sieniawka» di Marcin Malaszczak (Germania/Polonia, 2013) Menzione speciale: «Ricardo Bar» di Gerardo Naumann e Nele Wohlatz (Argentina, 2013) 10 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE IL MANIFESTO pagina 12 05 juillet il manifesto VENERDÌ 5 LUGLIO 2013 VISIONI Cinema • Al Fid di Marsiglia il film di Ben Russell e Ben Rivers, «Let us persevere in what we have», una riflessione lucida sull’approccio verso l’«altro» e il significato del viaggio festival del documentario sarebbe per questo riduttivo, se poi vogliamo «ridurre» l’idea di documentario a un format della realtà. Nel suo programma, che ha riempito della sagoma di Pasolini, intorno al cui cinema il festival è costruito, ci sono corti, lunghissimi, esperimenti, e persino Cua- Cristina Piccino MARSIGLIA L et Us Persevere in What We Have, la frase presa dal Beckett di Aspettando Godot, dà il titolo al nuovo film di Ben Russell, realizzato insieme a Ben Rivers con cui sta anche finendo di montare il lungometraggio A Spell to Ward off the Darknes. E che sia gara al Fid (concorso internazionale) è quasi nelle cose, il film nasce infatti proprio qui, tre anni fa, al FidLab, il laboratorio dove progetti «work in progress» selezionati da tutto il mondo, si presentano a coproduzioni possibili (al FidLab è passato anche il film a cui sta lavorando Gianfranco Rosi, Holy Gra, e il film sulla Russia di Gianikian-Ricci Lucchi). Russell e Rivers vinsero con A Spell to Ward off the Darkness, ma come racconta nel quotidiano del festival lo stesso Russell (che non è a Marsiglia perché lavora a un nuovo film), siccome per quel progetto le spese vive (voli e noleggio delle telecamere) erano stati pagati, lui e Rivers hanno deciso di investire i soldi del premio in un progetto parallelo. Ecco dunque Let Us Persevere in What We Have, girato sull’isola di Tanna, nell’arcipelago di Vanuato, 500 km a est della Nuova Caledonia. Colonia francese e britannica, l’identità dell’isola, che è abitata da melesiani, è stata radicalmente influenzata dalla presenza americana (migliaia di soldati nelle basi militari) durante la seconda guerra mondiale, e anzi, come dice ancora il regista, gli americani a un certo punto sono diventati una alternativa alla repressione dei colonizzatori. «Gli Stati uniti vengono percepiti come una sorta di potenza benevola, e questa immagine continua a essere profondamente radicata ancora oggi in tutti l’arcipelago. E questo per noi è stato un po’ il punto di partenza». L’oggettività che però non è lo scopo principale di questa ricerca, che privilegia invece l’osservazione tattile, fisica, delle persone e dei luoghi, della natura e della cultura. Russell ha nel suo background gli studi di antropologia visuale, come Verena Paravel e Lucien Castaing Taylor, gli autori di Leviathan, uno dei film di riferimento nel «fuori norma» degli ultimi anni, che oggi sembrano assumere sempre maggiore rilevanza nell’intreccio tra occhio cinematografico e sguardo etnografico. L’idea, appunto, è quella di mettere da Con un gruppo di bimbi, Narimane Mari racconta in «Loubia Hamra» la storia recente e la guerra civile algerina Il sogno americano della colonia francese Nel programma anche «Cuadecuc Vampir», irriverente esperimento del regista Portabella con Christopher Lee parte un’impossibile oggettività così come di prendere le distanze dal contenutismo sperimentando pratiche politiche e poetiche attraverso la sensibilità dell’immagine. Ben Rivers, che firma suono, e riprese insieme a Russell, è più legato invece alla dimensione dell’arte, entrambi sono viaggiatori e esploratori di territori reali e del- l’immaginario, spesso in solitudine, e in una «durata» cinematografica espressa in relazioni costruite a poco a poco.. Ma questo cinema indipendente, che di «avventuroso» ha la determinazione e la scommessa a ogni progetto di realizzarlo con un low budget e mettendo in- sieme ogni possibile fonte di supporto (con anche i rischi del caso, ormai i Film Lab come i canali tv più attenti alle produzioni indipendenti hanno «orientamenti» del gusto) dentro e fuori dal cinema, nel crossover non solo estetico ma anche produttivo con gallerie e istituzioni d’arte. È un po’ il segno di queste immagini, vivere sui confini geografici, narrativi, visuali, a cominciare dalla scelta dei supporti, dal loro uso, non si tratta semplicemente di una «questione tecnologica» digitale versus pellicola a cui si fa riferimento con un po’di tempo. Il risultato è un film potente, riflessione lucida sull’approccio all’«altro» che interroga la propria materia, le immagini, a partire dal formato con cui vengono realizzate. Russell gira in 16 millimetri scelta che «obbliga» alla precisione del tempo e della sostanza. Il viaggio non è altrove, una fuga o il desiderio d’avventura, ma diviene lo spazio in cui mettere alla prova gli immaginari, spingendone oltre i limiti riconosciuti. L’iconografia coloniale e post, la bellezza della natura, il sentimento contemporaneo e la memoria dell’occidente. Il protagonista del film, il capo del villaggio, figura carismatica e detentore della parola, racconta il, culto di John Frum, il profeta divino partito oltre l’orizzonte dell’oceano e di cui attendono il ritorno. Ogni giorno alzano la bandiera americana, lo fanno dal 1957 quando si sono liberati dai colonizzatori, l’America è un sogno lontano rimasto in quei cinquanta quasi una mitologia di libertà, e un sincretismo nel quale ogni significato è stato ricollocato. Non è questa la stessa scommessa del regista?. Il suono delle parole, l’impatto del vulcano o in perenne attività, con le sue volute di fumo, il quotidiano silenzioso del villaggio: l’uomo che prima parla in inglese passa poi alla propria lingua per esprimersi meglio. L’occidente ci spiega ha preferito la cultura del denaro, quando dio ha creato nel mondo invece ha creato anche molte culture diverse, che sono state distrutte dai colonizzatori, europei in nome del denaro. Possiamo cercare dei riferimenti, e il loro capovolgimento, restano immagine e suono che parlano e definiscono un nuovo spazio, una cartografia dell’immaginario imprevedibile, in cui il racconto della Storia si fa altro. Ma è questa zona dell’inatteso cinematografico in cui da sempre si muove il Fid, definirlo un MOSTRE · A Palazzo Reale fino al 22 settembre un padiglione dedicato ai 40 anni Universal del cineasta britannico Alfred Hitchcock «strega» Milano con l’effetto suspence Cecilia Ermini MILANO P alazzo Reale si tinge di giallo. No, non si tratta del ritorno dell’ignoto e gigantesco scheletro umano di Gino De Dominicis ma dell’arrivo a passo felpato di una mostra, inaugurata il 21 giugno e in corso fino al 22 settembre, dedicata ad Alfred Hitchcock e ai suoi quasi 40 anni di produzione filmica Universal. Una strana sensazione ti assale quando sei ancora in coda per fare il biglietto: dalle sale espositive adiacenti all’ingresso infatti, i violini schizofrenici di Bernard Herrmann rievocano docce insanguinate e mammine care pronte ad accoltellare ma è ancora presto per immergersi nell’incubo di Psyco e l’inizio della mostra ha le fattezze più docili e rassicuranti di Gianni Canova. La mostra infatti inizia con una carrellata di splendide fotografie, oltre una settantina, che riassumono gli anni Universal mentre nello schermo allestito appare, rigorosamente in bianco e nero e con la celeberrima sigla delle serie tv Alfred Hitchcock presenta, il profilo del critico Canova, che introduce il visitatore nel mondo da brivido del mago della suspence. Alle pareti, oltre alla fotografie, aforismi e citazioni di sir Alfred stemperano la tensione delle immagini e dei video («Mi diverto a prendere in giro il mio pubblico, mi piace suonarlo come un pianoforte») mentre lungo il percorso, un montaggio dei cammei mostra le oramai leggendarie apparizione di Hitchcock nei suoi film, un topos nato per scherzo ma che col tempo di- venne una sorta di superstizione, non a caso il pubblico a un certo punto cominciò ad attenderli con una tale impazienza che, per evitare troppe distrazioni, il regista decise di anticipare ai primi minuti del film. Le successive stanze del Palazzo sono dedicate all’approfondimento, sempre con l’ausilio video di Gianni Canova, dei suoi film più celebrati. Si parte con La finestra sul cortile e con la possibilità di rivivere l’esperienza voyeuristica del film anche grazie alle parole di François Truffaut che campeggiano sui muri «...sì, James Stewart è un voyeur, ma non siamo tutti voyeur? Scommettiamo che nove persone su dieci, se vedono dall’altra parte del cortile una donna che si spoglia prima di andare a letto, non riescono a trattenersi dal guardare?». Parole sa- crosante che proiettano alla sala successiva dove è possibile vivere un’esperienza davvero straniante: lo schermo proietta scene di La donna che visse due volte, in modo particolare si sofferma sulla famosa scena del museo dove Kim Novak contempla seduta un ritratto di donna molto somigliante, e un divano invita a una comoda sosta proprio davanti allo schermo. Kim Novak dunque seduta in un museo di San Francisco e lo spettatore, seduto anch’esso in un museo, che osserva questa scena, in un gioco di scatole cinesi e specchi. Nemmeno il tempo di riprendersi che il metafisico motel di Norman Bates appare nella sala a fianco, con il mega schermo che proietta in loop lo sguardo allucinato di Anthony Perkins nel finale di Psyco, e il canto si- 11 nistro, rielaborato elettronicamente, de Gli uccelli non fa che rendere ancora più inquietante il percorso. Prima della fine dell’esposizione, un ultimo sguardo ai titoli di testa di Saul Bass, assoluto maestro in grado di anticipare con i tocchi grafici il tema portante di un intero film, e alle geniali colonne sonore di Bernard Herrmann, veri e propri moti dell’anima, specialmente travagliata, in musica. Un’esposizione dunque che riesce perfettamente a indagare e ricostruire quell’effetto suspence hitchcockiano grazie all’impasto ben riuscito di terrore e humor che fu l’assoluto marchio di fabbrica del regista inglese e il sole milanese che ci aspetta all’uscita, cocente e confortante dopo tanto buio e terrore, è più auspicabile che mai... decuc Vampir di Portabella, irriverente dichiarazione amorosa con Christopher Lee, il cui sorriso fuori/dentro il campo è impagabile, a un genere la cui finzione è rivelata e esasperata, fino a dichiararlo zona libera dell'immaginario. Girato durante un altro film di Jess Franco, Dracula, ne utilizza gli attori e il decor ma sostituendo al colore il bianco e nero e alle parole il silenzio stridente di rumori. Film nel film, documento sul cinema, dichiarazione di resistenza spavalda, è un frammento in questo programma composto da tanto (anche da cose difettose) che mette al centro il progetto prima dei singoli lungometraggi. Da qui la libertà di programmazione, e il fatto che il Fid è divenuto quasi un riferimento per quel cinema indipendente che significa ricerca e allenamento costante delle immagini, la realtà è soprattutto invenzione. Succede così che dei ragazzini che giocano su una spiaggia algerina attraversino la storia del paese, dall’indipendenza alla guerra civile degli anni novanta, dalla lotta comune contro la colonizzazione all’emarginazione delle donne messe fuori dai governi machisti per opportunità e forse paura di una forza fuori controllo. Loubia Hamra è l’opera prima (in concorso negli esordi) di Narimane Mari, che con un gruppo di bambini e bambine da vita a una Storia anche nascosta, e narrata qui senza i tabù el compromesso. La dimensione è quella di una fiaba percorsa però da violenze e da ingiustizie, da sopraffazioni e da morte. I bimbi corrono nella luce del giorno e della notte, discutono, fanno piani, litigano, si scontrano duramente. Riempiono lo spazio delle case, attraversano il villaggio fino al cimitero, cosa accade, cosa è accaduto e perché. Perché non possiamo più venire con voi gridano le bambine. Hanno combattuto insieme contro i francesi, diviso pericolo, minacce, torture, e ora sono allontanate, considerate meno. Il tempo passa, si accartoccia come le parole: spuntano barbe e abiti lunghi, veli e silenzio. L’ombra di altre guerre, di altra violenza, e miseria. La storia diviene teatro, il suo orizzonte è il filo azzurro del Mediterraneo che apre e chiude il film. Lì dentro come pesci si fanno portare via i ragazzini, inghiottiti dalle onde, fragili protagonisti di una battaglia ancora da scrivere. FOTO GRANDE CHRISTOPHER LEE IN «CUADECU VAMPIR» DI PORTABELLA (CONCORSO INTERNAZIONALE) E SOTTO «SUR LA VOIE» DI PIERRE CRETON (CONCORSO NAZIONALE). IN BASSO ALFRED HITCHCOCK E CARY GRANT, FOTO IN MOSTRA A PALAZZO REALE (MILANO) 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE IL MANIFESTO pagina 12 02 juillet il manifesto MARTEDÌ 2 LUGLIO 2013 VISIONI Cinema • Si apre oggi a Marsiglia il «Fid». Sedici doc del concorso internazionale, dieci in quello francese, storie che raccontano il presente e le sue mille contraddizioni PIER PAOLO PASOLINI, A DESTRA SCENA DA «MILLE SOLEILS» DI MATI DIOP. SOTTO UNA SCENA TRATTA DA «MATEI CUPIL MINER» DI ALEXANDRA GULEA Cristina Piccino MARSIGLIA L a Capitale della Cultura d’Europa accoglie il viaggiatore con una vista mozzafiato: la terrazza davanti alla stazione di Saint-Charles spalanca l’orizzonte di chiese, tetti, e azzurro fino al mare, liberata finalmente dai lavori di questi ultimi anni. Basta poi scendere le scale per ritrovare il solito caos, che della città è la «bellezza», e i segni della povertà uguali in tutta l’Europa, sempre più gente che mendica e vive in strada, solo che qui l’ipocrisia non prova a nasconderli. Passato e presente, la storia della Francia e del Mediterraneo, forse un po’ più complessa e ambigua dei percorsi espositivi di Generi, Identità e differenze o Il blu e il nero ospitati nel nuovo (e splendido) museo MuCem. Tutto si mescola, sulle facciate delle case spalancate al sole con lenzuola stese, e tra i caffè uno dietro l’altro che sorridono ai turisti. Pochi metri segnano un mondo, ci parlano del presente, ci raccontano un mediterraneo conflittuale e inquieto, a cui non bastano per essere percorso formule e ideologie. E mentre milioni di La 24esima edizione nel segno di Pasolini, saranno i suoi film a guidare le scelte delle diverse sezioni egiziani scendono in piazza sfidando il nuovo autoritarismo al potere, la ragazza velata ci sorride da dietro il vetro della vecchia sala della Cinematheque di Marsiglia, sui tavoli ci sono dolci e succhi di frutta, in alto la bandiera tunisina: la serata è dedicata a cosa accade in Tunisia oggi, e all’indifferenza dei paesi europei troppo preoccupati a proteggere i propri interessi al di là di qualsiasi governo. Fuori, negli spazi occupabili, vivono alcune famiglie rom: non ci sono più le cabine telefoniche qua, che a Parigi sono ormai le case di tutti coloro che una casa non ce l’hanno … Il Fid, il Festival internazionale del documentario, diretto con passione cinefilo-politica da Jean Pierre Rehm, ha scelto come riferimento per la sua 24a edizione, che si apre oggi (fino al 7 luglio) Pier Paolo Pasolini, saranno i suoi film, a guidare le scelte delle diverse sezioni, raggruppate tra «Teoremi» e «Lucciole», in un incontro tra i film del regista di Salò e quelli di altri, contemporanei, nei quali i curatori ritrovano un affine sentimento del mondo. E i luoghi qui somigliano alla poetica pasoliniana, il loro essere in movimento, segni di speculazioni e trasformazioni ancora aperte – più che in altre metropoli – e quei Ninetti che ammiccano dal panettiere o tra i banchi di frutta al mercato … Non è solo «esotismo» ma sostanza del conflitto, appunto, e necessità di una memoria, il Fid nonostante il suo nome interpreta da tempo l’idea del documentario opponendosi al semplice genere (e anche per questo appare francamente La frontiera oscura delle immagini poco condivisibile la scelta di inaugurare con Le spose celesti di Alexey Fedorschenko, già in concorso al festival di Roma, una raccolta di ritratti di donne in cui l’esotismo assunto a stile giustifica anche la condizione di violenza in cui vivono). Sedici i film del concorso internazionale (presidente della giuria Lav Diaz con Eija Liise Ahtila, Saodat Ismailova, Sven Augustinijen, Matias Meyer), dieci quelli del concorso francese più una competizione di opere prime (8 titoli) , nessun film italiano (ma è piuttosto raro che arrivino film nostrani qui, chissà se perché soltanto non piacciono o se la vicinanza con altri festival, tipo quelli di Locarno o Venezia ne frena l’invio). Che storie si narrano? Tante, diverse, che cercano i sintomi meno visibili visibili del presente, le sue contraddizioni profonde, ma soprattutto indagano lo stato delle immagini e degli immaginari nella complicata relazione con la realtà. Come, ad esempio, parlare di inquinamento, sfruttamento, distruzione di luoghi, persone, economie nel cuore dell’Europa, con effetti disastrosi, peggio che una guerra di cui però nessuno conosce l’esistenza, destinata a rimanere invisibile. Siamo in Polonia, è nelle campagne che Lech Kowalski ha puntato il suo obiettivo per Holy Field, Holy War: discretamente, chiedendo il permesso, non sempre tutti accettano di farsi riprendere, di parlare, che lui filmi quei posti. Hanno paura. Eppure le immagini davanti ai nostri occhi sono quelle di una campagna placida di mucche al pascolo e trattori che rimuovono le zolle. Di casettine colorate per le api e maiali che mangiano l’erba verdissima. Se non fosse che l’idillio ha un cuore contaminato: cibi per gli animali, acqua, terreni, il vecchio contadino schiude la mano e mostra le api morte bevendo nella pozza. Anche le mucche muoiono, e i maiali, ma nessuno vuole sapere o vedere, mentre i conta- Pesaro 49/VINCE IL PREMIO MICCICHÈ L’OPERA DI ALEXANDRA GULEA La vita del piccolo Matei che non vuole crescere più Silvana Silvestri PESARO I l premio del concorso Lino Micciché della Mostra di Pesaro che si è conclusa domenica, è andato a Matei cupil miner (Matei piccolo minatore) della regista rumena Alexandra Gulea, un film che dà la sensazione di entrare nel grande cinema a passi sicuri, come spesso suggerisce il nuovo cinema rumeno, che dello stile ha fatto la sua carta vincente. Una storia semplice, ambientata in un villaggio che sembra appartenere ancora all’epoca di Ceaucescu, come ha sottolineato la regista, un paese minerario dove le miniere non funzionano più. Matei ha undici anni, vive con il nonno che si prende cura di lui mentre la madre lavora in Italia. Un giorno scappa di casa e tornerà solo per assistere alla morte dell’uomo. La madre vorrebbe portarlo con sé, ma lui preferirà restare nel paese, e continuare a fare quello che il nonno gli ha insegnato, prendersi cura della campagna, studiare gli insetti, il suo modo per sfuggire agli esseri umani. Tanto semplice e amaro, proprio come Germania anno zero che, dice Gulea, è stato il film che l’ha ispirata. Dal casting di circa trecento bambini contattati nella zona dove è ambientato il film («da loro ho ascoltato storie incredibili») ha scelto quello adatto a sostenere un intreccio tanto introverso e di poche parole, quello che esprimeva più forza. Una menzione speciale è andata a La chupilca del diablo del cileno Ignacio Rodriguez, altra opera basata sul rapporto (ma questo piuttosto conflittuale e problematico tanto da segnare una cesura con il mondo del passato) tra nonno e nipote, mentre la giuria dei giovani ha premiato Kayan di Maryam Kayafi , un ambizioso progetto tutto girato (nottetempo, nelle ore di chiusura) in un ristorante libanese a Vancouver, gestito dalla stessa volitiva ed espressiva padrona che lo interpreta con altri attori non professionisti, luogo frequentato da clienti affezionati, gruppi musicali, sfondo per complesse storie sentimentali . La regista di origine iraniana, vive in Canada da dodici anni e 12 Amir Naderi figura nel cast come produttore esecutivo: «Il suo nome significa leggenda, dice, prima e dopo la rivoluzione tutti lo considerano uno spirito libero. L’ho conosciuto durante la produzione di un film canadese di cui ero aiuto regista e lui produttore, siamo diventati amici e lui è diventato un mentore, il sostegno spirituale di tutta la produzione del mio film. Dove si trova adesso? Come sempre è ovunque, in questo momento è a Tokio con un nuovo progetto in cui è coinvolta anche l’Italia». Secondo film italiano presentato in concorso è stato Non lo so ancora di Fabiana Sargentini che ha come sceneggiatore d’eccezione Morando Morandini, storia di un incontro speciale che si svolge in sole 24 ore, tra due personaggi di età diversa, interpretati da Donatella Finocchiaro e Giuio Brogi. Racconto dall’andamento eccentrico, con una certa atmosfera da film francese, in cui forse succedono troppe cose, ambientato nello scenario sognante di Levanto, luogo dove dal 2004 si svolge il Laura Film festival, dedicato alla moglie di Morandini scomparsa nel 2003 e organizzato dalla figlia Lia e da Amedeo Fago. «Questo mio debutto nella sceneggiatura a 90 anni - dice il decano dei critici cinematografici, nasce da un’amicizia a prima vista». Fabiana Sargentini vinse due edizioni consecutive di Bellaria di cui Morandini era uno dei direttori e lì ebbero modo di conoscersi. Il 10 luglio il film sarà presentato al cinema Sacher di Nanni Moretti . Quante stellette darà al film? Non lo sa Morandini, ma apprezza le scene ad acquarello di Luca Padroni che sono state aggiunte nella versione definitiva. dini non sanno più come andare avanti e le loro case, le terre non valgono ormai nulla. C’è il gas che avvelena con le trivellazioni, e ci sono gli imperativi delle multinazionali che servono all’Europa di cui la Polonia ormai fa parte. Poco importa se il prezzo da pagare è la sparizione di quei luoghi, di quelle esistenze. Kowalski entra in campo, conversa con qualcuno, ascolta la rabbia, i timori, fa «sentire» la macchina da presa. Ma senza clamori: non sottolinea, non grida, procede per esempi con concreti che svelano una ad una le bugie. È la sua forza, la potenza delle sue immagini, dispositivo di lotta priva di retorica, con l’impatto della realtà. Mille soleils, il titolo è bello, quasi evocativo, ma non c’è nulla di «esotico» nel Senegal di Mati Diop, dove la giovane regista ritrova il protagonista del film di suoi zio, Djibril Diop Mambety, Magaye Niang, che 40 anni fa correva sulle strade di Dakar sulla sua moto con le corna di bufalo. Il film era Touki Bouki, un capolavoro in cui Diop Mambety scompiglia tutte le regole degli immaginari, esotismi e relazioni tra Africa e Europa, in quella «Holy Field, Holy War» di Lech Kowalski parla di inquinamento, distruzioni di luoghi nel cuore dell’Europa fascinazione speculare – partire, restare che è rompere i canoni narrativi, iconografici, scrivere personaggi mai visti, un soffio di nouvelle vague e di rabbia giovane come nel mondo. Ora Magaye Niang i bufali li pascola, e poi li accompagna al macello. Indolente, litiga con la donna perché esce insieme agli amici e chiede continuamente soldi. C’è una serata importante, proiettano Touki Bouki e lui vuole andare anche se i ragazzini tra il pubblico del cinema all’aperto non lo riconoscono più. E il giovane tassista da alla sua generazione che è scappata altrove la responsabilità di avere portato il Senegal alla rovina … A Djbril Diop Mambety nessuno voleva dare i soldi per un film negli ultimi anni della sua vita, non si fidavano le sue immagini erano troppo indocili e fuori controllo per rientrare in quella catalogazione del «cinema africano» che rispondeva al gusto europeo (e che difatti l’ha distrutto). Lui l’Europa l’aveva innestata nell’Africa coi vestiti parigini dei suoi protagonisti e viceversa, provando a rivelare effetti e contromisure del colonialismo smascherato al suo interno, in quelle che sono le sue fondamenta, nella pulsione degli immaginari e della rappresentazione di sé, dei propri desideri. Un cinema africano alla prima persona, fuori e dentro l’Africa, mitologico e ferocemente attuale. E questo viaggio seguendo la traccia del cinema che compie la giovane regista, interroga un passato e al tempo stesso l’oggi, ma soprattutto, anche qui, le proprie immagini, cosa filmare e come in questo paesaggio intimo e politico, di scelte personali e di un’utopia. REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) 13 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) the hollywood reporter → www.hollywoodreporter.com MOVIES / INTERNATIONAL Diagonale Austrian documentary on Soviet and post-Soviet electronic music marks the bigscreen debut of writer-director duo Dominik Spritzendorfer and Elena Tikhonova. Indeed, the project does often exude something of a quart-intopint-pot vibe, each of its chronologically-structured episodes potentially containing the seeds of a full-length movie. Which is exactly what Leon Theremin, godfather of this particular musical sub-genre, got with Steven M Martin’s Sundance prize-winner Theremin: An Electronic Odyssey (1994). Tantalising extracts from the final recorded interview with Theremin, shortly before his death in 1993, bookend Spritzendorfer and Tikhonova’s picture. But whereas Martin’s picture closely examined Theremin’s influence on worldwide musical trends, the impression here is much more of Soviet and Russian musical experimentation going on in near-total isolation -there’s no mention, for example, of Kraftwerk, OMD or Karl-Heinz Stockhausen. 10 août États-Unis Elektro Moskva : FIDMarseille Review This sense of pioneers working within a sealed cultural bubble is perhaps a factor of how their musical technology evolved in lock-step with -- and as a semiillict offshoot of -- electronicsbased military research, the first “Photo-electric Synthesizer” being developed in 1957 by scientists at the Air Defense Institute. These gadgets were built to last: “aesthetically, it looks rather like a piece of space wreckage” someone notes. “Everything had to be monumental, like a Kalashnikov, built to last” -- and as we see there’s now quite a little industry dedicated to tracking down and reselling choice surviving examples. As the relatively open Khruschev era gave way to Brezhnev ’s decades of stagnation (“censorship was ruthless and it was everywhere”), such research was driven further underground: “people had to get creative.” This creativity is the real subject of Elektro Moskva, a heartfelt tribute to the men (and it was almost entirely men) who through their deviousness, ornery resourcefulness and enterprising ingenuity crafted machines which made sounds never heard before or since. “These instruments are unpredictable,” notes presentday maverick tech-scavenger/ musician ‘Benzo’, “as is Moscow, as is life.” It’s also about how Soviet ideals gave way to Russian realities, and gradually gains depth as an oblique survey of much wider cultural and social changes within the country. With bemused, heavily Russky-accented, sometimes mock-heroic narration spoken and written by Andrey Andrianov, Elektro Moskva is itself itself much more quirky than in any way experimental, adhering to standard documentary traditions of archive footage alternating with contemporary talking heads. That said, the debutant directors wisely employ a highly experienced editor Michael Palm, whose own work as a director (2011’s Low Definition Control Malfunctions #0) tends towards the more avant-garde end of the spectrum, and who stitches together disparate materials with a consistently light touch, elevated by occasional virtuouso flourishes. Neil Young 14 Venue: FIDMarseille (Parallel Screens) Production company: Rotor Film Directors / Screenwriters / Producers: Dominik Spritzendorfer, Elena Tikhonova Co-producers: Diana Stoynova, Petra Popovic Director of photography: Dominik Spritzendorfer Editor: Michael Palm Music: Alexey Borisov, Richardas Norvila (‘Benzo’), Stanislav Kreichi, Vyacheslav Mescherin Sales: filmdelights, Vienna No MPAA rating, 90 minutes REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) the hollywood reporter → www.hollywoodreporter.com MOVIES / INTERNATIONAL Holy Field Holy War : FIDMarseille Review Veteran Polish-American documentarian Lech Kowalski tackles the controversial subject of ‘fracking’ in a film which picked up three awards at the French festival. and Poland, with Holy Field Holy War the London-born, New Yorkraised multi-hyphenate concentrates entirely on his ancestral homeland. Pressure steadily builds to bursting point in Holy Field Holy War, latest in a flurry of films from either side of the Atlantic to tackle the burningly controversial subject of ‘fracking,’ as the process of shale-gas extraction is commonly known. Part of an ongoing project on the issue by veteran Polish-American documentarian Lech Kowalski, it won three prizes when worldpremiering in competition at Marseille and its partisan topicality will make it a popular pick for festivals and TV channels in any area where fracking hits the headlines: Europe, North America, and beyond. The complex technique of “induced hydraulic fracturing” has been around since the 1940s, but it’s only in the present century that it has become a big-business concern. The procedure and its opponents, who blame it for ecological devastation and hazardous pollution, have been most notably examined on-screen by Gus Van Sant in last year’s tepidly-received fictional film Promised Land, and by Josh Fox in his Oscar-nominated documentary GasLand (2010) and sequel GasLand Part II, which premiered at Tribeca and on HBO earlier this year. All three of those films concentrate on Stateside areas, but while Kowalski’s shorter Drill Baby Drill, also currently doing the rounds, divides its focus between the U.S. Early stretches gradually introduce us to one particular farming area, not far from the Ukrainian border in the east of the country. Here the old ways stubbornly persist -- one elderly chap is seen using a scythe on his crops -- and life unfolds at a steady, ruminative pace. There’s no mention of fracking at all, the chief source of discontent among writer/director/ producer/editor/cinematographer Kowalski’s interviewees being the alarming encroachment of modern, industrial farming methods. This is implictly presented as part of Poland’s rush to ‘modernization’ as a notably businessfriendly member of the European Union: “the laws don’t apply to them,” someone sniffs, “they’ve even bought off the priest!” Audaciously, Kowalski waits until after the half-way mark to introduce what will be the main subject-matter of his film, with multinational oil-giant Chevron planting innocuous little red flags across the farmland to show where preliminary test-drillings will be taking place. The degree of notification and consultation is somewhat unclear (“they told me to sign, so I signed,” sighs one elderly lady), but the noisy arrival of heavy trucks in this flybuzzingly bucolic zone triggers discontents that are unambiguously and angrily vocal. When the first drillings produce cracks not only in the earth but also in the walls of the farmers’ houses, the litany of complaints recorded by 09 août États-Unis Kowalski’s camera -- he’s clearly regarded a sympathetic, trusted, sounding-board of an interviewer -- becomes a torrent. The final, most satisfying section of the movie sees Chevron’s representative for Poland belatedly arrive for a community meeting designed to explain the company’s plans and assuage residents’ complaints. This smiling, corpulent individual’s surprising inability to speak any Polish, and his reliance on bland corporate-speak in his presentation doom the hapless representative from the off, however, and his squirming discomfort makes for exquisitely awkward viewing. After a slow-paced hour-long set-up which has had its share of deliberate longueurs, Kowalski’s probing structure finally strikes a truly rich seam with this explosive encounter. He shows how this scattered community can be brought together against a common ‘enemy’, and also implicitly poses pertinent questions about local democracy in an age of increasing trans-border corporate power (“Why didn’t anyone ask us?!” one farmer stridently demands.) Kowalski’s bias towards David over Goliath is never in doubt, the director having, since his earliest days chronicling the New York punk scene, been drawn to underdogs and outsiders, the marginalized and exploited -indeed, he has spoken of how he regards farmers as “the new underground”. In this particular case, there’s hardly any attempt to understand Goliath’s perspective, to analyze from the other side of this very thorny debate, 15 or to hear from those who see potential benefits of fracking to the wider economy of Poland and the EU. In the fiery traditions of essayistic, polemic documentary, of course, that very much goes with the terrain. Neil Young Venue: FIDMarseille (International Competition) Production company: Revolt Cinema Director / Screenwriter / Producer / Editor / Director of Photography: Lech Kowalski Sales: Revolt Cinema, Paris No MPAA rating, 105 minutes 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) the hollywood reporter → www.hollywoodreporter.com MOVIES / INTERNATIONAL Ricardo Bär : FIDMarseille Review Ricardo Bâr (Bafici) and social links to the Fatherland, with German still used in liturgy and hymns at the Baptist church. As the directors inform us in voice-over, their first attempt to chronicle the community on film provoked hostility and ultimately rejection, partly because of their Lutheran upbringing and partly because aspects of their ‘modern’ lifestyle were disapproved of by traditional, conservative church elders. Experimental documentary from Argentina follows a young farmer’s spiritual journey. A quietly compelling character-study allowing privileged glimpses of an intriguing, isolated community, Ricardo Bär is one of the more effective recent examples of spiritually-themed cinema. Following the daily life of a devout Christian farmer who dreams of studying theology and becoming a pastor, this carefully modulated, low-key debut by writer-directors Gerardo Naumann and Nele Wohlatz takes a daringly, deconstructingly post-modern approach to documentary that pays considerable dividends. World-premiering at Buenos Aires’ BAFICI festival in April, it picked up a Special Mention in the First Film competition at Marseille and will prove a popular choice for edgier festivals and those specializing in religious and ethnographic themes. The eponymous Bär is, as his name hints, descended from Germans who in the early 20th century settled the hilly, heavily forested, Portunal-speaking Misiones region of northern Argentina very close to the Brazilian border. His home town of Colonia Aurora retains certain linguistic Happening upon the thirtyish Bär in a gas-station, Naumann and Wohlatz -- whose sole previous credit is the 12-minute Novios del Campo (2009) -- decided to make him the focus of their filming, partly because of his personal quiet charisma and partly as a conduit to gain an understanding of the area. The directors, who contribute intermittent solo narration, are always very open and direct about their intentions, and one of the early scenes involves Bär being told that the filmmakers will pay for his theological studies in the capital on the condition that he collaborates with their project: “they’ll film your life, your farm work, your family”. Praying to God, Bär thanks Him “for this film, which is such a complex work, and which will influence so many people.” What follows acknowledges and even embraces the artificiality, compromises and conventions of current documentary cinema, with a transparency and openness that’s as beguiling and refreshing as Bär’s earnest 08 août États-Unis approach to his faith. An intense, broodingly handsome young man with penetrating eyes that always seem to see beyond the world’s trivial surfaces, this non-pro protagonist seems sometimes to have stepped straight out of Robert Bresson’s classic French ruminations on spirituality in the modern world. Ricardo Bär itself meanwhile continues the decade-old strong run of serious-minded cinema from Argentina, which has propelled directors such as Lisandro Alonso and Lucrecia Martel into the international spotlight. Naumann and Wohlatz’s preference for short scenes, however, rather that the ‘standard’ long takes, places their picture at the more accessible end of the Latin American art-film spectrum - the editing is by the highly experienced Felipe Guerrero, who cut last year’s Colombian standout La Playa DC for Juan Andres Arango. Another standout contributor behind the scenes is cinematographer Lucas Gaynor, whose sole previous credit is Gonzalo Tobal’s road-movie Villegas (2012). Working on what what presumably a very limited budget, Gaynor consistently crafts impressively limpid images that unfussily capture the particular atmospheres of town, country, village and farm, with immersive assistance from Francisco Pedemonte, Jose Maria Aviles’s soundscapes. Neil Young 16 Venue: FIDMarseille (International Competition) Production companies: Subterranea Films, Zentral Cine Directors / Screenwriters / Producers: Gerardo Naumann, Nele Wohlatz Executive producer: Pablo Robert Director of photography: Lucas Gaynor Editor: Felipe Guerrero Sales: Subterranea Films, Buenos Aires No MPAA rating, 96 minutes REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) slant 1/2 07 août États-Unis → www.slantmagazine.com FIDMarseille: Film festivals are limited by the juicy premieres secured by their directors and the quality of their programmers. They’re also frequently the only places to view films that would rarely be seen otherwise. Highlights of this year’s FIDMarseille included works that traveled beyond the European continent in search of lost (and unknown) connections, as well as those made beyond the shadow of Euro-American art cinema, notably in the Philippines. But first, to Africa. L a s t y e a r ’s F I D M a r s e i l l e opened with Miguel Gomes’s critically acclaimed Tabu. Gomes is one of several contemporary Portuguese filmmakers to use his country’s colonial past as a mirror held up to its present. João Viana’s The Battle of Tabatô superficially resembles Tabu (it’s shot in black and white in a former Portuguese colony in Africa), but the similarities end there. Where Gomes’s introspection into the contemporary legacies of Portuguese colonization in Lisbon and an unnamed African country largely follows Portuguese characters, Viana’s cast is entirely of Festival International de Cinéma 2013 African origin and his story is set in contemporary Guinea-Bissau, in West Africa. Thirty-odd years after Guinea-Bissau’s 1974 war of independence, an older man, a veteran of a native militia used by the Portuguese to fight against their countrymen, is unable to come to terms with his residual trauma from that experience. Having recently returned to his homeland from Portugal for his daughter’s wedding, he becomes emotionally overwhelmed and accidentally kills her during a psychotic episode. At this point, the film deteriorates, falling back on a narrative device no less tedious than Gomes’s colonial-era Portuguese hipsters screwing and playing rock n’ roll in the jungle—here, though, we’re in the company of an abstracted “African culture,” which, in the case of the villagers with whom the film concludes, involves playing traditional music as an alternative to killing one another. This is a compelling concept, but one that’s disconnected from the film’s otherwise stark aesthetic and critical perspective. It’s an easy and somewhat cheap ending for what begins as an original take on the legacy of Portuguese colonialism in a country that has produced few prominent filmmakers of its own. One of this year’s award-winners refused to be limited either by stereotypes or formal constraints. A Thousand Suns is an homage to filmmaker Mati Diop’s uncle, the famed Senegalese filmmaker Djibril Diop Mambety, who passed away in 1998. Among Mambety’s most idiosyncratic films was 1973’s Touki Bouki, an imaginative fable about a young Senegalese couple seeking to emigrate to France. Forty years after Touki Bouki, Mati Diop returns to Senegal to locate the male member of the film’s original pair, Magaye, now an urban goat herder and an unapologetic alcoholic. Magaye fights with his wife, his friends, and a cabdriver, seemingly suffering from ennui following his sole starring role and subsequent descent into relative poverty. Toward the end of the film, Magaye decides to contact his former girlfriend, who, as in Touki Bouki, has emigrated to France. The scene in which Magaye calls her number from a 17 telephone booth in Dakar is priceless for its pacing and Magaye’s comic talent; upon hearing that Marème now lives in Alaska, he reacts as though she’s moved to Mars. The following dreamlike sequence, in which Magaye and Marème wander through a snowy landscape failing to find one another, is a faithful afterthought to Touki Bouki. At the end of A Thousand Suns, as in Touki Bouki, Magaye and Marème are apart again. There’s a bittersweet acceptance in the way Diop ends her film, similar in some ways to her uncle’s films’ trademark irony, neither a vindication nor a refusal. Perhaps, niece and uncle allow us to think, this story is still unfinished. The most visionary works I saw at the FID, Gym Lumbera’s Anak Araw and Sherad Anthony Sanchez’s Jungle Love, were original and youthful yet serious meditations on individual and collective experiences in love, language, and history in the Philippines. Anak Araw is the more formally rigorous of the two films and, given its entire lack of narrative, the more difficult one. It begins with us, the spectators, on the outside looking in. We share the perspective of children reading the alphabet from a primary school’s wall mural. Each letter has a word associated with it—most often an animal or a household object. Next we see these animals on screen—a cat, a dog, a chicken—with their name in English and Tagalog listed below. This, more or less, is the limit of the dialogue in Anak Araw, which otherwise functions through a unique coupling of images and non-synchronized sounds to produce the effect of a life of memories lived between two languages . If Lumbera 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) slant 2/2 believes himself unable to fully communicate in either English or Tagalog, he proves to be utterly fluent in cinematic language, to which he adds his own original poetic variations, some whimsical. Lumbera is respectful of pre-existent cinematic forms of communication, but he also refuses to be limited by a particular narrative conceit. And so, an inability to feel at home in one’s own skin is expressed through a misunderstanding of languages, an ability to communicate, a regression to child’s play (swimming, pretending to be an animal) and childlike play (with guns), and an obsession with sex. In sum, nothing abnormal occurs in the film, if the viewer is able to acknowledge that life isn’t confined to our waking reality and that we all live through, with varying degrees of difficulty, experiences of attempting to communicate with one another and ourselves, remembering at times, forgetting at others. Beginning with a dictionary, Anak Araw ends with credits in the form of its maker’s personal encyclopedia naming influences, friends, family, and places around the world, a textual collage which a single viewing of the film can only begin to decipher. Jungle Love begins as a narrative piece whose characters are subsumed by the jungle itself and the erotic encounters it permits. A group of soldiers, a tattooed, sexually libertine urban couple, their native guide, a woman rejected by her brother-in-law, and a native tribe—none of these groups ever meet directly, but their paths cross via montage and through a series of long, slow, dreamlike tracking shots that reveal the plodding progression of life and love. The young couple acts out the film’s more provocative and exceptional sequences, masturbating or fucking in front of the camera. Sanchez most fully explores his (and our) own voyeurism through their gaze; occasionally it seems that one member of the couple is manipulating the camera, recording their partner pleasure him/herself or play coy. A later sequence shows a young soldier attempting to seduce the camera, though, as we later realize in a final graphic shot featuring his spontaneous ejaculation, the woman he’s trying to seduce is none other than Mother Nature, the jungle itself, which comes to encompass all of life as well as the oft-undepicted dirty secrets of love. Sexual desire in Jungle Love is like political desire, which itself remains obscure, difficult to articulate, and messy. Sanchez’s depiction of the jungle is underlain by a strong sense of humor that forms part of the film’s aesthetic and is never strictly superficial. Interpreting the film as a societal critique is easy enough, but more difficult is to sit, watch, and accept not what it has to tell us, but what it shows. Sanchez unveils the seamy sides of the pleasure of love and the desperation of lust, which are both at home in a primeval jungle that stands in for a nation’s subconscious. Each screening at this year’s FID began with a still image of artist Gianluigi Toccafondo’s rendering of Pier Paolo Pasolini’s face; in addition to the films in competition, a rich sidebar program of films based around Pasolini’s work and legacy occupied most of the slots. During a festival programmed under such a considerable influence, two young Filipino filmmakers revealed themselves to be most deserving of Pasolini’s legacy both in their innovative style and form and in the uncanny confidence they demonstrated in revealing new ways of looking at the world. Philip Cartelli 18 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) the hollywood reporter → www.hollywoodreporter.com MOVIES / INTERNATIONAL The Joycean Society : FIDMarseille Review Dora Garcia’s Belgian documentary, world-premiering in competition at Marseille, pays a fly-on-the-bookcase visit to a Zurich reading-group. exhibition and a book, the film stands perfectly well on its own and can be enjoyed by those only dimly aware of Joyce, Ireland’s titan of 20th century literature, best known for 1922’s enduringly influential Ulysses. And while that novel is notoriously tough going even for hardened bookworms, it’s airport-reading alongside his 1939 follow-up -- and swansong -- Finnegans Wake, a weighty compendium of arcane wordplay («musquodoboits»), esoteric cultural-geographical-anthropological references and avant-garde flights of fancy («Selina Susquehanna Stakelum»). In theory a «highbrow crowdpleaser» should be a contradiction in terms, but Dora Garcia’s delightful featurette The Joycean Society comes mighty close to squaring that circle. In less than an hour, the film immerses us in the playfully erudite company of what must be one of the world’s more rarefied reading-groups, a gathering of James Joyce enthusiasts who each week meet in Zurich to go through his experimental magnum opus Finnegans Wake page by page, line by line, word by word. The result is an accessible, original, amusing and thought-provoking enterprise, of a length ideal for small-screen slots and of a quality eminently deserving big-screen film-festival exposure. Garcia has been a quietly prominent art-world presence for over a decade, and represented her native Spain at the 2010 Venice Biennale. Her work has often involved certain film-related elements and several of these have been shown in festivals such as Rotterdam, but The Joycean Society is the first time she’s ventured beyond short durations. And while part of a typically adventurous multimedia project that involves an The Zurich group shown in The Joycean Society has been reading Finnegans Wake since 1986, taking just over a decade to get through the volume before going back to page one again. They’re therefore still quite near the start of what one member wryly terms the «third lap», each hour-long session combing a page or so at a time. Garcia focuses intently on this genial but rigorous example of hermeneutics, a term originally applied to the minute scrutiny of biblical and philosophical texts. The description is eminently applicable here -- as evidenced by the microscopic marginalia glimpsed in the dog-eared volumes that litter the group’s table and which reveal a Zodiaclike zeal to penetrate hidden mysteries. 06 août États-Unis The Joyceans, many of them of advanced years and most of them men, seem to treat «the Wake» as a kind of nightmarishly elaborate multi-dimensional crossword puzzle, with countless cross-references and cross-pollenations adding up to an infinite web of possible «meanings.» Speaking English with a variety of cultured accents, these puckish amateur scholars make for highly entertaining company as they engage in a bickering that’s more chummy than rancorous -- and as one of them notes, if nothing else it makes for a cheap, harmless and pleasantly educational form of social activity. Garcia, whose approach is intimate, discreet and selfeffacing, occasionally cuts away for learned comment by an unidentified Joyce-expert, and punctuates the barrage of verbiage -- some of it recorded so low as to be semi-inaudible -- with sequences showing the writer’s snow-covered grave elsewhere in the Swiss city. His poker face, as rendered in bronze by Milton Hebald, gazes quizzically on as the fruits of his labors drive his readers to an exquisite, particularly pleasurable form of distraction: «what a terrible book this is!» one exclaims, stranded in yet another cosy dead-end of speculative analysis. Neil Young 19 Venue: FIDMarseille (International Competition) Production company: Auguste Orts Director / Screenwriter: Dora Garcia Producer: ‘Auguste Orts’ Director of photography: Arturo Solis Editors: Dora Garcia, Inneke Van Waeyenberghe Music: Jan Mech Sales: Auguste Orts, Brussels No MPAA rating, 52 minutes 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) the hollywood reporter 05 août États-Unis MOVIES / INTERNATIONAL Tarr Bela, I Used mto Be a Filmmaker : FIDMarseille Review French documentary goes behind the scenes on the swansong by Hungary’s most acclaimed director. equivocal reputation. Long-term, it will surely find its niche as an illuminating extra on Turin Horse DVDs and Blu-Rays. An intimate, even cosy valedictory chronicle of how one of recent cinema’s most austerely uncompromising major films reached the screen, Tarr Bela - I Used to Be a Filmmaker is catnip for serious cinephiles. Evidently granted all-areas access to the remote Hungarian locations where 2011’s The Turin Horse was shot, young French anthropologist/director Jean-Marc Lamoure has crafted a respectfully observational, accessible documentary. As such, it will be of interest to the dozens of festivals around the world which showed Tarr’s two-and-a-half-hour epic of dour, monochrome minimalism, winner of the Silver Lion at the Berlinale and supposedly the director’s swansong. Previously responsible for 2004’s mid-length Chaalo, the Voices of Mourning and experimental concert-film Farenji, Lamoure takes an unobtrusively fly-on-the-wall approach here, unacknowledged by the affable, black-clad, chain-smoking Tarr and what’s referred to early on as his «shooting family.» Many of the key personnel on The Turin Horse, a apocalyptic evocation of wind-blown farmstead life in the early 1890s, have been members of this family for years or even decades, including Tarr’s wife/ co-director/editor Agnes Hranitzky, cinematographer Fred Kelemen (himself a director of some renown), scriptwriter László Krasznahorkai, musician Mihaly Vig and lead actors Janos Derzsi and Erika Bok. strongly enforced. The input of Hranitzky, for example, is so crucial that her perennial (but perennially disregarded) co-director credit can never again be ascribed to mere uxoriousness. → www.hollywoodreporter.com But whereas admirers of the now 58-year-old Tarr regard him as the spiritual and creative heir of 20th century giants Ingmar Bergman and Andrei Tarkovsky, he never quite made their leap from critical acclaim to wider renown among arthouse patrons. Lamoure’s project therefore appeals more as a festival and small-screen proposition than one warranting distribution, even in Hungary where Tarr -- now concentrating on his Film Factory academy in Sarajevo, Bosnia -- has long enjoyed/endured an These professionals have clearly developed a very comfortable working relationship, and Tarr Bela - I Used to be a Filmmaker (Lamoure’s title obeys Hungarian convention by placing the surname first) presents a set remarkably light on rancor, ego and creative discord. And while everything obviously revolves around Tarr, serenely presiding over a «feudal system» that’s far from democratic, the idea of cinema as an essentially collaborative art is once again very Making productively sparing use of Akosh Szelevenyi’s score, Lamoure takes occasional detours to Budapest where he elicits revealing, sometimes wryly comic comment from Bok, Vig and Derzsi. He also interpolates extracts from Tarr’s bestknown previous productions, the 7-1/2 hour Satantango (1994) and 2000’s Werckmeister Harmonies, plus 8mm footage apparently shot during the making of the former. And while this helps to break up what could have been a monotonous excursion to the rural back-of-beyond -- The Turin Horse was shot between December 2008 and June 2010 -- it’s rewarding to witness Tarr’s lowkey methods in situ. Sequences that evocatively transport us into a simple, bygone era were, we realize, often achieved using such decidedly modern inventions as a wind-machine and a helicopter, the latter deployed most startlingly to whip up a dusty windstorm around the eponymous equine for the picture’s breathtaking opening shot. Neil Young 20 Venue: FIDMarseille (Parallel Screens) Production company: MPM Film Director / Screenwriter: Jean-Marc Lamoure Producers: Juliette Lepoutre, Marie-Pierre Macia Director of photography: Jean-Marc Lamoure, Frederic Lombard Editor: Nadia Ben Rachid Music: Akosh Szelevenyi Sales: MPM Film, Paris No MPAA rating, 85 minutes REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) A CUARTA PAREDE 1/2 31 juillet ESPAGNE → www.acuartaparede.com FESTIVAL FID MARSEILLE 2013: TEATRO E IMAGEN de cuadro que es imposible en escena. El relato de Akerman sugiere, más que subrayar o ilustrar, porque precisamente deja la información que ella quiere en el fuera de cuadro, jugando con el punto de vista del espectador. Varios filmes se interrogaron sobre las relaciones entre el teatroy el cine. (FOTOGRAMA: ‘Trois strophes sur le nom de Sacher’, de Chantal Akerman) Esta crónica es la continuación de otra centrada en los aspectos performativos que imperaron en la selección de este año del FID Marseille. Teatro Decíamos en el anterior artículo sobre el FID Marseille que Gilles Grand había programado una de las secciones más coherentes del certamen, ‘Choeur’. Otra de sus sesiones nos servirá para apuntalar precisamente las nociones sobre el teatro que nos dejaron las écrans parallèles (pantallas paralelas). Estos programas fuera de competición estuvieron centrados esta vez en la figura de Pier Paolo Pasolini. Además de rescatar muchos títulos del gran cineasta italiano, el equipo de Jean-Pierre Rehm se esforzó por establecer conexiones entre filmes clásicos y contemporáneos, que pensaran precisamente términos de los escritos y filmes de Pasolini, como los luciolos o el teorema. Partiendo de Accattone (Pier Paolo Pasolini, 1961), Grand confeccionó una sección que trascendía la simple elección de títulos de temática musical, y dialogaba perfectamente con otros programas paralelos. La vía más fructífera y evidente fue la reflexión sobre cómo el cine debe representar el teatro, o cómo éste último influye también en la puesta en escena del cinematógrafo. El corto de Chantal Akerman Trois strophes sur le nom de Sacher (1989) define muy bien esta cuestión, inherente al lenguaje fílmico, debate sin fin. La autora belga filma un solo de violoncelo en estudio. Al fondo, dos ventanas, por las que vemos la representación de una escena de disputa conyugal, sin diálogos. Tres movimientos musicales, tres movimientos de cámara, mismo plano. La secuencia (o el acto teatral) como unidad, la escena como anotación. El truco está en que el teatro tiene un único encuadre (si bien los movimientos y diálogos de los actores, así como la iluminación, intentan que fijemos nuestra atención en una parte de ese cuadro) mientras que el cine cuenta con la posibilidad de tener varios, pero escoge uno, inventa el fuera amateurs, el ejercicio recuerda un poco al Albert Serra de Honor de cavalleria (2006) o El cant dels ocells (2008). Los diálogos están puramente teatralizados, incluso se entonan con un cierto tono neutro, al estilo de lo que pasaba en Arraianos (Eloy Enciso, Esa unidad de significado de 2012). Sin embargo, la puesta en la secuencia/acto está tam- escena resulta híperestilizada. bién muy presente en Femmes Hay cortes entre planos en las Femmes (Paul Vecchiali, 1974). conversaciones, y una construcReverenciado por Pasolini en su ción de la escena en el montaje, momento, el filme cuenta en no dentro del plano; al modo de el 90% de su metraje con dos lo que hace muy consecuentemujeres, actrices retiradas, que mente Lav Diaz en Norte. The viven juntas en el mismo piso. End of History (2013). Esta larga Hélène Surgére y Sonia Saviange cinta de cuatro horas de duración son el alma de un filme que, en no tiene apenas cortes dentro de palabras del propio Pasolini, cada escena. La mayor parte del expone “una mediación sobre la metraje son planos-secuencia, realidad en tanto que reflejo del casi estáticos, que Diaz mueve teatro y sobre el teatro en tanto muy sutilmente y con lentitud que reflejo de la realidad”. La gra- dependiendo del movimiento de cia aquí, en lo que a lenguaje fíl- los actores. El trabajo de direcmico se refiere, está también en ción de intérpretes es fundamenlo que deja Paul Vacchiali fuera tal, unido a un preciso control de de cuadro. Negándose a usar la luz, en un filme que funciona una estructura de plano-contra- como un reloj, y que se vuelve a plano, filma los diálogos desde inspirar libremente de la mejor la posición de un voyeur ajeno prosa de Dostoievsky. a la escena. Hasta aquí, podríaCómo el teatro puede influir mos hablar de teatro filmado. Cuando existe un movimiento de en la vida es un concepto que las actrices en la escena, cuando está también muy presente en los cuerpos se separan, entra en Appassionata (Christian Labhart, juego la panorámica. Aquí radica 2012), mostrada junto al corto de la diferencia entre la puesta en Akerman. Documental biográfico escena de un director teatral al uso sobre una pianista, tiene como principal virtud romper y otro de cine. la representación clásica de la El cine debe pensar cómo rep- cabeza cortada para las entreresentar esta influencia del tea- vistas. La protagonista Alena tro en la vida, y de la vida en el Cherny le cuenta las intimidades teatro. En este sentido, hay algu- al director como si se estuviera nos filmes programados junto dirigiendo a un público, al modo a estas películas que nos pueden de los apartes teatrales. Estas hacer entender un poco mejor la conversaciones puntúan su percuestión. Les suppliantes (Amélie sonalidad, en un filme muy habDerlon Cordina, 2013) toma la tra- lado pero sin entrevistas, que gedia de Esquilo y decide ponerla sigue los pasos de la músico al en escena en un desierto. Mezcla modo observacional. de intérpretes profesionales con 21 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) A CUARTA PAREDE 2/2 Lav Diaz construye ‘Norte. The End of History’ sobre planos-secuencia que crean unidades de significado. En esta misma vertiente, resulta interesante cómo el gitano rumano de Le pendule de Costel (Pilar Arcila, 2013) representa su vida en el hogar. Todo un trecho del filme está grabado por él mismo, con una cámara que le prestó la realizadora. Lo curioso es que dirige en el cuadro a los miembros de su familia, y lo define como si de un escenario teatral se tratase. Lógicamente, esta es una elección espontánea y para nada reflexionada, lo que da una idea del impacto de las artes visuales (la pintura primero, el teatro después, y ahora el cine) en nuestra manera de percibir e interpretar el mundo. Por último, hubo un caso en el que el cine se infiltró claramente en la vida. This Place Does Not Exist (Nour Ouayda, 2012) pone en escena situaciones cotidianas en los diversos cines de género, con actitudes y modos de hablar tan exagerados por parte de sus interlocutores, que el filme solo se puede ver como una gran caricatura de la decadencia de la civilización occidental, con burla directa a toda su imaginería. El ejercicio intenta ser tan deconstructor como trascendental. Respecto a lo primero, las herramientas cinematográficas que usa son muy pobres (mejor seguir la obra de Quentin Dupieux si alguien está interesado en analizar géneros con humor). Ouayda confía todo al diálogo, y por querer abarcar mucho, quizás le haya salido la vacuidad más grande mostrada en el festival. Imagen Pero no solo del teatro vive el FID Marseille. Aunque no fueron mayoría, hubo varias propuestas centradas en la naturaleza de la imagen fílmica que merecen ser analizadas. Let Us Persevere In What We Have Resolved Before We Forget (Ben Russell, 2013) es sin duda el mejor punto de conexión entre ese cine hablado y performativo, y la exploración de una imagen con valor estético, que absorba al espectador en el trance del que tanto le gusta hablar al autor. En la línea de Let Each One Go Where He May (2009), pero con una vertiente política más marcada, el último filme de Ben Russell se acerca al fantástico con una exploración semejante a la de Apichatpong Weerasethakul. En una de las principales entrevistas que realiza a los indígenas de Tanna, en el archipiélago de Melanesia, un hombre mayor y sabio se queja de la destrucción de su cultura a manos de los occidentales. Dice que los católicos prohibieron la magia y beber kava. Lo dice, irónicamente, vistiendo una camiseta del Arsenal. La globalización hace estragos. La llamada del fantástico también atrajo a Gym Lumbera, uno de los grandes descubrimientos de este FID Marseille. Director de fotografía de Jungle Love (Sherad Anthony Sanchez, 2012) y autor de Anak Araw (Gym Lumbera, 2012); este joven realizador filipino es el creador de hipnóticas El joven filipino Gym Lumbera, todo un descubrimiento. (FOTOGRAMA: ‘Jungle Love’, de Sherad Anthony Sanchez) imágenes, llenas de erotismo y misterio, que se interrogan, como Russell, sobre la posibilidad de un mundo espiritual en el mundo contemporáneo. Como el Weerasethakul de Tropical Malady (2004), semejan percibir ese intangible en el bosque, su entorno natural. Un espacio donde el tiempo no parece pasar y todo es posible. La fuerza de Jungle Love radica precisamente en la capacidad de abstracción e hipnotismo de sus imágenes. Lumbera crea una atmósfera que conecta directamente con los instintos (los más altos y los más bajos) del ser humano. Una comprensión de uno mismo, a través de la naturaleza. Una suerte de mirada panteísta que está también presente en Anak Araw. El impacto de esta es aún mayor, si tenemos en cuenta que la voluntad es además política. El archivo, y su manipulación, juegan aquí un papel fundamental en una interpretación anti-colonialista del filme. La blancura es símbolo de la otredad (anak araw se traduce literalmente como “niño sol”, esto es, albino). Lumbera juega con la sobreexposición para dotar de sentido a este elemento de exclusión, que es también la obsesión de una búsqueda de los orígenes en algún lugar de los EE.UU. El protagonista vive pegado a un diccionario de filipino-inglés, en un intento de acercarse a la figura de un padre ausente, el colono. 22 En palabras del propio Rehm (yo no podría definirlo con más precisión): “es una fábula sobre la lengua, el destino y la búsqueda de identidad de su país”. No dejaron en mí la misma huella, pero creo que en esta línea de exploración visual, hace falta citar Lacrau (João Vladimiro, 2013) y Tiny Bird (Sitna Ptica, Dañe Komljen, 2013). Si algo tienen en común, es su evocación de imágenes pasadas, del cine como registro de la memoria. Algo que cumple con creces Outtakes From the Life of a Happy Man (2012) el film-testamento de Jonas Mekas. En él, se dedica a rescatar imágenes no incluidas en películas anteriores, trazando una suerte de biopic lírico de su propia vida. Además del valor de las imágenes por sí mismas, y de cómo las edita en capítulos conceptuales, este largo tiene el valor de darnos registros de un Nueva York pretérito, donde figuras como Peter Kubelka, William S. Burroughs o Ken Jacobs se pasean por el plano. Víctor Paz Morandeira REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) BFI 1/3 30 juillet ROYAUME UNIS → www.bfi.org.uk Docs go wild: FID Marseille 2013 the selection of interesting films but also the framing of them in novel and unexpected ways. Ben Russell’s Let Us Persevere in What We Have Resolved Before We Forget Subjectivity, strangeness, cine-puzzles and disruptive gestures flock together at this most progressive of documentary festivals. From Peter Watkins’s slippery docudrama to more recent artdocu-hybrid experiments such as Clio Barnard’s The Arbor and Ben Rivers’s Two Years at Sea, British film has a long tradition of interrogating documentary. Worldwide, there are many small festivals which do such a thing, foregrounding formally and conceptually adventurous approaches to filming reality. Spain has Punta de Vista and Play-Doc. In the US, there’s Missouri’s True/False festival as well as MOMA’s Documentary Fortnight. France has Cinema du Réel and FID Marseille. (And the list goes on – see Doc Alliance.) Yet there’s nothing comparable in the UK . While there may be strands in British documentary festivals dedicated to ‘hybrid docs’ (at this year’s Open City Docs Fest), a curious and ambitious curatorial focus which maps and challenges the nonfiction form is sadly missing from our festival landscape. What’s interesting about FID Marseille – this year in its 24th edition – is that it doesn’t just do the whole where-fact-andfiction-collide thing. Under director Jean-Pierre Rehm, the programme has one of the most expansive perspectives of all the progressive documentary festivals, with artist’s film and video, documentary and fiction film all commingling. The summer festival rat-race is not for Rehm who, rather than look to larger events for titles, mines the edges of cinema and art for new or under-appreciated voices. The festival’s juried competitions may be its only concession towards convention. Throughout the programme short, medium and feature-length fare rubs shoulders, as do emerging and established filmmakers, their creations as likely to be called ‘gestures’ or ‘disruptions’ as they are ‘films’. Even FIDlab, where directors pitch prospective films in the hope of funding, stands apart from the normal rigid industry formula: participants have 25 minutes to showcase their project (as opposed to the standard 10-15), and the presentations can take any form. Emerging and established filmmakers rub shoulders, their creations as likely to be called ‘gestures’ or ‘disruptions’ as they are ‘films’ The retrospective meanwhile is not a cordoned-off area of history, but a constellation of old and new. (This year a tribute to Pasolini was accompanied by films from Jem Cohen, Manoel de Oliveira, Alexander Kluge, Djibril Diop Mambéty and Lav Diaz, to name just a few.) This so-called sidebar actually encompassed five thematic strands which dominated the programme, and neatly encapsulated the festival’s ethos, which emphasises not just 23 As might be expected of the competition slate, genre-tampering, aesthetic experiments and cine-puzzles loomed large. One of the most intriguing and peculiar offerings came via Ben Russell and his brew of ‘psychedlic ethnography’. Let Us Persevere In What We Have Resolved Before We Forget dropped us in the remote Pacific island of Tanna for a 20-minute fragmentary, phantasmagorical tour, swapping the tropes of anthropological filmmaking for subjectivity and strangeness. Channelling a mixture of Apichatpong Weerasethakul and Jean Rouch, Russell (with Ben Rivers as his co-pilot) films tribesman talking in Beckettian tongues while abstract vistas of steaming volcanoes and a recurring image of a child lying motionless on the ground bring a sense of unease to the exotic locale. Other formally innovative films weren’t always as uniformly satisfying. Travis Wilkerson’s treatment of still images (portraits and architectural snapshots all dissolving into each other in a sort of anti-agitprop palimpsest) stood out in Los Angeles Red Squad, his essay uncovering the brutal police suppressions of union workers and communists in 1930s Los Angeles. But the film soon lapsed into a lecture, relying too heavily on a long list of text detailing the squad’s activities (the dispersals of meetings, arrests, violence) to decry the scale of this meditated preMcCarthy witch-hunt. Interspersed throughout was footage of Los Angeles 80 years 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) BFI 2/3 Travis Wilkerson’s Los Angeles Red Squad Dora Garcia’s The Joycean Society José Luis Torres Leiva’s Ver Y Escuchar on – empty and standardised car parks, pavements and malls – as Wilkerson decries the legacy of the winning capitalist side. The impact of this sundered future may have dwindled as the screen, full of text, was reduced to an archival document – but as the first installment in a trilogy on the American police, the film leaves you keen to see what Wilkerson will unearth next. Not all the films refused straight, interview-based or observational modes. Of those that embraced them, marginalised or little-known communities and individuals were the focus: Polish farmers rebelling against impending ruination from nearby industrial farms and an encroaching shale gas company in Lech Kowalski’s protest Holy Field, Holy War, or the deaf and blind subjects of Chilean director José Luis Torres Leiva’s Ver Y Escuchar (To see and to listen). Indeed, the latter’s solarised, cacophonous interludes proved no match for actual testimonies in conveying the interviewees’ experiences of the world. One of the most memorable scenes of the whole festival involved a man who can determine only light and shade recollecting his first sight of the moon at the age of six, in the midst of a city-wide blackout. For humour and a musing on linguistics and literature (how often do those two collide?) we only had to look to Spanish artist Dora Garcia’s The Joycean Society. Garcia eavesdrops on a reading group of 17 wordsmiths who meet every week in Zurich to unravel the knotted neologisms of Finnegans Wake. No sense of the book’s wider plot or context is given – it’s straight to page 212 to ponder Joyce’s dream-speak (which receives rather dirty interpretations from one member) while Garcia’s camera takes in the baffled silences, furrowed brows and scribbles in the margins. Her surprising, charming film is as much a homage to the group’s dedication (11 years on, they are in the midst of their third lap of the tome) as it is a salute to Joyce’s destruction of language. Meanwhile the cool, fauxobjective gaze of Direct Cinema received a twist in Shaina Anand and Ashok Sukumaran’s Shaina Anand and Ashok Sukumaran’s From Gulf to Gulf collaboration with Indian cargo sailors, From Gulf to Gulf to Gulf. The mariners’ journeys across the Arabian sea to Pakistan, Somalia and the Persian Gulf aboard wooden boats loaded with everything from livestock and cars to boxes of pasta were not only recorded by the filmmakers but also by the sailors on their mobile phones. Meals on deck, packed hulls, the hive of Dubai’s port in the shadow of its gleaming towers, dolphins, boats on fire, shipwrecks – everyday life aboard these precious vessels is intimately detailed in grainy footage, and serenaded by the sailors’ choices of soaring Bollywood ballads of lust and woe. This singular self-portrait-cum-sea-shanty was one of the most delightful and imaginative finds of the festival; a cinema looking over Marseille’s grand old port proved a rather fitting home for it. 24 Marseille’s coastal location, its long history as a gateway to France and Europe from Africa and as a city of exile for its many inhabitants chimed with another film in the programme – Mati Diop’s much-anticipated Mille soleils (A Thousand Suns), an epilogue of sorts to her nowdeceased uncle Mambéty ’s ground-breaking 1973 Senegalese road movie Touki Bouki. Mambéty’s restless young lovers Mory and Anta may have dreamt of the riches and heady times awaiting them in Paris (hypnotised by Josephine Baker’s song about the city which encircles the film’s soundtrack) but Marseille is where their boat would have docked. Mory, of course, in that film’s final scenes, turned back while the ship sail off with Anta onboard. Diop returns to Dakar 40 years later to discover what happened to Magaye Niang, who disappeared from cinema after that one performance. Yet this isn’t an 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) BFI 3/3 Touki Bouki (1973) ordinary, interview-based coda, more a film that is suspended between Mambéty’s fiction and Diop’s. The song that haunts Mille soleils is The Ballad of High Noon, reportedly one of Mambéty ’s favourites. “Do not forsake me, O my darlin”, Tex Ritter pleads as Magaye wanders into the opening credits and through Dakar’s heaving streets with his cow herd, just like Mory did at the start of Touki Bouki. It’s as if Anta had really left him all those years ago. Scrounging for money, with his tatty clothes and his wife berating him like Mory’s onscreen mother did 40 years back, there’s little to separate him now from the character he played, apart from the fact that he’s thrown out the horns that adorned his beloved motorbike in the film. How much of this footnote is real or concocted we wonder, as Magaye presents an outdoors screening of Touki Bouki, then later tries to call up Anta (whose fate I won’t spoil) as if her character hadn’t lived for just 95 minutes. Whether the distant voice on the end of the line is that of actress Marème Niang (who, although she shares the same surname, is no relation to Magaye), we never know. Mati Diop’s Mille soleils Films about and within films are a stalwart of the FID prog ra m m e. ( T h i s y e a r ’s s e l f reflexive offerings included Pere Portabella’s imaginative use of Jesús Franco’s Count Dracula cast and crew in Vampir Cuadecuc, a political take on Stoker’s tale filmed during the shooting of Franco’s film; as well as JeanAndré Fieschi’s 1981 video conversation with Jean Eustache about Fieschi’s next film project.) Diop’s fantasy documentary, which claimed the jury’s prize, was far more evasive and inventive than, say, Jean-Marc Lamoure’s shadowing of Béla Tarr on set of The Turin Horse. For all the deliberate echoes of Mambéty’s film (particularly the all-pervasive sense of longing), Diop has her own style: her film is nocturnal rather than sun-scorched like Touki Bouki. Some of her magicalrealist touches might not possess the strangeness and ambiguity of Mambéty’s, but she doesn’t just riff on his film nostalgically, rather exploring the political situation in Dakar now and critiquing the hedonism of 1970s youth, Touki Bouki’s protagonists included. As her camera imaginatively captures a younger audience watching Mambéty’s film, their shadows mingling with Mory’s figure as he runs for the boat, her film testifies to its predecessor’s staying power and the spell of faraway lands which still grips a younger Senegalese generation. Mambéty once stated that the characters in his subsequent 1992 feature Hyenas – a wealthy woman who revisits her home village and the shopkeeper who abandoned her – were versions of Mory and Anta later in life. While Diop imagines the end of the road in Mille soleils, she also crafts a love letter: a contextualisation and tribute of the sort often made in homage to canonical American and European films, but which African cinema rarely receives. Isabel Stevens 25 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) INTERFERENCE 1/2 26 juillet ALLEMAGNE → www.xxxinterferencexxx.com FESTIVAL REVIEWS Das « Festival International de Cinéma FID » in Marseille Darüber Hinaus : Die Vervielfältigungen des Realen sich in immer labyrinthischen Bildfolgen und Reflexionen verlor. Das Verlorengehen in Potenzialitäten, auch dies eine mögliche Konsequenz des unerreichbaren Werkes. Ihre Suche nach dem Unbestimmbaren dokumentiert das Künstlerpaar nicht nur in dem in der «Théoreme»-Sektion platzierten, nach Guattaris Skriptentwurf betitelten Film «In Search of UIQ», sondern gut-rhizomatisch auch in Form von Ausstellungen und Buchpublikationen. Jedes Medium schafft seine eigene Interpretationsform, das « Phänomen » des unrealisierten Werkes zu konstituieren. «Outtakes from the Life of a Happy Man», Jonas Mekas Wie nur wenig andere Festival wird im Marseilles FID weniger Realität dokumentieren als immer wieder neue Perspektiven, Optiken und Verfahrensweisen angeboten, das Reale zu umschreiben als ungesichertes Terrain. FID bietet ein vielstimmiges Panorama, mit Realität umzugehen, ohne unter Bestimmungszwang zu geraten. Das Möglichkeitsspektrum reicht von Arbeiten, die auf Autorenschaft nahezu verzichten, um lediglich ein Konzept zu verwirklichen, es führt über das Spiel mit reinen Potenzialitäten des Realen, über kommentarlose Wiedergaben von Überwachungskameras bis hin zum schlichten Aufgreifen des fragil Gegenwärtigen, zum reinen Eintauchen in das Hier und Jetzt, als Akt reiner Lebenslust und Augenblicksbejahung. Für die erste Form steht etwa der im Wettbewerbsprogramm platzierte, in Indien und den Vereinigten Emiraten produzierte Film «From Gulf to Gulf» Shaina Anands und Ashok Sukumarans, der faktisch aus audiovisuellen Au f z e i c h n u n g e n e i n f a c h e r Frachtschiffarbeiter komponiert ist, jene nahezu Heimatlosen, die permanent die ansonsten unpassierbaren Grenzen überschreiten und die Ozeane durchstreifen, um den Preis willen, nie wirklich an Land gehen zu dürfen. Die Filmemacher liefern hier lediglich die Idee, deren HandyAufzeichnungen zu nutzen, die ein Leben am Rande der Virtualität einfangen. Die Seeleute nutzen ihre Taschenkameras und Handys üblicherweise für Nachrichten an Familienangehörige und Freunde, weit seltener auch zur Dokumentierung ihrer frei schwebenden Existenz zwischen den sozialen Wirklichkeiten. ein um 1980 geschriebenes Science-Fiction Manuskript des am Mainstreamkino interessierten Guattari gestossen, dass dieser (denkwürdigerweise) auch gleich in Hollywood verwirklichen wollte. Das Künstlerpaar macht sich auf den Weg der Rekonstruktion des Nichtrealisierten und thematisiert ihre Suche selbst als eine der möglichen Potenzialitäten Guattaris Werkentwurfs. Ihr Versuch, sich dem Nichtvollendeten anzunähern, wird auf verschiednen Ebenen durchgespielt, von Radiostudioaufnahmen bis nur Kontaktnahme mit den einst auch von Guattari kontaktierten Filmstudios bis hin zum Aufsuchen einer Wahrsagerin. Ein Spiel mit Potenzialitäten entfaltet sich, wenn im Zentrum des Filmes ein möglicher, aber nie realisierter Film steht, dessen mögliche Realisierung in unterschiedlichen Ereignisräumen und Fiktionsebenen evoziert wird. Die in Paris lebenden Filmemacher Sylvia Maglioni und Graeme Thomson sind während i h r e r Re c h e r c h e n z u G i l l e s Deleuze und Felix Guattari auf Sie vervielfältigen das Kontaktfeld noch, als sie auf einen merkwürdigen, jedoch nie präsenten Zeitgenossen stossen, der offensichtlich auch auf Guattaris Skript aufmerksam geworden war und sich zur Spurensuche aufmacht hatte, in der Folge jedoch – wie eine - sei’s nun Fiktion oder nicht - von Maglioni und Thompson zufällig gefundene Festplatte des einsamen Suchers zeigt, 26 Für das Eintauchen in den reinen Augenblick, in die Schönheit des Flüchtigen, in die fragile Zeitlichkeit steht kaum ein Name so klar wie Jonas Mekas, der Mann, der während seines langen Lebens nur selten die Kamera aus der Hand legte. Mit dieser Kamera schuf sich Mekas ein Medium der Vergegenwärtigung all jener einst präsenten Ereignisse, so eröffnet er sich und seinen Freunden einen Rückblick auf den gesamten Mikrokosmos der Details, die sich seinem eigenen Gedächtnis schon lange entzogen haben. «Ich habe gelebt, dies ist meine Welt, dem Vergessen und der Vergänglichkeit entzogen», ist das Credo Mekas, das er in seinem im FID als Abschlussfilm gezeigten «Outtakes from the Life of a Happy Man» noch einmal auf wundersame und berührende Weise dokumentiert. Die reine Selbstaufzeichnung…auch dies eine Form der Realitätsstiftung. Der Wille zur Selbstbekundung wird üblicherweise in problematischen Situationen virulent. Christophe Brisson gibt in seinem im französischen Wettbewerb gelaufenen Werk «Au Monde», REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) INTERFERENCE 2/2 «From Gulf to Gulf», Shaina Anand & Ashok Sukumaran «In Search of UIQ», Silvia Maglioni Graeme Thomson Clochard begegnet, der die Nacht nicht überleben wird. Der weitaus längste Teil des Wettbewerbsfilms ist dem fast ereignislosen Leben der Insassen eines Asyls in Sieniawka gewidmet, in deren Rhythmus und Horizont Malaszczak eintaucht. Langsam nur schälen sich Mikroereignisse und Charaktere heraus, vor allem aber offeriert Malaszczak eine andere Wahrnehmung der Zeit und des Da-Seins. Im dritten Teil öffnen sich die Türen zu einer Rückkehr in die bekannte Überwundene Behinderung ist Alltäglichkeit, die nicht wirklich Thema auch in José Luis Torres als vorzuziehende Lebensform Leivas Film «Ver y escuchar». zu überzeugen vermag. Der chilenische, im internationAuch den analytischen Dokualen Wettbewerb gezeigte Film dokumentiert die Begegnung mentarfilm in seinen wiederum von Stummen und Tauben, die u n t e r s c h i e d l i c h e n F o r m e n ihre ganz eigenen Wege finden, bietet FID im Wettbewerbspromiteinander zu kommunizieren gramm. Einerseits als bestenund zuweilen das Vorurteil der falls durch Dialoge angereichte, «Behinderung» zu transform- sich auf reine Beobachtung ieren vermögen zur Teilnahme beschränkende Dokumentation, an einer spezifischen, schlicht wie sie etwa Lech Kuwalskis in anderen Form der Wahrnehmung «Holy Field Holy War» darbietet. Thema ist die Umweltzerstörung des Realen. durch einen US-Amerikanischen Isolation und Transgression, Chemiekonzerns in ländlichen Asyl und seine Überschreitung polnischen Regionen. Kuwalski werden als Thema in recht enig- zeigt die Farce der «Demokratiematischer Weise ebenso variiert a-posteriori», nachdem unter in Marcin Malaszczaks bereits Ausschluss der Öffentlichkeit alle auf der Berlinale gelaufenen Bei- wirklichen Entscheidungen beretrags «Sieniawka». Der aus its getroffen wurden und nimmt Polen stammende, heute in sich Zeit für die durchsichtigen Berlin lebende Filmemacher, Täuschungsmanöver auf den schafft ein dreigeteiltes Werk, Informationsveranstaltungen des das nahezu surreal und ortlos in Allianz mit Kommunalpolitikern beginnt, in einer Waldgegend, agierenden Konzerns, während wo ein in Schutzanzug und Helm die Einheimischen faktisch in daher kommender Mann einem Folge der Wasserverseuchung exklusiv den Erzählungen eines traumatisierten Mannes Raum, der in einem fast lichtlosen Kellergewölbe hockt. Hierhin hatte er sich nach einer chirurgischen Operation zurückgezogen, die ihn zum Behinderten gemacht hatte. Hier berichtet er mit metallischer, seine Atemgeräusche stark akzentuierender Stimme von seiner selbst gewählten, totalen Isolation und seiner langsamen Rückkehr in die Normalität der Geselligkeit. in eine Existenzkrise getrieben werden. Kuwalski contrapunktiert diese Ereignisebene mit Bildern der Ölkatastrophe im Golf von Mexiko, wie auch mit Filmzitaten des 1948 von einer Ölkompanie in Auftrag gegebenen Propagandawerks «Louisiana Story» Robert Flahertys , den er in wilder Montage dekonstruiert zu einer denunzierenden Lesart. Kommentierte Analytik dagegen demonstriert der USAmerikanische Beitrag Travis Wilkersons «Los Angelos Red Squad : The Communist Situation in California», der anhand sorgfältig recherchierten Materials nachzeichnet, auf welche Weise die amerikanische kommunistische Bewegung methodisch unterminiert und dekonstruiert wurde. Einschleusen von Agenten, Denunzianten, Informanten, bis hin zu bestochenen Antreiber und Führungspersönlichkeiten... das ganze Register der Destruktions- und Destabilisierungsformen wird hier durchdekliniert und kristallin transparent gemacht, ein Musterfall von verblüffender Aktualität : Entscheidungs-, Gruppenbildungs- und Aktionsprozesse, die politischen Umbruch intendieren, können kaum real werden in einer bereits machtzentrierten Gesellschaft. Doch dann brechen in FID die Scharniere auch wieder, und die schöne anarchistische Libido bricht ein, fern allen Dokumentarischen. Im französischen Film «Il 27 est des nôtres» Jean-Christophe Meurisses kommen in einem in einer Fabrikhalle abgestellten Wohnwagen eine Gruppe von recht individualistisch Begehrlichen zusammen, die alle üblichen Formen sozialen Umgangs erst gar nicht aufkommen lassen. Das Programm des freien Ausdrucks und der libidinösen Selbstentfaltung, das auch ältere Damen mal eine Strip hinlegen lassen, setzt bei Meurisse allerdings auch eruptionsartig aufflammende mortale, destruktive Energien frei. Schade, denn der Film wirkt vor allem durch seine fröhliche Ausgelassenheit und lustvolle Infragestellung sozialer Tabus. Er zeigt eine verspielte, sich spielende und sich ausprobierende Gruppe, die in bizarren, zuweilen hyperrealen Diskursen kommuniziert und die Grenzen des Möglichen abtastet. Eigentlich bräuchte es mehr dieser Existenz experimentierender Filme. Fellinis, Ferreris und Pasolinis mangeln heute schmerzhaft, in einer sich einödenden, immer stärker normierten und kontrollierten Realität. Reales wird in den abgesackten Szenerien dominiert von der «Sicherheits-» Ideologie» eh kaum mehr spürbar. Die Tilgung von Abweichungen und Widerstandsformen gegen die kommerzielle Prozessmaschine durch die „Sicherheits-Agenten ist weit fortgeschritten. Dieter Wieczorek 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) BLOGS AND DOCS 1/3 24 juillet ESPAGNE → www.blogsandocs.com FESTIVALES El FID Marsella es un festival que sigue muy firme, con una apuesta teórica que subyace por todo el programa y se lleva a cabo de manera clara y coherente. La epidermis de esta apuesta es que casi todas las sesiones son un reto o una sorpresa, pero es el tejido subcutáneo el que dota de sentido a la palabra “festival”, en este mundo festivalero actual que a menudo pierde sentido, convirtiéndose con demasiada frecuencia en una rueda imparable, azaroza, injusta y desbordada de películas en movimiento. El FID Marseille se ha elevado estos últimos años, desde la toma de riendas del festival en manos de Jean-Pierre Rehm (2001) y de manera progresiva, pero especialmente desde que se empieza a programar ficción (2006), en uno de los festivales más bien valorados en todo el mundo. El FIDM tiene un presupuesto moderado si lo comparamos con otros festivales europeos, pero es como un David dándole a Goliath una y otra vez. “Un festival impertinente”, “este no es un festival tranquilo”, Marsella, viento en popa fueron algunas de las palabras usadas en la inauguración para contextualizar el evento. Personalmente, después de asistir seis años consecutivos -para mí, asentado en Barcelona, acercarme a Marsella es bastante sencillo-, lo que más me interesa del festival son las líneas maestras que corren por detrás. Mucho más allá de que una película nos guste y otra no, de venerar un realizador o apuntarse la medalla de un descubrimiento, o de que el conjunto de filmes brille más en una edición que en otra, la apuesta teórica que subyace por todo el programa es una raíz que se mantiene y se lleva a cabo de manera clara y coherente. La epidermis de esta apuesta es que casi todas las sesiones son un reto o una sorpresa, pero es el tejido subcutáneo el que dota de sentido a la palabra “festival”, en este mundo festivalero actual que para mí a menudo pierde sentido, convirtiéndose con demasiada frecuencia en una rueda imparable, azaroza, injusta y desbordada de películas en movimiento. El FIDM, que contenía antes en su título la palabra “documental”, la ha traspasado. El debate documental – ficción ha sido trabajado y ya dejado atrás, poco a poco, año a año. Ahora ya es un punto y final y se mira hacia adelante, no se trata de quedarse trabado. Entendiendo el documental como un muy adecuado “campo para la exploración” (1), donde las prácticas artísticas pueden expandirse, donde los campos filosóficos, literarios, ensayísticos, políticos, históricos, pueden fundirse; de un modo libre, comprometido, indagador, provocador; alocado, si es necesario. A partir de ahí, armar un programa, que tiene en sí algunos nombres fieles, algunos círculos artísticos recurrentes (Roee Rosen este año en el FIDLab, Tsai-Ming Liang, presidente de honor del festival este 2013, Jean-Claude Rosseau, las películas alrededor de los Auguste Orts, de Axolote Cine, con siempre un ojo atento a un cine del mundo árabe despojado del encasillamiento occidental, como comentábamos en la pasada edición, a filmes especialmente del Líbano, pero también de los Territorios Palestinos, 28 de Argelia; otro ojo pendiente a la producción independiente de países como Argentina, Filipinas, también España, evidentemente Francia) pero que tiene las puertas abiertas a nuevos nombres y propuestas llovidas de donde sea, como este año los varios realizadores balcánicos presentes entre muchos otros. El citado FIDLab (International Coproduction Platform, nacido en el 2009) se puede entender también como una ramificación de esta amplia apuesta, encuentro para la presentación y fortalecimiento de futuros proyectos que de un modo u otro entronquen con la propuesta del evento. Este “laboratorio” tuvo este año como ganador el realizador español Carlos Casas con el proyecto Cemetery. Además de este amplio campo de trabajo, en esta edición sobrevoló la figura de Pier Paolo Pasolini que vertebró todas las secciones paralelas. En lugar de hacer la clásica retrospectiva de todas sus películas juntas, su filmografía se dividió y dio pie a seis secciones no competitivas. Mezcladas con filmes nuevos, así como también algunos antiguos, entrelazadas por sugerentes concomitancias. Representaciones El documental es construcción y la ficción es despojada de la armadura del guión, más de sus costosa producción, y en ese territorio se cocinan nuevos audiovisuales contemporáneos preciosos, que tienen también un ojo en sus precursores, como Rouch o Rossellini, o el propio Pasolini. Vimos varios ejemplos de ello en el festival. Los que más nos agradaron fueron dos. El primero, Loubia Hamra, un 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) BLOGS AND DOCS 2/3 largometraje autoproducido por la realizadora Narimane Mari, rodado en un par de pueblos costeros argelinos. Es un gran encaje de dos premisas a priori opuestas, la alegría infantil y el drama de la guerra. Como si de un taller de interpretación se tratase, un grupo de niños (ajetreo, libertad, energía) representan a través de las secuencias algunos momentos relacionados con la Guerra de Independencia, o los lejanos puntos de ancla que quedan de ella. A través de esta representación llena de aventura e imaginación, se evoca el pasado argelino, en primera instancia casi como un juego, en su trasfondo la evocación de la historia del país. El segundo fue Soles de primavera, del realizador serbioespañol Stefan Ivancic. Cuatro jóvenes serbios, primos y hermanos, el realizador entre ellos, comparten un breve periodo de vacaciones en Belgrado, entre chapuzones y paseos sin rumbo. Es un verano adolescente memorable pero con un triste cruce de caminos inconclusos. Pertenecientes a un país débil y roto frente el neoliberalismo europeo, marcados por el exilio a países más ricos, sólo el más joven del grupo piensa en rebelarse, evocando con inocencia los sueños perdidos de un socialismo que nunca conoció. Secuencias cámara en mano crean un ambiente natural con diálogos fluídos y una buena dirección de fotografía cautivó, y mucho, por ser capaz de capturar la fugacidad del tiempo adolescente. También en esos territorios de la representación nos dejó atónitos el artista Neil Beloufa con Tonight and the people. Es una desestructurada sit-com con estándares de la sociedad norteamericana (excitadas teenagers, afroamericanos tipo gangster, hippies, cowboys, chica de gasolinera chuleada por latinos) con un extraño sentido del humor que nunca acaba de estallar, expresado sobretodo a través de los diálogos. Beloufa define con cinismo los elementos que hacen a un grupo social clasificable, como si la sociedad occidental pudiera encasillarse en unas etiquetas evidentes y dentro de un decorado barato. Como si los medios audiovisuales creasen y prestableciesen los compartimentos de la población, controlándola, convirtiéndola en algo absurdo, que es lo que consigue el realizador al llevar la propuesta hacia los extremos y el estallido, ahora sí, planetario final. Observaciones y construcciones Muchas películas del festival, al tener esa raíz bien clara el evento, parecen dialogar entre ellas, un hecho característico de la programación del FIDM. Lacrau de João Vladimiro es un largo paseo por un pueblo remoto, muy deshabitado. Solo, el realizador filma espacios, anotaciones de aquello que va encontrando, con algunos momentos inspirados y un final de cielo y pájaros muy brillante, pero la película en conjunto se viene abajo por exceso de metraje y trascedentalismo cargante. Algo en común tenía el largometraje filipino Anak Araw, de Gym Lumbera, pero con bastante más sentido del humor, incursiones del realizador surrealistas y un montaje que parecía pertenecer al azar en una jungla laberíntica. Había una historia detrás de las imágenes, el aprendizaje del significado de las palabras vía diccionario, pero se difuminaba a través de la abstracción del orden de las secuencias. Otra película filipina podría engarzar con esta, por la jungla como referente, de nuevo, y por la libertad de su narración. Tres historias se cruzan en una montaña frondosa, una mujer con un bebé en brazos, unos soldados perdidos y una pareja tatuada y copuladora con un tercer colega que aguanta la vela. El sexo es algo muy presente en esta Jungle love de Sherad Anthony Sanchez, desde la primera secuencia con una masturbación que deja al espectador las cosas claras. Tras lo explícito, pero, late lo sobrenatural, la energía de la madre tierra, el misterio de esta montaña que ha atraído a todos estos espíritus errantes hacia ella. En otra jugosa frontera entre lo observado y lo representado, se encontraba La Buissonnière de Jean-Baptiste Alazard, roadmovie con una media hora calma y una segunda mitad de drogas y raves. Dos amigos, y un tercero siempre tras la cámara, muy cercano e íntimo pero sin hablar ni intervenir, viven con intensidad la fabricación manual de sustancias alucinógenas recogidas del campo así como sus resultados. 29 Un viaje a lo Kerouac con una joven generación hedonista que dentro de su experiencia intensa no abandona la idea de crear un mundo alternativo. Volviendo hacia la observación más clásica, pero con una puerta abierta a distintas interpretaciones -nunca mejor dichoencontramos la divertida The Joycean Society, película belga de Dora García. Esta realizadora se inmiscuye en un grupo de lectores y estudiosos de un libro (“el libro”), Finnegans Wake de James Joyce, quienes llevan más de una década leyéndolo y releyéndolo, descubriendo en cada palabra nuevos significados, en cada frase juegos ocultos. Un sin parar de charlas jocosas nacen de su análisis minucioso sin internets ni wikipedias, pero la realizadora muestra también la obsesión del ser humano, la adicción a algo que llene de sentido nuestras vidas, a la vez que su observación nos puede recordar los grupos de devotos que estudian los textos sagrados sin cesar. Procesos y reflexiones Dos títulos de competición mostraban la estructura de construcción de la película, desplegando un esquema de varias capas de montaje. El primero, Ricardo Bär (Gerardo Naumann, Nele Wohlatz), que fue de las que más nos gustó de todo el festival. En una región fronteriza entre Argentina y Brasil, con una comunidad de lejano origen alemán, los realizadores aterrizan como intrusos con sus cámaras. La llegada, el descubrimiento del protagonista del futuro film y todos los problemas que genera la filmación, acabará siendo la película, a la par, que este proceso conseguirá ser también retrato de la peculiar región. La francesa Parades ( J u d i t h A b e n s o u r, T h o m a s Bauer) es el proceso de hacer 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) BLOGS AND DOCS 3/3 una película colectiva en Palestina. Unos jóvenes franceses e israelíes pretenden hacer una película, pero el debate previo a los rodajes, acabará siendo el núcleo del proyecto. Debate sobre prejuicios, sobre voluntades políticas, sobre blancos, negros y grises. Estas discusiones van acompañadas, por un lado, de algunos fragmentos de filmación y son, por otro lado, irrumpidas por otro proceso, el de montaje. En la sala de edición, el intérprete que va traduciendo las conversaciones (que se dan en distintos idiomas, creando así otro proceso en paralelo) corta el montaje, se levanta de la mesa y reflexiona sobre las reflexiones. El supuesto traductor es un actor, Laurent Poitrenaux, para mí representando su personaje con exceso de dramatismo, el único pero que le encontré al film. Los autores, bajo este entramado y a partir de la idea de colectivo cuestionan también su propio rol de autor, muestran la importancia de la reflexión, del camino, por encima del resultado. Últimas anotaciones Algunos nombres consagrados también se encontraron en el programa con filmes recientes. Aunque ubicada dentro de las paralelas, según nos comentaron compañeros locales, se entendía más como preestreno (actualmente en salas) que como selección la película de Avi Mograbi Dans un jardin je suis entré. Sin el punch político y combativo habitual, y sin su característica ironía que apela a la participación del espectador, es la peor película de toda su filmografía. Trata de la relación con un amigo palestino con el que traza un recorrido por sus orígenes, lugares que ya no existen o donde no es bienvenido, algo ya sabido y narrado muchas veces. La película carece de energía y Mograbi parece complacido con la representación amable de su propio personaje. Algunos otros nombres grandes aparecieron por el programa. Se proyectó Norte, the end of history (Norte, Hangganan Ng Kasaysayan) del filipino Lav Diaz, presente como miembro del jurado, en una de las mejores sesiones del festival. Cuatro horas de una obra dostoievskiana que poco a poco va creciendo para ir desde la microhistoria en paralelo de un prometedor estudiante y un desafortunado jornalero para llegar hasta los abismos más profundos y tenebrosos del ser humano. También Rithy Panh, en L’image manquante, una película consecuente con toda su trayectoria y labor con la memoria histórica de Camboya, muy atada a su voz en off, y donde por primera vez cuenta el realizador su historia más íntima. No asistimos a la clausura, Jonas Mekas, Outtakes from the life of a happy man. La única película española nueva (se proyectó también Vampir-Cuadecuc de Portabella) este año en todo el festival fue De Occulta Philosophia de Daniel V. Villamediana. Un documental con un grupo de música antigua, La Reverencia. Encorsetado en la teoría, la película no fluye, ni en sus partes dialogadas, donde las conversaciones de tono pedagógico son muy forzadas, ni en las partes musicales, donde la devoción por el espacio encerrado y los instrumentos enclaustran la libertad de la música. Hay un paralelismo entre la interpretación de música antigua, que a partir de estudios estéticos e históricos refundó ya hace años toda la interpretación musical desde la Edad Media hasta el Barroco -lo que fue una cataclismo en el campo de la música en ese momento- y la realización de Villamediana, cuadriculado en su esquema, mesurando con precisión todos los planos, su luz y sonido, como si quisiera también volver atrás en el tiempo, sin la agilidad del digital, las cámaras ligeras y el montaje no-lineal, buscando lo perdido en las primeras décadas del cine como esos músicos buscan los sonidos que se habían perdido en los orígenes de la interpretación. Ganó el festival Mati Diop con el mediometraje Mille Soleils, relato medio documental medio onírico con el actor Magaye Niang, protagonista de una película icónica del cine africano, Touki Bouki (1972), del cineasta senegalés Djibril Diop Mambéty, tío de la presente realizadora. La película vieja está dentro de la nueva, proyectada en las calles de la capital, continuada en la vida de ambos protagonistas, ahora ancianos, separados por el destino de la emigración a puntos remotos del planeta, como son Dakar y Alaska. Otro pequeño pero hondo proyecto nos habló de África y su historia perdida o entrecortada, en este caso salvada por una entrevista hecha en medio de una investigación para un film. Con solo una charla, Jean-Marie Teno en Une feuille dans le vent, recupera por unos instantes las palabras de Ernestine, hija del líder de la independencia de Camerún, Ernest Ouandié. Si el padre tuvo un final drástico con su ejecución, la hija hereda decenas de problemas personales irresolubles, desde la cuestión indentitaria hasta la pobreza absoluta y los malos tratos de sus tutores, lo que la lleva, metáfora del país y en parte del continente, a la consumación en vida. P.D. 30 Las películas que más nos gustaron de todo el festival, como From gulf to gulf to gulf, de Shaina Anand y Ashok Sukumaran, producción India y Emiratos Árabes Unidos, la belga Élevage de poussière de Sarah Vanagt, la argentina Ricardo Bär de Gerardo Naumann y Nele Wohlatz, y quizás algunas otras, tendrán una dedicación más específica en los próximos números de esta publicación. (1) Entrevista con Jean-Pierre Rehm, [Écritures documentaire], en la revista Zérodeux, por Emmanuelle Lequeux. Núm. 60. Diciembre 2011. Disponible en francés. Última consulta, 20/07/2013. REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) A CUARTA PAREDE 1/3 24 juillet ESPAGNE → www.acuartaparede.com FESTIVAL El FID Marseille de este año trazó un mapa de tendencias diverso y muy estimulante. Por esta razón, hemos decidido dividir nuestra crónica en dos partes, para poder dedicarle el espacio que merece a cada una de ellas. Esta primera se centra en la relación de los filmes con la palabra y en el carácter performativo de muchas de las propuestas. Seguirá otra que indague en la exploración visual de algunos de los títulos seleccionados y en el interés del certamen por el teatro. Viajar está bien. El circuito español de festivales de cine documental que yo he frecuentado en los últimos años (PlayDoc, Punto de Vista y la sección de autor de Documenta Madrid) parecía repetir dos tendencias comunes: la hibridación de géneros y un registro contemplativo. De la primera, el FID Marseille 2013 ha dado buena cuenta, apuntando muy específicamente al carácter performativo FID MARSEILLE 2013: UN FESTIVAL HABLADO de muchas de las propuestas a concurso. De la segunda, pocos ejemplos hay en un certamen que, ante todo, hizo un uso continuo de la palabra. Queda ver si esas palabras son una herramienta cinematográfica, o si por el contrario quedan solo en vehículo de un contenido socialmente relevante. Esta parece ser la intención de la atropellada Holy Field Holy War (Lech Kowalski, 2013), sobre la extracción de gas a través de la técnica del fracking en su originaria Polonia. Este procedimiento está contaminando el agua de muchas granjas, causando grandes daños ambientales y económicos a los explotadores de estas tierras. Lo peor de la jugada es que las grandes empresas norteamericanas incitan a los paisanos a aceptar cuatro perras por la explotación de los terrenos, sabiendo las dificultades económicas que atraviesan en buena parte del mundo. Esto ya fue un problema en los EE.UU., y está siéndolo ahora en Europa. Nadie se salva. A pocos kilómetros de donde habito (Gijón), está habiendo protestas anti-fracking contra una multinacional como la que sale en el filme de Kowalski. Asturias, Polonia y la Cochinchina son iguales. Todas pueden ser objeto de una gran estafa, y de un enorme atentado contra el medio ambiente. Esto quedó perfectamente reflejado en la rutinaria Promised Land (Gus Van Sant, 2012), una ficción de protesta sin ninguna pretensión cinematográfica, que, eso sí, era muy educativa. En el documental de Kowalski, los paisanos protestan. Hay una reunión vecinal con los mandamases de la empresa, que bien podía ser la traslación en la ficción de la de Gus Van Sant. Pero si en esta el modelo de extracción del gas y su impacto en el medio ambiente quedaba perfectamente explicado, la cinta de Lech Kowalski no se toma ni un minuto en sacarnos de la duda. Desde un punto de vista informativo, es por tanto un 31 filme fallido. Desde un punto de vista cinematográfico, es vago. Registros tomados con urgencia, de una situación difusa, que no se entiende muy bien. Sin embargo, se ve que la etiqueta verde sedujo a los jurados, que le otorgaron un total de tres premios. Además del de la ciudad de Marsella, se llevó el del Grupo Nacional de Cines de Investigación y el Georges de Beauregard de la sección internacional (algo así como el segundo premio de la competición). Los dos últimos le aseguran, por el pago de la copia DCP y una ayuda a la distribución, su presencia en salas galas. Si la política Eva Joly (productora del filme y una suerte de gurú en Francia dentro de la izquierda alternativa) la promociona un poco en algún debate televisivo, el beneficio económico del filme puede ser considerable. A veces los premios no dan solo prestigio. El que no podía llevarse nada, porque no competía, era Rithy Panh, con su aplaudida L’image manquante (2013), recibida más bien positivamente en Cannes. Es muy difícil criticar el relato de Panh sobre su infancia en duros campos de trabajo de Cambodja. La honestidad de la película es la que gana al espectador. Pero hace falta preguntarse si la cuestión que lanza su realizador al inicio del filme queda resuelta. ¿Cómo representar una realidad de la que faltan las imágenes? A l g u n a m u e s t ra , t o d a s l a s imágenes no faltan. Y, desde luego, testimonios tampoco. Al intentar reconstruir la historia con muñecos, Panh se acerca a un filme de animación. Pero aquí no hay el impacto de la realidad de un Vals con Bashir (Ari Folman, 2008), solo el cartón piedra de una ficción de segunda fila. La propuesta es tan conservadora 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) A CUARTA PAREDE 2/3 ‘Suitcase of Love and Shame’, o el arte del audio encontrado. Lech Kowalski se llevó tres premios por ‘Holy Field Holy War’. que acaba por quedarse en tierra de nadie, donde no se juega todo ni a la representación con imágenes ficcionales (este filme podía haber sido una enorme Lista de Schindler) ni al poder real de la palabra, de los testimonios (también descarta ser un discípulo aventajado de Shoah). La crítica también puede ser ideológica. Lo que sí falta en L’image manquante es el individuo. Panh lo remarca tantas veces, y a veces con recursos tan obvios, que los comunistas quedan reducidos aquí a unos malos de opereta. Falta distancia, y quedamos también con ganas de más. Hay muchos otros ejemplos de filmes hablados. A Girl and a Tree (Vlado Skafar, 2012), por ejemplo, parece una clase de filosofía trascendental sobre la muerte, entre dos viejecitas sentadas contra un árbol. De esos filmes que tanto quieren abarcar que no agarran nada. The Joycean Society (Dora García, 2013) registra, de manera apresurada y como puede, las reuniones de un grupo literario que lleva años analizando la prosa de Joyce. Por interesantes que sean sus reflexiones, más constructivo habría sido un ensayo sobre el autor. La pieza de García se encuadra en un proyecto de investigación más profundo, y entiendo que tendrá más sentido como parte de ese trabajo, que arrancada de su origen y traída a una competición internacional de un festival de cine. Sin embargo, la sesión más relevante de esta línea de programación estuvo en la sección ‘Coeurs’, organizada y presentada por Gilles Grand con mucha coherencia, independientemente de la calidad de los filmes seleccionados. Esta sesión estuvo compuesta por Cherry Blossoms (An Van Dienderen, 2012), Tokyo Giants (Nicolas Provost, 2013) y Suitcase of Love and Shame (Jane Gillooly, 2013). Las tres piezas juegan todas sus cartas al registro sonoro, y su manipulación para la construcción de una narrativa particular. Mientras Van Dienderen pone en escena la traducción simultánea de una intérprete, del documental que ella grabó previamente sobre tribus urbanas en Tokio; Provost repite el ejercicio de Stardust (2010) de crear un ambiente opresor de cine noir y cienciaficción a través de diálogos sacados de filmes, sobre imágenes grabadas por él mismo en la urbe japonesa. Ambas películas dan una interpretación hablada de ‘Dans un jardin je suis entré’ (Avi Mograbi, 2013) fue el filme que mejor definió el estilo de documental performativo que imperó en la selección. las imágenes. Son pura manipulación oral. La tercera cinta en discordia, Suitcase of Love and Shame, es la más arriesgada en este discurso, al tratarse de la reconstrucción de una historia de amor prohibida a través de audios encontrados. Su autora compró unas cintas en internet que contenían la correspondencia amorosa entre dos amantes en la Norteamérica de los años 50. Reproduciendo los trechos más significativos en magnetófonos, Jane Gillooly intenta dejar que el material hable por sí solo. ¿Pero cómo mantener el ritmo en un filme de 70 minutos, que es básicamente una conversación sin cuerpos que la canalicen? Todo el dispositivo de los magnetófonos parece bastante aparatoso y artificial. Pero no se puede criticar el filme por incoherente. Persigue una premisa y 32 va con ella hasta el final. Quizás lo más interesante es la reflexión que permite el plano final, en el que descubrimos que las conversaciones son reales, y fueron encontradas en internet, como residuo cibernético. En un momento en el que no existían las redes sociales, ni siquiera el vídeo o los móviles, estas cintas eran una forma íntima de comunicarse. Pero desde el momento que hay registro, éste se puede reproducir. Una versión postmoderna del filme sería tomar líneas de Facebook de perfiles intervenidos, y el resultado sería similar. La directora está haciendo un retrato retro de las relaciones a distancia en la era de la información, en la que la línea divisoria entre lo público y lo privado se vuelve difusa. REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) A CUARTA PAREDE 3/3 a F ra n c i a , c u i d a m u c h o l a relación con los países de África y de Oriente Próximo. Muchos filmes se vieron con influencias galas (estéticas y lingüísticas) provenientes de estos países. Un intercambio fructífero que el FID Marseille hace bien en apoyar. Realidad VS. Ficción / Performativo Y podemos seguir con varias conversaciones más, articuladas desde una mezcla de registros entre el documental y la ficción. Ejercicio habitual en el cine contemporáneo, el FID Marseille optó este año por desarrollar esta línea en su vertiente más performativa. Personajes interpretando una proyección ficcional de sí mismos, para aprehender una realidad que, quizás, no se puede observar, sino que hay que provocarla para que diga algo de la condición humana. Este pareció ser el objetivo principal del festival con esta espina vertebral de la programación, que se encuentra con otra que parecía querer conectar la realidad con el teatro. Hay muchos ejemplos de esta vertiente: las chavalas de E muet (Corine Shawi, 2013) hablando sin pelos en la lengua de sus relaciones sentimentales, no están más que proyectando sus inquietudes de los veintitantos a través de la concepción que tienen sobre ellas mismas de la mujer que les gustaría ser (es una búsqueda semejante a la de Lena Dunham en Girls desde un registro documental); el gitano rumano que se graba a sí mismo y a su familia en Le pendule de Costel (Pilar Arcila, 2013) pone en escena las dificultades migratorias de este colectivo en Europa, para humanizar y explicar toda una cultura que se ve con descontento en las calles del Continente; la lectura de textos sobre la revolución mexicana por actores no profesionales en Matar extraños (Nicolás Pereda, Jacob Secher Schulsinger, 2013) registra las diferentes interpretaciones que cada ciudadano tiene de ese período histórico… Mambo Cool (Chris Gude, 2013), Unplugged (Mladen Kovacevic, 2012), Sieniawka (Marcin Malaszczak, 2013), Soles de primavera (Stefan Ivancic, 2013), This Place Por último, La buissonnière (Jean-Baptiste Alazard, 2013) puede que sea el filme más libre Mati Diop con ‘Mille Soleils’ (na foto) y Jean-Baptiste Alazard con de toda la selección junto a Anak ‘La buissonnière’ fueron las dos grandes promesas galas Araw (hablaremos de ella en la descubiertas en el festival. segunda crónica). IncalificaDoes Not Exist (Nour Ouayda, inicio, el realizador le pide ayuda ble road-movie que construye 2012), Sur la voie (Pierre Creton, a su compañero porque no sabe cámara en mano una ficción 2013)… Es imposible detenerse en cómo encontrar su guión. La improvisada entre dos colegas todos los ejemplos, pero hay tres película resultante es entonces que viajan por toda Francia en que merecen ser analizados más un tratamiento, un boceto, de coche en verano, con la única una cinta que nunca se rodará. pormenorizadamente. intención de colocarse y asistir Otro tratamiento para un a fiestas. La cámara de JeanDans un jardin je suis entré filme que podría hacerse es Baptiste Alazard también inhala (Avi Mograbi, 2013) es el ejem- Mille Soleils (Mati Diop, 2013). la droga, contaminándonos plo perfecto de la mezcla entre Continuación de la ficción Touki del colocón opiáceo. Es como todas estas tendencias. Conver- Bouki (Djibril Diop Mambéty, 1973), el Spring Breakers (Harmony sación entre el director israelí y rodada por su tío, sobre la diás- Korine, 2012) que grabaría Andrés su amigo palestino Ali, en la que pora de muchos senegaleses a Duque en Francia con el guión intentan desentrañar el pasado Francia; la película es un docu- de Bellflower (Evan Glodell, 2011). difuso de la familia de Mograbi mental sobre la manera de vivir Colores distorsionados, desen(de raíces árabe-judaicas); el en la actualidad del protagonista foques, planos girando desenfilme acaba por convertirse en del film original. Al tratarse de un frenadamente sobre sí mismos, una metáfora en clave antibe- actor, nunca está uno seguro de distorsión de la imagen… Y, como licista del conflicto palestino- hasta qué punto Magaye Niang nos confesó en la fiesta de cierre israelí. Una de las escenas más se muestra como es o construye del festival entre copa y copa, brillantes del filme muestra a Ali un personaje. El filme funciona son todos efectos ópticos concontando cómo intentar evitar un como un díptico a nivel estético. seguidos en la cámara. Un filme bloqueo, y cómo puede hacerse Una segunda parte opta por una profundamente experimental, en pasar bien por un supervivente construcción más ficcional, pero lo narrativo y en lo formal. Una del Holocausto o por un terrorista las entrañas de la película están gamberrada con una personaliislamista, dependiendo de cómo en un punto intermedio. De ahí la dad arrolladora, que descubre a vista y se mueva. Escenas como necesidad de diferenciar tanto una nueva promesa del cine esta, además de funcionar muy estas dos caras de la misma francés. bien como una suerte de come- moneda, para que los planos dia documental, muestran por entren en contradicción y se Víctor Paz Morandeira completo el dispositivo (cámara anule la dicotomía. En todo caso, incluida) de ficción ante lo que lo más interesante son los regisnos encontramos. Los testimo- tros del Senegal actual que Mati nios y confesiones tan demole- Diop recoge. El paisaje es un perdores de Avi Mograbi y su colega, sonaje más, en una cinta bellacontra la escenificación de mente filmada. Galardonada con muchas secuencias claramente el gran premio de la competición planificadas, dificultan trazar una internacional, Mille Soleils es solo línea divisoria entre la realidad y la punta del iceberg en lo que a la ficción. Es un debate superado, co-producciones con excolonias ¿no? Lo más importante del filme francesas se refiere. Marsella, es ir viendo cómo se construye. Al como puerta del Mediterráneo 33 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 1/4 → doc.aljazeera.net 23 juillet, ARABIE SAOUDITE 34 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 2/4 35 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 3/4 36 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 4/4 37 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) LA DÉPÊCHE DE KABYLIE → www.depechedekabylie.com CULTURE Loubia Hamra de Narimane Mari primé Le film “Loubia Hamra” (Haricots rouges), de la réalisatrice algérienne Narimane Mari, a reçu trois prix au 24ème Festival international de cinémaMarseille (Fid), tenu du 2 au 8 juillet dans cette ville du sud de la France, annonce-t-on sur le site Internet du festival. Réalisée en 2013 et projetée en première mondiale lors du festival, cette coproduction algéro-française a reçu le “Grand prix de la compétition française” ainsi que les prix “Marseille Espérance” donné par la ville organisatrice et le “Prix Renaud Victor”, une distinction parallèle décernée par des détenus, dans le cadre d’un programme de projections dans un établissement pénitencier. Dans ce premier long métrage de 77 minutes, Narimane Mari s’inspire de la guerre d’indépendance en mettant en scène une histoire d’enfants sur une plage algérienne, filmée à la manière d’un “fantastique théâtre”, liton dans a présentation du film. Trente-six pays étaient représentés au 24e Fid avec 124 films projetés dans différentes sélections. Le jury de l’édition 2012 du Fid avait distingué les deux réalisateurs algériens, Lamine AmmarKhodja pour le documentaire “Demande à ton ombre” (Prix du premier film) et Nazim Djemaï qui avait obtenu le Prix “Georges de Beauregard international” pour “À peine ombre”. DDK 13 juillet, ALGÉRIE 38 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) JETSET MAGAZINE 11 juillet TUNISIE → www.jetsetmagazine.net ÉVÉNEMENT La 24e édition du festival international du documentaire de Marseille (2- 8 juillet) s’est déroulée dans la convivialité et la bonne humeur dans plusieurs lieux de culture et de cinéma particulièrement au Théâtre de la Criée aux pieds de l’incontournable vieux port avec la participation de plus de trente pays et plus de cent vingt films. Le plein d’images, en l’occurrence. Festival international de cinéma de Marseille Dans une atmosphère de rencontres et de débats, parfois dans des ambiances festives qui défiaient la canicule, car l’été battait son plein, en ce début du mois de juillet, le festival affichait son programme. Mieux encore, les festivaliers ne semblaient pas craindre ce handicap ; d’autant plus que plusieurs films sélectionnés étaient projetés en première mondiale. Une aubaine à saisir pour non seulement tâter le pouls du monde, mais aussi pour découvrir comment les cinéastes voient et vivent des situations exceptionnelles ayant lieu dans tel ou tel pays de la planète. Ambiances de fête et présence timide de la Tunisie Et c’est ce qui caractérise les festivals du cinéma documentaire, appelés également : cinéma du réel. Une réalité toute en face, sans fioritures, ni rajouts qui, elle aussi, tels les « vedettes » du septième art, crèvent l’écran. La Tunisie y était-elle dans ce festival ? Du côté des films, elle avait brillé par son absence et étrangement d’ailleurs ! Les sélectionneurs n’avaient certainement pas remarqué qu’il se passe beaucoup de bonnes choses en Tunisie chez les jeunes cinéastes qui ont d’ailleurs choisi de faire des films documentaires d’une rare intensité et particulièrement après la révolution. Du côté des jurys, l’universitaire et critique tunisien Tahar Chikhaoui était membre du jury de la compétition française, étant donné qu’il est le directeur artistique des Rencontres des cinémas arabes de Marseille. À la soirée de clôture et de proclamation du palmarès, ce jury présidé par Ursula Biemann et composé d’Emilie Bujès, Nathalie Quintane et Philip Sheffner, a décerné le grand prix à : « Loubia H a m r a » ( H a r i c o t s r o u g e s ) de l’algérienne Narimane Mari. Ce film de 77 minutes est coproduit avec la France. « Empli de grâce, sa réalisatrice filme de près une mêlée enfantine au rythme accidenté d’une imagination qui emprunte au grand vrai à l’Histoire nationale : à la guerre d’indépendance, rien de moins.» Ce film a également reçu le prix Renaud Victor et une mention spéciale du Prix Marseille Espérance. Quant au grand prix de la compétition internationale, il a récompensé : « Mille soleils » de Mati Diop. Un film français de 45 minutes réalisé par la nièce du réalisateur sénégalais disparu : Djibril Diop Mambety et qui vient lui rendre hommage. Un film qui se situe entre naturalisme et fantastique, hommage et enquête et entre humour et mélancolie. B.L. 39 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) FLIX 1/2 08 juillet, Grèce → flix.gr Το φιλμ για το ομώνυμο πρότζεκτ του μουσικού Αλαν Μπίσοπ στην μετά την Αραβική Ανοιξη, Αίγυπτο, κεντρίζει το διεθνές ενδιαφέρον με την συμμετοχή του στην πλατφόρμα συμπαραγωγών του γαλλικού φεστιβάλ. Ο Αλαν Μπίσοπ, ο πρωτοποριακός Αμερικάνος Λιβανέζικής καταγωγής μουσικός και εθνομουσικολόγος, έχει χτίσει μια εκλεκτική κι ενδιαφέρουσα καριέρα μέσα από γκρουπ και projects όπως τα «Sun City Girls», «Sublime Frequencies» και «Alvarius B» αποφάσισε να μετακομίσει στο Κάιρο λίγο καιρό μετά την εξέγερση του 2001 και να συνεργαστεί με Αιγύπτιους μουσικούς σε ένα καινούριο πρότζεκτ. Την μετάφραση μερικών παλιότερων ανέκδοτων κομματιών του στα Αραβικά και την «μετάφρασή» τους σε κάτι καινούριο, μέσα από την επαφή του με την κουλτούρα μιας χώρας σε περίοδο μετάβασης. Δύο χρόνια αργότερα και με την Αιγυπτιακή Ανοιξη να μεταμορφώνεται σε έναν δημοκρατικά εκλεγμένο «Ισλαμικό χειμώνα», το προτζεκτ του εξελίσσεται σε μια μπάντα, τους «The Invisible hands», ένα άλμπουμ και μια περιοδεία. Πως ένας δίσκος που θα μπορούσε να αποτελούσε κομμάτι της δισκογραφίας του πριν από χρόνια βρίσκει τον δρόμο του στο σήμερα, σε μια άλλη γλώσσα και σε αντίστιξη με ιστορικά τεταμένους καιρούς στο κέντρο του Αραβικού κόσμου; Και τι ανταπόκριση μπορεί να έχει ένα τέτοιο μουσικό πείραμα; Αυτό είναι το concept πίσω από το ντοκιμαντέρ που ετοιμάζουν η Μαρίνα Γιώτη και ο Γιώργος Σάλαμε σε παραγωγή της Haos Films από την Ελλάδα και της MeMSéA από την Ιταλία, και το οποίο βρέθηκε στο orum συμπαραγωγών του Φεστιβάλ της Μασσαλίας το οποίο ολοκληρώνεται σήμερα. Η ταινία είναι η πρώτη δουλειά που υπογράφουν από κοινού η σκηνοθέτης και εικαστικός Μαρίνα Γιώτη, της οποίας το «Κρυφό Σχολείο» έχει προβληθεί εκτός των άλλων στο φεστιβάλ της Θεσσαλονίκης και του Τορόντο και ο Γιώργος Σαλαμέ, ελληνολιβανέζος σκηνοθέτης ιδιαίτερων ντοκιμαντέρ όπως το «Maesmak» ή το «Ορος Φαλακρό». Το φιλμ βρίσκεται στο στάδιο του development και με την αφορμή της συμμετοχής του στο FIDLab ζητήσαμε από την Μαρίνα Γιώτη να μας δώσει περισσότερες πληροφορίες για το «The Invisible Hands». Τι ήταν αυτό που κέντρισε το ενδιαφέρον σας στην δουλειά του Αλαν Μπίσοπ στο The Invisible Hands; Πως ανακαλύψατε το project του και πότε αρχίσατε να ακολουθείτε την πορεία του του στο Κάιρο; Βρεθήκαμε στο Κάιρο μέσα από μια σειρά συμπτώσεων και διάθεσης να τις ακολουθήσουμε. Καταλύτης για όλα αυτά είναι φυσικά ο Άλαν. Έχει αστείρευτη ενέργεια, ενθουσιασμό, ικανότητα να παρακινεί σε δράση προκαλώντας 40 απρόβλεπτες καταστάσεις. Εκεί ακριβώς βρίσκω και την αφετηρία όλων μας, συμπεριλαμβανομένου και του συγκροτήματος. Ηξερα τον Αλαν, τους «Sun City Girls», το εθνογραφικό label Sublime Frequencies καθότι μουσικόφιλη. Λάτρευα τη μουσική του. Τον γνώρισα στην Αθήνα το Μάιο του 2011. Είχαμε διοργανώσει το live του –με τον αδελφό του, ως «Brothers Unconnected»- μαζί με κάποιους φίλους. Εκείνο το βράδυ μείναμε όλοι άφωνοι από τη μουσική, το χιούμορ και την χαρισματική τους παρουσία στη σκηνή. Ξανασυνάντησα τον Άλαν περίπου ένα χρόνο αργότερα σε ένα φεστιβάλ στην Ευρώπη. Μόλις είχε μετακομίσει στο Κάιρο και ήταν πανευτυχής. Μου μίλησε για το καινούριο του πρότζεκτ, τη μετάφραση στον στίχων του στα Αραβικά από Αιγύπτιους μουσικούς. Γνωρίζοντας πόσο διφορούμενοι και ασυνήθιστοι είναι οι στίχοι του, ακόμα και στα Αγγλικά, η μετάφραση τους στα Αραβικά μας κίνησε την περιέργεια. Ένα μήνα μετά βρεθήκαμε με το Γιώργο στο Κάιρο, ήταν προεκλογική περίοδος και το συγκρότημα ηχογραφούσε το δίσκο του. Από τότε έχουμε κάνει άλλα δύο ταξίδια στην Αίγυπτο και όλως τυχαίως έχουμε βρεθεί μάρτυρες ιστορικών στιγμών για τη χώρα. Ενώ στην αρχή εστιάζαμε σχεδόν αυστηρά στη μουσική και τη μετάφραση, κάπου στο δεύτερο ταξίδι αρχίσαμε να ανακαλύπτουμε ένα συναρπαστικό σύμπαν χαρακτήρων και καταστάσεων, υπό τους ήχους φοβερής μουσικής και με πλατό μια χώρα που δε σταματάει να σε καταπλήσσει και να σε εμπνέει. Κάπου εκεί διαμορφώθηκε η ιδέα για μια ταινία. Νιώσαμε ότι πρέπει να μοιραστούμε αυτή την ιστορία. REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) FLIX 2/2 Η χρονική συγκυρία του «The Invisible hands» είχε να κάνει με την Αραβική άνοιξη. Πόσο ένα μουσικό project μπορεί να δώσει μια εικόνα της διαδρομής του αραβικού κόσμου μέσα σε αυτή την περίοδο; Η πολιτική κατάσταση στην Αίγυπτο είναι κινούμενη άμμος δυόμισι χρόνια τώρα και μάλλον θα συνεχίσει να είναι για καιρό. Ακόμα και πολιτικοί αναλυτές πρέπει να έχουν σηκώσει τα χέρια ψηλά. Η Αραβική Άνοιξη μετατράπηκε σε έναν Ισλαμικό Χειμώνα και μετά τα πολύ πρόσφατα γεγονότα μάλλον πρέπει να μιλάμε για ένα περίεργο Στρατιωτικό Καλοκαίρι με τον κίνδυνο θρησκευτικού εμφυλίου να παραμονεύει. Πέρα από τις απανωτές κρίσεις διακυβέρνησης, το σημαντικότερο πρόβλημα της Αιγύπτου είναι η οικονομική κρίση η οποία βαθαίνει χωρίς ορατή διέξοδο. Οι «Invisible Hands» γεννήθηκαν σαν ιδέα μέσα στην εξεγερσιακή μέθη, ο δίσκος τους ηχογραφήθηκε τον καιρό της μετεπαναστατικής κατάθλιψης και απογοήτευσης. Σαν συγκρότημα συνεχίζουν να εξελίσσονται μέσα στο περιβάλλον καθολικής αβεβαιότητας για τη χώρα, το ίδιο φυσικά συμβαίνει και στην ταινία και στις ζωές όλων μας. Αν και όχι το κεντρικό θέμα της ταινίας, η κοινωνική πραγματικότητα αναπόφευκτα παρεισφρέει σε μια ταινία που παρακολουθούμε τις ζωές νεαρών Αιγυπτίων μουσικών και ενός Αμερικάνου στο Κάιρο (έχει σημασία η εθνικότητά του επί Αραβικού εδάφους) ενώ χρωματίζεται και από τη δική μας εμπειρία. Παρά τις τοπικές ιδιαιτερότητες τα γεγονότα στην Αίγυπτο απηχούν το τι συμβαίνει σήμερα σε ολόκληρη τη Μεσόγειο ακόμα και στην Ελλάδα. Όσο περνάει ο καιρός συνειδητοποιούμε ότι είμαστε όλοι μέλη ενός παγκόσμιου γκούλαγκ. Θα έλεγες ότι το «Τhe Ιnvisible Ηands» είναι ένα μουσικό ντοκιμαντέρ; Ή αν δεν το περιγράφατε ως τέτοιο πως θα το χαρακτηρίζατε; Η ταινία έχει αφετηρία τη μουσική και πρωταγωνιστές έναν μουσικό και το συγκρότημα του. Είναι σαφέστατα ένα μουσικό ντοκιμαντέρ που εστιάζει σε έναν από τους πιο αντικομφορμιστές και ιδιοσυγκρασιακούς μουσικούς/ εθνομουσικολόγους σήμερα και στον τρόπο που δουλεύει, δημιουργώντας δίκτυα και φέρνοντας κοντά ανθρώπους από τελείως διαφορετικές κουλτούρες, γλώσσες και εμπειρίες. Ευελπιστεί να πει όμως πολλές ιστορίες που σχετίζονται με την έμπνευση και που τη βρίσκεις, πώς συνεχίζεις να κάνεις τέχνη σε καιρούς απόλυτης ισοπέδωσης και αβεβαιότητας. Λαμβάνοντας υπόψη βέβαια το ανατρεπτικό χιούμορ του Αλαν και τον σουρεαλισμό της Αιγυπτιακής καθημερινότητας, η ταινία ίσως είναι με τον τρόπο της και μια μαύρη κωμωδία. Συν-σκηνοθετείτε το φιλμ με τον Γιώργο Σαλαμέ. Πόσο εύκολο ή διαφορετικό είναι το να δουλεύεις με κάποιον άλλο σε ένα ντοκιμαντέρ, όχι μόνο από την πρακτική, μα κι από την δημιουργική πλευρά; Με το Γιώργο Σαλαμέ είμαστε φίλοι και δουλεύουμε μαζί χρόνια, από τότε που ζούσε στην Αθήνα. Αισθητικά υπάρχει ταύτιση και αλληλοσυμπληρωνόμαστε σε πολλά επίπεδα. Το πιο δύσκολο όμως σ’ αυτό το τρελό εγχείρημα είναι ότι είμαστε σκορπισμένοι όλοι στα 4 σημεία του ορίζοντα. Εγώ και η HAOS στην Αθήνα, ο Γιώργος στο Παλέρμο, οι Invisible Hands στο Κάιρο, ο Αλαν πότε στο Κάιρο, πότε στο Σιάτλ, πότε σε τουρ. Τα πράγματα θα γίνουν ακόμα πιο περίπλοκα καθώς σχεδιάζουμε να ακολουθήσουμε το συγκρότημα στην περιοδεία τους στη Μέση Ανατολή και την Ευρώπη το φθινόπωρο. Η ταινία είναι ένα διεθνές νομαδικό πρότζεκτ στην κυριολεξία. Δείτε πιο κάτω ένα teaser του φιλμ 41 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) YLE UUTISET 01 juillet, Finlande → yle.fi KULTTUURI Eija-Liisa Ahtila FIDMarseillen juryn puheenjohtajaksi Kuva : Yle Kuvataiteilija ja elokuvantekijä Eija-Liisa Ahtila toimii tänä vuonna kansainvälisen dokumenttielokuviin keskittyvän FIDMarseille-festivalin juryn puheenjohtajana. FIDMar seille järjestetään 2.-8.7.2013 Marseillessa Ranskassa. Eija-Liisa Ahtilan lisäksi kansainväliseen juryyn kuuluvat Saodat Ismailova (Uzbekistan), Matias Meyer (Meksiko), Sven Augustijen (Belgia) ja Lav Diaz (Filippiinit). FIDMarseille –festivaalia on järjestetty vuodesta 1989 lähtien ja yli kaksikymmenvuotisen historiansa aikana festivaalista on muodostunut yksi merkittävimmistä kansainvälisistä dokumenttielokuvien tapahtumista. Tänä vuonna FIDMar seillen kansainväliseen kilpailuun on valittu 15 dokumenttielokuvaa, ja ne saavat myös tapahtumassa maailman ensi-iltansa. Jussi Mankkinen Yle Uutiset 42 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) WHAT (NOT) TO DOC 28 juin, États-Unis → whatnottodoc.com FID Marseille 2013: Documentary Overview The 24th edition of the International Film Festival-Marseille, commonly known as FID Marseille, begins this Tuesday, July 2 and runs through Monday, July 8. Historically, the event was an exclusively non-fiction festival, but that changed about five years ago when the organizers began to screen fiction work as well, part of a shift in philosophy that aims to break down the differences between the two, champion all film as cinema, and embrace the idea that both forms are equally constructed by filmmakers. This, combined with the festival’s often labyrinthine program notes, sometimes makes it hard to determine what is and is not what most would consider a traditional documentary – clearly part of the festival’s overall point. That said, the following spotlights the new non-fiction (and potentially a few hybrids) that sound most intriguing to me. Outside of its competitions, FID Marseille’s Parallel Screens offers five sections – this year very loosely inspired by Pasolini’s oeuvre, which is presented in a large retrospective here. Among the newer work are: Pilar Arcila’s COSTEL’S PENDULUM, a portrait of Europe through the experiences of a Romanian Roma and his family; Gereon Wetzel’s CASA PARA TODOS, a meditation on what’s been wrought from Spain’s disastrous real estate speculation; Graeme Thomson and Silvia Maglioni’s IN SEARCH OF UIQ (pictured), an essay on Félix Guattari’s unfilmed sci-fi project; and Salomé Lamas’ NO MAN’S LAND, a character study of a Portuguese mercenary. The International and French Competitions include several world premieres, including: Travis Wilkerson’s LOS ANGELES RED SQUAD: THE COMMUNIST SITUATION IN CALIFORNIA, an exploration of the LAPD’s hunt for communists in the early part of the 20th century; Dora Garcia’s THE JOYCEAN SOCIETY (pictured), about a group of James Joyce amateur scholars; José Luis Torres Leiva’s TO SEE AND TO HEAR, following blind and deaf people as they teach one another how to communicate; and Pierre Creton’s SUR LA VOIE, an observational road movie following two men on separate, but intersecting, paths. Among doc competition entries having their international premieres are Gerardo Naumann and Nele Wohlatz’s RICARDO BÄR, a portrait of an Argentinian village constructed as a film within a film; and João Vladimiro’s LACRAU, an experimental, observational movement away from the city. The festival also holds a number of Special Screenings, including partnerships with various organizations and associations. Among these is a series of selections in collaboration with DocAlliance: André Gil Mata’s CAPTIVE, exploring the relationship between a woman and the home she occupied for all of her 91 years; Axel Salvatori-Sinz’s THE SHEBABS OF THE YARMOUK, about the close-knit friends who grew up in a Syrian Palestinian refugee camp; and Klára Tasovská and Lukás Kokes’ FORTRESS (pictured), on the unrecognized sovereign state of Transnistria. Basil Tsiokos 43 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 1/4 → doc.aljazeera.net 24 juin, ARABIE SAOUDITE 44 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 2/4 45 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 3/4 46 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) ALJAZEERA 4/4 47 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE INTERNATIONALE (EN LIGNE) DEHB KIEV 18 juin, UKRAINE → day.kiev.ua льм українського режисераБалагури буде представлений Кадр із фільму Фільм «Час життя обʼєкта в кадрі» українського режисера Олександра Балагури був відібраний до Міжнародного конкурсу Марсельського фестивалю документального кіно FIDMarseille, що відбуватиметься з 2 до 8 липня. Журі цього конкурсу нагороджує учасників у міжнародних та національних категоріях. Нагадаємо, що режисер стрічки Олександр Балагура цього року входив до складу журі конкурсу короткометражних фільмів Docudays UA. на Марсельському фестивалі «Час експозиції – це час життя обʼєкта в кадрі. І в цьому сенсі будь-яка фотографія – не лише двомірна графічна композиція, вона також має третій – часовий вимір, часову глибину. Є носієм, сховищем часу. А отже, памʼяті… Памʼяті чиєї?.. Обличчя, предмета, пейзажу, що лишились на знімку?.. Самого фотографа?.. Обираючи фотографію за матеріал фільму, темою якого є памʼять, ми неминуче опиняємось у лабіринті «чужих» та своїх спогадів, «чужого» і свого часу… І в пошуках виходу самі стаємо частиною цього лабіринту і матеріалом власного фільму», - йдеться в анотації до стрічки. Цього року Фестиваль документального кіно FIDMarseille також відвідає представник Docudays UA – програмний координатор Вікторія Лещенко. 48 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE 49 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE CAHIERS DU CINéma Septembre 50 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE les inrockuptibles 17 juillet 51 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE Le monde 13 juillet 52 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE Le monde 08 juillet 53 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE LIBÉRATION 04 juillet 54 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE LIBÉRATION 03 juillet 55 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE les inrockuptibles 26 juin Les Inrockuptibles / Mercredi 26 juin 2013 56 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE les inrockuptibles 29 mai / 04 juin 57 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) 58 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) FICHES DU CINÉMA 25 juillet → www.fichesducinema.com PRIX & FESTIVALS Cette année, pour sa 24e édition, le Festival International de cinéma de Marseille a poursuivi la diversification des oeuvres présentées, dans sa compétition internationale comme française. À l’origine exclusivement centrée sur le documentaire, la sélection s’ouvre petit à petit à des fictions et à des essais aux formats variés (du film très court au long-métrage), tout en continuant à privilégier des projets à petit budget, dans l’ensemble. Documentaires classiques, aboutissement de travaux d’atelier avec des élèves, essais p o é t i q u e s … P o u r c o n t o u rner l’obstacle du manque de moyens, les auteurs redoublent souvent d’idées visuelles, dans leur dispositif comme dans leur manière de filmer. Laurent Krief, dans Instruction pour une prise d’armes, s’interroge sur la violence de la société française et utilise quelques passages très puissants, proches du roman photo. Avec Tonight and the people, Neil Beloufa livre une [BILAN] FID Marseille 2013 fiction théâtrale, nimbée d’une lumière irréelle proche de celle des films de Gregg Araki, et propose une relecture des mythes américains, et une réflexion sur ce que sont les figures, les clichés, et comment trouver une manière de les recombiner, de les entrechoquer pour les dépasser. Avec Sur la voie, Pierre Creton nous invite à un curieux croisement entre deux jeunes gens, entre banlieue et province, en redéfinissant, de façon positive, le fameux «retard scolaire» souvent montré du doigt comme un épouvantail. Il est des nôtres, de Jean-Christophe Meurisse, est d’un style totalement différent : croisement déluré entre The Big Lebowski et La Fille du 14 juillet, cette comédie offre une agréable bouffée d’air, légère et drôle, au milieu de films somme toute assez pesants, et souvent trop intellectualisés. Car, malgré l’absence de thème imposé, il se dégage quand même au travers de tous ces films des réflexions communes, sur le mal-être profond de nos sociétés, et sur les moyens à mettre en oeuvre pour les redéfinir, les remodeler, et, surtout, tenter de remettre l’humain en leur centre. Un thème récurrent du cinéma, donc, et de plus en plus abordé ces derniers temps : comment et où retrouver un peu de chaleur humaine, d’espoir, dans une époque de plus en plus absurde, froide et violente. La nature étant souvent le cadre proposé pour le changement, et la figure du marginal, du libre penseur, souvent convoquée comme profil, sinon moteur, du moins favorable à de tels changements. Le problème, c’est que la plupart des films sus-cités se replient souvent dans le domaine de la réflexion théorique pure, et se contentent souvent d’afficher des doutes plutôt que de proposer des pistes nouvelles. Derrière des citations en voix off, du maniérisme formel, ou juste la paresse d’un regard détaché, le cinéma semble montrer ses éternelles limites, se contentant d’observer plutôt que d’agir. Heureusement, un film vient bouleverser 59 un peu la donne : il s’agit de La Buissonnière, de Jean-Baptiste Alazard, qui a remporté le prix «Georges de Beauregard National». Portrait sur le vif de deux clochards célestes en virée sur les routes de France, le film distille une énergie à la fois sincère et vitale. Au contraire des autres cinéastes qui filment souvent les marges comme un garde-fou, ou au mieux une alternative théorique à laquelle confronter leur regard, Jean-Baptiste Alazard, ami proche des deux héros du film, et donc embarqué avec eux dans leur road trip, se sert de sa caméra avec autant d’urgence, de créativité et de fougue que ses personnage n’en mettent à tenter d’atteindre une vie hédoniste et simple. Et, dans un même mouvement, acteurs et réalisateurs semblent y arriver : le film atteint des vrais moments de grâce, grâce également à des trouvailles visuelles fortes et à un montage enivrant. Ici, il ne s’agit pas de «se demander si c’est possible», mais bien d’acter le fait que «c’est possible». Un film dont on espère qu’il trouvera, malgré un format souvent peu adapté aux circuits classiques (58 minutes), le chemin des salles. François Barge-Prieur 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) MÉDIAPART 1/2 21 juillet → www.mediapart.fr À Marseille, un scénario de science-fiction de Félix Guattari ressuscité trente ans après Fil rouge de la dernière édition du FID, festival de cinéma à Marseille, plusieurs films ont tenté de donner des traits aux révolutions. À commencer par un essai sur un projet « moléculaire » du psychanalyste Félix Guattari, jamais porté à l’écran. En 1977, Félix Guattari écrit, depuis l’Italie bouillonnante, un projet de court-métrage sur les radios libres, resté à l’état de projet. Deux ans plus tard, le psychanalyste signe Latitante, en collaboration avec le cinéaste américain Robert Kramer, autre texte jamais porté à l’écran, en écho aux luttes autonomistes de l’époque. Mais son scénario le plus ambitieux l’occupera presque tout au long des années 80, en même temps qu’il rédige les articles coupants qui formeront Les années d’hiver (Les prairies ordinaires, 2009) : un film de science fiction à gros budget, qu’il cherche à faire financer aux États-Unis, intitulé Un amour d’UIQ. « UIQ » pour univers infraquartz, une forme de vie extraterrestre aux allures de bactérie. De cette tentative de « cinéma moléculaire », plongée dans l’infiniment petit, le complice de Deleuze tire une question théorique majeure – celle de la visibilité des luttes souterraines ou, pour le dire de manière plus frontale, de la représentation des révolutions. Là encore, malgré des courriers au CNC et une lettre à Michelangelo Antonioni (peutêtre jamais envoyée), le projet – sans doute bien trop charpenté politiquement pour trouver des financements publics – restera sans suite. Projeté durant la 24e édition du festival de cinéma toujours autant recommandé, qui s’est tenu début juillet dans la cité phocéenne, In Search of UIQ, de Silvia Maglioni et Graeme Thomson, a confirmé l’intense actualité des questionnements de Guattari (voir, de manière assez évidente, leur utilisation des images de la place Tahrir). Les deux réalisateurs – déjà responsables de la publication du scénario, en français, l’an dernier – n’ont pas cherché à tourner le script, trente ans après, pour combler un vide. Ils ont assumé un film tout en creux et béances, morcelé et précis, d’une grande tenue. Une fois encore s’imposent les correspondances entre ces années 80 glaciales et conservatrices et le marasme politique d’aujourd’hui, déjà théorisées ailleurs par le philosophe François Cusset. Tourné entre les îles du Frioul en face de Marseille (où le fort renvoie d’emblée à un imaginaire de science-fiction) et Venice Beach, à Los Angeles, avec ses allures de terre de naufragés d’une nouvelle catastrophe, In search of UIQ devient passionnant dans son troisième et dernier acte. Les réalisateurs disent avoir trouvé, déposé là par hasard dans les archives consacrées à Guattari, un cahier de notes écrit par un mystérieux Finlandais, qui semblait sur le point d’adapter le film. Ils mettent aussi la main (de manière assez improbable…) sur le disque dur de cet inconnu, qui contenait des essais de tournage, et surtout des séances de casting, pour trouver celle qui devait incarner le principal personnage féminin du film, Janice. Incarner, ou plutôt lui donner une surface, un visage, un « système surfacetrous », pour parler comme les auteurs de Mille plateaux. L’édition du scénario aux éditions Amsterdam. Dans le script de Guattari, la créature “UIQ” finit par tomber amoureuse de Janice, qui l’hébergera dans son cerveau, et deviendra son avatar. Le final d’In search of UIQ met en scène les mutations de ces corps mouvants, démultipliés par un jeu d’écrans. Alternant les gros plans de visages de présidents américains en conférence de presse avec ceux de comédiennes passant le casting, il anticipe sur le devenir de plus en plus virtuel du corps au cinéma : le visage n’est plus qu’un masque (d’Anonymous ?) avec ses trous noirs. Ou plutôt une collection de points, pixels sur écran d’ordinateur, au fond desquels se logerait la subjectivité de chaque être. On apprend, au détour d’un texte écrit l’an dernier par les deux réalisateurs pour accompagner le scénario de Guattari, que cette théorie des quarks fut mise au point par un certain Murray Gell-Mann. Ce physicien américain, nobélisé en 1969, s’est inspiré, pour nommer la formule qu’il avait découverte, de l’une des expressions les plus fameuses du Finnegans Wake de James Joyce : « Three quarks for Muster Mark ! » L’occasion est trop belle pour ne pas s’en emparer et emprunter l’un de ces passages secrets qui s’ouvrent aux festivaliers, au fur et à mesure que le FID avance et se complexifie : la piste du quark mène directement à un autre film stimulant découvert à Marseille, The Joycean Society. On y voit un groupe de lecteurs, plutôt blancs, plutôt âgés, plutôt masculins, dans une salle de bibliothèque étroite et mal éclairée. Ce sont des lecteurs de Joyce qui, depuis 1983, poursuivent la même tâche titanesque : déchiffrer, ligne après ligne, crayon à la main, le chef d’œuvre impossible de l’écrivain irlandais. 60 Profil Pasolini, devenir Mel Gibson La première lecture leur a pris onze ans. Avec le respect de moines copistes, ils sont, ces jour s-ci, plongés dans leur troisième déchiffrage de ce texte publié en 1939 (après Ulysse). Le moyen métrage de l’artiste espagnole Dora Garcia, HYPERLINK «http://www. lespressesdureel.com/auteur. php?id=624»reconnue avant tout pour son travail sur la performance, évacue l’enjeu de l’analyse littéraire. Il donne surtout à écouter la langue du maître et celle de ses exégètes, observe la parole circuler, et dresse le portrait de ces obsédés de Joyce, perdus dans des interprétations assez stériles du texte, solitaires souvent touchants, échoués dans cette secte littéraire d’un autre âge. D’une communauté de lecteurs à une autre, on pense, en écho, à ces lectrices de la Recherche de Proust, calées dans leurs fauteuils roulants, que HYPERLINK «http://www.capricci.fr/maniquerville-23.html»le cinéaste français Pierre Creton avait filmées en plein air, dans le jardin de leur maison de retraite (Maniquerville, 2010). Revenons aux séances de casting d’In search of UIQ et aux visages pixelisés de Guattari. Car d’autres films, à Marseille cette année, ont posé en grand cette question de l’acteur – de sa dissolution, de ce qu’il en reste – en milieu documentaire. De manière assez forte, le dernier film du mexicain Nicolas Pereda, co-réalisé avec Jacob Secher Schulsinger, trouvait matière à dialoguer avec les pistes tracées par Guattari. Dans Matar extraños (« tuer des étrangers »), il est question de la 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) MÉDIAPART 2/2 révolution mexicaine de 1910, à partir d’un croisement de scènes reconstituées en décor naturel, et des essais de casting et scènes d’improvisation d’acteurs – certains professionnels, d’autres non – en intérieur. Là encore, il s’agit de donner un visage et une voix aux insurgés, de répéter les gestes de ces révolutionnaires d’antan. Nouvelle variation formelle sur le travail de comédien, dont le cinéma de Pereda est familier (voir Les chansons populaires, dont Mediapart a déjà parlé ici, et qui sort en salles le 31 juillet), mais pas seulement : le film, en imposant ces permanents courts-circuits entre séquences jouées et séances de casting, réfléchit à l’actualité d’une révolution, aux manières de représenter, voire de provoquer, la rupture aujourd’hui. Preuve de leur proximité, Matar extraños et In search of UIQ étaient tous deux projetés dans une même section parallèle du FID, regroupant, pour le dire vite, des films programmatiques, à l’ombre du Théorème de Pasolini. C’était l’un des gestes marquants imaginés par Jean-Pierre Rehm, le directeur du festival, pour l’édition de 2013 : en écho à la rétrospective de l’œuvre de Pasolini, en cours à Marseille depuis le début de l’année, s’appuyer sur certaines pièces maîtresses du réalisateur italien – ŒdipeRoi, Salo, etc – pour tracer des programmations autonomes, assemblages de classiques et d’opus récents. Mais c’est en compétition que l’on a découvert l’un des films les plus aboutis du festival, Ricardo Bär, qui pousse loin la logique d’une certaine théâtralité documentaire, en évitant la pente par endroits plus démonstrative d’un Pereda. Le film est le portrait d’un acteur en puissance, tiraillé par ses envies, qui ne s’assume pas tout à fait, comme on en a croisé d’autres ailleurs dans cette édition du FID. Aspirant pasteur d’une colonie allemande du nord de l’Argentine, Ricardo rechigne à se laisser filmer par un couple de cinéastes venus de Buenos Aires, d’autant que sa communauté baptiste désapprouve le projet. Mais il semble aussi prendre un certain plaisir à accepter parfois les contraintes du tournage et des prises, s’applique à rejouer les récits bibliques lors des fêtes religieuses, tandis que ses amis lui parlent de sa ressemblance troublante avec l’acteur Mel Gibson… Ce héros en devenir finit par jeter l’éponge, avec un argument suprême (et assez sublime) : Dieu lui a déconseillé d’apparaître dans ce film. Dans un geste ultime pour sauver leur projet, les deux réalisateurs – Gerardo Naumann et Nele Wohlatz, dont c’est le premier long métrage – joueront le tout pour le tout : ils lui décrochent une place au sein de l’école baptiste de Buenos Aires, dont Ricardo pourra profiter… à condition qu’il consente à jouer l’acteur pour eux. Ricardo Bär est un traité méticuleux sur les compromis qui font les tournages, les contrats passés les uns avec les autres, les stratégies pour s’apprivoiser. Le film s’épanouit en montrant ses coutures, dans ces zones de basse intensité où le jeu de comédien se mélange au rôle que l’on observe dans sa communauté, sans qu’on puisse démêler l’un de l’autre. Ludovic Lamant 61 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) la gaîté lyrique 1/3 18 juillet → www.gaite-lyrique.net fidmarseille 2013 la fabrique du regard « Sieniawka » de Marcin Malaszczak, 2013. avec la fiction bizarro ou les films dits « d’artistes », pour un mixte détonnant. Et au final, depuis ce geste fondateur – à la limite du sabordage – initié par Jean-Pierre Rehm, le directeur tout puissant du festival, dont l’ombre plane sur chaque film, il faut bien admettre que les lignes ont bougé. Au fil du temps, en regard des manifestations strictement documentaires désormais « classiques », On va au FID, à Marseille, le FID est devenu un aiguillon et comme on irait dans un labora- un baromètre des esthétiques toire. C’est-à-dire qu’on sait que contemporaines. La programmales expériences seront au rendez- tion est conçue comme un geste vous, mais en étant bien infoutu artistique, qui épouse et soutient de savoir ce qui nous attend. les films, parfois jusqu’à l’étouffeLes nostalgiques de la lettre D ment (un film sélectionné au FID (comme documentaire) vous le est pour ainsi dire tatoué). Il y a du diront : le FID se mérite et par- puzzle dans cette programmation fois, après certains efforts, cer- annuelle, qu’il est passionnant, taines marches qui n’ont rien de année après année, de saisir, l’aimable randonnée, surgissent pièce après pièce. Une édition parfois des pépites, qui façonnent 2013 qui est placée sous l’égide le regard, et aident à percevoir de Pasolini (expo, rétrospective, les chaos et les complexités du conférence), dans le contexte monde. Depuis 2007 le FID est un plus large de Marseille Capitale festival de cinéma certes docu- européenne de la culture. mentaire mais qui injecte d’autres Lacrau sucs, d’autres venins dans le supRappelons que le divin corsaire posé « cinéma du réel » : corps poreux, souple, très plastique, écrivait quelque part : « La vérité ce festival adore s’encanailler n’est pas dans un seul rêve, mais De retour de Marseille où eut lieu le Festival International du Documentaire, nous retraversons, avec cette revue des plus beaux films, des paysages sublimés ou menacés, entrons dans un asile de fous, un club de littérature et une caravane, nous approchons enfin de ce que c’est de faire (ou ne plus faire) des films. dans beaucoup de rêves ». Une antienne en forme de manifeste, et que cette édition 2013 a réactivée avec une certaine mæstria. On ne sait plus très bien s’il s’agissait de lutter contre les cauchemars ou de céder aux délices du rêve, mais nombreuses furent les expériences sensibles qui fabriquaient un abandon, une brèche féconde vers des « ailleurs » : une vraie expérience de spectateur. On pense ainsi à Lacrau, du Portugais João Vladimiro (auteur de Jardim, en 2006), en compétition internationale. La première moitié du film consiste en une exploration quasi documentaire d’une région agricole du Nord du Portugal. Le réalisateur évoque « un voyage de la ville vers la nature » et il s’agit en effet de s’éplucher le regard, urbain et saturé de signes, pour mieux coller à la terre, aux paysages, mais aussi aux pratiques paysannes. Le film commence façon ethno mais assez vite, le travail musical qui l’accompagne et les phrases doucement mystiques de Stig Dagerman qui scandent le voyage, mettent la puce à l’oreille sur la vraie nature du film. Il s’agit en réalité d’un voyage mental, 62 qui creuse au-delà du paysage, notre capacité d’émotion face à la nature, ici présentée sans artifice, sans nostalgie. Un paysage est façonné par des Hommes, et Lacrau s’inscrit dans cette réalité bien tangible, en faisant le pari de l’unité à retrouver. À la recherche du sensualisme, et d’une conversation rénovée avec la nature, le film se déploie dans sa seconde partie comme un magnifique tableau vivant. La musique (entre baroque, expérimentations électroniques et rock sourd) s’élève et nous avec, jusqu’à ce plan final, extraordinaire : un tournoiement d’oiseaux, de nuit, comme emportés par une psalmodie de Meredith Monk. Ce film se vit sur la durée, qu’il faut accepter sauf à être condamné à l’égarement. I Used to Be a Filmmaker De nature il en est beaucoup question dans l’œuvre du Hongrois Béla Tarr. Tout au long de ses films-fresques, les Hommes luttent contre elle, l’épousent, s’en défont, la conquièrent. C’est tout le talent de Jean-Marc Lamoure (Ecran parallèle) que d’avoir filmé au plus près le travail du Hongrois lors du tournage du Cheval de Turin (2011). Ce film, que le cinéaste envisage comme son ultime, nous montrait trois personnages et un cheval errant au milieu d’une campagne prise par la tempête. La nature, ici, est peu aimable, elle enserre les corps, au diapason des âmes. Dans Tarr Béla, I Used to Be a Filmmaker, Lamoure révèle ici la méthode Tarr : un mélange de détermination et de tâtonnements. Chaque plan est discuté, remanié, comme une glaise qu’on modèle sans cesse (acteurs compris). On découvre par exemple que les plans de tempête ont nécessité l’utilisation d’un 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) la gaîté lyrique 2/3 Visuel de « Holy Field Holy War » de Lech Kowalski, 2013. calme que d’habitude. Au début du film, on s’étonne presque de la méthode : des entretiens au long cours, le réalisateur accordant de l’espace à la parole des paysans en lutte, en contrepoint de séquences qui nous montrent la campagne polonaise. C’est nouveau, Kowalski prend son temps. Il filme les paysages comme pour la dernière fois, des paysages qui, contrairement à ceux magnifiés dans Lacrau, sont nimbés de mélancolie. Kowalski porte un regard rempli d’affection sur son Holy Field Holy War pays, qui semble voué à la disLà où Béla Tarr s’ingénie à location. Il ressort des paroles scruter les âmes, en filmant les de ces paysans une résignation corps et les regards avec une cer- devant l’inéluctable. Mais le réataine distance, Lech Kowalski, lui, lisateur propose un contrepoint opte pour la courte focale. Tou- à la fin de son film, en insistant jours sur la crête, toujours en longuement sur une scène de guerre, le Polonais, muni de sa réunion publique. Les habitants, « camera-war » nous avait habi- les paysans, sont confrontés pour tués ces dernières années à des la première fois au représencombats bien éloignés de sa terre tant du consortium américain. polonaise (notamment avec The Kowalski filme la scène au plus End of the World Begins With One près, et lorsque la tension monte Lie, 2011, consacré à la catas- entre les participants, on comtrophe pétrolière au Mexique). prend mieux son projet : démonAvec Holy Field Holy War (Prix trer que sous la terre polonaise en Georges de Beauregard Interna- apparence paisible et résignée, tional, Prix Marseille Espérance se tapissent les ferments d’une et Prix du GNCR), il revient cette colère profonde, qui remise la fois au plus près d’une terre qu’il nostalgie au placard. Grand film connaît par coeur et qui subit de révolte, Holy Field Holy War fait de plein fouet une crise à la fois la synthèse des questionnements écologique et économique assez et en quelque sorte de l’esthépeu documentée : celle liée à la tique kowalskienne. main-mise sur le gaz de schiste, qui attire la convoitise de puisSieniawka La nostalgie, camarade ? Elle sants consortium américains. Kowalski mène l’enquête, d’une est au travail dans l’autre grand manière en apparence plus film polonais de cette édition hélicoptère, ce qui donne, dans le film de Lamoure, des scènes de cinéma en acte vraiment étonnantes, et parfois cocasses (qui l’eut cru ?). Loin de se résumer à un pâle making-off, ce film est en tout cas une œuvre à part entière, autonome, qui puise dans la matière du tournage du Cheval de Turin prétexte à un traité – en creux - sur le cinéma, et notamment sur les relations entre un réalisateur/Dieu et ses acteurs/Hommes. 2013 du FID. Sieniawka, réalisé par Marcin Malaszczak, nous plonge lui aussi dans la campagne. Mais les repères sont d’emblée brouillés, dès la première scène qui nous montre deux énergumènes en train de se houspiller, dont l’un porte un masque que les Daft Punks ne renieraient pas. Après cette entrée en matière, Malaszczak nous fait rentrer à petits pas dans ce qu’on comprend vite être un hôpital psychiatrique sis en pleine nature. Avec un grand art du chiasme, le réalisateur nous plonge dans une matière humaine en mouvement permanent, intranquille, qui vit au milieu d’un parc magnifique. Le documentaire sur les fous correspond à un genre bien balisé, mais ce film y échappe en partie. L’œil de la caméra rencontre souvent celui des résidents, mais il n’est pas mécanique, ne déborde pas de compassion ou de curiosité malaisante. Au contraire. On a rarement aussi bien vu l’œil des résidents d’un hôpital psychiatrique. La vie, là aussi, crépite, bien calfeutrée derrière les apparences de la démence. Malaszczak ne s’apesantit pas, il filme au contraire les malades tels des paysages familiers, avec délicatesse. On pense à cette scène de danse : l’un des malades est féru de musique et de danse et prend un plaisir manifeste à secouer son corps, sec. Il danse par accoups, ses gestes sont brusques, le tronc comme détaché du reste. Et pourtant une grande joie traverse son regard. Tout comme cette visite d’une salle de cinéma à l’abandon, en ruines dirait-on. On ne se lancera pas dans la métaphore d’un pays en peine (cf. supra) mais Malaszczak admet lui-même avoir voulu filmer une structure censée connaître une rénovation, mais les travaux avaient à peine commencé. À chacun s’il le souhaite de se lancer dans la métaphore d’un État post-communiste en pleine déliquescence, 63 comme les pieds lestés de plomb en raison d’un héritage mal soldé. Il Est des Nôtres Soupe au lait ou à la grimace, le FID ? Il aura suffi de la première séquence du film de JeanChristophe Meurisse, Il Est des Nôtres, pour dérider un festival tout entier. Dans une caravane, un couple vient de faire l’amour. Lui, colosse barbu aux mots doux, elle, au corps de danseuse, attentive. Ils refont le match, à demi-nus, ils commentent, rectifient, émettent des souhaits, parlent d’angle et de prise. Tout un vocabulaire est convoqué, familier pour les fans de la « Il Est des Nôtres » de Jean-Christophe Meurisse, 2013. troupe Les chiens de Navarre (qu’orchestre Meurisse). Puis Carmen, la voisine, les rejoint dans leur lit, et l’on parle de tout et de rien mais au fil des échanges, pointe une gravité également à l’œuvre dans le travail théâtral de Meurisse. La séquence principale a des airs de tranche de vie, de films de potes a-t-on entendu à la buvette du festival. Mais à tendre l’oreille, on capte l’air du temps, des modalités relationnelles contemporaines, de la difficulté, parfois, du vivre ensemble. Entre humour et tension, entre étirage de bite et confessions intimes, c’est tout l’univers des Chiens de Navarre qui se trouve condensé là. L’exercice, s’il est réussi, touche à l’étrange car, sans tomber dans le piège du théâtre filmé, il est question ici de physicalité du texte. Transmettre l’intensité du jeu, des codes (ici largement déconstruits) théâtraux, c’est REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) la gaîté lyrique 3/3 ce que Meurisse et sa troupe parviennent à réaliser sans forcer le trait. Jamais loin de la vie, toujours un peu à distance néanmoins, Il Est des Nôtres est à découvrir d’urgence, bien loin des planches. The Joycean Society Autre grand film sur le texte, et sa matérialité : The Joycean Society, de l’artiste Dora Garcia. Dans une petite pièce, autour d’une table jonchée de livres et de feuillets, une joyeuse bande parle, jusqu’à plus soif. Le verbe est vif, malicieux, certains yeux brillent d’intelligence et la parole tourne, virevolte, dans une danse qu’on suit avec beaucoup de plaisir. Centre de tous les regards et de tous ces mots, le livre Finnegans Wake, de James Joyce, publié en 1939. Réputé livre le plus difficile à traduire de la littérature mondiale, il est naissance d’une langue, et donc nécessite une lecture minutieuse pour être un tant soit peu compris. À l’origine intitulé Work In Progress, ce livre-somme de Joyce impose une lecture qui progresse elle- « The Joycean Society » de Dora Garcia, 2013. même en permanence. C’est à ce travail que Dora Garcia nous convoque, en filmant au plus près des visages les membres de cette confrérie d’exégètes. Pour quasi illisible qu’il soit, Finnegans Wake bénéficie de toute l’attention de cette assemblée, dont certains le parcourent pour la troisième fois en une dizaine d’années. Il y a de la folie et du très sérieux dans cette entreprise, certes strictement littéraire mais qui n’est pas sans rappeler des séminaires de lecture de textes saints. Mais au final, ce qu’on en retiendra, davantage que les détails de lecture énoncés par ces érudits amateurs, c’est leur désir de parole, qui semble inextinguible, proche parfois du délire. 1000 soleils Un dialogue avec une œuvre du passé qui féconde une nouvelle œuvre, c’est ce qu’on retiendra enfin du nouveau film de Mati Diop, 1000 soleils (Grand Prix de la compétition internationale). La réalisatrice au parcours pour l’instant sans faille (ses trois premiers films, courts et moyens ont déjà fait le tour des festivals) opte pour l’intimité d’un dialogue avec le film de son oncle Djibril Diop Mambety, Touki Bouki. Réalisé en 1973 dans un Sénégal en tension, bouillonnant, Touki Bouki raconte l’histoire d’un couple de jeunes amoureux, un berger et une étudiante, qui veut gagner Paris. Plaquant tout, ils circulent sur une étrange moto à tête de vache. Tous les moyens sont bons pour trouver l’argent pour le voyage. Mais au moment de partir, la jeune femme prend le bateau pour l’Europe et le jeune berger reste à terre et retourne à ses motos. Mati Diop se confronte à ce double héritage, à la fois familial et cinématographique. Après une première séquence où Magaye Niang, l’acteur qui jouait le rôle du jeune berger, prend un taxi pour rejoindre une projection de Touki Bouki en plein air en subissant les foudres du jeune chauffeur de taxi – qui lui reproche d’avoir voulu partir alors que lui reste – Mati Diop nous donne à voir le film tel qu’il est perçu par le public d’aujourd’hui (scènes cocasses où des gamins refusent de croire que le vieux Magaye Niang était jeune dans le film, comme s’ils refusaient que la vie et le cinéma soient disjoints). Toute la grâce de 1000 soleils réside, après la réactivation du film de Djibril Diop Mambety, dans l’injonction de fiction dans le dispositif jusque là plus « 1000 soleils» de Mati Diop, 2013. ou moins documentaire. Le vieil acteur se persuade de retrouver son ancienne fiancée et il parvient à la joindre au téléphone. La jeune femme est devenue une dame, auxiliaire de sécurité en Alaska et le vieux bonhomme marche bientôt sur une banquise fanstasmée, comme dans un songe. L’aller-retour entre la fiction de 1973 et celle de 2013 aurait pu être laborieux, mais il n’en est rien, tant Mati Diop parvient à doser les registres, avec beaucoup de justesse. Le film se termine comme il a commencé, sur un morceau de cow-boy. Le vinyle craque. Le western s’efface peu à peu et on sort un peu étourdi de cette brillante leçon de cinéma et d’héritage tout en pudeur, l’un des excellents moments de ce FID 2013, qui restera comme un excellent cru, varié, à la fois brûlant comme peut l’être le monde mais sensible aux nuances, et parfois plus léger ou vaporeux. 64 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) L’école de la cause freudienne 18 juillet → www.journeesecf.fr trauma et cinéma ? par jean-pierre rehm Jean-Pierre Rehm, critique d’art et de cinéma, délégué général du Festival International de Cinéma de Marseille (FID Marseille, www.fidmarseille.org) nous reçoit en plein bouclage du programme de la 24e édition du festival qui débutera le 2 juillet 2013. Rappelons ce lieu-commun : cinéma et psychanalyse sont nés en même temps . Dans cette coïncidence, une complicité autant qu’une nécessité partagées : deux dispositifs ont été mis au point, au même moment de notre histoire, destinés à recueillir et à pointer le trauma. Il y aurait, au cœur de cette faculté d’enregistrement qui caractérise le cinéma, une vocation à toucher au trauma, une affinité, une propension à lui ménager une surface d’accueil. Si le trauma est bien ce qui a laissé une marque indéchiffrable, et que la souffrance qu’il désigne est autant liée à la nature de ce qui a été imprimé qu’à l’illisibilité de cette impression, alors le cinéma, le dispositif cinéma, a trait au trauma. Sur l’écran s’agitent en grand des figures, mais leur trépidation n’est que partiellement motivée par le récit censé les animer. Il y a toujours, ressort plus puissant que le scénario, une énigme, un « secret derrière la porte » (pour reprendre le titre de Lang) : il y a toujours du horschamp, menaçant, constituant et illisible. Au-delà, donc, de tels ou tels films qui traiteraient explicitement d’expériences traumatiques (les films en vogue à Hollywood, dans les années 1950, qui appuyaient leur scénario sur la psychanalyse, sont peu convaincants de ce côté-là), quelque chose relie structurellement la possibilité du cinéma à l’expérience traumatique. Un exemple. Berdaguer et Péjus, un couple d’artistes, ont réalisé en 2002 une Traumathèque1. De quoi s’agit-il ? Un écran télé, un siège, une K7 VHS vierge à disposition, la glisser dans le magnétoscope et projeter sur elle, « mentalement », l’un de vos traumas. L’opération terminée, inscrire le titre du « film », du « trauma », sur la K7 laissée en consultation. Qu’y a-t-il à voir ? Rien, ou plutôt cette matière vidéo (VHS, les dvd n’offrent plus ce spectacle) faite d’un noir troué de points blancs dansants, nuit neigeuse qui rappelle Citizen Kane ou le Resnais de L’Amour à mort. Spectacle minimal : du noir (projection de la non-projection) est piqueté de points lumineux et mobiles (la naissance de la lumière toujours traumatisée : chorégraphie de la fragilité). Spectacle quasi nul, c’est précisément celui-là que les artistes ont relié au trauma. À son degré zéro, archi-squelettique, le cinéma est donné comme dispositif privilégié d’accueil et d’archivage du trauma, et le décrit comme étant sans image, ou plutôt : comme le clignement de l’image. Mais le cinéma est ici déjà domestiqué. Si la Traumathèque est destinée à des espaces publics, c’est aussi la privatisation de l’expérience du cinéma, comme celle du trauma, qui est en jeu. Reste qu’avec la salle, le cinéma s’est inventé machine collective. Et que les traumas qui l’occupent relèvent de l’Histoire. Ou, disons, ne cessent d’entremêler l’expérience personnelle avec celle, plus vaste, nationale, extranationale, etc. Les Oiseaux (1963) est à ce titre exemplaire : y sont incarnés à la fois la haine d’une mère pour sa future bellefille qui se mue aux dimensions d’une plaie tombée du ciel, et la réponse aux attentes du gouvernement américain qui escomptait, en pleine guerre froide, un film illustrant la menace d’une attaque aérienne soviétique. Plus récemment, quelqu’un comme M. Night Shyamalan2 multiplie des « pièges à trauma », aussi sophistiqués que celui mis en place dans Fenêtre sur cour (1954). Mais le trauma occupe alors une place au sein d’un régime métaphorique, fantastique. Plus décisif est de revenir sur l’intuition saisissante de la Traumathèque et de ce que Rithy Panh3 appelle, pour titrer son dernier film, primé à Cannes cette année : L’Image Manquante. Il y est question d’évoquer le génocide au Cambodge sous la 65 domination khmère entre 1975 et 1979. C’est à la fois un récit à la première personne, qui raconte l’histoire de Rithy Panh jeune et de sa famille, et l’histoire d’un peuple, et celle d’un moment de l’Histoire mondiale. Mais, en l’absence d’archives, comment procéder ? Au son, la voix raconte sans pouvoir « entrer » dans les images – elle en est, comme dans un univers de limbes, séparée : ailleurs. À l’image, hormis des vues d’époque de Phnom Penh désertée, de modestes figurines de terre arrangent des saynètes quotidiennes. Ce sont les santons d’une Nativité d’un genre inédit : ils veillent sur la naissance d’une Histoire qui tarde, retenue dans les filets du défaut de présentation. Pas de reconstitution historique ici : ces figurines ne se substituent à rien. Littérales, elles sont investies d’une autre charge : donner l’échelle de la miniaturisation qui les a frappée comme par un sort sinistre, faire voir leur mutisme, autre malédiction, et leur immobilité. Pétrifiée, réduite, mutique, c’est désormais le statut de l’image en place de celles qui manquent. Propos recueillis par Pamela King et Dominique Pasco à Marseille REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) independencia 1/3 15 juillet → www.independencia.fr fidmarseille 2013 de solitudes – ces mots parlent aussi du festival. Feux de joie Du FID Marseille on revient toujours avec le souvenir de films exigeants, simples, sérieux, comiques, innocents, roués, solitaires, peuplés, hédonistes, inquiets ; qui se donnent immédiatement ou nécessitent d’en dévider l’écheveau ; qui prétendent embrasser une totalité ou travaillent souterrainement ; qui atteignent le but qu’ils se sont fixés ou pensent au contraire qu’en poursuivre un c’est le manquer. La qualité du FID tient à sa sélection à la fois stricte et accueillante. Des films que d’autres auraient écartés en les trouvant trop fragiles ou trop musclés trouvent ici naturellement à exister en compagnie de films très produits ou de chefs d’œuvres avérés, non pas parce que ce festival œuvrerait dans un créneau spécialisé mais parce qu’il a du cinéma une vision généreuse qui n’anticipe pas les attentes et les arguments du marché. Il outrepasse les limites de l’information, à quoi le documentaire est encore parfois borné, aussi bien que celles de l’art dont la définition est si souvent restreinte. Ou encore du patrimoine : la rétrospective était cette année découpée en plusieurs programmes accueillant des films neufs ou anciens liés à des aspects de l’œuvre de Pasolini. Le FID parie que tous les travaux choisis sauront entrer en résonance, si le cinéma y est reconnu comme le lieu d’une pensivité où chaque solitude peut se reconnaître et s’articuler. On pense par exemple à Ver y Escuchar de José Luis Torres Leiva, dont le titre pourrait identifier un projet cinématographique minimal ; le Chilien y voit plutôt l’occasion d’en travailler les articulations. Le film réunit deux personnes que leur handicap, surdité ou cécité, tiendrait à l’écart si l’entremise d’un traducteur ne leur donnait l’occasion d’échanger et d’accroître leurs perceptions respectives. Le cadre fixe de leurs échanges est le lieu calme et concentré, purement fonctionnel, d’une production de signes qui étend le paysage aux dimensions d’une existence et d’un pays. Souci de la réalité des choses, répercussions d’échos qui reconnaissent et nient le silence et le vide, joyeux partage “On ne fait plus de feu de joie” dit le jeune Portugais Joao Vladimiro regrettant un temps ancien ou un paradis perdu, dans l’entretien donné au jounal du FID à l’occasion de la présentation de Lacrau, réalisé durant un long voyage dans les campagnes portugaises pour renouer avec la terre. Or, plutôt que d’y retrouver un rapport mesuré à la nature, ce voyage fournit l’occasion inverse. L’enfant qui au début hésite à plonger rencontre, dans les eaux troubles des plans suivants, sa fin sous les traits d’un vieil homme. Pressentiment de mort déplié non par un récit, mais par un périple sans paroles, seulement ponctué de citations littéraires (Stig Dagerman…) où s’exprime le point de vue des choses sur l’homme, le silence d’une conversation avec la nature, le mutisme consécutif à tous les grands saccages de mots et d’images. C’est ce que l’on reprocherait à Tonight and the People de Neil Beloufa, où plusieurs communautés stéréotypées de la société et du cinéma américains débitent des kilomètres de discours convenus dans des décors filmés au cordeau, portent le même modèle de bandana rouge qui, de signe distinctif, en vient à ne plus signaler que leur caractère de mouton et dont la structure chorale, tenant ces communautés séparées, les fait inéluctablement se rejoindre dans une 66 même docilité à l’égard du pouvoir de l’argent ; manière, bien sûr, de répondre au financement d’une marque de voitures et à la nécessité du placement de ses produits. Ce qui frappe, dans le film de ce jeune artiste bien installé dans le monde de l’art, est son aise, insoupçonnée dans son apparente timidité, à la production de discours jetables. Le problème n’est pas tant qu’ils transforment ses personnages en pantins semblables aux éléments de son décor en carton-pâte, ou qu’il puisse concevoir le langage comme le pauvre combustible d’un grand brasier. Il est plutôt que le gâchis de paroles auquel il se livre n’est jamais réjouissant. Qu’il relève parfois d’un bas moralisme et n’aie d’aboutissement que dans la plate critique du monde américain qu’il filme et du monde de l’art depuis lequel il filme. C’est alors non plus le cynisme noble de l’homme pareil aux chiens, mais son sens dérivé : la subversion polie de celui qui, las de participer à un monde dont il a trop bien ou trop vite compris la vanité, ne peut en profiter qu’en s’allégeant la conscience. Loin des moutons de Beloufa, dans le noir et blanc pré-daté des archives contrefaites d’Anak Araw de Gym Lumbera, un groupe traverse la forêt en se ralliant au bêlement qu’a émis le premier d’entre eux. Ailleurs, un homme marchant à quatre pattes en rencontre un autre parvenu au stade de la verticalité, un garçon plonge dans une mer que fend l’aileron d’un requin, des musiciens s’effondrent au cœur de la forêt… Parfois un mot anglais accompagné de sa traduction tagalog nomme à l’image un élément périphérique ou central. Écrite REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) independencia 2/3 sur la base d’événements sans noms et d’accidents comiques, cette Histoire est évidemment celle des Philippines maintes fois colonisées, envahies et sauvées ; des sentiments contradictoires qu’on y voue aux Américains depuis que ceux-ci, pour libérer Manille de l’occupation japonaise, l’ont carrément rasée. Au milieu du film, une procession accompagne la mort d’un comique, moitié d’un duo connu pour avoir dirigé sa verve contre l’envahisseur japonais ; selon Lumbera, leur dissolution avant la guerre aura épargné des ravages de leur humour les Américains, dès lors éternellement perçus comme des sauveurs. Explication d’occasion, qui montre bien comment l’Histoire résonne toujours dans la psyché nationale et se maintient en elle. Ainsi pourrait s’expliquer le ton à la fois ironique et écorché que ce film partage avec ceux de toute la jeune génération de cinéastes dont il est aussi le chef-opérateur : celle d’un burlesque de nécessité, moins résigné que résiliant, toujours léger et acerbe, trouvant son salut dans l’invention et la récupération. Avec Anak Araw, le film de Narimane Mari Loubia Hamra partage un détail, idiot en apparence : aux révolutions historiques nationales plus ou moins accomplies auxquels ils se réfèrent préside un pet, en l’occurrence causé par l’ingestion de ces haricots rouges désignés par le titre. Il est pourtant question d’une histoire on ne peut plus sérieuse, la guerre d’indépendance algérienne. Mais celle-ci est donnée à rejouer par des enfants dont les apparitions oscillent entre la pure innocence spontanée et la fatalité mythique des Érynies, ces divinités grecques persécutrices puis protectrices évoquées à la suite d’Eschyle par Pasolini dans Carnet de notes pour une Orestie africaine. Le début les voit se chamailler sur la plage, barboter et chanter, engagés dans un jeu dont on ne sait ni les tenants ni les aboutissants, cousins pour sûr des enfants new-yorkais d’In The Street d’Helen Levitt. Avertis par une fillette, ils se soulèvent devant le rapt d’une femme par un homme au masque de porc ; la nuit tombe, ils entrent en ville comme on reprend une citadelle assiégée avec l’assurance nécessaire des troupes en infériorité ; mais ce siège, depuis longtemps passé à la postérité, a aujourd’hui la force insidieuse de l’immobilité. Les colons n’y apparaissent qu’à peine, lançant sur les bords de l’image une voix à l’accent français prononcé, proférant des menaces démultipliées par un effet reverb digne d’un épisode de Bioman. Un harki les sauvera, traître bienveillant pour qui ces enfants agités deviendront à leur tour les messages joyeux et inquiétants d’une cause trahie, et qui, pour toute punition, l’obligeront à avaler une portion de haricots. Pur enfantillage ? Non bien sûr, car l’idée de faire rejouer par des enfants l’Histoire soustrait celle-ci à l’exactitude pour y faire à nouveau vibrer la puissance du choix. Elle atteste à la fois une vérité historique et la libère du poids de la malédiction. Elle ne réécrit pas le passé, elle écrit le présent en se rivant aux faits tout en s’affranchissant de suivre les consignes autoritaires sur la manière dont il faudrait les raconter. C’est un film d’une liberté folle, ne doutant aucun instant de son geste, à ce point libéré du doute qu’il n’a besoin de se verrouiller en aucune autre forme que celle d’un théâtre spontané, accueillant les idées les plus fortes et les plus fragiles, dirigées ou improvisées, sans crainte de paraître ici noble et là trivial, tant en ses enfants la parole de la fable se fait action. Ainsi rejoue-t-il la puissance révolutionnaire, exigeante et sûre que tout ce qu’elle fait prend une valeur absolue. Couronné du prix de la compétition française, Loubia Hamra est ce que l’on a vu de plus étonnant et de plus fort, libre et souverain, un film d’une vitalité à faire danser les esprits les plus confortablement installés dans la mort – au son d’une bande-son inattendue et parfaite de Zombie Zombie. Le prix de la compétition internationale est tout aussi justement revenu à Mille Soleils de Mati Diop, aboutissement d’un 67 projet de longue date. D’une part parce qu’on peut en percevoir certains motifs dans un premier court-métrage déjà produit par Corinne Castel pour Anna Sanders Films, Atlantiques, où de jeunes Sénégalais évoquaient sur la plage leur désir, funeste pour l’un d’eux, de traverser l’océan tandis que la lumière d’un phare en accusait l’éternité. D’autre part parce qu’il s’agit pour Mati Diop de revenir sur une histoire qu’a débuté son oncle, Djibril Diop Mambety, en 1973 avec Touki Bouki (également montré à Marseille). On se souvient qu’à la fin de ce chef d’œuvre, après quelques larcins leur ayant donné les moyens d’embarquer sur un paquebot, Mory (Magaye Niang) décide in extremis de laisser Anta (Marème Niang) à bord et de rejoindre à Dakar ; sa course sur les quais compte parmi les plus mémorables que le cinéma ait connu et il n’est pas étonnant, vu la fierté et l’urgence du choix qu’il célèbre, que ce film compte pour tant de cinéastes africains. L’envie d’en prolonger la fiction peut bien sûr s’expliquer par celle d’hériter, au sens le plus fort du terme, d’une histoire à la fois personnelle, cinématographique et nationale. Mais encore de retrouver la nécessité de la fiction quand celle-ci est devenue réalité : comme leurs personnages, Magaye et Anta sont restés là où Touki Bouki les avait laissés, l’un à Dakar, l’autre dans quelque contrée reculée d’Amérique du Nord. 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) independencia 3/3 En partant à la rencontre de lieux, d’êtres et d’images glorieuses tournées il y a quarante ans, Mati Diop fait un constat similaire à celui de James Benning lorsqu’il fit en 2004 le remake exact de One Way Boogie Woogie : ce qu’on y retrouve alors, c’est la crudité de la grisaille. Gardien d’un troupeau de zébus qu’il envoie dans un abattoir identique à celui de 1973, Magaye rumine, erre dans la ville, se perd dans l’alcool, dérive dans la nuit, et ne semble arriver à la projection publique du film qui a fait sa gloire que comme on retombe sur les mêmes souvenirs, douloureusement, sans les avoir choisis. L’enjeu est de lui redonner la puissance du choix, et les moments les plus émouvants ne sont pas tant ceux qui le montrent dans un quotidien pareil à mille autres, agacé par sa femme, plein de l’orgueil d’un passé héroïque, mais celui où, étourdi dans un bar, il ne sait que répondre aux prostituées qui lui demandent pourquoi il n’est pas parti. Aussi sa tentative de renouer avec le passé et d’appeler son ancienne partenaire, quand bien même celle-ci s’étonnera d’un tel appel, donnera l’occasion de retrouvailles plus grandes du présent avec ses fantômes et ses fantasmes. La moto à cornes de Touki Bouki reparaît dans la ville comme un refoulé : tandis que Magaye s’ouvre à nouveau aux rêves et à la fiction, c’est comme s’il reprenait conscience. Ce que ce présent doit retrouver, c’est le moyen de se conjuguer à d’autres mondes, continents éloignés, mondes des rêves et des animaux ; la lucidité hallucinée qui peut les lui faire traverser avec l’allure la plus naturelle, et exister à nouveau sous la lumière d’astres multiples. Antoine Thirion 68 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) TROIS COULEURS 11 juillet → www.troiscouleurs.fr CINÉMA La 24e édition du Festival international du documentaire s’est tenue à Marseille la semaine dernière. Retour sur deux coups de cœur de la compétition : Mille Soleils de Mati Diop (vainqueur du Grand Prix) et Il est des nôtres du metteur en scène de théâtre Jean-Christophe Meurisse. Le FID de Marseille tient le cap : sous la houlette de Jean-Pierre Rehm, qui le préside depuis dix ans, le festival avance avec cohérence sur la frontière ténue qui sépare le documentaire et la fiction. Pour Jean-Pierre Rehm, la question du genre est d’ailleurs « dépassée depuis longtemps ». Se côtoyaient ainsi dans la programmation un hommage à Pasolini, un film de Vecchiali et des compétitions françaises et internationales qui brouillaient les pistes. Deux beaux projets, qui expérimentaient allègrement des rapports singuliers au réel se détachaient ; deux moyens métrages (format lui-même bâtard) dont la magie naissait d’un fécond mélange des genres. Ermite ouvert Il est des nôtres est le premier film de Jean-Christophe Meurisse, qui dirige la troupe de théâtre Les Compte rendu du FID 2013 Chiens de Navarre. Il a embauché certains de ses comédiens pour ce passage réussi derrière la caméra et un jazzman à qui il offre le premier rôle, Thomas de Pourquery. Le musicien joue un ermite robuste qui vit dans une caravane, elle-même cachée dans un hangar désaffecté, en plein Paris. Le huis clos rappelle d’abord la scène de théâtre, avant que le film ne s’évade avec bonheur. Car l’ermite, généreux, reçoit beaucoup et ces visites sont l’occasion pour Meurisse de faire des expériences, tant formelles que narratives. D’abord l’absurde, lors d’un long plan séquence pendant lequel Thomas et sa copine discutent d’un ton posé tout en se jetant à la figure des poignées de pâtes. Une montée de la violence qui se poursuit lorsque Thomas invite ses amis (dont l’incontournable Laetitia Dosch) à une soirée arrosée dans la caravane. La caméra de Meurisse fait alors l’expérience d’une effervescence rageuse et enregistre un écoulement de plus en plus désordonné de la parole et des idées. La séquence, entrecoupée par d’autres scènes plus paisibles (Thomas et son enfant, Thomas et sa copine après l’amour), se déploie ainsi, de la discussion métaphysique à l’heure de l’apéro, à la potacherie de milieu de soirée, en passant par le striptease décomplexé de 2h du mat, et jusqu’à une très belle tirade sur le sentiment amoureux, délivrée par un personnage ivre et lucide, à ce qu’on devine être l’aube. Violence des rapports humains, amitié joyeuse, amour bouffon, baiser illicite entre une octogénaire coquine et un minet, Jean-Christophe Meurisse se risque à une grande tambouille qui se révèle délicieuse. En investissant avec humour le territoire de l’utopie collective, sans rien céder pourtant d’une inquiétude qui traverse tout le film. À l’image du dernier plan, ouverture brutale sur le réel, dévoilement soudain de l’ancrage de toute fiction dans le grand bain documentaire de la vie. Soleil d’hiver Changement de décor dans le film de Mati Diop. Cette toute jeune femme, diplômée du Fresnoy et que l’on a pu voir dans 35 Rhums de Claire Denis en 2008, s’empare du film de son oncle Djibril Diop Mambety, Touki Bouki. Réalisé en 1972, Touki Bouki met en scène les amours de Mory et Anta dans les rues de Dakar, puis leur séparation lorsqu’Anta choisit l’exil mais que Mory ne la suit pas. Mati Diop reprend le fil de l’histoire trente ans plus tard, en filmant l’acteur Magaye Niang, qui jouait Mory. Le film débute ainsi, dans la lumière basse des nuits de Dakar filmées en numérique, suivant l’errance chagrine de Magaye, visiblement paumé. Lui et ses fringues fatiguées et rétro se préparent à aller à une projection de Touki Bouki. Mais lorsqu’il arrive sur les lieux, personne ne le reconnaît, des enfants le chahutent : impossible que ce soit lui, le héros sémillant du film. Magaye, qui semblait jusque là 69 plongé dans une torpeur dépressive, se réveille brusquement. Mati Diop élève alors son film à un degré d’intensité imprévu : tandis que Magaye décide de retrouver Anta (ou l’actrice qui la joue, le doute plane), le film quitte son ancrage documentaire pour des séquences hallucinantes de nostalgie, sublimées par l’usage du 35mm. Impossible de ne pas penser à Tabou de Miguel Gomes, même si la transition est ici moins frontale, le glissement plus progressif, de la réalité (morne) au fantasme (fabuleux). La fin du film enchaîne les séquences b o u l eve r s a n t e s , d e l ’a p p e l longue distance de Magaye à Anta, immigrée en Alaska, aux visions de Magaye, qui se met à rêver d’étendues neigeuses où il retrouverait sa belle. Contre le temps qui passe et la tristesse qui se dégage des vieux chefs d’œuvres, Mati Diop affirme ce que la caméra peut : allumer des soleils, partout, et surtout sur les cendres des amours perdus. Laura Tuillier REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) L’humanité 10 juillet → www.humanite.fr CULTURE LE FID, UNE DÉMOCRATIE DE LA PAROLE Sieniawka de Marcin Malaszczak, l’homme traverse des paysages comme des vies où la démocratie nouvelle devient le centre du débat. Photo : DR C’est sous l’égide de la figure tutélaire de Pasolini que s’est déroulé le 24° FID Marseille (Festival international du documentaire), avec, depuis la mi-mai, une rétrospective intégrale qui a fini par s’entremêler à une programmation pléthorique. 128 films représentant 36 pays, des premières mondiales, des premiers films, tous les formats sont représentés qui permettent d’explorer autant de temporalités que d’écritures. Depuis que le documentaire existe en tant que genre, il a su introduire la fiction, il n’est que de se rappeler Nanouk l’esquimau de Flaherty. Aujourd’hui la question est entendue que le FID relaie en ouvrant largement le champ à une question plus prégnante : Comment réinjecter davantage de complexité à la réalité ? En rendre compte par des mots et des formes, des narrations où le passé devient un matériau du présent et où l’engagement présent laisse la part belle à l’invention de langages poétiques. Ici pas question d’écrasement historique ou de world culture globalisante, chaque film déploie, laisse les personnages occuper l’espace de façon sculpturale. Dans Sieniawka de Marcin Malaszczak, l’homme traverse des paysages comme des vies où la démocratie nouvelle devient 70 le centre du débat. Dans Holly Field Holy War de Lech Kowalski, on est au cœur du débat alors que les habitants d’un village assistent, sidérés, à la confiscation de leur outil de travail, à la colonisation leur lieu de vie, par une société américaine en mal de gaz de schiste. Plus loin, la parole est donnée par Shaina Anand et Ashok Sukumaran à des pêcheurs. Via leur téléphone portable, c’est la vie quotidienne à bord d’énormes bateaux, From Gulf to Gulf, les conditions de travail, les chargements, la pêche, les jeux, les prières et surtout la musique indienne qui tangue au rythme des mers. Chaque film reste au plus près des matières, ce sont des portraits, de femmes également, comme dans Ramallah de Flavie Pinatel, beaucoup de femmes, dans E Muet de Corinne Shawi. Une évidence prend corps que porte toute cette programmation, une constante construction déconstruction. Lise Guéhenneux 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) télérama.fr → www.telerama.fr CINÉMA Mati Diop, fille du musicien Wasis Diop, a remporté le grand prix du Festival international du documentaire de Marseille. “Mille Soleils” est un voyage rêveur à Dakar sur les traces d’un film culte des années 70, “Touki-bouki”, grand œuvre de son oncle Djibril Diop Mambety. Après une semaine d’exploration dans le maquis d’une sélection aussi riche que folle et hétéroclite, le jury du FID (le Festival international du film documentaire de Marseille) est tombé d’accord sur un film projeté dans la chaleur étouffante du weekend. Mille Soleils est le genre de découverte ensorcelante qu’on fait chaque été à Marseille : un film sans domicile fixe, ni long, ni court, ni vraiment documentaire, ni tout à fait fiction, le retour en Afrique d’une jeune femme qui n’en est jamais partie mais possède là-bas le trésor d’une histoire familiale mouvementée. La jeune femme, c’est Mati Diop. Les amateurs du cinéma de Claire Denis se souviendront d’elle comme de la (très) belle et (très) émouvante comédienne de 35 Rhums, de ses scènes murmurées avec Alex Descas (dans le rôle de son père) et de sa danse serrée-serrée avec Grégoire Colin (son amoureux) au son du Nightshift des Commodores. Mati Diop est née à Paris en 1982. Elle est la fille du musicien sénégalais Wasis Diop (qui vient de signer la musique de Grigris de Mahamat-Saleh Haroun). Il lui arrive encore de faire l’actrice, mais son cap, c’est la réalisation. Elle a déjà à son actif trois courts et un moyen métrage. Et ce métier qui s’ouvre à elle lui fait rencontrer une figure familiale incontournable, Djibril Diop 10 juillet “Mille Soleils”, de Mati Diop, Touki-bouki, de Djibril Diop Mambety, cinéaste africain légendaire et quelque peu perdu, enfant du western et de la nouvelle vague. © DR Mambety, son oncle, le frère de son père, cinéaste africain légendaire et quelque peu perdu, enfant du western et de la nouvelle vague, auteur d’un film culte, Touki-bouki, que Mille Soleils revisite en beauté. Mati Diop s’est lancée dans l’aventure de Mille Soleils il y a cinq ans, à l’époque où elle tournait avec Claire Denis. « C’est parti d’une conversation avec mon père, à qui je posais des questions sur ma famille et sur la place que le cinéma occuppait dans ma vie, raconte-t-elle. Il m’a parlé de mon oncle [mort à Paris à 53 ans, en 1998, ndlr] et de Touki-bouki dont mon grandpère disait qu’il contenait “toute notre histoire”. Ça a fait naître un désir chez moi. Retrouver l’histoire d’un film. Savoir d’où il vient. Quelles traces il laisse… » La programmation marseillaise fait joliment communiquer l’esprit des deux films que quarante ans séparent. Touki-bouki, daté de 1973, est projeté le matin dans une copie aux couleurs pimpantes, restaurée par la World Fondation de Martin Scorsese. On y suit la très photogénique errance de deux jeunes gens, un garçon, une fille, dans les rues de Dakar qu’ils pensent à quitter pour les avenues de Paris. Une rengaine de Joséphine Baker plane sur leurs déambulations Découverte ensorcelante du Festival du documentaire de Marseille (« Paris, Paris, ce petit coin de paradis ») Les héros sont beaux et rebelles comme des Bonnie et Clyde africains, déchirés entre le poids de la tradition et des airs de modernité. Ils sillonnent la ville avec une motocyclette couronnée de cornes de zébu. 1973, qui comme son personnage a fait le choix de rester au pays. Sa partenaire, son amoureuse de cinéma, Myriam Niang, est, elle, partie pour de bon, comme dans le film. La vraie vie, qui a de l’imagination, l’a menée en Alaska. Sur une plateforme pétrolière. L’écriture de Touki-bouki est libre, la forme aussi, marquée par les aventures cinématographiques des années 60, un électrochoc dans la production africaine de l’époque. Djibril Diop Mambety avait 21 ans quand il a réalisé Touki-bouki, qui apparaît régulièrement dans les listes des films qui ont marqué l’histoire du cinéma. Il s’est un peu perdu ensuite. Il lui a fallu vingt ans avant de réaliser à nouveau un long métrage (Hyènes, en 1992) « On ne s’en remet pas facilement, dit Mati Diop, faire un tel film aussi jeune, c’est violent. être en avance sur son temps, difficile à gérer. » « Un jour, je me suis presque senti coupable, disait Djibril Diop Mambety dans les années 90. je me suis dit que j’aurais dû faire plus de films. Mon désir profond était de continuer le western que j’ai vu dans mon enfance. J’ai toujours voulu refaire Le train sifflera trois fois. Peut-être que si je n’avais pas vu ce film je n’aurais pas fait de cinéma. J’aurais écrit, peut-être. Pourquoi Le train sifflera trois fois ? Parce que j’avais entendu : “si toi aussi tu m’abandonnes…” En fait, c’est la solitude qui caractérise ma vie. » Mille Soleils s’ouvre au son de la chanson de Tex Ritter accompagnant un homme seul (et un troupeau de zébus) dans Dakar. La vie de Touki-bouki se poursuit ainsi. Le marcheur solitaire est Magaye Niang, l’acteur du film de 71 Dans Touki-bouki, les héros sont beaux et rebelles comme des Bonnie et Clyde africains. © DR Le film de Mati Diop fait dialoguer ces personnages de légende dans une conversation téléphonique imaginaire. Ils ne se retrouveront pas ailleurs que dans les rêves de la jeune cinéaste. Mais leur union se prolonge à l’écran. Et les interrogations de leur jeunesse – Partir ? Ne pas partir ? Se battre ? Et contre quoi ? – trouvent un écho dans Mille Soleils, où se tissent de vifs dialogues entre les générations. Elle se doublent de nouvelles questions posée par une jeune fille franco-sénégalaise d’aujourd’hui aux artistes et révolutionnaires, exilés ou non, qui ont peuplé l’imaginaire de sa famille. Qu’avez-vous fait de votre vie ? Que nous avez-vous laissé ? Et maintenant qu’en ferons nous ? Où irons nous ? REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) le film français 09 juillet → www.lefilmfrancais.com CINÉMA LES gagnants du FIDMARSEILLE 72 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) le film français 08 juillet → www.lefilmfrancais.com CINÉMA LES LAURéats du FIDLAB 2013 73 2013 REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) LEMONDE.FR 08 juillet → www.cinema.blog.lemonde.fr rodolphe burger fait danser C’était à Marseille, vendredi dernier. Le FID, festival international du documentaire qu’orchestre depuis une douzaine d’années maintenant Jean-Pierre Rehm, recevait une rock star. Entre deux films de la rétro Pasolini qui donnaient le la d’une programmation 2013 entièrement pensée à partir des grandes catégories de l’oeuvre du cinéaste italien, entre un documentaire de Lech Kowalski sur les ravages de l’extraction du gaz de schiste (Holy Field of war), une folie érotique transgenre philippine (Jungle Love de Sherad Anthony Sanchez Gloria Morales), un film insurrectionnel sous influence d’Alain Badiou (Instruction pour une prise d’armes de Laurent Krief), l’arrivée de Rodolphe Burger dans la petite salle du théâtre de la Criée a fait son petit effet. Applaudissements nourris, enthousiastes, au début, et dans la limite de la tenue toujours de rigueur au FID, public en délire à la fin. Avec sa guitare, une machine ondulatoire dérivée du thérémine avec laquelle il samplait des chants traditionnels indiens, injectant des boucles de sa propre voix, le rockeur à la voix de braise accompagnait la projection de In The Land of the Head hunters, film d’une rare splendeur réalisé en 1914 par le photographe et ethnologue Edward S. Curtis. les fantômes des indiens coupeurs de tête Rodolphe Burger au théâtre de la Criée, le 5 juillet 2013 ©Capricci Ressorti des limbes à la faveur d’une récente restauration entreprise par le Registre National du film américain et par la Bibliothèque du congrès ce film est le premier de l’histoire à avoir été entièrement tourné avec des Indiens, les Kwakiutl en l’occurrence, au Canada (8 ans plus tard, Nanouk l’Esquimau de Robert Flaherty sera le second). In the Land of the Head Hunters s’inspire de la vie de ces Indiens, de leurs coutumes, et les met en scène une fiction fabuleuse qui oppose le fils du chef de la tribu au vieux sorcier jaloux et retors qui veut lui voler sa fiancée. Vibrant d’une puissance primitive qui fait toute sa force, le film déploie en même temps un récit sophistiqué ponctué de rituels magiques, de glorieux faits d’armes avec têtes réduites brandies à bout de bras, de danses tribales exécutées par des personnages au visage couverts de masques fabuleux, revêtus de parures d’animaux fantastiques, dont l’exubérance, la folle inventivité, ont bel et bien à voir, se dit-on, avec de la magie. Conjuguant ses influences folk américaines et des chants traditionnels indiens, la création musicale de Rodolphe Burger accompagnait par paliers la montée en tension de cette intrigue incandescente où la fête induit le feu, où l’amour conduit à la guerre et au meurtre, entraînant la salle, en phase avec les Indiens du film, dans une transe hypnotique. Il est prévu que le film sorte en salles en France le 20 novembre prochain. 74 Portrait de Margaret Frank (née Wilson), indienne Kwakiutl qui joue In the Land of the Head Hunters. © Edward S. Curtis Autoportrait d’Edward S. Curtis vers 1889 © Edward S. Curtis REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) africulture 07 juillet → www.africulture.com CINÉMA/TV MILLES SOLEILS, DE MATI DIOP L’HÉRITAGE DE TOUKI BOUKI Présenté le 6 juillet en première mondiale à l’édition 2013 du FID de Marseille, où il a remporté le grand prix de la compétition internationale, Mille soleils confirme Mati Diop comme une figure marquante des nouvelles écritures cinématographiques. Comme Anta, Marème Niang est partie pour le Nord, et comme Mory, Magaye Niang n’a pas quitté Dakar. Si bien que le réel et la fiction s’entremêlent au point de se répondre. Magaye sera donc encore à la tête d’un troupeau et comme dans Touki bouki, on retrouve ces bêtes à l’abattoir. Mais 40 ans ont passé, et Mati, malgré son désir référentiel, ne le filme pas comme Djibril. Certes, le sang est là, comme le sang de l’abattoir du Sang des bêtes de Georges Franju (1949) qui évoquait pour mieux le conjurer le carnage des guerres mondiales, comme le sang de l’abattoir de Rwanda pour mémoire de Samba Félix Ndiaye (2003) qui se rapprochait ainsi au plus près de la représentation de l’Itsembabwoko. Le sang est là et, comme Djibril, Mati ne filme pas cette boucherie à distance : elle est au milieu des zébus. Mais alors que dans Touki bouki, c’est l’effroi des bêtes et leur exécution que représentait Djibril, dans son souci d’évoquer les damnés mais aussi leur force de vie, Mati s’intéresse davantage aux hommes qui se mesurent avec les bêtes comme dans une corrida, lançant des cris de victoire quand ils les ont terrassés. Comme dans l’Histoire haïtienne où les dirigeants s’y réfèrent sans cesse, le sang est un lien qui traverse le temps, à la fois poids du passé et héritage du vivant. au point de baigner de la lumière bleue du rétroprojecteur les vétérans qui viennent présenter Touki bouki lors d’une séance en plein air : Wasis Diop, Joe Wakam (Issa Samb), Ben Diogaye Bèye et Magaye Niang. Sous la bannière du bleu, c’est une nouvelle génération qui prend la place, celle d’un nouveau cinéma qui se saisit du numérique et délaisse la pellicule et, sur les traces de Djibril, rompt avec un certain classicisme, cette génération de ce chauffeur de taxi qui revendique à grands cris le pouvoir du peuple et reproche aux anciens comme Magaye de n’avoir rien tenté - ce chauffeur qui n’est autre que Djily Bagdad, le rappeur du groupe 5kiem Underground, engagé dans le mouvement Y’en a marre qui en mobilisant des manifestations de rues a empêché le président Abdoulaye Wade d’introniser son fils comme successeur. “Le monde est vieux, mais l’avenir sort du passé”. Les griots répètent à l’envi ce début de L’Epopée de Soundiata Keïta mais cette maxime essentielle est difficile à appliquer : comment une jeune réalisatrice désireuse d’avancer dans sa vision du monde actuel, fille du musicien Wasis Diop et donc nièce du plus légendaire des cinéastes africains, Djibril Diop Mambety, peut-elle avancer dans la délicate équation d’un héritage aussi magnifiquement riche mais forcément pesant ? En mouillant sa chemise ! En allant parcourir Dakar sur les traces de Touki bouki, le film qui lui parle le plus mais que son grand père résumait en disant : “C’est notre histoire”. Voici donc une histoire de famille, de transmission, d’héritage et de rupture où l’histoire personnelle se mêle à la grande Histoire du cinéma. Il fallait une porte d’entrée, qui fut d’explorer ce que sont devenus Marème Niang et Magaye Niang, eux qui incarnaient Anta et Mory, ce couple de jeunes non-conformistes épris de liberté qui quarante ans plus tôt parcouraient Dakar pour trouver l’argent du voyage vers l’Europe. Ce lien du sang aussi personnel qu’historique, dominante rouge, va céder le pas à l’envahissement du bleu, qui s’impose Voyager ? “Il le fallait”, disent les trois compères. Pourtant, si Wasis est parti, Joe et Ben sont restés. Mais leur route a traversé le monde : le déplacement n’est pas seulement géographique. Ils sont, comme Magaye, ces héros fragiles et incertains mais pénétrés d’engagement de certains westerns, comme le Gary Cooper du Train sifflera trois fois (High Noon, Fred Zinnemann, 1952), dont la célèbre chanson que Djibril affectionnait accompagne Magaye lorsqu’il conduit son troupeau en début de film. Lorsqu’elle est reprise à la fin sur un rythme rock, Magaye, comme 75 elle, a changé : il a franchi le pas de la mémoire et affronté le froid bleuté du Pôle. Pour avoir dépassé sa douleur et s’être confronté à sa peur, il a atteint cet au-delà de la mémoire, cet invisible qui n’est plus souvenir mais conscience du temps. Ce serait cela l’héritage de Touki bouki : ces mille horloges, ces mille soleils, ces mille fulgurances qui nous émeuvent profondément à la faveur d’un film aussi nocturne que lumineux, aussi intuitif qu’ancré dans le temps présent, aussi digne de s’inscrire dans la lignée qu’il est novateur et puissant. Avec Mille soleils, Mati Diop revisite avec une infinie finesse le programme de Touki bouki : conquérir sans abandonner. Olivier Barlet REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) les inrocks 03 juillet → www.lesinrocks.com CINÉMA fidmarseille 2013 : LES CLÉS DU PROGRAMME « Salò ou les 120 journées de Sodome» de Pasolini Lancé le 2 juillet, le Festival de documentaire à Marseille recueille une attention toute particulière dans une année très spéciale pour la cité phocéenne. Pour la 24e édition de l’incontournable festival marseillais, la programmation fait comme toujours honneur à la création documentaire tout en y distillant quelques fictions, dans l’esprit très ovni qu’on lui connaît – voir les sections parallèles (« Lucioles », « Chœur », « Inferno »…). Des attentes en compétition Même si toute l’épice du festival réside d’abord dans les surprises qu’il réserve, la sélection internationale n’est pas peuplée que d’inconnus. La Criée accueille ainsi samedi la première mondiale de Mille soleils de Mati Diop, film dans lequel la jeune réalisatrice mène une singulière radioscopie de son oncle, le légendaire cinéaste Djibril Diop Mambety, et de son chef d’œuvre Touki-Bouki. Inratable également : le voyage en Pologne de Lech Kowalski, increvable documentariste de l’underground punk new-yorkais, qui part ici vers ses terres d’origines menacées par les forages de gaz de schiste. Holy Field Holy War sera présenté vendredi. Du côté de la compétition française, on ouvre un œil attentif sur De la musique ou La Jota de Rosset de Jean-Charles Fitoussi, où le très fuyant réalisateur de Je ne suis pas morte s’essaye au poème musical dans les extérieurs de Majorque. Quant à l’habitué Pierre Creton, il se lance dans un road movie en tandem avec Sur la voie, où le cinéaste-ouvrier agricole suit les itinéraires croisés d’un jeune fermier normand et d’un banlieusard le long d’une Seine bercée par Monet. 76 Échappées Jean-Pierre Rehm, délégué général du FID, n’est pas avare en sélections fantasques : « Descriptions de descriptions » consacré à des objets filmiques en forme de carnets de notes et de mises à distance, « Lucioles », où l’insecte vaut pour totem d’une fragilité en extinction, « Inferno » sur des représentations de l’enfer, « Théorème » sur des films de démonstration, de raisonnement, d’enquête, etc. Ces programmations sont hantées par le spectre de Pier Paolo Pasolini, qu’on rencontrera un peu partout durant le festival, dispersé dans les six « écrans parallèles ». Des classiques bien sûr (la Trilogie de la Vie, Salò ou les 120 Journées de Sodome), mais aussi quelques raretés comme les Appunti, brouillons de films inachevés où s’exprime toute la fièvre créatrice du cinéaste italien. Théo Ribeton 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) fluctuat 1/3 03 juillet → www.fluctuat.premiere.fr ACTU MUSIQUE Elektro Moskva : et si la musique électronique était née en URSS ? Le synthé chez les Soviets Combien de temps avez vous mis de l’idée de départ à l’editing final ? Et si on vous racontait que le premier instrument de musique électronique avait été inventé au lendemain de la révolution russe par un certain Léon Theremin, et que sans lui Robert Moog n’aurait peut-être jamais créé son fameux synthétiseur ? Cette étrange épopée est au cœur du documentaire “Elektro Moskva”, qui sera diffusé à Marseille les 3 et 8 juillet dans le cadre du FID. Il y a presque 100 ans naissait l’étérophone, autrement appelé Thérémine, du nom de l’ingénieur russe qui le conçu. Ce curieux objet qui se jouait sans le toucher, grâce à un champ électro-magnétique, fut le premier instrument de musique électronique. Dans les années 60, Robert Moog commercialisera le concept, après la tentative échouée du soviétique, et le synthétiseur deviendra un instrument pop parmi d’autres. C’est l’histoire du “Synthé chez les Soviets” qu’ont choisi de raconter Dominik Spritzendorfer et Elena Tikhonova dans leur documentaire “Elektro Moskva” (que les Français pourront découvrir au Festival International de Cinéma de Marseille). L’histoire de l’électrification de l’URSS, transformée en véritable laboratoire peuplé d’usines et de villes nouvelles, la conquête spatiale, la défense et l’effervescence scientifique, puis la période de déconstruction et l’amoncellement d’outils, gadgets et appareils électroniques devenus inutiles ou dépassés. Un voyage cosmique qui emprunte les lignes de chemin de fer, les routes, se rend dans des fabriques désaffectées, des terrains vagues transformés en brocantes, des centre-villes, des studios de fortune, … partout où le règne de l’électronique a fait des adeptes, qu’ils soient collectionneurs, chercheurs, réparateurs, musiciens noise ou simples témoins. A l’image de cet ancien s’étant fabriqué une antenne de télé avec des fourchettes (la télé existait oui, mais pas les antennes !), le mot d’ordre de ces années de créativité fertile fut le suivant : “rien ne marche, mais tu dois en tirer le meilleur !”. Comment vous êtes-vous rencontrés ? Et qui a eu l’idée de ce documentaire ? Elena et moi nous sommes rencontrés en 1997 à Moscou, nous étions tous les deux étudiants au VGIK (l’institut national de la cinématographie). J’y ai vécu 3 ans, ensuite nous avons déménagé à Vienne pour vivre et travailler en tant que réalisateurs. Lena tournait des court-métrages expérimentaux, moi, j’ai toujours été plus intéressé par le documentaire. L’idée a germé quand nous avons rencontré Richardas Norvila alias Benzo, un musicien électronique, philosophe et psychiatre de Lithuanie. Benzo vivait à Moscou et concevait des sons à l’aide de vieux synthétiseurs soviétiques et d’autre matériel bizarre. Il avait sa propre philosophie au sujet de ces instruments et adorait leur imperfection, il déclarait d’ailleurs qu’elle était liée à la vie en Russi,e elle aussi marquée par la carence et la privation. On était curieux et on a commencé à creuser plus loin dans l’histoire de ces instruments et de leurs origines. Et nous avons découvert des tas d’autres histoires uniques sur la façon dont était perçue la créativité au sein du système totalitaire soviétique et sur le fait que cette histoire influence toujours considérablement les musiciens en Russie aujourd’hui. 77 Ce film a duré 8 ans ! Ca n’a pas été facile de trouver de l’argent pour un scénario aussi “exotique” mais grace à notre passion et notre persistence, le budget constitué a réussi à couvrir les coûts,. Nous avons tout produit nous-mêmes. On y a simplement cru et on l’a voulu. Pendant des années, nous avons fait beaucoup de recherches, et plus nous fouillions, plus l’histoire prenait du volume, avec des trouvailles parfois sensationnelles, provenant d’archives privées ou de celles de l’Etat. On a finalement tourné deux fois en Russie, un mois à chaque fois. Dès le début, nous voulions faire un documentaire avec une atmopshère ‘conte de fées’, un point de vue très subjectif, qui reflétait l’état de la personne se remémorant l’histoire et la commentant de manière humoristique, voire même cynique. C’est une coutume typiquement russe. “Advienne que pourra, ce qui doit arriver arrivera. Il n’y a jamais eu de moment où il ne se passait rien !” est un dicton du temps des soviets, qui montre très bien comment était envisagé le futur. Nous avons capté ce même sentiment dans le film. Les Soviets ont-ils inventé la musique électronique sans le savoir ? REVUE DE PRESSE 2013 PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) fluctuat 2/3 Quand Leon Theremin a inventé le Theremin en 1919, il était certainement pionnier dans la musique électronique. Ses collègues à l’institut ne le prenaient pas au sérieux : “Theremin joue du Gluck sur un voltmètre”. Son instrument était complètement spatial à cet époque. Bien sûr, il y a eu d’autres inventions dans ce domaine, en Europe de l’Ouest et en Amérique aussi, mais je n’hésite pas à désigner Leon Theremin comme le parrain de la musique électronique. Même s’il a passé la plupart de sa vie comme prisonnier scientifique, forcé à inventer pour les services secrets soviétiques et la poursuite de la guerre. Et il ne s’agissait pas là de musique. Theremin a eu une existence extraordinaire. Il a vécu la révolution de 1917, créé ensuite un instrument iconique que tous les musiciens pop occidentaux ont utilisé. Puis, il a voulu vivre le rêve américain en vendant son invention à RCA mais est soudainement rentré en URSS pour d’obscures raisons, pour finir par travailler dans les laboratoires des gougags. Quelle histoire ! Il a eu une vie incroyable, très liée à la folie du 20ème siècle, les expérimentations soviétiques, la révolution électronique, la Guerre Froide, etc. Parallèlement au film de Steven Martin (An electronic odyssey, 1994), il existe une biographie de Theremin écrite par Albert Glinsky (Ether music and espionage, 2005). Pour Elektro Moskva, nous avons utilisé l’enregistrement de sa dernière interview avant sa mort, il avait 97 ans et abordait ses inventions ainsi que son travail pour le KGB. Cette vidéo est restée planquée pendant 20 ans et n’a jamais été diffusée auparavant. À propos, en novembre prochain ce sera le 20ème anniversaire de sa mort. Jusqu’à un âge avancé, Theremin disait souvent qu’il vivrait éternellement, son nom épelé à l’envers donnait NIMEREHT, ce qui signifie ‘ne meurt jamais’ en russe. la musique életronique actuelle, enfermée dans les boites à rythmes et les synthés. Il n’y avait aucune règle. Qu’est ce qui s’est donc passé ces cent dernières années ? Il reste beaucoup de Theremin en circulation aujourd’hui ? Tu as appris à en jouer ? Dur à dire. A l’époque des soviets, il y avait un contrôle stricte de tout ce qui circulait. Si des musiciens n’étaient pas produits par le seul et unique label de l’état, Melodija, leurs disques ne sortaient jamais. La seule exception concernait la musique de films t la musique de dessins animés (le compositeur de Tarkovsky, Edward Artemjev, utilisait d’ailleurs l’unique synthétiseur ANS pour ses films). Dans les années 20, le Theremin était désigné comme L’instrument du futur et aurait du intégrer chaque foyer. Cela ne s’est jamais produit. Connu principalement par les bande-sons des films d’horreur, il reste un instrument exotique, un gadget étrange, toujours magique. Il existe un Centre-Theremin à Moscou, dirigé par Andrey Smirnov, qui concentre une énorme quantité d’archives de textes et d’instruments, on y organise des lectures et des cours de musique électronique avec le Theremin. C’est aussi un point de rencontre pour toute une jeune génération de musiciens. J’ai essayé d’en jouer de temps à autre et j’en possède un petit que j’ai eu au Japon, mais c’est vraiment pour m’amuser et pas sérieusement. Robert Moog s’est t-il accaparé l’invention de Leon Theremin dans les années 60 ? Non il ne l’a pas volé, il a fabriqué des Theremin sous license pour le marché américain, et les a modifié pour l’époque. Moog était un grand admirateur de Theremin. Paradoxalement, ces périodes très dures politiquement et socialement témoignent d’une créativité très libre, contrairement à ce qu’on peut voir dans Tout ce qui incluait de la musique occidentale était clandestin, copié de cassette en cassette, se faufilant entre les mailles du Rideau de Fer. Et donc il y avait beaucoup de fantasme sur l’autre côté du Rideau, et ce qui était associé à la musique électronique moderne. La production soviétique était alors principalement un reflet et une imitation de ce qui se passait à l’Ouest, avec un décalage de quelques années. Aujourd’hui, la musique électronique est un phénomène global, qui est impossible à définir localement. Mais il existe toujours de la bonne musique ! Il faut seulement la trouver dans cet océan qui contient 99% de saloperie. À l’image d’une fleur qui pousse à travers la fissure d’un rocher. À côté de ça, une sorte d’easy listening soviétique était utilisé par le régime pour dorloter la population et les faire oublier leurs problèmes. Le numéro 1 était le Mesherin Orchestra, ils étaient diffusés à la TV et à la radio toutes les heures. C’était la Soviet Muzak des années 60 ! Comment les authorités communistes s’y sont prises pour gérer la prolifération de ces ‘gadgets électroniques’ ? Au début, Lénine a aidé à la popularisation du Theremin, mais ensuite ? Lénine n’a jamais vraiment été intéressé par l’instrument, mais plutôt par les qualités pratiques de l’objet, qui pouvait aussi servir de détecteur de mouvement, parfait pour être utilisé comme système de surveillance, et le Theremin était aussi un bon moyen d’espionner les innovations scientifiques à l’étranger. Les instruments électroniques n’ont jamais été réellement populaires ici, même dans les années 80 quand les synthétiseurs étaient produits en masse, il n’y a jamais eu aucune structure qui permettait de s’en procurer. Quelles ont été les rencontres les plus incroyables pendant le tournage du film ? Rencontrer Vladimir Kuzmin à Ekaterinburg a été une belle expérience, il est l’inventeur du Polyvox et de bien d’autres synthétiseurs. Mais bizarrement, il est resté très réservé au sujet Toutes les choses incom- de la production des synthétiparables qui se sont passées seurs au sein des installations ont eu lieu MALGRE les circons- militaires. Il a juré de garder le tances, et non grâce à elles. silence sur ces ‘secrets militaires’ Est-ce qu’on peut avancer, avec un poil de provocation, que le Rideau de Fer a retardé l’uniformisation de la musique et de la culture ? 78 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) fluctuat 3/3 dans les années 80. Il a toujours peur des conséquences s’il parle trop, ce qui est somme toute assez absurde. Ca n’a pas été évident d’obtenir des informations de sa part. L’aventure a aussi consisté à tourner dans des endroits sensibles de Moscou. Comme cette scène à côté d’une centrale nucléaire avec Benzo, alors que notre peneur de son était détenu par la sécurité après avoir fait quelques enregistrements près du réacteur. Durant deux heures, les vigiles ont essayé de trouver un indice ou quelque chose dans l’enregistrement. Questionner des collectionneurs d’appareils électroniques d o i t d e v e n i r fa s t i d i e u x a u bout d’un moment. Comment avez-vous réussi à conserver l’enthousiasme de la quête et préserver le documentaire de la nostalgie ? Nous avons TOUT fait pour ne pas que ce film soit simplement réservé au noyau dur de la communauté nerd électronique. Dont nous ne faisons d’ailleurs pas partis. Nous avons voulu raconter une histoire sur la vie, l’inventivité et la créativité au sein d’un système totalitaire, utilisant la musique et ces instruments maladroits comme un outil de narration. Le film sera probalement reçu comme un film nostalgique, pourtant nous avons voulu aller au-delà de ça. Nous ne disons pas : tout était mieux avant. Bien sûr la vie était dure, les gens de l’Ouest ne peuvent même pas s’imaginer à quel point. Nous avons voulu attirer l’attention sur cette créativité, indispensable, quand tu ne peux pas simplement rentrer dans un magasin et acheter ce dont tu as besoin, quand tu dois utiliser tes méninges pour obtenir ce que tu veux, et savoir comment le fabriquer. Dans notre société d’abondance, nous avons perdu cette abilité. Ceci n’est pas de la nostalgie. PS : À noter que la conclusion d’Elektro Moskva est de haute importance pour le reste de l’humanité ! Propos recueillis par Rod Glacial 79 2013 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) Cineuropa 02 juillet → www.cineuropa.org FESTIVALS Première mondiale du film de Lech Kowalski qui s’attaque au sujet controversé des forages de gaz de schiste en Pologne 124 films issus de 36 pays sont au programme du 24ème FID - Festival International de Cinéma de Marseille qui débute aujourd’hui sous la présidence d’honneur du cinéaste taïwanais Tsai Ming-liang. Parmi les 16 titres (dont 13 en première mondiale) participant à compétition internationale figure un seul documentaire, mais non des moindres, avec la coproduction franco-polonaise Holy Field Holy War de Lech Kowalski (photo). (L’article continue plus bas - Inf. publicitaire) De son Grand Prix à Sundance pour Rock Soup en 1992 à sa victoire dans la section Orizzonti à la Mostra de Venise 2005 avec East of Paradise, en passant par The End of the world begins with one lie qui déconstruisait Louisiana Story de Robert Flaherty en plongeant dans les imagesInternet de Holy Field Holy War dévoilé au FIDMarseille la catastrophe pétrolière du golfe du Mexique en 2010, le cinéaste né à Londres de parents polonais trace une trajectoire passionnante. Et le voici de retour avec Holy Field Holy War, version cinématographique de son immersion dans la campagne polonaise, terre d’élection pour les forages de gaz de schiste. Pollution, menace invisible, mensonges, lutte inégale pour des paysans en colère ? Lech Kowalski, initiateur de la “camera war”, s’engage du côté des perdants annoncés. à signaler aussi en compétition A Girl and a Tree du Slovéne Vlado Skafar (qui avait réalisé précédemment l’apprécié Dad [bande-annonce, film focus]), la coproduction germano-polonaise Sieniawka [bande-annonce, festival scope] de Marcin Malaszczak, (découverte au Forum de la Berlinale 2013 - review) et La nature sauvage de Lacrau du Portugais João Vladimero. Le FIDMarseille 2013 propose également, entre autres événements au menu jusqu’au 8 juillet, une compétition française (avec notamment des films de JeanCharles Fitoussi, Pierre Creton et du duo Judith Abensour - Thomas Bauer) et des rencontres avec la directrice de la photographie Caroline Champetier (César 2011 pour Des hommes et des dieux [bande-annonce, film focus] et nominée en 2013 pour Holy Motors [bande-annonce, film focus]), le monteur Yann Dedet (qui a travaillé avec Truffaut et Pialat, César 2011 pour Polisse [bande-annonce, film focus]) et le réalisateur Khalil Joreige (interview vidéo). À noter enfin, parmi les dix sélectionnés cette année pour la plateforme de soutien à la coproduction FIDLab (5ème édition les 4 et 5 juillet), les projets de longs de fiction Elle(s) de la Française Valérie Massadian et Cemetery de Carlos Casa (coproduction associant Pologne et Ouzbékistan). Fabien Lemercier 80 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) le film français 11 juin → www.lefilmfrancais.com CINÉMA LE FIDMARSEILLE Dévoile sa séléction 81 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE NATIONALE (EN LIGNE) LE film français 22 mai → www.lefilmfrancais.com CINÉMA 12 PROJETs Séléctionnés au FID LAB 2013 82 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE 83 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE zibeline 1/2 11 juillet 84 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE zibeline 2/2 85 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE La marseillaise 09 juillet 86 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE la provence 08 juillet 87 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE LA marseillaise 07 juillet 88 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE LA MARSEILLAISE 05 juillet 89 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE La marseillaise 04 juillet 90 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE ventilo 01 juillet 91 2013 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE LA MARSEILLAISE 12 lundi 1 juillet 2013 La Marseillaise 01 juillet MARSEILLE Culture FId. Le Festival de cinéma de Marseille débute demain à la Criée. Six jours intenses de projections, rencontres et débats en présence de cinéastes animés par le désir de questionner le réel. Portraits et vérités d’un monde chamboulé n Come esempio ! Comme exemple ! Par cette expression que l’on retrouve sur son affiche, très travaillée, le FID - Festival de cinéma de Marseille donne le ton. Cet exemple, c’est bien entendu Pier Paolo Pasolini dont une rétrospective intégrale, dans le cadre de MP2013, ne cesse depuis deux mois, de ravir les cinéphiles - les projections sont souvent complètes et l’équipe avoue refuser régulièrement du monde. Mais que les retardataires se rassurent, cette riche filmographie sera entièrement reprise à partir de demain et jusqu’au 8 juillet pendant le festival, une nouvelle fois placé sous le signe de la découverte et de l’excellence. « Notre volonté n’est pas de faire une édition spéciale pour l’année Capitale. Nous souhaitons toujours augmenter le niveau », explique le délégué général Jean-Pierre Rehm qui, pour cette 24e édition, a sélectionné 128 films originaires de 36 pays. Compétition française (11 réalisations), meilleur premier film et compétition internationale seront comme de coutume à l’honneur à la Criée ou aux Variétés. Avec, pour la catégorie reine, un nombre plus limité de longs-métrages (16 d’autant de nationalités au lieu d’une vingtaine par le passé), dans un souci d’apporter plus de clarté et de ne pas perdre le jury, présidé cette année par le Japonais Nobuhiro Suwa, « dans une surenchère d’images ». Toutes présentées en avant-premières, ces œuvres s’attacheront, sous diverses formes : cinéma du réel, fiction ou documentaire, à faire l’état des lieux de notre monde, chamboulé, et d’en repérer les dysfonctionnements. 090a Des séances spéciales Mais le FID, c’est aussi les séances spéciales : ciné concert en plein air au Silvain autour de L’étroit mousquetaire muet de Max Linder (1922), cartes blanches accordées aux rencontres du cinéma sud-américain ou au festival de Jazz des cinq continents... et, bien sûr, les incontournables écrans parallèles, qui permettent de voir des films anciens ou récents, regroupés par thématiques, cette fois dictées par les pensées de Pasolini. Quant à l’ouverture, demain à la Criée, elle permettra de découvrir Celestial Wives of the meadow Mari, une collection de portraits, courtes histoires de femmes russes entre magie et réalisme imaginées par Alexey Fedorchenko. Quant aux tables rondes, expositions, rencontres et la traditionnelle plateforme de coproducition FID Lab, elles seront une nouvelle fois des moments de réflexion et de convivialité. CédRIC COPPOLA fidmarseille.org Le film russe « Celestial Wives of the meadow Mari » ouvre demain, à la Criée, la 24e édition du FId Marseille. Photo DR Tsai-Ming Liang, un « walker » à Marseille n Si la quantité gargantuesque de projections à de quoi nous enfermer toute la semaine dans les salles obscures, impossible de faire l’impasse sur les rencontres proposées par le FID. Celle de samedi à 15h30 à la Criée, avec le président d’honneur de cette édition 2013, le cinéaste Tsai-Ming Liang, est sans doute la plus prestigieuse. Récompensé en 1997 par le Lion d’Or au festival de Venise pour Vive l’amour ! et habitué de la sélection cannoise, il réalise actuellement une série de courtsmétrages Walker (autour d’un moine) dont un volet sera tourné à Marseille. Sa venue lui permettra aussi de faire quelques repérages. Auparavant, jeudi à 15h, toujours à la Criée, deux techniciens de renom seront venu partager leurs connaissances. A savoir la chef-opérateur Caroline Champetier (qui a collaboré pendant sa carrière avec Jean-Luc Godard, Jacques Doillon, Philippe Garrel, Benoït Jacquot, Arnaud Desplechin mais aussi Naomi Kawase et Amos Gitai) et le monteur Yann Dedet (intervenant à la Femis et dont le nom est inscrit sur des génériques de films de François Truffaut et de Maurice Pialat). Ils Samedi, la venue du cinéaste taïwanais Tsai-Ming Liang fait figure d’événement. Il tournera prochainement à Marseille. Photo DR 92 débattront autour du sujet « Tourner contre le scénario et monter contre le tournage ». Autres rencontres, plus professionnelles : celles du FID LAb, plateforme de coproduction qui offre pendant deux jours, à la Maison de la région (jeudi et vendredi), une succession de rendez-vous entre réalisateurs et producteurs. Cette année, ce sont 12 projets (1 en écriture, 9 en développement et 2 en post-production) en provenance du monde entier qui ont été retenus. Pour informations, Rappelons que sur les 47 films présentés depuis 2009, la moitié sont désormais achevés grâce à cette initiative. Enfin, le FID campus - projet MP2013 - permettra à 11 étudiants issus d’écoles de cinéma et d’art du pourtour méditerranéen de prendre part à des sessions critiques autour de leur film de fin d’études. Les professionnels cités (Tsai-Ming Liant Yann Dedeet et Caroline Champetier) mais aussi le cinéaste égyptien Yousry Nasrallh seront chargés dimanche, entre 14h et 18h, dans l’auditorium du Mucem de cette (lourde) mission. C.C. REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE sortir à marseille 26 juin 93 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE marseille l’hebdo 1/3 26 juin 94 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE marseille l’hebdo 2/3 95 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE marseille l’hebdo 3/3 96 2013 2013 REVUE DE PRESSE PRESSE RÉGIONALE zibeline 26 juin #"# ! !! "'!&'"# !###" 9&1%((!0 &1%((!09 7.%"%!.(!/&+1./+""/1.(,7.%+ ! +$%95;92'68B9/*+4)+*L.544+;8*;)/4B'9:+:'E='4'/9%!!'));+/22+8'65;89' +B*/:/5468C9 *+/4</:B9 ,/239<+4;9*+6'?9J"4,+9:/<'2*+68+3/+862'43D2'4:*+6;/96+;,/):/549+:*5);3+4:'/8+9H,+1. ,.0#!.2!0+1/(!/,1(%/(!/2!*01.!/.0%/0%-1!/ <1&+1. <$1%I<+)+45;<+8:;8+@$-;4,/238;99+ !(!/0%(%2!/+"0$!! +3.% 658:8'/:9*LB65;9+9*;6+;62+3'8/*L*+"$!" 4)536B:/:/54 +0;8?*+2')536B:/:/54/4:+84':/54'2+68B9/*B6'82+)/4B'9:+0'654'/9"'$"')*+<8').5/9/8+4:8+,/239<+4;9 *+ 25<B4/+)533+#%.(* 0.!!*+"1$*;./2/)533+!.5!/1$.*+"%'%"$$%(5;*+ +2-/7;+'<+)$!+5!*+%!05*+2L'8:/9:++96'-452+"$ $7;/45;9,'/:6'8:' -+82'</+*L;4-85;6+*+2+):+;89 *+%**!#*/'!*+'3+95?)+7;L/29)533+4:+4:6'-+6'86'-+ ;'4:';0;8?*+2')536B:/:/54,8'4A'/9+)53659B*L;4+3'058/:B*+,+33+9H,.!-1!(!.!#. !/"!))!/!/00.8/ %),+.0*0I68B)/9+2+B2B-;B-B4B8'2!$$ /2+9:68B9/*B6'82')/4B'9:+9;/99+ %(1. "%()/62+%. +*0,.!)%!./"%()/,.)%(!/-1!(/*/0.10%+*/ ,+1.1*!,.%/! <.)!/ !+11%//+**%8.! *+ ,7.%,(! ! !14&!1*!//1.(!/.+10!/ !.*! 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